Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 1/62 Reino Plantae ou Metaphyta 1. As plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses seres são autotróficas. Como já vimos, seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio alimento pelo processo da fotossíntese. Utilizando a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matéria orgânica formada a partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio. As plantas, juntamente com outros seres fotossintetizantes, são produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base das cadeias alimentares. Ao fornecer o gás oxigênio ao ambiente, as plantas também contribuem para a manutenção da vida dos seres que, assim como elas próprias, utilizam esse gás na respiração. As plantas conquistaram quase todos os ambientes da superfície da Terra. Segundo a hipótese mais aceita, elas evoluíram a partir de ancestrais protistas. Provavelmente, esses ancestrais seriam tipos de algas pertencentes ao grupo dos protistas que se desenvolveram na água. Foram observadas semelhanças entre alguns tipos de clorofila que existem tanto nas algas verdes como nas plantas. A partir dessas e de outras semelhanças, supõese que as algas verdes aquáticas são ancestrais diretas das plantas. Há cerca de 500 milhões de anos, as plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este ambiente oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na captação da luz, já que ela não chega às grandes profundidades da água, e facilidade da troca de gases, devido à maior concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera. Esses fatores são importantes no processo da respiração e da fotossíntese. Mas e quanto a presença da água, tão necessária à vida? Ao compararmos o ambiente terrestre com o ambiente aquático, verificamos que no terrestre a quantidade de água sob a forma líquida é bem menor e também que a maior parte dela está acumulada no interior do solo. Como, então, as plantas sobrevivem no ambiente terrestre? Isso é possível porque elas apresentam adaptações que lhes possibilitam desenvolver no ambiente terrestre e ocupálo eficientemente. As plantas adaptadas ao ambiente terrestre apresentam, por exemplo, estruturas que permitem a absorção de água presente no solo e outras estruturas que impedem a perda excessiva se água. Veremos mais adiante como isso ocorre. Devemos lembrar que alguns grupos de plantas continuaram sobrevivendo em ambiente aquático. Classificação das plantas As plantas cobrem boa parte dos ambientes terrestres do planeta. Vistas em conjunto, como nesta foto, parecem todas iguais. Mas na realidade existem vários tipos de planta e elas ocupam os mais diversos ambientes. 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 2/62 Você já sabe que para classificar, ou seja, organizar diversos objetos ou seres em diferentes grupos, é preciso determinar os critérios através dos quais identificaremos as semelhanças e as diferenças entre eles. Vamos ver agora como as plantas podem ser classificadas. O reino das plantas é constituído de organismospluricelulares, eucariontes, autótrofos fotossintetizantes. É necessário definir outros critérios que possibilitem a classificação das plantas para organizálas em grupos menos abrangentes que o reino. Em geral, os cientistas consideram como critérios importantes: a característica da planta ser vascular ou avascular, isto é, a presença ou não de vasos condutores de água e sais minerais (seiva bruta) e matéria orgânica (a seiva elaborada); ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor) ou ausência delas. Os nomes dos grupos de plantas Criptógama: palavra composta por cripto, que significa escondido, e gama, cujo significado está relacionado a gameta (estrutura reprodutiva). Esta palavra significa, portanto, "planta que tem estrutura reprodutiva escondida". Ou seja, sem semente. Fanerógama: palavra composta por fanero, que significa visível, e por gama, relativo a gameta. Esta palavra significa, portanto, "planta que tem a estrutura reprodutiva visível". São plantas que possuem semente. Gimnosperma: palavra composta por gimmno, que significa descoberta, e sperma, semente. Esta palavra significa, portanto, "planta com semente a descoberto" ou "semente nua". Angiosperma: palavra composta por angion, que significa vaso (que neste caso é o fruto) esperma, semente. A palavra significa, "planta com semente guardada no interior do fruto". Briófitas Briófitas (do gergo bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados. O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas: rizoides filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente; cauloide pequena haste de onde partem os filoides; filoides estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese. Estrutura das briófitas Essas estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltamlhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verificase a presença de vasos condutores de nutrientes. 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 3/62 Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas. Acompanhe o raciocínio: se uma planta terrestre de grande porte não possuísse vasos condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos dias quentes quando as folhas geralmente transpiram muito e perdem grande quantidade de água para o meio ambiente , elas ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim, toda a planta alta possui vasos condutores. Hepática Mas nem todas as plantas que possuem vasos condutores são altas; o capim, por exemplo, possui vasos condutores e possui pequeno porte. Entretanto, uma coisa é certa: se a planta terrestre não apresenta vasos condutores, ela terá pequeno porte e viverá em ambientes preferencialmente úmidos e sombreados. Musgos e hepáticas são os principais representantes das briófitas. O nome hepáticas vem do grego hepathos, que significa 'fígado'; essas plantas são assim chamadas porque o corpo delas lembra a forma de um fígado. Os musgos são plantas eretas; as hepáticas crescem "deitadas" no solo. Algumas briófitas vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha. Reprodução das briófitas Para explicar como as briófitas se reproduzem, tomaremos como modelo o musgo mimoso. Observe o esquema abaixo. Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas. Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmentena região apical onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam. Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos. No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formamse os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde a fase sexuada chamada gametófito. Como você pode perceber, as briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera. 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 4/62 O musgo verde, clorofilado, constitui, como vimos, a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos. Pteridófitas Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaiadasroças ou fetoáguia, conhecido como alimento na forma de guisados. Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringese, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos. Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes. Cavalinha, pteridófita do gênero Equisetum. Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres. Samambaia Xaxin O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas dividese em muitas partes menores chamadas folíolos. A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados. Reprodução das pteridófitas Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada. Soros nas folhas de samabaia Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare). A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formamse pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 5/62 reprodução em cada soro são produzidos inúmeros esporos. Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo. O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito. Ciclo reprodutivo das samambaias O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundadoa. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião. O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução. Como você pode perceber, tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro morre após a produção de gametas e a ocorrência da fecundação e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a produção de esporos. Gimnospermas As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; esperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluemse plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes. As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos comocones o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas. Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos. Araucárias, tipo de conífera. Reprodução das gimnospermas Vamos usar o pinheirodoparaná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e viceversa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta. Cones ou estróbilos O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 6/62 produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo. Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático. No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto. Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formadosos pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta. A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese. A pinha e a semente (pinhão) da Araucária Angiospermas Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas desse total, mais de 250 mil são angiospermas. A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta. Flores e frutos: aquisições evolutivas As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos. A flor e o fruto do maracujá As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado o néctar que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar. Coloridas e perfumadas ou não, é das flores que as angiospermas produzem sementes e frutos. As partes da flor Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como: pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo. 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 7/62 receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais. Órgãos de proteção Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendoas e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designase perianto. Uma flor sem perianto dizse nua. cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas dizse assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas dizse sepalóide. Neste caso dizse que o perianto é indiferenciado. corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas dizse apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas dizse petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado. Órgãos de reprodução folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno. androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha); gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolongase por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização. Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da plantamãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios. Os dois grandes grupos de angiospermas As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas. São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, canadeaçúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas. São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grãode bico, paubrasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida. 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 8/62 Monocotiledôneas e dicotiledôneas: algumas diferenças Entre as angiospermas, verificamse dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes. Raízes fasciculadas Também chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa planta um conjunto de raízes finas que têm origem num único ponto. Não se percebe nesse conjunto de raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as demais: todas elas têm mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento. As raízes fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas. Raízes pivotantes Também chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz principal, geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no solo; da raiz principal partem raízes laterais, que também se ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas. Raiz fasciculada e pivotante, respectivamente. Em geral, nas angiospermas verificamse dois tipos básicos de folhas: paralelinérvea e reticulada. Folhas paralelinérveas São comuns nas angiospermas monocotiledôneas. As nervuras se apresentam mais ou menos paralelas entre si. Folhas reticuladas Costumam ocorrer nas angiospermas dicotiledôneas. As nervuras se ramificam, formando uma espécie de rede. Existem outras diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas, mas vamos destacar apenas a responsável pela denominação dos dois grupos. O embrião da semente de angiosperma contém uma estrutura chamada cotilédone. O cotilédone é uma folha modificada, associada a nutrição das células embrionárias que poderão gerar uma nova planta. Sementes de monocotiledôneas. Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um único cotilédone; daí o nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos: 'um', 'único'). As substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região denominada endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias em desenvolvimento. Sementes de dicotiledôneas. Nesse tipo de semente, como o feijão, existem dois cotilédones o que justifica o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O endosperma geralmente não se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones, então armazenam as substâncias necessárias para o desenvolvimento do embrião. Resumo: Monocotiledôneas vs Dicotiledôneas MONOCOTILEDÔNEAS DICOTILEDÔNEAS raiz fasciculada (“cabeleira”) pivotante ou axial (principal) caule em geral, sem crescimento em espessura (colmo, rizoma, bulbo) em geral, com crescimento em espessura (tronco) distribuição de vasos no feixes líberolenhosos “espalhados”(distribuição atactostélica = feixes líberolenhosos dispostos em círculo (distribuição eustélica = 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 9/62 caule irregular) regular) folha invaginante: bainha desenvolvida; uninérvia ou paralelinérvia.peciolada: bainha reduzida; pecíolo; nervuras reticuladas ou peninérvias. Flor trímera (3 elementos ou múltiplos) dímera, tetrâmera ou pentâmera embrião um cotilédone 2 cotilédones exemplos bambu; canadeaçúcar; grama; milho; arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras. eucalipto; abacate; morango; maçã; pera; feijão; ervilha; mamona; jacarandá; batata. 2. Com ou sem coluna vertebral Os Vertebrados Os animais que possuem coluna vertebral são chamados vertebrados. Eles se dividem em 5 grupos. Aves Elas são cobertas de penas. Possuem patas e asas. Mamíferos Sua pele é coberta de pêlos. A fêmea alimenta os filhotes com o leite de suas mamas. Peixes Sua pele é coberta de escamas. Eles respiram dentro da água. Répteis Sua pele é coberta de escamas. Anfíbios Eles têm a pele lisa e úmida, sem pêlos, nem plumas, nem escamas. Os Invertebrados Os animais que não possuem coluna vertebral são invertebrados. Insetos têm 6 patas. Aracnídeos têm oito patas. Crustáceos Eles possuem várias patas e muitas vezes apresentam garras. Centopéias Elas têm muitas patas: podem chegrar a cem! Moluscos Eles possuem um corpo mole, com ou sem casca. Vermes Eles têm o corpo mole, cilíndrico ou achatado. 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 10/62 Postado há 28th December 2011 por ' Ketylen ! 3. vertebrados Peixes Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os vertebrados. Acreditase que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de anos atrás. Mas como eles se distribuem pelo planeta? Os peixes ocupam as águas salgadas dos marese oceanos e as águas doces dos rios, lagos eaçudes. Nesse grupo, existem cerca de 24 mil espécies, das quais mais da metade vive em água salgada. O tamanho médio dos peixes pode variar de um centímetro a até cerca de 18 metros. Provavelmente, foram os primeiros vertebrados a surgir na Terra, e eram pequenos, sem mandíbula, tinham coluna vertebral cartilaginosa e uma carapaça revestindo seus corpos. Na evolução, houve uma série de adaptações que representaram aos peixes melhores condições de sobrevivência em seu habitat não ter couraça pesada, ser nadadores velozes, ter mandíbulas e poder morder. Antes limitados à filtração de partículas nutritivas suspensas na água ou depositadas no fundo e sendo presas de alguns tipos de invertebrados, os peixes tornaramse também eficientes predadores. Desde que surgiram, já ocupavam com sucesso os ambientes aquáticos salgado e doce, e continuam assim até hoje. Características que favorecem a vida na água Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de suas atividades no ambiente em que vivem. Entre elas, destacamse: corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado lateralmente e alongado, o que favorece seu deslocamento na água; presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à localização, podem ser peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais; corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização diminui o atrito com a água enquanto o animal se desloca; além disso , a pele é dotada de glândulas produtoras de muco, o que também contribui para diminuir o atrito com a água; musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de movimentos ondulatórios. A temperatura corporal Os peixes são animais pecilotérmicos. Isso significa que a temperatura do seu corpo varia de acordo com a do ambiente. A temperatura do corpo dos peixes em geral mantémse mais ou menos próxima à temperatura ambiental. Respiração e circulação de sangue A maioria dos peixes respira por meio de brânquias, também conhecidas como guelras. A água 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 11/62 entra continuamente pela boca do peixe, banha as brânquias e sai pelas aberturas existentes de cada lado da cabeça. Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio dissolvido na água passa para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico que se forma no organismo do animal e que está no sangue passa para a água, sendo eliminado do corpo. O coração dos peixes tem duas cavidades um átrio e um ventrículo e por ele circula apenas sangue nãooxigenado. Depois de passar pelo coração, o sangue não oxigenado vai para uma artéria e dai para as brânquias, onde recebe gás oxigênio. A seguir, esse sangue, agora oxigenado, é distribuído para todos os órgãos do corpo do animal. Alimentação e digestão Alguns peixes são herbívoros, alimentandose principalmente de algas. Outros são carnívoros, e alimentamse de outros peixes e de animais diversos, como moluscos e crustáceos. Nas zonas abissais os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz , onde os seres fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos peixes detritívoros, que se alimentam de restos orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também peixes carnívoros. O sistema digestório dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago, estômago e intestino, além de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas. Os sentidos Os peixes têm vários órgãos dos sentidos Bolsa olfatória São formadas por células localizadas nas narinas e associadas à percepção de cheiros das substâncias dissolvidas na água. O sentido do olfato dos peixes é geralmente muito aguçado. O tubarão, por exemplo, pode "farejar" sangue fresco a dezenas de metros de distância. Olhos Permitem formar imagens nítidas a curta distância. A distâncias maiores, percebem apenas objetos em movimento na superfície da água. Alguns peixes têm percepção das cores e outros não. Os tubarões e as raias (também conhecidas como arraias), por exemplo, não distinguem cores. Os olhos são geralmente grandes e não possuem pálpebras nem glândulas lacrimais. Linha lateral É formada por uma fileira de poros situada de cada lado do corpo, com ramificações na cabeça. Os poros comunicamse com um canal localizado sob as escamas, no qual existem células sensoriais. Por meio das células sensoriais, o peixe percebe as diferenças de pressão da água, que aumenta gradativamente com a profundidade. Percebe também correntes e vibrações na água, detectando a presença de uma presa, de um predador ou os movimentos de outros peixes que estão nadando ao seu lado, o que é muito importante para as viagens em cardumes. Percebe, ainda, a direção dos movimentos da água, o que facilita sua locomoção na escuridão ou em águas turvas. Classificação Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do grego khondros: 'cartilagem'; e ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a classe dos osteíctes (do grego osteon: 'osso'), ou peixes ósseos. Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas, representando 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 12/62 cerca de 95% do total dessas espécies. Existem várias diferenças entre os peixes cartilaginosos e os ósseos. Os peixes cartilaginosos Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água salgada. Mas algumas espécies de raia vivem em água doce. Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar: esqueleto cartilaginoso e relativamente leve; presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo, por onde entra a água e banha as brânquias; boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie de bolsa chamadacloaca nela, convergem os dutos finais do sistema digestório, urinário e genital. TubarãoFrade (Cetorhinus maximus) Os peixes ósseos Os peixes ósseos são abundantes tanto em água salgada (tainhas, robalos,cavalosmarinhos, pescadas, etc.) como em água doce (lambaris, dourados, pintados, pacus, acarásbandeiras, etc.). Vamos considerar algumas características dos peixes ósseos: esqueleto predominantemente ósseo; presença de quatro pares de fendas branquiais e ausência de espiráculo, brânquias protegidas por uma estrutura denominada opérculo; boca localizada na região anterior e intestino terminado no ânus, não há cloaca; presença, em muitas espécies, de uma vesícula armazenadora de gases chamada bexiga natatória ou vesícula gasosa. Ausente nos peixes cartilaginosos, a bexiga natatória que pode aumentar e diminuir de volume de acordo com a profundidade em que o peixe se encontra favorece a flutuação e, com isso, permite ao animal economizar energia, já que ele pode permanecer mais ou menos estável numa determinada profundidade sem que para isso necessite de grande esforço muscular para a natação. Reprodução dos peixes A maioria dos peixes ósseos apresentafecundação externa: a fêmea e o macho liberam seus gametas na água. Após a fecundação do óvulo por um espermatozóide, formase o zigoto. Em muitas espécies de peixes ósseos, o desenvolvimento é indireto, com larvas chamadas alevinos. Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é geralmente interna: o macho introduz seus espermatozóides no corpo da fêmea, onde os óvulos são fecundados. O desenvolvimento é direto: os ovos dão origem a filhotes que já nascem com o aspecto geral de um adulto, apenas menores. Ao lado: O peixe Paulistinha na fase larval (acima) e na fase adulta (ao lado); espécie é muito usada em pesquisa biomédica Anfíbios: O início da Conquista do Meio Terrestre 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 13/62 Os anfíbios não são encontrados no ambiente marinho, apenas na água doce e em ambiente terrestre. O nome do grupo, anfíbios (do grego, amphi dos dois lados + bios = vida), foi dado em razão da maioria de seus representantes possuírem a fase larval aquática e de respiração branquial (lembrese dos girinos) e uma fase adulta, de respiração pulmonar e cutânea, que habita o meio terrestre úmido. São heterotermos, como os peixes. Perereca Salamandra Trocas gasosas Os anfíbios adultos precisam viver perto da umidade: sua pele é fina e pobremente queratinizada, muito sujeita à perda de água. Uma delgada epiderme, dotada de inúmeras glândulas mucosas, torna a pele úmida e lubrificada, constituindose de um importante órgão respiratório. Nos sapos, os pulmões são extremamente simples, equivalem a dois "sacos" de pequeno volume e de pequena superfície de trocas gasosas. Essa característica é que aumenta a importância da pele como órgão respiratório. A circulação O coração apresenta três cavidades: dois átrios (um direito e um esquerdo) e um ventrículo. O sangue venoso, pobre em O , vindo dos pulmões, penetra no átrio esquerdo. Os dois tipos de sangue passam para o único ventrículo onde se misturam, ainda que parcialmente. Do ventrículo, o sangue é bombeado para um tronco arterial (conjunto de vasos) que distribui sangue para a cabeça, tronco e pulmões. A circulação é dupla e incompleta: dupla, porque o sangue passa duas vezes pelo coração a cada ciclo de circulação, incompleta, porque o ventrículo é único e nele o sangue arterial e venoso se misturam. A reprodução Nos sapos, rãs e pererecas, os sexos são separados. A fecundação é externa, em meio aquático. As fecundações vão ocorrendo, e cada ovo possui uma membrana transparente que contém, no seu interior, um embrião em desenvolvimento que consome, para a sua sobrevivência, alimento rico em reservas originadas do óvulo. Após certo tempo de desenvolvimento, de cada ovo emerge uma larva sem patas, o girino, contendo cauda e brânquias. Após certo tempo de vida na água, iniciase uma série de modificações no girino, que prenunciam a fase adulta. A metamorfose consiste na reabsorção da cauda e das brânquias e no desenvolvimento dos pulmões e das quatro patas. Fases da metamorfose dos sapos Os répteis Os répteis (do latim reptare, 'rastejar') abrangem cerca de 7 mil espécies conhecidas. Eles surgiram há cerca de 300 milhões de anos, tendo provavelmente evoluído de certos anfíbios. Foram os primeiros vertebrados efetivamente adaptados à vida em lugares secos, embora alguns animais deste grupo, como as tartarugas, sejam aquáticos. 2 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 14/62 A Terra já abrigou formas gigantescas de répteis, como os dinossauros. Hoje esse grupo é representado por animais de porte relativamente menor, como os jacarés, tartarugas, cobras e lagartos. A pele dos répteis Os répteis têm o corpo recoberto por uma pele seca e praticamente impermeável. As células mais superficiais da epiderme são ricas em queratina, o que protege o animal contra a desidratação e representa uma adaptação à vida em ambientes terrestres. A pele pode apresentar escamas (cobras), placas (jacarés, crocodilos) ou carapaças (tartarugas, jabutis). Escamas de cobras. Temperatura corporal Os répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são animais pecilotérmicos: a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. Respiração e circulação de sangue A respiração dos répteis é pulmonar; seus pulmões são mais desenvolvidos que os dos anfíbios, apresentando dobras internas que aumentam a sua capacidade respiratória. Os pulmões fornecem aos répteis uma quantidade suficiente de gás oxigênio, o que torna "dispensável" a respiração por meio da pele, observada nos anfíbios. Aliás, com a grande quantidade de queratina que apresenta, a pele tornase praticamente impermeável, o que impossibilita a aquisição de gás oxigênio. O coração da maioria dos répteis apresenta dois átrios e dois ventrículos parcialmente divididos. Nos ventrículos ocorrem mistura de sangue oxigenado com sangue nãooxigenado. Nos répteis crocodilianos (crocodilo, jacarés), os dois ventrículos estão completamente separados, mas o sangue oxigenado e o sangue nãooxigenado continuam se misturando, agora fora do coração. Alimentação e digestão Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros; algumas espécies são herbívoras e outras são onívoras. Eles possuem sistema digestório completo. O intestino grosso termina na cloaca. Os sentidos Os répteis possuem órgãos dos sentidos que lhes permitem, por exemplo, sentir o gosto e o cheiro das coisas. Os olhos possuem pálpebras e membrana nictitante, que auxiliam na proteção dessas estruturas. Eles têm glândulas lacrimais, fundamentais para manter a superfície dos olhos úmida fora da água. Destacamos aqui uma estrutura existente entre os olhos e as narinas de cobras, chamada fosseta loreal (no detalhe). Ela possibilita que a cobra perceba a presença de outros animais vivos por meio do calor emitido pelo corpo deles. Embora os répteis não tenham orelha externa, alguns deles apresentam conduto auditivo externo e curo, que fica abaixo de uma dobra da pele, de cada lado da cabeça. Na extremidade de cada conduto auditivo situase o tímpano, que se comunica com a orelha média e a interna. Vários experimentos comprovam que a maioria dos répteis é capaz de ouvir diversos sons. Classificação 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 15/62 Vamos conhecer as principais ordens em que se divide a classe dos répteis. Quelônios São as tartarugas, os jabutis e os cágados. Têm o corpo recoberto por duas carapaças: a carapaça dorsal, na parte superior do corpo, e o plastrão, na parte inferior. Essas duas carapaças são soldadas uma à outra.Há aberturas apenas para a saída do pescoço, dos membros anteriores e posteriores e da cauda. As tartarugas são aquáticas e podem viver em água doce ou salgada; suas pernas têm a forma de nadadeiras, o que facilita a locomoção na água. Os jabutis são terrestres e seus dedos são grossos. Os cágados vivem em água doce e seus dedos são ligados por uma membrana que auxilia na natação. Esses animais não têm dentes. A boca apresenta um bico córneo. Jabuti Crocodilianos Crocodilo São os crocodilos e os jacarés. Grandes répteis aquáticos, os crocodilianos têm corpo alongado e recoberto por placas córneas. Possuem quatro membros, que são usados para a locomoção terrestre e aquática. O jacaré tem a cabeça mais larga e arredondada do que a dos crocodilianos, e, quando fecha a boca, seus dentes não aparecem. Já o crocodilo tem a cabeça mais estreita e, mesmo com a boca fechada, alguns dentes são visíveis. Jacarés e crocodilos habitam regiões tropicais, geralmente às margens dos rios. No Brasil só existem jacarés. Eles são encontrados na Amazônia e no Pantanal MatoGrossense. Escamados São os lagartos e as serpentes (estas mais comumente chamadas de cobras). Esses animais têm a pele recoberta por escamas e dividemse em dois grupos menores: lacertílios e ofídeos. Lacertílios Compreendem os lagartos, os camaleões e as lagartixas, répteis de corpo alongado, com a cabeça curta e unida ao corpo por um pequeno pescoço. Possuem quatro membros, sendo os anteriores mais curtos que os posteriores. Ofídeos Compreendem as serpentes ou cobras, répteis que não têm pernas. A grande maioria desses animais possuem glândulas que fabricam veneno. Uma serpente é peçonhenta quando seus dentes são capazes de inocular veneno nos animais que ataca. Os dentes têm um canal ou sulco que se comunica com as glândulas produtoras de veneno. No momento da picada, o veneno escoa por esse canal e é inoculado no corpo da presa. Reprodução O sistema reprodutor dos répteis foi um importante fator de adaptação desses animais ao ambiente terrestre. Os répteis fazem a fecundação interna: o macho introduz os espermatozóides no corpo da fêmea. A maioria é ovípara, ou seja, a fêmea põe ovos, de onde saem os filhotes. Esses ovos têm casca rígida e consistente como couro. Os ovos se desenvolvem em ambiente de baixa umidade. A fecundação interna e os ovos com casca representam um marco na evolução dos vertebrados, 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 16/62 pois impediram a morte dos gametas e embriões por desidratação. Assim, em ralação a reprodução, os répteis tornaramse independentes da água. A tartaruga marinha e muitos outros répteis aquáticos depositam os seus ovos em ambiente terrestre. Eles ficam cobertos de areia e aquecidos pelo calor do Sol. O ovo é rico em vitelo substância que nutre o embrião e é capaz de reter a umidade. Na casca há poros, pequenos orifícios que permitem a entrada de oxigênio do ar e a saída de gás carbônico, ou seja, a troca de gases. Isso ajuda a manter o embrião vivo. A maioria dos répteis não precisa cuidar dos seus ovos e filhotes. Os filhotes quando "prontos" saem da casca usando seus próprios recursos. Porém, tanto o jacaré, quanto o crocodilo têm muito cuidado com os ovos e os filhotes. A fêmea põe os ovos no ninho e fica por perto até o nascimento dos filhotes, que são carregados na boca até a água, onde ficam com a mãe. Alguns chegam a permanecer com a mãe por mais de três anos. Existem também os répteis em cujos ovos, já na ocasião da postura, há filhotes formados. Os ovos ficam retidos com o embrião em um canal no corpo da fêmea, enquanto se desenvolvem, como ocorre em algumas cobras. Quando os ovos saem do corpo da fêmea, os filhotes dentro deles já se encontram formados. A casca desses ovos é bem fina, como uma membrana, permitindo a saída dos filhotes logo após a postura. Esses animais são classificados como ovovivíparos. Há ainda alguns répteis vivíparos, que produzem filhotes já "prontos", sem terem se desenvolvido em ovos, como certas espécies de lagartos. Aves vertebrados homeotermos com corpo coberto por penas As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes,endotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo. As aves conquistaram o meio terrestre de modo muito mais eficiente que os répteis. A principal característica que permitiu essa conquista foi, sem dúvida, a homeotermia, a capacidade de manter a temperatura corporal relativamente constante à custa de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células. Essa característica permitiu às aves, juntamente com os mamíferos, a invasão de qualquer ambiente terrestre, inclusive os permanentemente gelados, até então não ocupados pelos outros vertebrados. As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beijaflores a espécies de grande porte como o avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros. Avestruz Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves. Enquanto a maioria das aves são caracterizadas pelo vôo, as ratitas não podem voar ou apresentam vôo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 17/62 Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies nãovoadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves nãovoadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticos, mamíferos em particular). Pinguin A circulação Uma característica que favorece a homeotermia nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos. Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhandoo aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com sangue rico em oxigênio. O ventrículo esquerdo, de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo o momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa. A respiração: pulmões e sacos aéreos O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas vísceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos. A movimentação constante de ar dos pulmões para os sacos aéreos e destes para os pulmões permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribui para a manutenção de elevadas taxas metabólicas. A pele das aves é seca, nãodotada de glândulas e rica em queratina que, em alguns locais do corpo, se organiza na forma de placa, garras, bico córneo e é constituintefundamental das pernas. As aves não têm glândulas na pele. No entanto, há uma exceção: a glândula uropigial (ou uropigiana), localizada na porção dorsal da cauda e cuja secreção oleosa lubrificante é espalhada pela ave, com o bico, nas penas. Essa adaptação impede o encharcamento das penas em aves aquáticas e ajuda a entender por que as aves não se molham, mesmo que fiquem desprotegidas durante uma chuva. Exclusividade das aves: corpo coberto por penas Digestão e excreção em aves As aves consomem os mais variados tipos de alimentos: frutos, néctar, sementes, insetos, vermes, crustáceos, moluscos, peixes e outros pequenos vertebrados. Elas possuem um sistema digestivo completo, composto de boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas). Ao serem engolidos os alimentos passam pela faringe, pelo esôfago e vão para o papo, cuja função é armazenar e amolecer os alimentos. Daí eles vão para o proventrículo, que é o estômago químico das aves, onde sofrem a ação de sucos digestivos e começam a ser digeridos. 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 18/62 Passam então para a moela (estômago mecânico) que tem paredes grossas e musculosas, onde os alimentos são triturados. Finalmente atingem o intestino, onde as substâncias nutritivas são absorvidas pelo organismo. Os restos não aproveitados transformamse em fezes. As aves possuem uma bolsa única, a cloaca, onde desembocam as partes finais do sistema digestivo, urinário e reprodutor e que se abre para o exterior. Por essa bolsa eles eliminam as fezes e a urina e também põem os ovos. Sistema Reprodutor Diferentes de seus parentes répteis, que às vezes dão à luz a seus filhotes, todas as espécies de aves põem ovos. Apesar dos ovos parecerem bastante frágeis, seu formato oval oferece grande resistência e eles podem suportar grandes pressões sem quebrar. Como os ovos são pesados e incômodos de carregar, as fêmeas colocam os ovos assim que são fertilizadas, quase sempre em um ninho construído para proteger o ovo contra predadores e para mantêlo aquecido durante o desenvolvimento do embrião. Diferentes espécies de aves põem números diferentes de ovos – os pinguins normalmente põem um único ovo, enquanto o chapim azul europeu põe entre 18 e 19 ovos. A construção de um ninho é uma das grandes façanhas de design e engenharia do reino animal. Espécies diferentes mostram uma diversidade extraordinária na construção de seus ninhos. Algumas aves constroem ninhos minúsculos tão bem escondidos, que nem mesmo o caçador mais determinado pode encontrálos, mas outras espécies constroem ninhos enormes, altamente visíveis, que elas defendem corajosamente contra qualquer criatura que se aproxime. Os cisnes frequentemente constroem ninhos com vários centímetros de diâmetro, enquanto que o Scopus umbretta africano constrói ninhos em forma de cúpula, que podem pesar até 50 quilos, levando várias semanas para serem construídos. Os pássaros usam uma grande variedade de materiais para construir seus ninhos. Algumas espécies usam apenas galhos e ramos para construir os tipos de ninhos normalmente vistos em jardins e cercas vivas. Outras usam um pouco de tudo: de folhas a penas, debarro a musgos, e até mesmo objetos feitos pelo homem, como papel laminado. O Collocalia maxima do sudeste da Ásia faz seus ninhos inteiramente de sua própria saliva, e os constrói nos tetos de cavernas. Nem todas as aves constroem ninhos. O cuco, em particular, usa o ninho de outras aves em vez de construir o seu. A fêmea voa rapidamente para um ninho apropriado, retirando um dos ovos da “hospedeira” e coloca seu próprio ovo, normalmente do mesmo tamanho e forma do que ela retirou. O pinguim imperador sequer usa um ninho: ele coloca seu seu único ovo diretamente sobre neve, e o incuba com a temperatura de seu corpo. Adaptações ao vôo No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o vôo ao animal. Entre estas podemos citar: 1. Endotermia 2. Desenvolvimento das penas 3. Aquisição de ossos pneumáticos 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 19/62 4. Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos 5. Aquisição de um sistema de sacos aéreos. 6. Postura de ovos 7. Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas 8. Ausência de bexiga urinária As penas, consideradas como diagnóstico das aves atuais, estão presentes em outros grupos de dinossauros, entre eles o próprioTyrannosaurus rex. Estudos apontam que a origem das penas se deu a partir de modificações das escamas dos répteis, tornandose cada vez mais diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a possibilitar os vôos planado e batido. Acreditase que as penas teriam sido preservados na evolução por seu valor adaptativo, ao auxiliar no controle térmico dos dinossauros – uma hipótese que aponta para o surgimento da endotermia já em grupos mais basais de Dinosauria (com relação às aves) e paralelamente com a aquisição da mesma característica por répteis Sinapsida, que deram origem aos mamíferos. Os ossos pneumáticos também são encontrados em outros grupos de répteis. Apesar de serem ocos (um termo melhor seria "nãomaciços"), os ossos das aves são muito resistentes, pois preservam um sistema de trabéculas ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior. Os mamíferos Os mamíferos formam o grupo mais evoluído e mais conhecido dos cordados. Nesta classe incluemse as toupeiras, morcegos, roedores, gatos, macacos, baleias, cavalos, veados e muitos outros, o próprio homem entre eles. Todos (com raras exceções) apresentam o corpo coberto de pêlos e têm temperatura interna constante. Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino animal e atingem o seu clímax com a espécie humana. São, ainda, extremamente adaptáveis, modificando o seu comportamento de acordo com as condições do meio. Alguns grupos, principalmente primatas, formam sociedades muito complexas. Uma característica única dos mamíferos é a capacidade de brincar. Os jovens mamíferos aprendem quase tudo o que necessitam saber para a sua vida adulta através de brincadeiras, onde as crias experimentam, entre si e com adultos, as técnicas de caça, luta e acasalamento. Estas brincadeiras estabelecem frequentemente uma hierarquia que se manterá na fase adulta, evitando conflitos potencialmente perigosos para os indivíduos. Desenho de como teria sido um terapsídeos. Os antepassados dos mamíferos foram um grupo de répteis designados terapsídeos. Estes animais eram pequenos carnívoros ativos e viveram no período Triássico (225 M.a. atrás). Além de importantes diferenças a nível do crânio, os terapsídeos desenvolveram um esqueleto mais leve e flexível, com os membros alinhados por baixo do corpo, tornandoos mais ágeis e rápidos. A transição de réptil para mamífero terminou há cerca de 195 M.a., coincidindo com a ascensão 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 20/62 dos dinossauros, ameaçando os recémformados mamíferos de extinção. No entanto, a sua capacidade de controlar a temperatura interna talvez explique porque os mamíferos sobreviveram ao arrefecimento global do fim do Mesozóico. As principais características dos mamíferos A pele é formada por duas camadas principais: epiderme e derme. As glândulas localizadas na derme (sebáceas – lubrificam e impermeabilizam o pêlo e produzem substâncias odoríferas usadas na comunicação entre os animais, sudoríparas – auxiliam a regulação da temperatura e a excreção de sais, e mamárias – geralmentemais numerosas que o número médio de crias por ninhada) são um dos aspectos mais marcantes do revestimento dos mamíferos. O cão, o gato e o rato não possuem glândulas sudoríparas. A respiração ofegante do cão e as lambidas que o gato dá em si mesmo ajudam a resfriar o corpo. Abaixo da derme, com os vasos sanguíneos que alimentam a epiderme e nervos sensoriais, existe uma camada de gordura subcutânea mais ou menos espessa, dependendo do habitat do animal. O conjunto de pêlos designase pelagem, onde cada um cresce a partir de um folículo, tal como as penas das aves ou as escamas dos répteis. O pêlo é uma sucessão de células fortalecidas comqueratina. A pelagem é sempre composta por dois tipos de pêlos: um interno, macio e isolante, e outro externo, mais espesso e que protege o corpo e dá cor, permitindo a camuflagem. Algumas espécies têm a cobertura de pêlos reduzida, mas estes são sempre mudados periodicamente (cada pêlo é mudado individualmente, formandose um novo a partir do mesmo folículo). São produzidas pela epiderme outras estruturas como asgarras, unhas e cascos (que crescem permanentemente a partir da base para compensar o desgaste), bem como chifres e cornos (com centro ósseo e permanentes) e armações (caem anualmente). O corno do rinoceronte é um caso particular destas estruturas, pois apesar de não cair anualmente é composto por um emaranhado denso de pêlos. O esqueleto é totalmente ossificado, permanecendo cartilagem apenas nas zonas articulares. Cornos e chifres de diversos mamíferos ungulados O focinho é geralmente estreito. O tronco apresenta costelas ligadas ao esterno, formando uma caixa torácica muito eficiente nos movimentos respiratórios. Os mamíferos apresentam tipicamente quatro patas (exceto cetáceos, onde não existem membros posteriores) com 5 dedos (ou menos) com garras, unhas, cascos ou almofadas carnudas e adaptadas variadamente a andar, correr, trepar, cavar, nadar ou voar. Esqueleto de um cachorro A marcha quadrúpede é a mais comum, mas existem muitas espécies bípedes, como os cangurus ou o homem. A) Plantígrado B) Digitígrado C) Ungulado. Associado ao modo de deslocação está a forma de contato da pata com o solo: os animais plantígrados (ursos, por exemplo) assentam o calcanhar, metapódio e dedos dos membros no chão, enquanto os digitígrados (canídeos, por exemplo) apenas apóiam os dedos. 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 21/62 Os ungulados (cavalos, por exemplo) apenas apóiam a ponta de um ou dois dedos. Nos marsupiais o segundo e terceiro dedos dos membros posteriores estão fundidos, originando um só dígito com duas garras. As extremidades localizamse por baixo do corpo e não para o lado como nos répteis, o que não só sustenta melhor o peso do corpo, mas também permite maior velocidade e reflexos. A velocidade está igualmente associada à flexibilidade da coluna vertebral (chita, por exemplo, acrescenta cerca de 30 Km/h à sua velocidade máxima devido ao efeito de mola da sua coluna) e ao aumento do comprimento da zona inferior dos membros (gazelas, por exemplo). Os órgãos dos sentidos e o cérebro são muito desenvolvidos. Alguns mamíferos apresentam sentidos mais desenvolvidos do que outros. O morcego, por exemplo, tem ótima audição; a onça tem olfato apurado e o gato tem excelente visão. A informação táctil provém não só da superfície do corpo, mas também de bigodes. Na língua localizamse receptores do gosto em papilas especializadas. Os mamíferos são considerados animais inteligentes, embora a inteligência seja difícil de definir. Geralmente considerase indicador de inteligência a capacidade de aprendizagem associada a flexibilidade de comportamento. Estas capacidades permitem solucionar problemas relacionados com a invasão de novos habitats e de captura de presas, por exemplo. Digestão O sistema digestório dos mamíferos é formado por um longo tubo que vai da boca ao ânus. Vários órgãos e glândulas produzem sucos digestivos que vão "quebrando" as substâncias nutritivas dos alimentos (proteínas, gorduras, açucares) até que fiquem em "pedaços" tão pequenos que o intestino consiga absorvêlos. Os restos que não são digeridos ou aproveitados são eliminados pelo ânus sob a forma de fezes. Alguns herbívoros como o boi, a cabra, o carneiro e a girafa são mamíferos ruminantes. Assim como os demais mamíferos, não conseguem digerir a celulose, tipo de açúcar presente nas plantas. Porém, no estômago dos ruminantes há microorganismos (bactérias e protozoários) que fazem a digestão da celulose. Os dentes, rodeados por gengivas carnudas, são geralmente de 3 tipos (incisivos para morder, cortar ou raspar, caninos para agarrar e rasgar, prémolares e molares para esmagar e triturar o alimento). A forma e o tamanho de cada tipo de dente varia de acordo com a dieta. Respiração Manter o corpo quente quando o ambiente resfria, por exemplo, requer energia. A energia para a homeotermia e para as atividades em geral dos mamíferos depende da respiração e da circulação. Em outras palavras a obtenção de energia depende da captação de oxigênio e do seu transporte pelo corpo, assim como os nutrientes, pelo sangue. Os mamíferos obtêm do ar o oxigênio necessário para os processos energéticos do seu corpo. Todos os mamíferos são seres pulmonados, isto é, o ar entra pelas vias respiratórias até os pulmões, que absorvem o oxigênio. Até mesmo os mamíferos aquáticos têm pulmões, eles precisam vir à superfície para respirar. Apresentam músculos localizados entre as costelas, que atuam nos movimentos respiratórios, e outro denominado diafragma. Circulação 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 22/62 Assim como o coração das aves, o coração dos mamíferos apresenta quatro cavidades. A circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, sem que haja mistura de sangue venoso com arterial. A eficiência na circulação do sangue favorece a homeotermia corporal. Tal como as aves, os mamíferos são endotérmicos ou homeotérmicos, o que lhes permite permanecer ativos mesmo a temperaturas muito elevadas ou muito baixas. Este fato justifica a sua larga distribuição em todos os tipos de habitats, mais vasta que qualquer outro animal (exceto as aves). Reprodução Em muitos grupos de mamíferos, há rituais de "namoro" antes do acasalamento. Há fecundação interna, o macho coloca o esperma (que contém os espermatozóides) dentro do corpo da fêmea, onde ocorre o encontro dos gametas. Esses seres chamados vivíparos têm filhotes que nascem após serem gerados no útero da mãe. Gestação Esta imagem apresenta um feto de golfinho com 8 semanas de gestação. A maioria dos mamíferos gera os seus filhotes dentro do útero da fêmea. Quase todos os filhotes de mamíferos nascem diretamente do corpo da mãe e em estágio avançado de desenvolvimento, ou seja, já nascem com a forma semelhante à que terão quando forem adultos. Os filhotes mantidos dentro do corpo da fêmea durante um período maior ficam mais protegidos do que os que terminam o seu desenvolvimento no interior de ovos (como acontece com aves e répteis, por exemplo). Embora a viviparidade limite o número de filhotes por gestação, é um fator que se revelou vantajoso evolutivamente, aumentando as chances de sobrevivência e o sucesso reprodutivo. Enquanto o filhote está se desenvolvendo no útero materno, recebe nutrientes e oxigênio através da placenta, pelo cordão umbilical. A placenta é uma estrutura formada por parte do corpo da mãe e parte do corpo do feto. Também é pela placenta que o feto elimina as excretas, que são restos produzidos,por exemplo, o gás carbônico. Podem nascer um ou mais filhotes, pois o número varia dependendo da espécie. Após o nascimento, o filhote se alimenta do leite materno e recebe os cuidados da mãe às vezes do pai na primeira fase da vida. Os bebês de certas espécies de baleias, por exemplo, chegam a mamar quinhentos litros de leite num só dia. Esta imagem apresenta um feto de elefante durante a gestação. Classificação dos mamíferos Os mamíferos dividemse em três grandes grupos em relação à reprodução, embora todos apresentem sexos separados, a fecundação seja interna e as crias sejam alimentadas com leite secretado pelas glândulas mamárias da fêmea: monotremados neste grupo incluemse o ornitorrinco e o equidna, animais que põem ovos semelhantes aos dos répteis, donde nasce um minúsculo embrião que se desloca para uma bolsa, onde termina o seu desenvolvimento lambendo leite produzido pela mãe, pois não existem mamilos (ao contrário dos restantes dois grupos); 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 23/62 Equidna Ornitorrinco marsupiais neste grupo, onde se incluem os cangurus, entre outros, não existe placenta para nutrir o embrião durante o seu desenvolvimento no útero. Assim, ao nascer, os marsupiais não se encontram totalmente desenvolvidos. As fêmeas possuem um sistema reprodutor "duplo", com dois úteros e duas vaginas laterais. As crias nascem através de um canal de nascimento central independente, que se forma antes de cada parto, podendo ou não permanecer aberto. Por esse motivo, em algumas espécies o pênis do macho é bifurcado. A maioria das espécies termina o seu desenvolvimento no interior de uma bolsa externa no corpo da fêmea marsúpio. Em muitas espécies as fêmeas acasalam novamente durante a gravidez, mas o embrião apenas se desenvolverá após a cria anterior abandonar o marsúpio diapausa embrionária; placentários este é o maior grupo de mamíferos, dominando totalmente a classe e os habitats terrestres atuais. Os ovos amnióticos são geralmente minúsculos e retidos no útero da fêmea para o desenvolvimento, com a ajuda de uma placenta que fornece fixação e nutrientes (oxigênio e alimentos). Em sentido contrário passam as excreções do embrião. Ao nascer, os placentários encontramse num estado de desenvolvimento superior ao dos marsupiais. Este método reprodutivo, embora implique a produção de um menor número de descendentes, permite um grande sucesso pois aumenta grandemente as probabilidades de sobrevivência dos descendentes. O leite produzido pelas fêmeas de mamífero é muito rico em gorduras e proteínas, o que o torna altamente nutritivo, mas fornece igualmente anticorpos que ajudam o juvenil a desenvolverse saudável. Dado que os jovens não necessitam de procurar o seu próprio alimento nas primeiras semanas, permite um início de vida mais seguro que nos outros grupos de vertebrados. As ninhadas podem ter até 20 crias ou apenas uma, com períodos de gestação de apenas 12 dias (bandicute, um tipo de marsupial omnívoro) até 22 meses (elefante africano). Os machos apresentam órgão copulador (pênis) e os testículos estão geralmente num escroto externo ao abdômen. Os mamíferos comunicam ativamente entre si, seja por meio de odores produzidos pelas glândulas odoríferas (localizadas na face, patas ou virilhas), urina ou fezes, ou por posições do corpo, expressões faciais, tacto e ruído, que podem formar mensagens complexas. A socialização tem início logo após o nascimento através de sinais entre progenitores e crias, continuando na juventude com a interação entre crias (brincadeiras). Algumas espécies apenas interagem para acasalar, mas a grande maioria forma grupos, permanentes ou temporários. A unidade social tem várias vantagens, nomeadamente a segurança e facilidade de obtenção de alimento, mas existem outros aspectos importantes. Geralmente a gestão do espaço implica que 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 24/62 o grupo, o casal ou o indivíduo defenda o seu território de intrusos da mesma espécie e do mesmo sexo. Algumas espécies, como as focas ou os elefantes, os sexos vivem separados a maior parte do ano, vivendo os machos isolados ou em pequenos grupos de solteiros. Nesse caso, a concorrência para acasalar é feroz, sendo os machos melhor sucedidos os maiores, mais fortes e melhor equipados (hastes, chifres ou presas). Outras espécies, como as zebras, formam pequenos haréns com um único macho, sendo os restantes expulsos para grupos de solteiros, a não ser que vençam o macho dominante em combate, roubandolhe as fêmeas. O tipo de grupo social mais complexo é formado por vários machos e várias fêmeas, e, quase sem exceção, é reservado a primatas e carnívoros sociais. Nos primatas formase geralmente uma hierarquia em permanente mudança, sendo os machos de posição mais elevada os primeiros a acasalar. Nos leões, os machos (geralmente irmãos) colaboram na defesa das fêmeas, não competindo pelo acasalamento. Nos lobos e mabecos, as alcateias ou matilhas são formadas por um casal alfa, o único que acasala e pelos filhos de anos anteriores, que em vez de formarem novas alcateias permanecem e ajudam a criar os irmãos mais novos. Postado há 28th December 2011 por ' Ketylen ! 4. Invertebrados Poríferos: Os poríferos, também conhecidos como espongiários ou simplesmente esponjas, surgiram provavelmente há cerca de 1 bilhão de anos. Supõese que eles sejam originados de seres unicelulares e heterótrofos que se agrupam em colônias. Veja o texto: Talvez ao tomar banho, você goste de se ensaboar usando uma esponja sintética, feita de plástico ou de borracha, ou uma bucha vegetal. Esponjas sintéticas de banho Mas você já pensou em tomar banho ensaboandose com o esqueleto de algum animal? Antes da invenção das esponjas sintéticas, as esponjas naturais eram muito usadas pelas pessoas para tomar banho e na limpeza doméstica, para esfregar panelas e copos, por exemplo. A esponja natural é o esqueleto macio de certas espécies de animais do grupo dos poríferos; esses esqueletos são feitos de um emaranhado de delicadas fibras de uma proteína chamada espongina. Esses animais não possuem tecidos bem definidos e não apresentam órgãos e nem sistemas. São exclusivamente aquáticos, predominantemente marinhos, mas existem algumas espécies que vivem em água doce. Os poríferos vivem fixos a rochas ou a estruturas submersas, como conchas, onde podem 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 25/62 formar colônias de coloração variadas. Podem ses encontrados desde as regiões mais rasas das praias até profundidades de aproximadamente 6 mil metros. Alimentamse de restos orgânicos ou de microorganismos que capturam filtrando a água que penetra em seu corpo, como veremos adiante. Por sua vez, servem de alimento para algumas espécies de animais, como certos moluscos, ouriçosdomar, estrelasdomar, peixes e tartarugas. Organização do corpo dos poríferos O corpo de um porífero possui células que apresentam uma certa divisão de trabalho. Algumas dessas células são organizadas de tal maneira que formam pequenos orifícios, denominados poros, em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de poríferos (do latim porus: 'poro'; ferre: 'portador'). Observe no esquema abaixo que a água penetra no corpo do animal através dos vários poros existentes em seu corpo. Ela alcança então uma cavidade central denominada átrio. Observe também que a parede do corpo é revestida externamentepor células achatadas que formam a epiderme. Já internamente, a parede do corpo é revestida por células denominadas coanócitos. Cada coanócito possui um longo flagelo. O batimento dos flagelos promove um contínuo fluxo de água do ambiente para o átrio do animal. A essa água estão misturados restos orgânicos e microorganismos, que são capturados e digeridos pelos coanócitos. O material digerido é então distribuído para as demais células do animal. Como a digestão ocorre no interior de células, diz se que os poríferos apresentam digestão intracelular. Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo desses animais é eliminada para o ambiente por meio de uma abertura denominada ósculo. O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas destacamse asespícolas de calcário ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína chamada espongina. Em certas esponjas, o esqueleto não possui espículas, mas tem a rede de espongina bastante desenvolvida. As esponjas desse tipo é que foram muito utilizadas no passado para banho e limpeza doméstica como no texto acima. Espículas que sustentam o corpo dos poríferos. Espícula em detalhe Microscopia eletrônica Muitas espécies de poríferos, que ficam totalmente expostos aos predadores, apresentam mecanismos de defesa contra a predação excessiva. O principal mecanismo é de natureza química, e ocorre deste modo: algumas esponjas produzem uma substância tóxica e outras produzem substâncias com atividade antimicrobiana. No fundo do mar, corais, cnidários e poríferos entre outros competem pelos espaços em substratos sólidos, como as rochas. Além de atuar como defesa contra predadores e infecções microbianas, essas substâncias tóxicas expelidas pelas esponjas, são vantajosas na competição por espaço que os poríferos 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 26/62 travam com outros invertebrados, como os corais, e até mesmo com outras esponjas. Isso permite a algumas esponjas cresçam rapidamente. Também são muito comuns relações de comensalismo. A estrutura do corpo das esponjas e as suas defesas contra predadores tornam esses animais excelentes refúgios para invertebrados menores e até mesmo para alguns peixes. Várias espécies dependem dessa proteção na sua fase jovem, do contrário suas populações não ficariam estáveis. Outras associações comuns são aquelas envolvendo esponjas, bactérias e cianobactérias. Provavelmente, o organismo das esponjas constitui um meio rico para o crescimento das bactérias e, ao mesmo tempo, se beneficia de um estoque de bactérias usadas na sua nutrição. A reprodução dos poríferos A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou sexuada. Assexuada Ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste caso, formamse brotos, que podem se separar do corpo do animal e dar origem a novas esponjas. Observe o esquema abaixo. As esponjas apresentam ainda grande capacidade de regeneração. Se uma esponja for partida em pedaços, cada pedaço poderá dar origem a uma nova esponja. Sexuada. Neste caso, quando os espermatozóides (gametas masculinos) estão maduros, eles saem pelo ósculo, junto com a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um deles fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a fecundação, que é interna, formase uma célula ovo ou zigoto, que se desenvolve e forma uma larva. A larva sai do corpo da esponja, nada com a ajuda de cílios e se fixa, por exemplo, numa rocha, onde se desenvolve até originar uma nova esponja. Cnidários: O filo Cnidária (cnidários) está representado pelas hidras, medusas ou água vivas, corais eanêmonasdomar. Os cnidários são os primeiros animais a apresentarem uma cavidade digestiva no corpo, fato que gerou o nome celenterado, destacando a importância evolutiva dessa estrutura, que foi mantida nos demais animais. A presença de uma cavidade digestiva permitiu aos animais ingerirem porções maiores de alimento, pois nela o alimento pode ser digerido e reduzido a pedaços menores, antes de ser absorvido pelas células. Com base no aspecto externo do corpo, os cnidários apresentam simetria radial. Eles são os primeiros animais na escala evolutiva a apresentarem tecidos verdadeiros, embora ainda não cheguem a formar órgãos. No filo cnidária existem basicamente dois tipos morfológicos de indivíduos: as medusas, que são natantes e os pólipos, que são sésseis. Eles podem formar colônias, como é o caso dos corais (colônias sésseis) e das caravelas (colônias flutuantes). Os polipos e as medusas, formas aparentemente muito diferentes entre si, possuem muitas características em comum e que definem o filo, como veremos. Nos cnidários existe um tipo especial de célula denominada cnidócito, que apesar de ocorrer ao longo de toda a superfície do animal, aparece em maior quantidade nos tentáculos. Ao ser tocado o cnidócito lança o nematocisto, estrutura penetrante que possui um longo filamento através do 01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 27/62 qual o líquido urticante contido em seu interior é eliminado. Esse líquido pode provocar sérias queimaduras no homem. Essas células participam da defesa dos cnidários contra predadores e também da captura de presas. Valendose das substâncias produzidas pelos cnidócitos, eles conseguem paralisar imediatamente os pequenos animais capturados por seus tentáculos. Foi a presença do cnidócito que deu o nemo ao filo Cnidaria (que têm cnida = urtiga) Tanto o pólipo como a medusa apresentam uma boca que se abre na cavidade gastrovascular, mas não possuem ânus. O alimento ingerido pela boca, cai na cavidade gastrovascular, onde é parcialmente digerido e distribuido (daí o nome gastro, de alimentação, e vascular, de circulação). Após a fase extracelular da digestão, o alimento é absorvido pelas células que revestem a cavidade gastrovascular, completando a digestão. A digestão é portanto, em parte extracelular e em parte intracelular. Os restos nãoaproveitáveis são liberados pela boca. Na região oral, estão os tentáculos, que participam na captura de alimentos. As camadas de célula que ocorrem nos cnidários são: a epiderme, que reveste o corpo externamente, e a gastroderme, que reveste a cavidade gastrovascular. Entre a epiderme e a gastroderme existe uma camada gelatinosa denominada mesogléia. Essa camada é mais abundante nas medusas do que nos pólipos e, por isso, as medusas têm aspecto gelatinoso, fato que lhes rendeu a denominação popular de "águasvivas". A epiderme e a gastroderme são duas camadas celulares derivadas de tecidos embrionários denominados genericamente folhetos germinativos. A epiderme deriva do folheto germinativo chamado ectoderme (ecto= externo, derme = tecido de revestimento), que reveste externamente o corpo do embrião; a gastroderme deriva do folheto denominado endoderme (endo=interno), que reveste o tubo digestivo do embrião. Os cnidários são considerados animais diblásticos. Os poriferos, apesar de não formarem tecido verdadeiros, são considerados animais diblásticos, pois durante o desenvolvimento embrionário surgem apenas duas camadas de células uma externa e outra interna , que corresponde às duas camadas de células que formam o corpo do adulto: a externa formada pelos pinacócitos e a interna formada pelos coanócitos ou coanócitos e pinacócitos internos. Os demais animais são triblásticos ou triploblasticos,
Compartilhar