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np2 ARTHUR

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INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE PRIVADA evolui do sentido individual para o social. Seu uso, gozo, fruição e disposição não podem opor-se aos interesses gerais. Não é absoluta, está condicionada a uma função social O direito à propriedade tem limites, sendo condicionado ao bem estar da sociedade e devendo ser respeitado como direito fundamental e como direito da atividade econômica. Propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor Propriedade rural a função social é cumprida quando a propriedade rural atende: aproveitamento racional e adequado da propriedade; utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; observância das disposições que regulam as relações de trabalho; exploração que favoreça o bem estar dos proprietários e também dos trabalhadores.
Conceito- toda ação do Estado que, compulsoriamente, restringe ou retira direitos dominiais do proprietário.
Modalidades LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA são constituídas por normas gerais e abstratas, com fundamento no poder de polícia, atingindo proprietários indeterminados, principalmente em seu direito de construir. A limitação administrativa representa uma restrição ao caráter absoluto da propriedade. não impõe dever de indenizar ao Estado, porque sujeitos atingidos são indeterminados. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA é um direito real sobre coisa alheia, atingindo o caráter exclusivo da propriedade. é relativamente perpétuo, dependendo do interesse público. Dever De Registro. Há três origens possíveis para a servidão administrativa: (i) lei, (ii) decisão judicial e (iii) acordo. A servidão exige, em regra, o registro, a fim de proteger terceiros de boa-fé; o registro cumpre dever de publicidade. Tem como fim a prestação de um serviço público, atingindo um proprietário determinado no caráter exclusivo de sua propriedade. no direito civil: propriedade dominante (a que usa outra propriedade) e serviente (a que é utilizada por outro). relação de dominação entre o serviço prestado pelo Estado (dominante) e um bem (serviente). TRÊS DIFERENÇAS ENTRE SERVIDÃO ADMINISTRATIVA E CIVIL: (i) regime jurídico (uma é regida pelo direito administrativo e a segunda pelo direito civil); (ii) interesse (uma protege interesse público e a outra protege interesse privado); (iii) relação de dominação (serviço sobre bem na primeira e bem sobre bem na segunda). Há dever de indenizar apenas quando se comprove dano, sob pena de enriquecimento ilícito. REQUISIÇÃO Intervenção na propriedade quando existir iminente perigo. Ex: requisição de galpão para acomodar desabrigados de enchente. Não há alteração da titularidade, mas se atinge o caráter exclusivo. Imagine que requisição impediu locação da propriedade, há dever de indenizar, a ser cumprido após a utilização. mesmo perdendo titularidade, por serem bens fungíveis e móveis, é requisição Exceção: bens infungíveis OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA Restrição ao caráter exclusivo da propriedade. HIPÓTESES: 1) mais comum: terreno não edificado ao lado de obra pública, que seja utilizado para guardar os materiais da obra. 2) por suspeita de riqueza mineral ou parque arqueológico, Estado ocupa temporariamente para confirmar suspeita e, só depois, desapropria. Se Estado ocupou por anos, impedindo de alugar e causa dano, cabe indenização. TOMBAMENTO regulamentado pelo Decreto- lei nº 25/37 e consiste na conservação da identidade de um povo. Há quatro tipos de tombamento: patrimônio histórico, cultural, artístico e paisagístico, que representam limitações perpétuas à propriedade, em seu aspecto absoluto. OBRIGAÇÕES: conservação manter características, não danificar reforma depende de autorização do poder público, dano criminalmente punível. Se não tenha recursos para conservar, deve o proprietário comunicar ao Estado, que arcará em tese com os custos. não sair do país bem móvel tombado não pode sair do país, a menos que por curto prazo de tempo. A exportação é vedada. tolerar fiscalização, vizinho não pode prejudicar a visibilidade do patrimônio tombado, como placas e cartazes. Tipos de tombamento: - bem móvel ou imóvel - público ou privado - determinados ou indeterminados (todos os imóveis pertencentes a certo bairro ou cidade) - Voluntário ou obrigatório - Provisório, enquanto estiver em andamento o processo de tombamento, ou definitivo DESAPROPRIAÇÃO forma mais agressiva de intervenção, pois consiste no procedimento excepcional de transformação compulsória de bens privados em públicos, mediante o pagamento de indenização. Aquisição originária, porque independe da vontade do proprietário. COMPETÊNCIA: legislativa Apenas a União, conforme previsto na CF/88: 22, II, pode legislar sobre desapropriação. material podem autarquias e concessionárias, devendo haver participação na fase declaratória da administração direta. A autarquia e concessionária ocupam-se da fase executória. BENS SUSCETÍVEIS À DESAPROPRIAÇÃO: Tanto bem móvel como imóvel, até mesmo direitos ou ações. Exceções: alimentos, direito a imagem, autoral, da personalidade. Bem público pode ser desapropriado. MODALIDADES: COMUM ou ordinária, possível para qualquer ente e impõe indenização prévia, justa e em dinheiro. Critérios: Necessidade ou utilidade pública, se houver urgência, necessidade; não havendo urgência, utilidade e Interesse social, para diminuir desigualdade social. SANCIONATÓRIA ou extraordinária. FUNÇÃO SOCIAL, para fins de Reforma agrária - Para fins de Urbanização CONFISCATÓRIA, incorporação do bem ao patrimônio público da União, porque não há dever de indenizar ( Gleba de terra usada para plantio de drogas Bens utilizados no tráfico) DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA imoral e vedada pela legislação brasileira, resta a propositura da ação judicial de indenização por desapropriação indireta. 
FASES DA DESAPROPRIAÇÃO: fase declaratória e a fase judicial, executória.
RETROCESSÃO - é a reversão do procedimento expropriatório devolvendo-se o bem ao antigo dono, pelo preço atual, se não lhe for atribuída uma destinação pública. direito pessoal de adquirir o bem, quando oferecido pelo Estado, se não receber uma destinação de interesse público. Porém, se o Estado não cumprir o dever de oferecer o bem ao antigo proprietário, o direito do expropriado resolve-se em perdas e danos. 
SERVIÇOS PÚBLICOS será serviço publico td atividade material que a lei dispor, incumbe ao poder público, td atividade adm executada pelo poder público de forma direta ou indireta, p atingir finalidades do estado. O Estado além de ser titular os serviços públicos, pode em caráter excepcional exercer a atividade econômica, não se exclui a atividade do particular, seja que o estado explora atividade em regime de monopólio. Em ambos os casos o estado vai se valer de empresas públicas e sociedades e economia mista para prestar tal atividade. Dever de Prestar é de responsabilidade da Administração Pública, ou de quem lhe faça às vezes, e poderá fiscalizar a execução e aplicar sanções e penalidades. Formas de Prestação poderá se dar de maneira centralizada (sempre que a execução do serviço for realizada pela Administração direta do Estado), ou ainda de forma descentralizada (quando os serviços forem prestados por pessoas físicas ou jurídicas que não se confundem com a Administração direta, mas que podem ou não integrar a Administração Pública indireta ligada ao ente político competente para a prestação do serviço) 
Princípios do Serviço Público Continuidade: não podem ser interrompidos por quaisquer motivos; Igualdade: oferecimento sem distinção a quem quer que seja. Eficiência: exige atualização do serviço. Mutabilidade do regime jurídico: a Administração Pública está autorizada a promover mudanças no regime de prestação de serviços a fim de adequá-los sempre ao interesse coletivo.
REQUISITOS: regularidade: prestadosegundo padrões de qualidade e quantidade definidos e impostos pela Administração Pública; envolve um conjunto de condições e técnicas exigidas na prestação dos serviços; continuidade: caráter de contínuo e sucessivo. Uma vez instituído e regulamentados deve ser prestado normalmente; eficiência: a eficiência exige sempre a preocupação com o bom resultados, sem desperdícios. Máximo de resultado com o mínimo de investimentos; segurança: a prestação dos serviços não deve colocar os usuários em riscos; atualidade: acompanhar as modernas técnicas de oferecimento. Generalidade: o oferecimento do serviço público deve ser igual para todos. Cortesia: obriga a Administração a oferecer aos usuários de seus serviços um bom tratamento. Modicidade: impõe que sejam os serviços públicos prestados mediante taxas ou tarifas justas, pagas pelos usuários para remunerar os benefícios recebidos e permitir o seu melhoramento e expansão. CLASSIFICAÇÃO Essenciais: São os imprescindíveis à sobrevivência da sociedade e, por isso, não admitem delegação ou outorga. Devido ao reconhecimento de sua necessidade e essencialidade, a Administração presta de forma direta e exclusiva. Ex.: polícia, saúde, defesa nacional etc Utilidade Pública: São úteis, mas não essenciais, atendem ao interesse da continuidade, podem ser prestados diretamente pelo Estado, ou por terceiros, mediante remuneração paga pelos usuários e sob constante fiscalização. São nominados de pró-cidadão. ex: transporte coletivo, energia elétrica, gás, telefonia etc..
Quanto à adequação: a) Serviços Próprios do Estado: não encontram possibilidade de delegação, em face da necessidade das atribuições próprias do Poder Público para sua execução. Ex.: saúde púbica, higiene, segurança e justiça para o usuário. b) Serviços Impróprios do Estado- apesar de não possuírem características de necessidades essenciais à comunidade, estes atendem aos interesses comuns de seus membros. São serviços prestados de forma descentralizada. ex.: serviço telefônico e serviço de distribuição de energia. Quanto à finalidade: a) Serviços Administrativos - Visa as necessidades internas, burocráticas ou até introduz e prepara outros serviços que serão prestados ao público. A Administração Pública os presta a si mesma, para compor melhor sua organização. Ex. centro de pesquisas, ou edita a Imprensa Oficial para divulgação dos atos administrativos b) Serviços Industriais Não são atividades próprias do Estado, produzem renda para aquele quem os presta Ex.:energia elétrica, transporte público Serviços Gerais que não possuem usuários ou destinatários específicos, são prestados pela Administração Pública à coletividade em geral, sem atender a uma coletividade específica. Têm como característica sua indivisibilidade, por não poderem ser mensuráveis em sua utilização. Encontram sua remuneração originária por meio de impostos. Ex.: iluminação pública, calçamento público, asfaltamento das ruas, implantação de abastecimento de água, prevenção de doenças e outros do gênero. Serviços Individuais podem ser mensurados e são divisíveis, pois sua necessidade é auferida de acordo com a utilização de cada usuário, são remunerados por taxas ou tarifas controladas pelo Estado. Ex.: Serviços de telefonia, iluminação domiciliar. Cada usuário utiliza dos serviços conforme sua necessidade e paga na proporção de sua utilização.
Direitos dos Usuários a) receber serviço adequado; b) receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses individuais ou coletivos; c) obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente; d) levar ao conhecimento do Poder Público de da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado, etc
REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOs o preço não deve ser excessivo e nem a oferta ruim, entre ambos deve existir uma equivalência. A) Remuneração por taxa = quando a fruição tiver natureza compulsória; obedecer o princípio da anterioridade; deve ser definida por lei; B) Remuneração por tarifa = ocorre quando a fruição for facultativa, definida por Decreto não estando sujeita ao princípio da anterioridade; 
DESCENTRALIZAÇÃO DO SERIVÇO PÚBLICO o poder público sempre controla os serviços públicos descentralizados: 
a) por outorga – quando ocorre a transferência da titularidade e da execução do serviço público; b) por delegação – quando transfere-se para terceiros só a execução. feita por lei e só por lei pode ser modificada ou retirada, feita por ato administrativo = discricionário*oportuno e precário*pode ser desfeito, prazo indeterminado, permissão (Interesse público) ou autorização (interesse do particular), por contrato administrativo = concessão – o contrato de concessão é um acordo administrativo e não um ato unilateral da Administração Pública, com vantagens e encargos recíprocos, no qual se fixam as condições da prestação do serviço. Requisitos: fica sujeito a todas as imposições da Administração necessárias à formalização do ajuste, dentre as quais a autorização legal, a regulamentação e a licitação. é um contrato oneroso, comutativo e realizado “intuito personae”. a concessão só pode ser dada a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, devidamente capacitadas mediante concorrência.
Autorização a) de uso – o particular é autorizado a utilizar bem público de forma especial, como na autorização de uso de uma rua para a realização de quermesse. b) de atos privados controlados – o particular não pode exercer certas atividades sem autorização do poder público. São atividades exercidas por particulares mas consideradas de interesse público (ex.: despachantes, serviço de táxi). c) de serviços públicos – a autorização, nesse sentido, coloca-se ao lado da concessão e da permissão de serviços públicos, destina-se a serviços muito simples, de alcance limitado, ou a trabalhos de emergência; é exceção, e não regra, na delegação de serviços públicos, a regra é a concessão ou a permissão de serviços públicos. Em princípio, a autorização de serviços segue as normas da concessão e permissão de serviços, no que for cabível. 
BENS PÚBLICOS “São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem”.
CLASSIFICAÇÃO QTO À DESTINAÇÃO: USO COMUM: ou bens do domínio público são aqueles abertos a uma utilização universal, por toda a população, como logradouros públicos, praças, mares, ruas. USO ESPECIAL : são também chamados de bens do patrimônio administrativo, são aqueles afetados a uma destinação específica. Fazem parte do aparelhamento administrativo sendo considerados instrumentos para execução de serviços públicos. São exemplos: edifícios de repartições públicas, mercados municipais, cemitérios públicos, etc. BENS DOMINICAIS: também chamados bens do patrimônio público disponível ou bens do patrimônio fiscal, são todos aqueles sem utilidade específica, podendo ser “utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração Pública. QUANTO À TITULARIDADE dividem em federais, estaduais, distritais, territoriais ou municipais, QUANTO À DISPONIBILIDADE Bens indisponíveis por natureza: aqueles que, devido à sua intrínseca condição não patrimonial, são insuscetíveis a alienação ou oneração. Os bens indisponíveis por natureza são necessariamente bens de uso comum do povo, destinados a uma utilização universal e difusa. São naturalmente inalienáveis. È caso do meio ambiente, mares e do ar. bens patrimoniais indisponíveis: são aqueles dotados de uma natureza patrimonial, mas, por pertencerem às categorias de bens de uso comum do povo ou de uso especial, permanecem legalmente inalienáveis enquanto mantiverem tal condição. Por isso, são naturalmente passíveis de alienação, mas legalmente inalienáveis. Exemplos: ruas, praças, estradas e demais logradouros públicos. bens patrimoniaisdisponíveis: são legalmente passiveis de alienação. È o caso dos bens dominicais, como as terras devolutas.
CARACTERÍSTICAS INALIENABILIDADE. aplica-se a bens de uso comum e especial, não de uso dominical, inalienabilidade característica RELATIVA, na medida em que basta desafetar bens para uso dominical a fim de aliená-los. IMPRESCRITIBILIDADE. Inviabilidade de bem público ser adquirido por prescrição aquisitiva. entendendo que usucapião seria sanção da inércia, incompatível com o interesse público. é atributo de todas as espécies de bens públicos, incluindo os dominicais.
EXCEÇÃO a essa regra vem prevista no artigo 2º da Lei 6.969/81, que admite usucapião especial sobre terras devolutas localizadas em área rural.IMPENHORABILIDADE: decorre do fato de que os bens públicos não podem ser objeto de constrição judicial (penhora) NÃO ONEROSIDADE (por direito real de garantia), que se circunscreve aos bens de uso comum ou especial, mas não dominicais
 AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO Se o bem está vinculado a uma finalidade pública qualquer, diz-se estar afetado; se não tiver tal vinculação, está desafetado.
Princípio da Ampla Defesa e do Contraditório  Corresponde devido processo legal. O contraditório corresponde à possibilidade de apresentar os diferentes interesses presentes na contenda, confrontando-os adequadamente em presença de seus titulares.
Por ampla defesa entende-se possibilidade do cidadão apresentar sua defesa em se tratando de acusação de violação da lei, resistindo a uma acusação.
Princípio do informalismo Consiste na adoção de ritos e formas processuais mais simples, respeitando-se os princípios fundamentais do processo, mas deixando de se fundar em purismos formalistas, adquirindo, assim, uma acepção mais informal, quando comparado aos processos judiciais. A finalidade desta característica é evitar obstáculos na busca da verdade dos fatos, o que dificultaria o andamento do processo, em detrimento do interesse público. A cautela que se deve ter ao interpretar este princípio é para não confundir o caráter informal com o que seria uma falta de cuidado com a condução do processo administrativo, havendo a obrigação de se cumprir os preceitos legais estabelecidos, no sentido de se evitar a nulidade processual.
Princípio da verdade material Trata da busca da verdade, não restringindo a Administração apenas à versão dos sujeitos, mas devendo produzir todas as provas lícitas necessárias para seu convencimento.
Processo Adm – não tem função punitiva, +sim para melhoria do serv público, não segue rito deformalidade.
O processo administrativo disciplinar – PAD (lato sensu) abrange a sindicância administrativa e o processo administrativo disciplinar (stricto sensu), O proc. adm. disciplinar é o meio de apuração e punição de faltas graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime funcional de determinados estabelecimentos da Administração, enquanto que a sindicância é o meio sumário de elucidação de irregularidades no serviço para subseqüente instauração de processo e punição ao infrator. Esta é o verdadeiro inquérito administrativo que precede o processo administrativo disciplinar
Responsabilidade do Estado- responde mediante apuração de culpa, basta conduta comissiva, sempre q houver ação (resp objetiva) ou omissão (resp subjetiva) q provoque prejuízo, com relação de causalidade

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