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Direito Processual Civil III

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Direito Processual Civil III 
Professor: Cesar Binder 
 
Aula 2 – 13/02/13 
 
Execução 
Tutela executiva é tentar fazer com que a obrigação constante em um título executivo (seja judicial ou extra-judicial) seja 
realizado concretamente como nos fatos. 
 
Noções Gerais: 
- As vias de execução disponíveis no atual processo civil brasileiro: 
 O cumprimento forçado das decisões judiciais; 
Obs: Hoje em dia temos um processo chamado bifásico, onde há uma fase de acertamento, ou seja, uma fase aonde vai se 
dizer o direito e solucionar um eventual litígio e caso venha a ser estabelecido nessa decisão judicial uma eventual 
obrigação, seja ela, de fazer, não fazer, entregar coisa ou eventualmente pagar uma quantia se não satisfeito 
espontaneamente pelo devedor, teremos então uma fase de cumprimento de sentença (cumprimento forçado das decisões 
judiciais). 
Dispositivos do CC: 
Art. 475-J do CC - Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue 
no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a 
requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II , desta Lei, expedir‑se‑a mandado de penhora e 
avaliação. (Cumprimento de sentença) 
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela 
específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático 
equivalente ao do adimplemento. 
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a 
requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, 
remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de 
força policial. (realizar a satisfação do credor) 
Art. 461‑A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o 
cumprimento da obrigação. 
 
 O processo de execução dos títulos extrajudiciais. (não são formulados pelo poder judiciário) 
Obs: Algumas modalidades de obrigações exigem uma forma específica, como por exemplo, a bens e imóveis na qual se 
tem que ter uma escritura pública, e outros podem ser através de um contrato verbal, mas pode-se não ter o adimplemento 
dessa obrigação e não sendo ela decorrente de uma decisão judicial, mas sim de um dos documentos que a lei atribui força 
executiva, ou seja, as certas obrigações contraídas como a formalização contraída específica que a própria lei já 
estabelece, é o suficiente para dar início a um processo executivo, não prescindindo de uma declaração judicial. Mas tanto 
a decisão judicial quanto um desses títulos como cheque, nota promissória, contratos assinados com o MP, vão dar essa 
força executiva, ou seja, na verdade o credor poderá independentemente de pronunciamento judicial já requerer a tutela 
do Estado para a satisfação dessa obrigação. Da mesma forma que se tem no título judicial há a obrigação de fazer ou não 
fazer, quantia certa e entrega de coisa. 
Art. 587. É definitiva a execução fundada em título extrajudicial; é provisória enquanto pendente apelação da sentença 
de improcedência dos embargos do executado, quando recebidos com efeito suspensivo (art. 739). 
 
- Classificação da tutela jurisdicional executiva. (Pagamento de quantia; tutela executiva de fazer ou não fazer; tutela 
executiva para a entrega de determinada coisa que está na posse do devedor – bem móvel e imóvel) 
 
Requisitos 
Requisitos para realizar qualquer execução 
- Art. 580, CPC - A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível, 
consubstanciada em título executivo. (extrai-se desse dispositivo legal dois requisitos para que se possa realizar uma 
execução) 
 Formal – é o título executivo (cartularidade); (só pode executar algo físico – tem que ter um documento judicial 
ou extrajudicial) 
 Material – algo no mundo dos fatos. Tem que ter o inadimplemento do devedor. (se não houver o 
inadimplemento não há como se executar) 
 
 
 
Título Executivo 
- Nulla Executio Sine Titulo (não há execução sem título) 
- Condição necessária 
Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial: 
I – com o título executivo extrajudicial; 
 
 Judicial 
Art. 475‑N. São títulos executivos judiciais: (são os títulos advindos do poder judiciário) 
I – a sentença (decisão judicial) proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, 
entregar coisa ou pagar quantia; (hoje não há mais a sentença condenatório, basta que nessa sentença haja o 
reconhecimento da obrigação de fazer e não fazer, entregar coisa ou pagar quantia) 
II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; (aqui já há uma liquidação da sentença) 
III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo; (as partes 
fazer um acordo extrajudicial, mas levam a homologação do juízo / sentença judicial. Vale nos juizados especiais, assim 
como na justiça comum.) 
IV – a sentença arbitral; (arbitragem) 
V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; 
VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; 
VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título 
singular ou universal. 
Obs: Quando se falar em títulos executivos judiciais, teremos apenas uma fase de execução de sentença – cumprimento de 
sentença. 
 
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: 
I – a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
II – a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor 
e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos 
advogados dos transatores; 
III – os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida; 
IV – o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
V – o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais 
como taxas e despesas de condomínio; 
VI – o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou 
honorários forem aprovados por decisão judicial; 
VII – a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; 
VIII – todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 
Obs: Só são títulos executivos aqueles relacionados pela lei. Não se pode executar analogia para ampliar esse rol. 
 
O título executivo deve expressar uma vontade certa, líquida e exigível. 
Art. 586. A execução para cobrança de crédito fundar‑se‑a sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível. 
- certa (na) – (não se pode questionar a própria validade dos requisitos formais daquele título. Ex: um cheque sem 
assinatura do correntista. A Certeza diz respeito que o título é inquestionável, ou seja, ele preenche todos os requisitos 
formais quanto a existência daquela determinada obrigação ou dívida) 
- líquida (quantum) – (deve expressar o que é devido. O título tem que expressar qual é a obrigação e efetivamente o que 
deve ser entregue, qual o bem que deve ser entregue, a quantia que deve ser entregue etc. Todo título extrajudicial tem 
que ter a liquidez, tem queexpressar efetivamente qual é a obrigação devida. No caso de título executivo judicial a 
obrigação pode ser ilíquida. Aqui se terá uma fase de liquidação de sentença, ou seja, a decisão final do processo de 
conhecimento pode simplesmente reconhecer a existência da obrigação. Em título executivo extrajudicial não se tem uma 
fase de liquidação, ele já tem que está previamente estabelecido o que é devido. Qual é o valor da prestação. O título 
extrajudicial (1:31:00) vai passar por uma fase de liquidação de sentença. Pode ser por simples calculo, arbitramento ou 
por artigos, onde tem que comprovar os danos. 
- exigível: (tem que ter o inadimplemento. A dívida tem que está vencida). 
Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial: 
I – com o título executivo extrajudicial; 
II – com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia 
certa; 
III – com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (artigo 572). (a obrigação já é exigível, porque se 
havia alguma condição ou termo ela já foi satisfeito, ou se eventualmente era essa bilateralidade deverá comprovar que 
adimpliu a contra prestação que lhe corresponde segundo o artigo 615, IV - provar que adimpliu a contraprestação, que 
lhe corresponde, ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão 
mediante a contraprestação do credor.) 
 
 Condição ou termo, art. 572,CPC - Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o credor 
não poderá executar a sentença sem provar que se realizou a condição ou que ocorreu o termo. (o credor só 
pagará a dívida se ficar comprovado que foi realizada a condição pré estabelecida entre as partes) 
 Contratos bilaterais, art. 476, CC; 582, CPC (Em todos os casos em que é defeso a um contraente, antes de 
cumprida a sua obrigação, exigir o implemento da do outro, não se procederá à execução, se o devedor se propõe 
satisfazer a prestação, com meios considerados idôneos pelo juiz, mediante a execução da contraprestação pelo 
credor, e este, sem justo motivo,recusar a oferta.) 
 
Inadimplemento 
- Direito Material 
 Não cumprimento da obrigação na forma e tempo devidos. 
- Art. 581, CPC - O credor não poderá iniciar a execução, ou nela prosseguir, se o devedor cumprir a obrigação; mas 
poderá recusar o recebimento da prestação, estabelecida no título executivo, se ela não corresponder ao direito ou à 
obrigação; caso em que requererá ao juiz a execução, ressalvado ao devedor o direito de embarga‑la. 
(Uma vez estabelecida um contrato e contento as obrigações de cada parte o credor tem o direito de receber aquilo que foi 
pactuado na forma estabelecido no título executivo. O credor não é obrigado a receber algo diverso daquilo que foi 
pactuado e com isso ele poderá recusar se lhe for entregue algo diferente do que foi pactuado. A de se ter o 
inadimplemento do devedor. Se o devedor cumpriu a obrigação, não é possível propor a execução ou no curso do 
processo o devedor satisfez a obrigação, extingue-se a execução. A idéia da execução é simplesmente fazer com que 
aquilo que está no contrato seja satisfeita antes ou durante o curso do processo que extingue o processo.) 
 
Princípios (mandamentos nucleares de um sistema) 
Princípios fundamentais aplicáveis à tutela jurisdicional executiva. 
 
 Principio da Realidade 
- Toda execução é real; (real = coisa) (a execução só vai recair sobre bens) 
- Arts. 591 (O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, 
salvo as restrições estabelecidas em lei.) e 646 (A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, 
a fim de satisfazer o direito do credor (artigo 591), CPC; 
Obs: Hoje em dia o STF diz que só é possível a execução de cair na pessoa do devedor para satisfação alimentícia. 
- Mitigação; 
- Exceções: 
 Art. 5, LXVII, CF - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
 
 Princípio do Respeito à Dignidade da Pessoa Humana (idéia de preservar o devedor. Existe limites para a satisfação 
da dívida. Seja a execução cair só sobre os seus bens, mas jamais poderá também poderá reduzir a dignidade desse 
indivíduo, retirando a sua própria subsistência). 
- Preservação da dignidade da pessoa humana; 
- Limitação da penhora sobre certos bens (Ex: bem de família não pode ser expropriado) 
– Art. 649, CPC: São absolutamente impenhoráveis: 
I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; 
II – os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou 
que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; 
IV – os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e 
montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos 
de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo; 
V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou 
úteis ao exercício de qualquer profissão; 
VI – o seguro de vida; 
VII – os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou 
assistência social; 
X – até o limite de 40 (quarenta) salarios‑minimos, a quantia depositada em caderneta de poupança; 
XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político. 
 
 Princípio da Satisfatividade 
- Execução tende à satisfação do direito do credor. 
Art. 659, caput, CPC - A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, 
juros, custas e honorários advocatícios. (esses valores serão repassados para devedor) 
Art. 692, § único, CPC - Será suspensa a arrematação logo que o produto da alienação dos bens bastar para o pagamento 
do credor. 
 
 Princípio da Economicidade 
- Deve ser o menos prejudicial possível ao devedor. (se houver várias maneiras que consiga satisfazer aquela determinada 
obrigacao, deve ser escolhida a menos gravosa para o devedor) 
Arts. 620 (Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos 
gravoso para o devedor.), 668, caput (O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias após intimado da penhora, requerer a 
substituição do bem penhorado, desde que comprove cabalmente que a substituição não trará prejuízo algum ao exequente 
e será menos onerosa para ele devedor (art. 17, incisos IV e VI, e art. 620).), 716 (O juiz pode conceder ao exequente o 
usufruto de móvel ou imóvel, quando o reputar menos gravoso ao executado e eficiente para o recebimento do crédito.), 
692, caput (Não será aceito lanço que, em segunda praça ou leilão, ofereça preço vil.), CPC. 
 
 Princípio da Utilidade 
- Execução deve ser útil ao credor. (Só vão ser praticados atos executivos que efetivamente trouxerem resultados práticos 
para o credor) 
- Art. 659, § 2, CPC (Não se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados 
será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.) 
Ex: de uma pessoa que deve R$ 100000 etem um carro velho que não vale nem R$ 2000 e com isso não paga nem as 
custas. 
- Execução equilibrada (não trará nenhum benefício ao credor) 
 
 Princípio da Especificidade da execução (Adequação) 
- Tutela específica; (deve-se proceder com a execução para se obter o resultado prático equivalente da própria satisfação 
do devedor perante a obrigação.) 
- Art. 461, caput, CPC - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá 
a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático 
equivalente ao do adimplemento. 
- Art. 461-A, CPC - Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo 
para o cumprimento da obrigação. 
- Excepcionalidade da conversão em perdas e danos 
Art. 461, § 1 (Tratando‑se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará na 
petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a entregará individualizada, no prazo fixado 
pelo juiz.), 627, 633, CPC 
 
 Princípio dos Ônus da Execução 
- A execução corre à expensas do executado; (O inadimplente deverá ressarcir o credor não só na obrigação em si, como 
eventuais perdas e danos, juros, custas e honorários advocatícios) 
- Arts. 651 (Antes de adjudicados ou alienados os bens, pode o executado, a todo tempo, remir a execução, pagando 
ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios.) e 659, caput, CPC – (A 
penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e 
honorários advocatícios.) 
- Art. 395 e 401, CPC 
 
 Princípio da disponibilidade da execução (a execução é disponível no todo ou em parte, ou mesmo apensas atos 
executivos podem ser dispostos pelo exeqüente. Pode abrir mão do processo na sua integralidade, pedindo a extinção, 
da parte ou do status executivo) 
- Autor pode dispor da execução ou dos atos executivos 
- Art. 569, caput, CPC - O credor tem a faculdade de desistir de toda a execução ou de apenas algumas medidas 
executivas. (não depende da anuência do devedor) 
 
 Princípio da Responsabilidade (o credor é objetivamente responsável por qualquer dano causado ao executado, se 
posteriormente for declarada nulo o título executivo. Com isso o credor fica responsável a ressarcir se esse título for 
revogado pelo juiz.) 
- Art. 475-O, CPC - A execução provisória da sentença far‑se‑a, no que couber, do mesmo modo que a definitiva, 
observadas as seguintes normas. 
- Art.574, CPC - O credor ressarcirá ao devedor os danos que este sofreu, quando a sentença, passada em julgado, 
declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação, que deu lugar à execução. 
 
Aula 3 – 20/02/13 
 
Legitimidade (para propor a ação) – consiste na autorização legal para figurar quer seja no pólo ativo ou pólo passivo na 
relação jurídica processual. 
Arts. 566 e 567, CPC 
 
- Originário ou primária (art. 566, CPC) – é algo natural. Quem pode propor uma execução? O credor. 
Art. 566. Podem promover a execução forçada: 
I – O credor a quem a lei confere título executivo; (vai buscar o credor no próprio título executivo. Seja ele um título 
executivo judicial, a sentença a quem foi favorável. Em se tratando de um título extrajudicial aquele que consta no próprio 
título executivo / contrato. Estará na própria relação jurídica de direito material em se tratando de um título extrajudicial.) 
 II – o Ministério Público, nos casos previstos em lei; (As formas de atuação do MP no processo civil, atua como parte e 
como fiscal da lei (art. 82). O MP poderá atuar como autor da execução, ou seja, ele irá promover a execução (art. 81, mas 
não só essas). 
 
- Superveniente ou derivada (art. 567,CPC) – Legitimidade extraordinária. 
Art. 567. Podem também promover a execução, ou nela prosseguir: 
I – o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito 
resultante do título executivo. 
Obs: Espólio  é a massa de bens (móveis, imóveis, créditos e até as dívidas) que o falecido deixou. O espólio deve ser 
representado em juízo pelo inventariante (aquele que irá administrar os bens do espólio) – art. 12 CPC. Caso todos os 
herdeiros recusem a ser inventariante, ou não tenha herdeiro, será designado pelo juiz um inventariante dativo - P. Único 
do art. 12. Normalmente é designado como inventariante um dos herdeiros; Herdeiros  são aqueles onde não há uma 
individualização do bem em si (não tem um bem específico e sim uma parcela do todo); Sucessores  é o chamado de 
legatário e recebe um bem específico no testamento. Não é um herdeiro na totalidade e sim de um bem específico. (recebe 
um determinado bem ou crédito específico). 
II – o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe foi transferido por ato entre vivos (Resp. 1.091.433) 
(o titulo de credito foi cedido para o cessionário, por alguma razão (gratuitamente ou onerosamente), ou o próprio credor 
recebeu o seu crédito. Ex: cessão de precatório  é a forma pela qual a fazenda pública faz o pagamento de seus débitos 
judiciais que representa créditos. Muitas vezes as pessoas vendem esses títulos e fazem uma cessão de crédito total ou 
parcial e aquele que adquiriu poderá promover a execução ou nela prosseguir se já estivesse em execução. O processo de 
execução de precatório só se encerra com o pagamento o que pode durar anos. 
(Prova) Havia uma questão que era discutida e que foi pacificada no julgamento do recurso especial recentemente, se tem 
uma legitimidade extraordinária, ou superveniente ou derivada se tem um sucessão de parte, o espólio poderá propor ou 
prosseguir na execução, ou seja, se terá uma alteração subjetiva (de parte) o credor original não estará mais lá, pois foi 
substituído por outro. Quando proposta uma ação para haver uma alteração subjetiva, teoricamente necessita da anuência 
da parte contrária (art. 42, CC) – a principio o fato de ter a alienação do bem ou do crédito não altera a legitimidade, mas 
necessita da autorização da parte contrária – O cessionário poderá ingressar e prosseguir na execução e necessita da 
autorização da parte contrária? Aqui está diante de uma alteração subjetiva, pois a execução tinha começado como credor 
original e ele cedeu o crédito a outra pessoa. Depende de autorização? Para o direito material o CPC não faz nenhuma 
restrição, no direito material não há necessidade de nenhuma anuência do devedor, o devedor não precisa concordar que o 
credor ceda o seu crédito. Ele só deve ser informado a quem ele deve pagara dívida. O devedor não pode se negar a pagar 
a dívida para quem o credor cedeu o crédito. Não depende para fim material a anuência do devedor, só basta que ele seja 
comunicado a quem ele deve fazer o pagamento (art. 346, CC). A não ser que o próprio título executivo vede a sessão, o 
credor é livre para ceder o seu crédito. Do ponto de vista processual se tem uma substituição de parte e durante muito 
tempo a doutrina e jurisprudência discutiam sobre essa possibilidade, sobre o ponto de vista material não tem problema, 
mas se seção tivesse ocorrido antes da execução, antes de iniciado o processo de execução não haveria nenhum problema, 
agora se já tivesse iniciada a execução do crédito poderia haver a seção do crédito? Atualmente já está pacificado pelo 
recurso especial onde se definiu como se tem uma norma específica no processo de execução que é o art. 567do CPC, não 
se aplica o art. 42, Parágrafo 1 do CPC. É apenas aplicável ao processo de conhecimento, não sendo aplicável ao processo 
de execução, porque no processo de execução se tem uma norma específica do art. 597, § 2. 
III – osub-rogado, nos casos de sub-rogação legal (art. 673 – 346, CC) ou convencional (347,CC). 
Obs: Sub-Rogação: quando algum terceiro satisfaz a dívida do devedor original, ele então se sub-roga nos direitos do 
credor. Ex: o fiador que paga a dívida do afiançado. Aquele que efetuou o pagamento se sub-roga nos direitos do credor. 
Art. 346. A sub‑rogacao opera‑se, de pleno direito, em favor: 
I – do credor que paga a dívida do devedor comum; 
II – do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento 
para não ser privado de direito sobre imóvel; 
III – do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. 
Art. 347. A sub‑rogacao é convencional: 
I – quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos; (assemelha a 
seção de crédito) 
II – quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o 
mutuante sub‑rogado nos direitos do credor satisfeito. 
 
Legitimação supervenientes extraordinárias 
 Massa falida – não tem personalidade jurídica, mas que a lei atribui a legitimidade de propor ou prosseguir em 
uma execução. Uma vez declarada a sua falência muda a sua personalidade jurídica. Se torna credora das 
eventuais dívidas que ela tinha durante a sua atividade. 
 Condomínio – (não formalizado, não personalizado). Obs: Se for um condomínio formalizado ele terá 
personalidade jurídica. 
 Herança jacente - (ocorre quando não há sucessores e herdeiros – os bens ficam para o Estado) - não tem 
personalidade jurídica, mas que a lei atribui a legitimidade de propor ou prosseguir em uma execução. 
 
Legitimação Passiva (quem vai ocupar o pólo passivo na execução. Normalmente é o devedor e que está no próprio 
título executivo) 
Art. 568, CPC – Se o devedor não tiver bens no foro da causa, far‑se‑a a execução por carta, penhorando‑se, 
avaliando‑se e alienando‑se os bens no foro da situação (artigo 747). 
I – o devedor, reconhecido como tal no título executivo; (no próprio título já irá constar quem vai ser o credor e quem vai 
ser o devedor. Na sentença já constará a obrigação do devedor.) 
II - o espólio (art. 597), os herdeiros ou os sucessores do devedor; 
Art. 597. O espólio responde pelas dívidas do falecido; mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas na proporção 
da parte que na herança lhe coube. 
III – o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; (o devedor 
repassou a dívida. Nessa hipótese se tem uma assunção da dívida por um terceiro. Nesta caso o novo devedor necessita de 
consentimento do credor. Enquanto a cessão do crédito não depende da anuência do devedor a não se que seja explicito 
no próprio título ou que seja personalíssima o credor simplesmente comunica o devedor que houve a cessão do crédito. Já 
a seção do débito sempre vai depender da anuência do credor, para que não seja substituído por alguém que não tenha 
condições de pagar a dívida.) 
IV – o fiador judicial; (no próprio título judicial fica um terceiro que vai garantir a execução daquela determinada dívida. 
Apesar do fiador não ser o devedor principal, ele é o responsável pelo cumprimento da obrigação.) 
V – o responsável tributário, assim definido na legislação própria. (Substituição tributária uma hipótese onde alguém que 
não faz parte da relação jurídica que deu ensejo ao fato gerador do tributo, mas a própria legislação diz que ele passará a 
ser responsável pelo tributo. Ex: por uma questão de política tributária é mais fácil fiscalizar o fabricante do que fiscalizar 
o fato gerador de várias concessionárias. Nesse caso o próprio fabricante do veículo irá substituir tributariamente aquele 
revendedor, sendo o responsável final pelo tributo. Apesar de não ser ele quem está na relação final tributária, ele se torna 
responsável tributário em se tratando em substituição tributária.) 
 
Litisconsórcio – cumulação subjetiva. 
 Facultativo (normalmente) (no pólo ativo). Obs: também pode ocorrer no pólo passivo, já que pode ser 
demandado apenas um dele que vai responder por toda a dívida. 
Obs: no pólo passivo se pode ter um litisconsórcio necessário, quando, por exemplo, na execução for atingir bens 
imóveis do casal. Também deverá integrar no pólo passivo o cônjuge. 
 Simples – pode ter decisões diferentes para cada litisconsórcio. No caso da execução o litisconsórcio será 
simples. 
Obs: Unitário – a decisão tem que ser igual para todos. 
 Inicial (pode ser iniciado contra dois devedores ou por dois credores) / ulterior (depois de iniciada a execução 
houve uma pluralidade ativa ou passiva. Ex: a situação dos herdeiros). 
 
Outras intervenções: (não há de se falar em intervenções de terceiro na execução) 
Somente no caso de ação incidental, pois visam reconhecimento do direito; (No processo de execução em regra não se 
terá contraditório, porque o devedor ele será chamado a cumprir a obrigação. Quando no processo de conhecimento ele 
será citado para se defender. Mas há possibilidade de contraditório no processo de execução? No processo de execução 
em si não, mas há meios da chamada oposição a execução ou de defesas do executado através de uma ação autônoma. 
Quando se trata de uma execução de título executivo extrajudicial essa defesa pode ser feita através dos embargos do 
devedor. Em se tratando de execução de título judicial a defesa será feita por meio de impugnação ao cumprimento de 
sentença. Nos embargos de execução a figura muda, pois há uma ação de conhecimento incidental a própria execução. 
Aqui se terá como autor dos embargos o devedor e como réu o credor da execução e estarão discutindo o próprio título 
executivo. No processo de execução em si não se pode utilizar as formas de intervenção de terceiros, mas no processo 
incidental de embargos da execução pode haver sim essas intervenções de terceiro. O embargo de execução é uma ação 
de conhecimento. 
 
Outras formas: (que terceiros participam do processo de execução, ainda que não seja como credor ou devedor) 
Art. 615, II, CPC – Cumpre ao credor: - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou 
usufrutuário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto; (se um dos bens do 
devedor que vão acabar como objeto de penhora, se eles tiverem algum direito real. Se o bem já era uma garantia real de 
uma dívida os credores acima serão chamados para exercer o seu direito real de preferência.) 
Art. 626, CPC - Alienada a coisa quando já litigiosa, expedir‑se‑a mandado contra o terceiro adquirente, que somente 
será ouvido depois de deposita‑la. (quando se tem uma execução de entrega de coisa certa e esse bem já foi alienado, 
então vai ser intimado o terceiro adquirente para depositar o bem. Ex: de uma pessoa que comprou um carro, vendeu a um 
terceiro e não pagou para a financeira. 
 
Intervenção de terceiros (terceiros podem atuar no processo) 
Art. 634, CPC – execução por terceiro - Se o fato puder ser prestado por terceiro, é lícito ao juiz, a requerimento do 
exequente, decidir que aquele o realize à custa do executado. (Ex. execução por obrigação de fazer. Contrata uma 
empresa para fazer uma casa e a empresa não realiza o serviço e recorrendo a justiça o juízo pode determinar que seja 
feita e pode ser feita por um terceiro e não efetivamente a empresa que foi contratada as expensas da empresa contratada.) 
Art. 655, § 1, CPC – terceiro garantidor - A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: § 1o Na execução 
de crédito com garantia hipotecária, pignoratícia ou anticrética, a penhora recairá, preferencialmente, sobre a coisa dada 
em garantia; se a coisapertencer a terceiro garantidor, será também esse intimado da penhora. (Além da garantia real, 
havia uma garantia pessoal) 
Art. 698, CPC – credor com garantia averbada - Não se efetuará a adjudicação ou alienação de bem do executado sem 
que da execução seja cientificado, por qualquer modo idôneo e com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência, o senhorio 
direto, o credor com garantia real ou com penhora anteriormente averbada, que não seja de qualquer modo parte na 
execução. (pode ter diversas penhoras e com isso poderá haver diversas execuções contra o mesmo devedor e 
eventualmente o mesmo bem garantir as diversas execuções) 
Embargos de terceiro – arts. 1046 e SS., CPC - Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse 
de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial, 
arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer lhes sejam manutenidos ou restituídos por meio de 
embargos. (há atuação de terceiros que não fazem parte da execução, no qual não compõem o pólo ativo e o passivo, mas 
que de alguma forma irão participar indiretamente da execução.) 
 
Trabalho – Uma análise dos títulos executivos extrajudiciais. (Art. 585 do CPC) – Dia 27/03 (Para cada título de 3 
a 4 linhas). Manuscrito. Vale 2 pontos. 
 
Aula 4 – 27/02/13 
 
Responsabilidade patrimonial - Arts. 591 a 597, CPC (Responsabilidade é uma questão processual, ou seja, é verificar 
quais bens deverão ser discutidos expropriados e que irão responder por essa dívida. Quais bens que vão ser expropriados 
para satisfazer o crédito que está sendo executado.) 
 
Bens presente e futuros do devedor, exceto os inalienáveis e impenhoráveis (art. 591, CPC) (A regra do CPC é em 
relação quais bens vão ser objeto de execução que estão definidos nestes dispositivos legais) 
Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo 
as restrições estabelecidas em lei. (Concretização do principio da realidade – a execução ela é real, não é pessoal. Quem 
responde pela dívida efetivamente vai ser os bens do devedor. Não interessa quando o bem ingressou no rol do devedor 
(presentes e futuros). A idéia é quais são os bens existentes no momento e quem vai ser proposta a execução – os bens 
que compõem o patrimônio do devedor é que justamente vai responder pela dívida.) 
Obs: Haverá algumas situações aonde o devedor alienando os bens antes do vencimento da dívida, ou seja, quando 
iniciado algum processo teremos situações em que esses bens mesmo em principio não mais integrando ao patrimônio do 
devedor possam ainda responder. 
 Espólio (art. 597, CPC - O espólio responde pelas dívidas do falecido; mas, feita a partilha, cada herdeiro 
responde por elas na proporção da parte que na herança lhe coube.) 
 Impenhorabilidade (arts. 648, 649 e 650, CPC) 
Art. 648. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis. 
Art. 649. São absolutamente impenhoráveis: (não são passíveis de serem buscados para responder pelas dívidas 
do devedor) 
I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; (Ex: ato voluntário pode ser 
por disposição testamentária, ou em uma doação de um bem, pode ser inserida uma cláusula de inalienabilidade e 
consequentemente neste caso, os bens havidos por doação ou por sucessão testamentária, esses bens não 
respondem por eventuais dívidas. Mas desde que haja essa declaração expressa declarando que esse bens são 
ilanienáveis.) 
Obs: Os bens públicos não são passíveis de penhora, pois há um mecanismo específico para a execução da 
fazenda pública que é o chamado de precatório requisitório. Não se pode fazer uma penhora de um prédio 
público. 
II – os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado 
valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; (Tem haver com o 
princípio da dignidade humana. Se ultrapassar as necessidades comum os bens podem ser penhorados.) 
III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; 
IV – os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e 
montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os 
ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste 
artigo; (Forma de remuneração ou alguma verba que tenha natureza alimentícia – o salário server para o sustento 
do devedor. Tudo que está ligado ao sustento do devedor não lhe pode ser retirado.) Obs: Quando da lei 
11.382/06, pretendeu-se estabelecer limites, ou seja, atualmente nos temos uma impenhorabilidade absoluta de 
salários etc (a verba remuneratória ou decorrente do trabalho do devedor utilizado para o seu sustento). Quando 
da edição desta lei havia uma previsão de penhorabilidade quando se tinha valores acima de 20 salários mínimos, 
ou seja, a impenhorabilidade estava limitada a 20 salários mínimos) e acima disso havia a possibilidade de 
penhora no valor máximo de 40%. Houve essa tentativa de se fazer penhora de salário, mas na época o PR vetou, 
com o argumento de que era da tradição do Direito Brasileiro a impenhorabilidade dos salários). 
V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou 
úteis ao exercício de qualquer profissão; (meios necessários para que o devedor consiga manter o seu sustento) 
VI – o seguro de vida; 
VII – os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; (é possível a penhora 
da obra, se a respectiva obra esteja em construção abrangerá também os materiais que estão sendo adquiridos para 
a conclusão da obra. O inverso não é verdadeiro – se não houve penhora da obra, não pode haver penhora dos 
bens materiais necessários para a conclusão da obra.) 
VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; (aqui tem uma 
proteção que está na CF – questão da economia família.) 
IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou 
assistência social; (Essas instituições privadas podem ter outros bens que podem ser penhorados, só não podendo 
ser penhorado esses recursos) 
X – até o limite de 40 (quarenta) salários‑mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança; (Acima disso 
podem ser passível de penhora. Aqui não está contemplado outros tipos de aplicações financeiras. Obs: acima dos 
40 salários mínimos não está mais configurado como sendo vinculo alimentício.) 
XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político. 
Art. 650. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e rendimentos dos bens inalienáveis, salvo se 
destinados à satisfação de prestação alimentícia. 
 Salários: (art. 649, inc. IV, CPC - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de 
aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao 
sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, 
observado o disposto no § 3o deste artigo;) 
 Bem de família: Lei 8009/90 
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por 
qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou 
pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. (Regra é 
quehá uma impenhorabilidade do bem de família. Considera-se bem de família um imóvel de uma pessoa 
solteira. Não protege aquele que é casado e tem família.) 
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista 
ou de outra natureza, salvo se movido: (há hipóteses que mesmo o bem de família acaba respondendo pela dívida 
– responsabilidade patrimonial) 
I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; 
(se a dívida for do salário do trabalhador – ex: uma empregada doméstica e com isso o imóvel pode ser penhorado 
e levado a execução, para pagamento da dívida.) 
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite 
dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; (o bem de família irá responder pelas 
dívidas que foram contraídas para a sua construção ou para a sua reforma) 
III -- pelo credor de pensão alimentícia; (tem natureza alimentar) 
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; 
(Ex: do não pagamento do ITPU) 
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; 
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a 
ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. 
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. (Foi objeto de discussão no STF sobre 
a sua constitucionalidade. O bem de família é penhorável quando se trata de fiança conseguida no contrato 
locação, ou seja, quem é fiador no contrato de locação não pode se esquivar desses pagamentos do valor de 
locações ao argumento de ser um bem de família. O STF em um primeiro julgamento decidiu que seria 
inconstitucional, mas acabou voltando a trás e confirmou a constitucionalidade desse dispositivo, com o 
argumento isso acabaria dificultando a locação. Obs: o bem do locatário se ele tiver é impenhorável, mas o do 
fiador não.) 
 Renuncia à impenhorabilidade (REsp 470.935/ RS) 
 
Responsabilidade (art. 592, CPC) (quem responde pela execução são os bens do devedor, mas há terceiros que não 
fazem parte da relação jurídica processual podem ter os seus bens atingidos e não figuram como devedor e podem ter 
responsabilidade no pagamento da dívida) 
Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens: 
I – do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória (persegue o 
bem); (Ex: um imóvel hipotecado pode ser vendido? Pode, mas como está gravado com ônus real que é a hipoteca, não 
impede que o credor hipotecário vá atrás do bem, o chamado direito de seqüela. Ele persegue o bem, ainda que esteja 
vendido para outro. Ainda que a coisa tenha sido alienada, o bem tenha sido vendido permanece respondendo pela 
obrigação original. Esse sucessor a titulo singular vai responder no caso de uma execução fundada em direto real ou de 
obrigação reipersecutória, mas só vai responder aquele determinado bem gravado no ônus real ou com cláusula 
reipersecutória. Ex: de uma pessoa que tem um imóvel financiado, vende e não passa o financiamento para o nome desse 
terceiro e o ex dono deixa de pagar o resto do financiamento. Com isso o bem será executado, mesmo esse terceiro tendo 
pago um ágio ou a quitação do bem. Resumindo o devedor original não possui mais o bem, pois ele vendeu ou alienou o 
bem, e esse adquirente seja qualquer título gratuito ou oneroso, responderá por essa dívida, mas só pelo bem) 
II – do sócio, nos termos da lei; (Doutrina do Abuso de Poder – excesso de poderes que podem levar a responsabilização 
pessoal do sócio, quando usando a sociedade para obter eventuais finalidades ilícitas. Neste caso o sócio poderá nessa 
condução fraudulenta da sociedade irá responder com os seus bens pela dívida da sociedade). (O Humberto Teodoro 
Júnior considera que essa desconsideração da personalidade jurídica (redirecionamento) deveria ser apurada em um 
processo específico, onde saturasse o amplo contraditório e tudo mais, essa responsabilidade do sócio quando por excesso 
de poder ou quando por gestão fraudulenta. Essa desconsideração da personalidade jurídica pode ser efetuada na própria 
execução, acabando sendo uma decisão interlocutória do magistrado). 
Arts. 50, 990, 1.039 e 1.045, CC; Arts. 133 e 134, CTN; Art. 2, § 2, CLT; Art. 13, L. 8.620/93 
III – do devedor, quando em poder de terceiros; (se por alguma razão como comodato por exemplo, os bens do devedor 
estão na posse de terceiros, estes bens do devedor vão responder pela dívida, mesmo estando em poder de terceiro.) 
IV – do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios, reservados ou de sua meação respondem pela dívida. (uma 
dívida contraída por apenas um dos cônjuges, e não veio em proveito do casal, então só vai responder os bens daquele que 
contraiu a dívida. Mas se a eventual dívida contraída veio a proveito do próprio casal (bens comuns), a integralidade dos 
bens tanto daquele que contraiu a dívida, como do outro responderá pela integralidade da dívida.) Ex: 1643- CPC 
- art. 3, L 4.121/62; Arts. 1.644, 1.663, § 1, 1.1664, CC 
Obs: Por meio dos embargos de terceiro se tenta preservar o seu patrimônio. Por meios de embargos a execução se discute 
a própria dívida. E isso vale também para o caso de cônjuges. 
Súmula 251/STJ - A meação só responde pelo ato ilícito quando o credor, na execução fiscal, provar que o 
enriquecimento dele resultante aproveitou ao casal. (competirá a execução fiscal o exeqüente comprovar que efetivamente 
o proveito se deu em proveito do casal) 
V – alienados ou gravados com ônus real em fraude de execução. (Fraude a execução se tem duas figuras distintas que 
hora se assemelham. A chamada fraude a execução e a chamada contra credores. São figuras distintas. Enquanto a ação 
pauliana ou fraude contra credores, essa é uma questão de direito material, ou seja, ela na verdade está em uma situação 
que antes de vencer a dívida o devedor começa se desfazer fraudulentamente dos seus bens para se tornar insolvente. E 
este devedor começa a vender o seus bens ou eventualmente ele começa a gravar os bens para fraudar os seus credores e 
assim não ter patrimônio para não responder pelas eventuais dívidas. Neste caso as alienações efetuadas poderão ser 
objeto de desconstituição, ou seja, serão anuladas as vendas. Assim o credor verificando que o devedor está se desfazendo 
de seus bens para se tornar insolvente ele pode propor uma ação para declarar a nulidade dessas vendas. Atualmente a 
jurisprudência do STJ está entendendo que no caso de uma fraude contra credores, ou seja, quando está próximo do 
vencimento da dívida, o devedor começa a vender ou gravar seus bens em ônus real, o credor pode mover essa ação para 
declarar ineficácia da alienação para ele, dentro do limite do seu crédito. Antes era declarada nula a venda, voltava a fazer 
parte do patrimônio do devedor.) 
Fraude à execução – art. 593, CPC – art. 600, I , CPC (Há fraude à execução quando há uma demanda judicial ou já em 
uma execução) 
Art. 593. Considera‑se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens: (nestas hipóteses necessariamente se tem 
uma fraude a execução quando se tem uma ação, uma demanda já em mente. Já existindo essa demanda que possa levar a 
parte a insolvência (não é qualquer alienação do devedor que vai ser considerada uma fraude a execução). Pouco importa 
se tenha uma demanda em fase de execução ou uma demanda ainda na fase de conhecimento. Para caracterizar a fraude à 
execução é necessário que tenha uma ação judicial, seja no vencimento, seja uma ação executiva. Nesse caso não precisacomprovar a má-fé do adquirente, simplesmente a alienação do bem é ineficaz a alienação, ou seja, mesmo que vendido o 
bem, para aquele processo essa venda é como se não houvesse existido, ela é válida entre as partes, mas não produz 
efeito. O bem responderá pela dívida. Aqui a uma presunção da má-fé por parte do vendedor. Competirá ao adquirente 
comprovar que não sabia de uma ação de execução que levaria a insolvência. Os bens que foram vendidos acabam 
passiveis de serem penhorados). 
I – quando sobre eles pender ação fundada em direito real; 
II – quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi‑lo à insolvência; 
III – nos demais casos expressos em lei. 
 Ação fundada em direito real 
 Pendência de demanda capaz de levar o devedor à insolvência 
 Citação válida (art. 219, CPC) (o marco para se saber se há uma fraude a execução é ter ocorrido à citação valida, ou 
seja, se não houve a citação não está caracterizado a fraude contra execução, mas pode está caracterizada uma eventual 
fraude contra credores.) 
Registro de certidão de distribuição (art. 615-A, CPC – o exequente poderá, no ato da distribuição (de uma execução), 
obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de 
averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto.) (Uma vez 
proposta a execução o autor (credor) para se garantir ele também já poderá fazer o registro dessa propositura da execução 
e com isso já fica assegurado que ninguém poderá alegar depois ser adquirente de boa-fé, pois já está registrado, pois já 
existe uma propositura dessa ação de execução e consequentemente eventual adquirente já irá saber da existência dessa 
demanda e não poderá alegar que comprou de boa-fé. § 3 - Presume‑se em fraude à execução a alienação ou oneração de 
bens efetuada após a averbação. Aqui tem uma presunção dessa fraude a execução). 
Registro imobiliário (art. 659, § 4, CPC - A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do 
principal atualizado, juros, custas e honorários advocatícios. § 4o A penhora de bens imóveis realizar‑se‑a mediante auto 
ou termo de penhora, cabendo ao exequente, sem prejuízo da imediata intimação do executado (art. 652, § 4o), 
providenciar, para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, a respectiva averbação no ofício imobiliário, 
mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de mandado judicial.) (uma vez feita a 
penhora do bem, se for um bem imóvel ou móvel, já se terá um conhecimento absoluto do registro). 
IV – Fiador (art. 595, CPC - O fiador, quando executado, poderá nomear à penhora bens livres e desembargados do 
devedor. Os bens do fiador ficarão, porém, sujeitos à execução, se os do devedor forem insuficientes à satisfação do 
direito do credor.) (Compete ao fiador por ter sido responsabilizado pela dívida indicar bens livres e desembaraçados do 
devedor principal, para eximir do pagamento. Caso o fiador tenha que pagar ele terá o direito de regresso contra o 
devedor da dívida.) 
 
Aula 5 – 06/03/13 – Obs: Uma das perguntas da prova é sobre um dos títulos de crédito Extra Judicial 
 
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA 
– DEVEDOR SOLVENTE: 
Pode ser fundada em: 
• Título extrajudicial – Arts. 646 e seguintes, CPC 
• Título judicial (cumprimento de sentença) – arts. 475-J e seguintes, CPC 
Obs: Até 2006 se tinha um tratamento uniforme, ou seja, tratava-se da execução por quantia certa pouco importava se era 
fundada por título judicial ou extrajudicial. Com a reforma trazida pela lei 11382/06, houve uma profunda alteração 
principalmente na parte de cumprimento de sentença (título executivo judicial). Passou a ter um tratamento diferenciado 
com acréscimos 475-A até o artigo 475-R ao CPC. Trouxe uma alteração significativa para o Direito Processual Civil, na 
parte relativa ao processo de conhecimento, porque antes se tinha uma segmentação efetiva entre processo de 
conhecimento e processo de execução. Em se tratando de processo de conhecimento ele virou um processo bifásico onde 
tem uma fase de conhecimento, onde vai ser decidida a questão e uma segunda fase de cumprimento de sentença. 
Ao que diz respeito a execução fundada em título judicial, houve alterações posteriores Lei 11384, trouxe significativas 
alterações tentando justamente alterar aquele conceito do coitado do vendedor para tentar trazer uma maior segurança 
quanto a efetividade da tutela executiva (para a realização no mundo dos fatos daquele direito que tenha sido 
inobservado). 
 
– DEVEDOR INSOLVENTE (Insolvência Civil) 
• art. 748 e seguintes, CPC 
 
EXECUÇÃO TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
– EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
• arts. 646 e seguintes, CPC 
– Procedimento 
Obs; Será a primeira provocação do Poder Judiciário para tentar satisfazer / concretizar aquele determinado direito que 
não foi observado e ao qual a lei atribuiu uma força executiva, ou seja, que prescinde um pronunciamento judicial – o 
próprio título já garante o direito ali previsto, que já permite provocar o judiciário para a tutela satisfativa (satisfazer 
aquela determinada obrigação contida nesse título executivo). Não há necessidade de uma decisão judicial. O título já é o 
documento hábil ensejar essa tutela satisfativa ou tutela executiva. 
 
• Competência – art. 576, CPC (Lei 5869/73) 
Aonde deve ser proposta a demanda? 
Art. 576. A execução, fundada em título extrajudicial, será processada perante o juízo competente, na conformidade do 
disposto no Livro I, Título IV, Capítulos II e III (diz respeito a competência interna e onde deve ser proposta a demanda). 
Lei 5869/73 
CAPÍTULO II 
DA COMPETÊNCIA INTERNACIONAL (quando que o juiz nacional vai poder apreciar e julgar uma determinada 
demanda) 
Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: 
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. 
CAPÍTULO III 
DA COMPETÊNCIA INTERNA 
Seção III 
Da Competência Territorial 
Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, 
no foro do domicílio do réu. (a proposta executiva geralmente é proposta como regra no foro do domicílio do réu.) 
Art. 100. É competente o foro: 
IV - do lugar: 
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento; (Pode ser proposta uma demanda 
onde se tem um título onde determinava um local para realização dessa obrigação, diferente do domicílio do réu, se tem a 
possibilidade de ser proposta a demanda no lugar onde a obrigação deve ser satisfeita – regra específica). 
Obs: O normal é o domicílio do réu, eventualmente o local onde a obrigação deve ser satisfeita quando se está exigindo o 
cumprindo dessa obrigação. 
 
• Petição inicial (deve observar os requisitos do art. 282, indicando quem é o órgão competente , quem é o autor da 
demanda, quem é o réu, a exposição do que se trata e principalmente a questão do título executivo, e que está proposto 
uma ação de execução em face do réu, em virtude do título executivo. Necessariamente o processo de execução tem que 
constar o original do título executivo, que é justamente a prova da obrigação constante ao qual o réu está obrigado.) 
Obs: se houve a necessidade de comprovar naqueles contratos onde nós temos uma situação onde o próprio credor tenha 
cumprido com a sua parte (contrato sinalagmático – que tem obrigação para ambas as partes), cumpre ao credor 
demonstrar que cumpriu a sua parte na obrigação, ouque eventualmente se é uma ato sujeito a ter alguma condição tem 
que comprovar que essa condição se implementou ou que o termo sobreveio. Com isso tem que se demonstra tudo isso 
para que tenha a exigibilidade do título. O título deve entrar na obrigação líquida, certa e exigível. A exigibilidade está 
justamente na implementação do termo, condição ou eventualmente se o próprio credor estava sujeito a cumprir a uma 
parcela da obrigação ele deve cumprir e essa parcela, aquilo que lhe competia já foi devidamente cumprida, caso contrário 
não se tem a exigibilidade do título e é caso de indeferimento da petição inicial. Porque o título executivo extra judicial 
não está representando uma obrigação líquida, certa e exigível. 
– Indicação dos bens pelo credor (art. 652, § 2º, CPC) 
Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida. 
§ 2o O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655). 
Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial: 
I – com o título executivo extrajudicial; 
II – com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia 
certa; (quantia certa) 
III – com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (artigo 572). 
Art. 615. Cumpre ainda ao credor: 
I – indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo pode ser efetuada; (pode acontecer em uma 
hipótese na qual se teria uma obrigação que fosse personalíssima e que eventualmente ele não tenha mais interesse que ele 
o cumpra, já possa transformar em uma execução por quantia certa transmudando em perdas e danos. Poderia optar por 
uma execução inatura ou seja por uma execução ou por quantia certa, ele opta por uma delas e então ele deve indicar 
precisamente na petição inicial o que pode acontecer e que o próprio título lhe de essa alternativa.) 
II – requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou usufrutuário, quando a penhora recair 
sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto; (se eventualmente se tratar de uma execução que recaia 
sobre determinado bem e esse bem já tenha algum outro direito real coincidente sobre ele, é objeto de hipoteca, anticrese 
ou usufruto, ou eventualmente tenha esse penhor ou usufruto nesse caso já deve ter a intimação do eventual credor 
pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou usufrutuário, para justamente ele poder exercer o direito real. Se 
eventualmente na própria execução já vai recair sobre determinado bem que já é objeto de outro direito real, então neste 
caso o credor real também deverá ser intimado, para que sejam válidos os atos a serem tomados para eventual alienação 
do bem e consequentemente satisfação do crédito.) 
III – pleitear medidas acautelatórias urgentes; (se for necessário medida urgente eventual sequestro de bens, arresto de 
bens, para justamente evitar que o próprio devedor comece a se desfazer dos bens, para se tornar insolvente ou não ter 
bens para execução ele já poderá na própria petição inicial requerer medidas para a indisposição do devedor). 
IV – provar que adimpliu a contraprestação, que lhe corresponde, ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado 
não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor. 
Obs: Uma vez proposta a execução o credor já poderá requerer uma certidão de distribuição para fazer o registro (seja de 
bens imóveis, veículos) para justamente indicar a existência de uma execução e consequentemente já prevenir um 
eventual fraude a execução, assim o credor estará dando publicidade da existência de um processo de execução e 
consequentemente prevenir terceiro que a compra daquele determinado bem poderá eventualmente levar a uma ineficácia 
em relação a execução, dada a presunção de publicidade da existência dessa execução e consequentemente esse 
adquirente alegar uma boa-fé. 
 
– Despacho inicial – fixação de honorários (652-A, CPC) 
Proposta a demanda executiva e o juiz verificando se petição inicial preenchem esses requisitos, o juiz irá despachar a 
inicial. Ao despachar a inicial o que o juiz vai mandar citar o devedor para que faça o pagamento em 3 dias e já vai fixar 
os honorários advocatícios. 
Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida. 
Obs: Cuidado no processo de conhecimento o réu é citado para contestar, aqui é citado para pagar. Aqui já está no 
processo de execução. 
Art. 652‑A. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado (art. 
20, § 4o). 
§ 2o O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655). 
• Expedição de mandado de citação do executado para pagar em 3 dias – art. 652, CPC 
Se o executado não fizer o pagamento em 3 dias o que acontece? Desde a edição da lei 11232 e 11384, que trouxe para os 
processos de títulos extrajudiciais consta algumas situações diferenciadas, para tentar estimular o devedor a pagar a 
dívida. São elas: 
– indicação da redução do valor dos honorários (652-A, § único - No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) 
dias, a verba honorária será reduzida pela metade.) (o legislador pensou em da uma vantagem ao devedor para que ele 
quitasse a dívida, pagando a metade dos honorários) 
– indicação do prazo para embargos (art. 738, CPC - Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, 
contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.) (a partir do momento em que o devedor for citado ele tem 
um prazo para impor embargos a execução que é de 15 dias. Essa ressalva também deve constar no mandado citatório, 
que o réu saiba que ele também vai ter o direito de opor a essa execução por meio de uma ação que se chama embargos 
do devedor ou embargos a execução. Apesar do réu não ser citado para se defender e sim para pagar, ele poderá se quiser 
questionar a validade do próprio título executivo assim como eventual irregularidade do próprio processo de execução. 
A partir de 2006 houve uma mudança, onde originalmente o réu era citado e tinha que pagar em 24 horas e prazo para 
embargar era da penhora, agora não o prazo para embargos é de 15 dias da citação. Hoje em dia a penhora não precisa 
garantir o juízo para poder oferecer os embargos de execução. Antes de 2006 o réu só poderia ser ouvido depois que 
garantisse o juízo. No sistema anterior o prazo de 24hrs para pagamento, não havendo pagamento já poderia ter a penhora 
e hoje são 3 dias. O prazo para embargos antes contado da intimação da penhora, ou seja, feita a penhora o devedor era 
intimado a assinar o termo de penhora e assim já estava intimado e teria os 15 dias para apresentar os embargos. Só 
poderia oferecer depois que tivesse garantia do juízo. Hoje para oferecer não há necessidade de garantia do juízo, ou seja, 
ele pode se defender sem ter que se dispor dos seus bens. Hoje a garantia do juízo é um dos requisitos para se obter efeitos 
suspensivos ao embargo. Uma vez questionado o título executivo, ou alegado um vício processual no processo de 
execução por meio desses embargos de execução. Hoje não se suspende mais. Só se suspende a execução se ele garantir o 
juízo e não comprovar o fumus boni iuris. Se não comprovar o fumus boni iuris a execução continua.Hoje a regra é que 
não precisa garantir o juízo e paralelamente corre as duas coisas, a execução continua sendo tramitada e os embargos de 
execução porque não se tem mais efeitos suspensivos.) 
– indicação de possibilidade de requerer moratória (art. 745-A, CPC - No prazo para embargos, reconhecendo o 
crédito do exequente e comprovando o depósito de 30% (trinta por cento) do valor em execução,inclusive custas e 
honorários de advogado, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas 
mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês.) – a idéia aqui também é facilitar o 
pagamento para quitação do débito. 
Obs: Moratória é uma parcelamento legal do débito. Agora á uma previsão de parcelamento do débito no art. 745-A. Para 
obter os benefícios do parcelamento o exeqüente deve já ter feito o depósito de 30% e requer o parcelamento de até 6x. 
§ 1o Sendo a proposta deferida pelo juiz, o exequente levantará a quantia depositada e serão suspensos os atos executivos; 
caso indeferida, seguir‑se‑ao os atos executivos, mantido o depósito. 
§ 2o O não pagamento de qualquer das prestações implicará, de pleno direito, o vencimento das subsequentes e o 
prosseguimento do processo, com o imediato início dos atos executivos, imposta ao executado multa de 10% (dez por 
cento) sobre o valor das prestações não pagas e vedada a oposição de embargos. (Caso não haja o pagamento das 
prestações haverá uma multa de 10% sobre o valor restante. A idéia aqui é apenar o devedor que tentou se beneficiar e 
não cumpriu com o parcelamento.) 
Obs II: todas essa medidas são em prol do devedor. 
Obs III: Em se tratando de execução, a citação deve ser pessoal do devedor. Não vale na execução a chamada citação 
pelos correios (Postal). Tem que ir o Oficial de Justiça efetuar a citação do devedor. Se o devedor não for encontrado o 
Oficial de Justiça fará uma citação com hora certa ou se não for encontrado o paradeiro do devedor será citado por edital. 
 
• Devedor não encontrado 
Caso o devedor não seja encontrado utilizando-se os artifícios que a justiça tem o procedimento será o seguinte: 
– Arresto dos bens (art. 653, CPC - O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar‑lhe‑a tantos bens quantos 
bastem para garantir a execução. (o devedor não foi encontrado, mas os bens foram o oficial de justiça ele já fará o 
arresto dos bens para já deixar pré disponível para o devedor esses bens.) 
Parágrafo único. Nos dez dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o devedor três vezes em dias 
distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido. 
– Requerimento de citação por edital e conversão do arresto em penhora (Art.654, CPC - Compete ao credor, dentro 
de dez dias, contados da data em que foi intimado do arresto a que se refere o parágrafo único do artigo anterior, requerer 
a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se refere o artigo 652, 
convertendo‑se o arresto em penhora em caso de não pagamento.) 
Obs: Findo o prazo do pagamento pela citação por edital, aqueles bens que foram objeto de arresto vão se tornar agora 
objeto de penhora para a garantia da execução. 
 
• Citado o devedor, atitudes possíveis 
Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida. 
– 3 dias (para fazer o pagamento) 
• Fez o pagamento – há a extinção da execução (art. 794, I, CPC - Extingue‑se a execução quando: I – o devedor 
satisfaz a obrigação;) 
• Não fez o pagamento (atualmente o mandado de citação é um mandato de citação, penhora e avaliação.) 
. Penhora e avaliação de bens pelo oficial de justiça (art. 652, § 1º, CPC - Não efetuado o pagamento, munido da 
segunda via do mandado, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando‑se o 
respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.) (Feita a citação e passado o prazo para 
pagamento, ele volta aos autos e verifica que não foi feito o pagamento, então o próprio oficial de Justiça vai novamente 
atrás do devedor para verificar a existência ou não de bens para já proceder a penhora.) 
Obs; Antes e 2006 competia ao próprio devedor indicar bens a penhora. Agora não pagando em 3 dias o oficial de justiça 
já vai atrás dos bens e poderá ser até os próprios bens que o credor indicou na petição inicial. Retirou o devedor a opção 
de indicação dos bens a penhora, pois poderia ser penhorado bens no qual o devedor não gostaria que fossem 
penhorados.) 
Obs II: Houve também uma agilização no processo de penhora. Antes era feita a penhora e depois iria para um avaliador 
judicial. Se os bens fossem indicados pelo devedor, ele iria indicar os bens e o valor e o credor dizia se concordava ou não 
o valor indicado pelo devedor. Hoje quem vai fazer a penhora é o próprio oficial de justiça, na qual ganhou uma nova 
competência que foi a de avaliador. A não ser que o bem seja complexo e não seja possível ser facilmente constatado o 
valor de mercado, no qual precise de uma perícia ou um avaliador. Sendo assim o próprio oficial de justiça avaliará os 
bens e já vai lavrar o auto de penhora e nesse momento já intima o próprio executado. Há uma concentração de atos. 
– 15 dias (poderá fazer a moratória – parcelamento do débito ou opor os embargos.) Não pode fazer as duas coisas 
“parcelamento do débito ou opor os embargos “, pois se ele depositou o valor não poderá opor embargo a execução, 
porque já está reconhecendo o próprio débito. Pago a moratória exclui-se a possibilidade de embargos a terceiros. 
• depósito de 30% e requerimento da moratória (art. 745-A, CPC - No prazo para embargos, reconhecendo o crédito 
do exequente e comprovando o depósito de 30% (trinta por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorários de 
advogado, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de 
correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês.) 
• oposição de embargos (art. 738, CPC - Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da 
juntada aos autos do mandado de citação.) 
• intimação do devedor para indicar bens à penhora (art. 652, §§ 3º e 4º, CPC) (Caso no prazo de 15 dias não 
encontrado os bens, poderá haver a intimação do devedor para que ele indique os bens. Se o próprio credor não sabe da 
existência de bens, o próprio oficial de justiça foi ao local onde ele reside e não encontrou bens disponíveis, ocorrerá a 
intimação ao devedor para que ele indique os bens a serem penhorados. ) 
§ 3o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento do exequente, determinar, a qualquer tempo, a intimação do executado 
para indicar bens passíveis de penhora. 
§ 4o A intimação do executado far‑se‑a na pessoa de seu advogado; não o tendo, será intimado pessoalmente. 
Obs I: Caso o devedor seja intimado e ele não indicar bens a penhora isso seria ato atentatório à dignidade da justiça e 
portanto passível de ser multado de acordo com o Art. 600, IV CPC: 
Art. 600. Considera‑se atentatório à dignidade da Justiça o ato do executado que: 
IV – intimado, não indica ao juiz, em 5 (cinco) dias, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus 
respectivos valores. 
Art. 601. Nos casos previstos no artigo anterior, o devedor incidirá em multa fixada pelo juiz, em montante não superior a 
vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou 
material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução. (crime de desobediência) 
Obs II: Esse dispositivo legal só é aplicado quando realmente a má fé do executado. Apesar de ter esse dispositivo legal, 
não é utilizado. 
 
PENHORA (feita a penhora de um determinado bem, esse bem ficará vinculado aquele processo garantindo a aquela 
execução) 
• Função: 
– Individualização e apreensão dos bens; (quais são os bens do devedor que vão responder pela execução e de regra vai 
retirar da posse do devedor o bem) 
– Conservação; (será depositado ou será indicado um fiel depositário que ficará responsável pelo bemque normalmente 
fica na mão do próprio devedor. O bem deverá ser conservado para que ele não se deteriore e haja a perca o valor de 
mercado) 
– Estabelecimento de ordem de preferência (arts. 612 e 613, CPC) (principal função) 
Obs: Quem fez a penhora em primeiro lugar tem preferência na alienação desse bem junto a outros credores. 
Art. 612. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal (artigo 751, III ), 
realiza‑se a execução no interesse do credor, que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens 
penhorados. 
Art. 613. Recaindo mais de uma penhora sobre os mesmos bens, cada credor conservará o seu título de preferência. 
 
• Arts. 659 e seguintes, CPC (foi visto na aula passada) 
– responsabilidade patrimonial 
– impenhorabilidade (absoluta e relativa) 
• arts. 648 e 649, CPC 
• bem de família, L. 8.009/90 
 
• Limites da penhora 
Obs: desde quando o oficial de justiça cita o devedor e não encontrou o devedor, mas encontrou o bem ele vai arrestar 
bastem para a execução até o limite da satisfação do crédito como um todo. Não irá ultrapassar o valor total da dívida. 
– Valor do crédito (arts. 659 e 685) 
Art. 659. A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas 
e honorários advocatícios. (Limite da penhora total nem mais nem menos.) 
Art. 685. Após a avaliação, poderá mandar o juiz, a requerimento do interessado e ouvida a parte contrária: 
I – reduzir a penhora aos bens suficientes, ou transferi‑la para outros, que bastem à execução, se o valor dos penhorados 
for consideravelmente superior ao crédito do exequente e acessórios; (redução da penhora) 
II – ampliar a penhora, ou transferi‑la para outros bens mais valiosos, se o valor dos penhorados for inferior ao referido 
crédito. (ampliação da penhora) 
– A Execução tem que ser útil (art. 659, § 2º, CPC - Não se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da 
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.) (Principio da 
Utilidade da Execução – a pessoa tem pouquíssimos bens e esses bens mau pagam as custas processuais, então esses bens 
não irá trazer nenhum benefício para o credor, pois ele não vai receber nada e não irá prosseguir a execução.) 
 
• Escolha dos bens objeto de penhora escolha dos bens objeto de penhora 
– Em princípio o próprio Credor (art. 652, § 2º, CPC - O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem 
penhorados (art. 655).) – Na petição inicial o credor já poderá indicar os bens a serem penhorados. 
– Oficial de justiça o fará quando o credor não souber (art. 652, § 1º, CPC - § 1o Não efetuado o pagamento, munido 
da segunda via do mandado, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando‑se o 
respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.) 
– Por ultimo quem poderá indicar o bem é o Executado (art. 652, § 3º, CPC - O juiz poderá, de ofício ou a 
requerimento do exequente, determinar, a qualquer tempo, a intimação do executado para indicar bens passíveis de 
penhora.) 
 
• Dever do executado – art. 600, IV, CPC - intimado, não indica ao juiz, em 5 (cinco) dias, quais são e onde se 
encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores. 
Obs: O devedor ou o credor deve obedecer a alguma ordem indicativa dos bens a penhora. Há uma dispositivo legal que 
trata da ordem dos bens a serem penhorados e está previsto no art. 655 CPC. 
 
• Ordem dos bens – art. 655, CPC 
Art. 655. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: (não há critério absoluto, podendo haver alteração na 
ordem) 
I – dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
II – veículos de via terrestre; 
III – bens móveis em geral; 
IV – bens imóveis; 
V – navios e aeronaves; 
VI – ações e quotas de sociedades empresárias; 
VII – percentual do faturamento de empresa devedora; 
VIII – pedras e metais preciosos; 
IX – títulos da dívida pública da União, Estados e Distrito Federal com cotação em mercado; 
X – títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
XI – outros direitos. (Ex: precatório) 
 
• Penhora on-line (Bacen-Jud) – arts. 655-A, e 656, § 6º 
Art. 655‑A. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou aplicação financeira, o juiz, a requerimento do 
exeqüente (credor), requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, preferencialmente por meio eletrônico, 
informações sobre a existência de ativos em nome do executado, podendo no mesmo ato determinar sua 
indisponibilidade, até o valor indicado na execução. (Não há quebra de sigilo realizando essa penhora on line). 
§ 2o Compete ao executado comprovar que as quantias depositadas em conta‑corrente referem‑se à hipótese do inciso IV 
do caput do art. 649 desta Lei ou que estão revestidas de outra forma de impenhorabilidade. (se o devedor conseguir que 
esse bem é impenhorável ele deve requerer que deva ser impenhorado.) 
Obs: Após a lei nº 11384, o STJ mudou o entendimento. Além de uma mudança legislativa, houve uma mudança / quebra 
de paradigma na questão do devedor de que na verdade a execução se faz em benefício do credor, pois o que se interessa 
na execução é a satisfação do dano material daquela obrigação assumida e não cumprida, tanto que deu ensejo a uma 
execução. A partir de 2006 é que houve uma mudança do entendimento pelo STJ, entendendo que a penhora on line já 
pode ser a primeira a ser executada, não havendo mais a necessidade de se esgotar a tentativa de localização de bens do 
devedor, para só então partir para a penhora on line. Ela já pode ser o primeiro, na própria petição inicial o próprio 
exeqüente já pode requerer que não feito o pagamento no prazo de 3 dias seja feita a penhora on line, ou bloqueio de 
ativos financeiros do devedor. A penhora on line só será feita a requerimento do exeqüente. 
 
• Bens imóveis – arts. 655, § 2º, e 659, §§ 3º e 4º, CPC 
Art. 655. § 2o Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do executado. 
Art. 659. § 3o No caso do parágrafo anterior e bem assim quando não encontrar quaisquer bens penhoráveis, o oficial 
descreverá na certidão os que guarnecem a residência ou o estabelecimento do devedor. 
§ 4o A penhora de bens imóveis realizar‑se‑a mediante auto ou termo de penhora, cabendo ao exequente, sem prejuízo 
da imediata intimação do executado (art. 652, § 4o), providenciar, para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, 
a respectiva averbação no ofício imobiliário, mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, 
independentemente de mandado judicial. 
 
• Substituição da penhora (art. 656, CPC) - A parte poderá requerer a substituição da penhora se não houver a indicação. 
– Pelo credor (art. 656, V a VII) 
I – se não obedecer à ordem legal; 
II – se não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o pagamento; (pode ter algum contrato 
onde a garantia é para determinado bem e o credor pede para incidir em outro bem. Há uma quebra da ordem por haver 
essa substituição). 
III – se, havendo bens no foro da execução, outros houverem sido penhorados; (pode haver a troca de substituição do bem 
se houve em outro lugar) 
IV – se, havendo bens livres, a penhora houver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de gravame; (se a penhora 
recaiu sobre um bem que já teve uma penhora anterior, ou que já responde por uma dívida, poderá ser requerida a 
substituição se houver bens livres.) 
V – se incidir sobre bens de baixa liquidez; Ex: um trator quebrado. 
VI – se fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; ou– pelo devedor (art. 668, CPC) (se não houver êxito no 
leilão) 
VII – se o devedor não indicar o valor dos bens ou omitir

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