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Enterobius vermicularis

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Enterobius vermicularis 
MORFOLOGIA: O E. vermicularis apresenta nítido dimorfismo sexual, entretanto, 
alguns caracteres são comuns aos dois sexos: cor branca, filiformes. Na extremidade 
anterior, lateralmente à boca, notam-se expansões vesiculosas muito típicas, 
chamadas "asas cefálicas". A boca é pequena, seguida de um esôfago também típico: 
é claviforme, terminando em um bulbo cardíaco. 
Femea: Mede cerca de 1cm de comprimento, por 0,4mm de diâmetro. Cauda 
pontiaguda e longa. 
Macho: Mede cerca de 5mm de comprimento, por 0,2mm de diâmetro. Cauda 
fortemente recurvada em sentido ventral, com um espiculo presente. 
Ovo: Mede cerca de 50µn de comprimento por 20µm de largura. Apresenta o 
aspecto grosseiro de um D, pois um dos lados é sensivelmente achatado e o outro é 
convexo. Possui membrana dupla, lisa e transparente. No momento em que sai da 
fêmea, já apresenta no seu interior uma larva. 
 
HABITAT: Machos e femeas vivem no ceco e apêndice. As femeas, repletas de 
ovos (5 a 16 mil ovos), são encontradas na região perianal. 
CICLO BIOLOGICO: É do tipo monoxênico; após a cópula, os machos são 
eliminados com as fezes e morrem. As femeas, repletas de ovos, se desprendem do 
ceco e dirigem-se para o ânus (principalmente à noite). Os ovos eliminados, já 
embrionados, se tomam infectantes em poucas horas e são ingeridos pelo hospedeiro. 
No intestino delgado, as larvas rabditoides eclodem e sofrem duas mudas no trajeto 
intestinal até o ceco. Aí chegando, transformam-se em vermes adultos. Um a dois 
meses depois as fêmeas são encontradas na região perianal. Não havendo 
reinfecção, o parasitismo extingue-se aí. 
TRANSMISSAO: heteroinfecção: quando ovos presentes na poeira ou alimentos 
atingem novo hospedeiro (é também conhecida como primo-infecção); indireta: 
quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os 
eliminou; autoinfecção externa ou direta: a criança (frequentemente) ou o adulto 
(raramente) levam os ovos da região perianal a boca. E o principal mecanismo 
responsável pela cronicidade dessa verminose; autoinfecção interna: parece ser um 
processo raro no qual as larvas eclodiriam ainda dentro do reto e depois migrariam até 
o ceco, transformando-se em vermes adultos; retro infecção: as larvas eclodem na 
região perianal (externamente), penetram pelo ânus e migram pelo intestino grosso 
chegando até o ceco, onde se transformam em vermes adultos. 
PATOGENIA: Na maioria dos casos, o parasitismo passa despercebido pelo 
paciente. Este só nota que alberga o verme quando sente ligeiro prurido anal (a noite, 
principalmente) ou quando vê o verme (chamado popularmente de "lagartinha") nas 
fezes. Em infecções maiores, pode provocar enterite catarral por ação mecânica e 
irritativa. O ceco apresenta-se inflamado e, as vezes, o apêndice também é atingido. A 
alteração mais intensa e mais frequente é o prurido anal. A mucosa local mostra-se 
congesta, recoberta de muco contendo ovo e, as vezes, fêmeas inteiras. O ato de 
coçar a região anal pode lesar ainda mais o local, possibilitando infecção bacteriana 
secundária. O prurido ainda provoca perda de sono, nervosismo e, devido à 
proximidade dos órgãos genitais, pode levar à masturbação e erotismo, principalmente 
em meninas. 
DIAGNOSTICO CLINICO: O prurido anal noturno e continuado pode levar a uma 
suspeita clínica de enterobiose. 
DIAGNOSTICO LABORATORIAL: O exame de fezes não funciona para essa 
verminose intestinal. O melhor método é o da fita adesiva (transparente) ou método de 
Graham. 
EPIDEMIOLOGIA: Essa helmintose tem alta prevalência nas crianças em idade 
escolar. E de transmissão eminentemente doméstica ou de ambientes coletivos 
fechados. 
PROFILAXIA: A roupa de dormir e de cama usada pelo hospedeiro não deve ser 
"sacudida" pela manhã, e sim enrolada e lavada em água fervente, diariamente; 
tratamento de todas as pessoas parasitadas da família (ou outra coletividade) e repetir 
o medicamento duas ou três vezes, com intervalo de 20 dias, até que nenhuma 
pessoa se apresente parasitada; corte rente das unhas, aplicação de pomada 
mercurial na região perianal ao deitar-se, banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza 
doméstica com aspirador de pós, são medidas complementares de utilidade.

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