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Anatomia Patológica – Prova 2 Cavidade Oral [Perdi o início da Aula] Lábio Leporino Estomatites Vesiculares Virais Clínica e Lesões Macroscópicas: Aftas, vesículas, bolhas, despredimento do epitélio, úlceras na língua e lábios, sialorréia, manqueira, febre, anorexia, dermatite vesicular das fendas interdigitais, rodetes coronários, tetos e vulva. Lesões microscópicas: tumefação e lise celular, edema intercelular e formação de vesículas. Pode ulcerar. Uma das formas de diagnóstico é coletar o líquido de dentro das vesículas que contém grandes quantidades de partículas virais. É um dos responsáveis pela transmissão do agente. Febre Aftosa [Pulo do gato = biungulados] Afeta animais biungulados. A infecção é geralmente via aerossóis em bovinos e por via oral em suínos e bezerros. Animais contaminados bebendo água no mesmo local que os sadios podem contaminar o local e os outros animais podem vir a adoecer devido a infecção por via oral. Em animais jovens com febre aftosa pode-se observar linhas esbranquiçadas (miocardite mononuclear e necrose cardíaca – linhas de Zenker). O diagnóstico diferencial: outras estomatites vesiculares e estomatites ulcerativas. Diagnóstico: Coletar líquido das vesículas. Notificação obrigatória. Estomatite Vesicular (Rhabdoviridae) [Pulo do Gato = Equinos, vetores] Afeta equinos, bovinos e suínos. Mais frequentemente equinos. Os surtos iniciam mais durante o verão. O mosquito pólvora, mosquito negro e culicoides são vetores que participam da epidemiologia dessa doença. Restrita às Américas. Os animais adultos são mais afetados. A transmissão ocorre principalmente por causa dos vetores e, por isso, tem incidência sazonal, ocorre principalmente durante o verão. As máquinas de ordenha podem transmitir o vírus de um animal a outro. Fazer diagnóstico diferencial e controle sanitário. Exantema Vesicular dos Suínos (Calicivirus) As lesões não tem muita característica típica de bolhas, vesículas. São áreas tipo hemorrágicas, mais avermelhadas, que podem estar distribuídas pelo casco, cavidade oral, pele e outras partes do organismo. Doença Vesicular Suína (Picornavirus) Podem ser observadas lesões em estágios mais avançados como ulcerações no epitélio. Estomatites Erosivas e Ulcerativas Diarréia Viral Bovina – BVD (Pestivirus) Diversas manifestações clínico-patológicas: doença respiratória, digestiva, reprodutiva, hemorrágica, cutânea e imunossupressão. Fenda interdigital e rodete coronário. Biotipo do vírus – citopático ou não citopático. O cultivo celular que diz se ele é citopático ou não citopático. Cepas isoladas no campo, pode-se achar tanto BVDV tipo I quanto tipo II. A transmissão pode ser por contato direto ou indireto. Doença das Mucosas Afeta animais de 6 meses a 2 anos. No quadro agudo o animal geralmente apresenta febre, laminite, diarreia hemorrágica, salivação, descarga nasal e ocular, coronite. A diarreia viral bovina aguda (BVDV tipo II) pode ser semelhante a doença das mucosas. Doença das mucosas – Um ou poucos animais. Ocorre só em PI (Persistentemente infectados). Ocorre os dois biótipos do vírus. BVD aguda – vários animais, só NPC. Macroscopia: Úlceras e erosões em toda mucosa do TD (esôfago – erosões no sentido longitudinal, como arranhaduras de gato.), papilas ruminais diminuídas, conteúdo intestinal escuro e aquoso, enterite catarral ou hemorrágica, placa de Peyer hemorrágica. Microscopia: Necrosa das placas de Peyer e dos centros germinativos do baço e linfonodos, edema, degeneração balonosa, inflamação nas mucosas do TD. Diagnósticos: Perda embrionária, doença entérica e/ou respiratória com componentes hemorrágicos, úlceras. Febre Catarral Maligna (FCM) Afeta ruminantes e ocasionalmente suínos. No Brasil é causada principalmente pelo Herpesvírus ovino-2: Ovinos são portadores e há intensa liberação do vírus quando próximo ao parto. Criação concomitante de bovinos e ovinos. Profilaxia: Manter ovinos afastados dos bovinos, principalmente na época do parto. Transmissão bovino-bovino ainda é discutida. Macroscopia: Opacidade da córnea, dermatite crostosa. Mucosas apresentam hiperemia, erosões, úlceras. No rim o diagnóstico de febre catarral maligna muitas vezes observa-se, ao tirar cápsula do rim, vários pontos esbranquiçados em sua superfície. Úlceras, hemorragia e erosões em bexiga. Linfonodos aumentados de volume, congestos e hemorrágicos. Baço discretamente aumentado. Fígado com evidenciação do padrão lobular. Articulações com poliartrite. Causa vasculite. Microscopia: Importante é que o vírus pode causar vasculite (inflamação da parede do vaso) muitas vezes com necrose fibrinóide. Em vários órgãos há proliferação e infiltração de células mononucleares. Coleta da rede admirável para diagnóstico. Calicivirose Importante do trato respiratório de felinos. Animal apresenta corrimento óculo nasal. Gengivite, estomatite ulcerativa. Rinite. Lesões ulcerativas na gengiva e cavidade oral Animal apresenta pneumonia intersticial com bronquiolite necrozante. Síndrome do gatinho manco: filhotes com claudicação após infecção ou vacinação devido a artrite aguda. Diagnóstico diferencial: Rinotraqueite viral felina. Como diferenciar calicivirose da rinotraqueíte viral felina? Estomatites Papulares Estomatite Papular Bovina (Parapoxvirus) Doença de caráter benigno. Afeta principalmente animais jovens. Salivação e pápulas recobertas por crostas no focinho, pele, mucosa oral, entre fossas nasais e lábios. Degeneração hidrópica nas células epiteliais. Vacuolos no citoplasma das células. As doenças víricas de uma forma geral tendem a fazer degeneração hidrópia ou balonosa das células epiteliais. Ectima Contagioso – Parapoxvirus Afeta ovinos e caprinos. Boqueira ou ferida de boca. Doença altamente contagiosa. Pele desprotegida, com abrasões, são portas de entrada. Os animais que apresentam esse tipo de lesão na pele são animais mais suscetíveis. Zoonose, pode causar lesões nas mãos e face. Transmissão por contato direto e indireto. Os animais jovens são mais gravemente acometidos. Em animais adultos não é tão grave. Macroscopia: Lesões nodulares, crostosas, localizadas principalmente na região do lábio, focinho. Pode afetar também o plano nasal. As lesões muitas vezes podem estar ulceradas. Podem não ficar restritas somente à cavidade oral, pode apresentar lesões em outras partes do corpo. Estomatites Bacterianas Necrobacilose (Fusobacterium ...) Difteria dos terreiros. Pode afetar bovino, suíno e ovino. Inchaço nas bochechas, inapetência, halitose. Macroscopia: Foco arredondado de cor amarelo-acinzentada circundada por halo de tecido hiperêmico localizado na cavidade oral, lainge, faringe, ou língua. Microscopia: foco bem delimitado de necrose coagulativa, halo de leucócitos e aumento da vascularização. Estomatite por Ramaria flavo – brunnescens (Cogumelo) Afeta principalmente bovinos além ovino e equinos. Clinica observa-se alisamento completo das papilas da língua com úlceras, lesão intensa em bordo coronário e interdigital, desprendimento dos cascos, perda de pêlos da cauda e da crina, sialorréia, emagrecimento, opacidade da córnea e hemorragia na câmara anterior do olho. Cogumelo tem aspecto de couve-flor. Mais comum no Sul. Estomatite Eosinofílica Mais comum em gatos. Pode causar granulomas e ulceras na cavidade oral. Mecanismo imunomediado em felinos: reação de hipersensibilidade. Qual é o tipo de hipersensibilidade? Complexo granuloma eosinofílico – engloba ulcera eosinofílica, granuloma linear e placa eosinofílica. Macroscopia: Lesões orais podem ocorrer em qualquer local da cavidade oral. Microscopia: Grande quantidade de eosinófilos. Colagenólise, inflamação mista com número crescente de eosinófilos, mastócitos e células gigantes multinucleadas. Estomatite Linfoplasmocítica Acomete felinos. Condição crônica. Geralmente não tem causa definida, uma hipótese é presença de bactéria ou calicivirus associado à FELV ou FIV. Macroscopia:gengivas vermelhas inflamadas, hálito fétido e inapetência, mucosa oral pode estar hiperplásica. Microscopia: Plasmócitos e linfócitos. Estomatites Imunomediadas Complexo Pênfigo Grupo de doenças vesiculo bolhosas que podem afetar tanto mucosas quanto pele. Doença autoimune. Pode ser vulgar, bolhoso, foliáceo... Para diferenciar tem que saber onde se encontra a fenda. Diagnóstico pode ser auxiliado por imunoflorescência. Pênfigo Vulgar – Mucosa oral, junção muco-cutânea. Vesícula supra basilar. Penfigóide Bolhoso – Mucosa oral, junção muco cutânea. Vesícula subepidérmica. Doenças Sistêmicas com Lesão Oral Lúpus Eritematoso Sistêmico. Lúpus Eritematoso Discóide. Tá dentro do lúpus eritematoso sistêmico que envolve vários órgãos, é como se fosse um subtipo. Há formação de anticorpos contra componentes nucleares e citoplasmáticos, antígenos da superfície celular. Pode causar ulceração na mucosa oral. Macroscopicamente pode ser confundido com Leishmaniose. Doença Renal Crônica Pode desenvolver quadro de uremia e existem lesões extrarenais da uremia. Uma dessas lesões é inflamação da língua, estomatite ulcerativa, gengivite ulcerativa. A uremia pode causar lesões na cavidade oral. Importante buscar lesões na boca do animal na necropsia já pensando na possibilidade de estar lidando com um nefropata. Hiperplasias e Neoplasias Hiperplasia Gengival Crescimento do tecido da gengiva. Pode ser severo, recobrindo todos os incisivos. Comum em braquicefálicos. Pode confundir com épolis? Épulis Processo neoplásico benigno (germe dentário). Geralmente massa única, diferente de hiperplasia gengival. Vários tipos, diferenciados pelo H.E. Acantomatosa – Pode invadir o osso e ser localmente destrutiva, pode ser controlada terapeuticamente. É a mais grave, pode destruir o osso. Prognóstico mais desfavorável. Carcinoma de Células Escamosas / Epidermóide Comum na superfície ventro lateral da língua e nas tonsilas( mais em cães). Particularmente em gatos velhos. Localmente agressivo. Macro: Variam (plano a proliferativo). Micro: Células epiteliais neoplásicas organizadas em feixes e ilhas, pérolas de queratina, tecido conjuntivo variável. Melanoma Maioria maligno. Amelanócitos ou melanócitos. Células arredondadas e alongadas. Massa escura, firme e de crescimento rápido. Papilomatose Doença transmissível causada pelo papiloma vírus. Pode ocorrer regressão espontânea e imunidade duradoura. Cavidade oral, língua, palato, laringe e epiglote. Macro: Papiliformes, couve flor, brancas .... Fibrossarcoma Ocorre mais em gatos na gengiva, palato mole e menos nos lábios, bochechas, língua. TVT Tumor venéreo transmissível canino. Lesão na cavidade oral. Couve flor, muito sanguinolento. Não é neoplasia restrita a região genital, pode ter cavidade oral sem comprometimento genital. Etc. Número de cromossomos dessa neoplasia é diferente do número natural do cão. Prognatia x Bragnatia Anomalias de Desenvolvimento Agenesia / Supranumerários (Dentes) Cistos Dentígeros (processos destrutivos na mandíbula, estruturas císticas revestidas por epitélio) Hipoplasia do esmalte dentário: Cinomose. Vírus afeta ameloblastos durante a formação do esmalte (antes 6 meses) e há ausÇencia da formação do esmalte. Descoloração – Tetraciclina, porfinia. Pode deixar o dente bem amarelado. Fluorose – excesso de flúor durante odontogenese. Doença Periodontal – Placas bacterianas na superfície do dente. Ácidos e enzimas danificam esmalte, tecido gengival, e ligamento periodontal. Pode vir a levar a osteomielite aoveolar, abcessos e endocardite. Neoplasias Dentárias (Não são comuns) Odontoma Ameloblastoma Tonsilas Observação: Professora passou correndo por esse último tópico. Glândula Salivar Sialoadenite – Raiva, cinomose. Aumento de volume, edema, dor a palpação, formação de abscessos. Células ou exsudato inflamatório formando núcleos para deposição de minerais. Mucocele Salivar Pseudo cisto não revestido por epitélio. Pode ocorrer ruptura traumática do ducto. Rânula Distensão cística preenchida por saliva do ducto da sublingual ou submaxilar. Assoalho da boca. Revestida por epitélio.
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