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Prévia do material em texto

01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta
http://portalcienciasebiologiaa.blogspot.com.br/ 1/62
Reino Plantae ou Metaphyta
1. As plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos
animais e a muitos  tipos de  fungos; entretanto,  têm uma característica que as distingue desses
seres ­ são autotróficas. Como já vimos, seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio
alimento pelo processo da fotossíntese.
Utilizando  a  luz,  ou  seja,  a  energia  luminosa,  as  plantas  produzem a  glicose, matéria  orgânica
formada a partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio.
As plantas,  juntamente com outros seres fotossintetizantes, são produtoras de matéria orgânica
que  nutre  a  maioria  dos  seres  vivos  da  Terra,  atuando  na  base  das  cadeias  alimentares.  Ao
fornecer  o gás oxigênio  ao  ambiente,  as  plantas  também  contribuem  para  a manutenção  da
vida  dos  seres  que,  assim  como  elas  próprias,  utilizam  esse  gás  na  respiração.  As  plantas
conquistaram quase todos os ambientes da superfície da Terra.
Segundo a hipótese mais aceita, elas evoluíram a partir de ancestrais protistas. Provavelmente,
esses  ancestrais  seriam  tipos  de  algas  pertencentes  ao  grupo  dos  protistas  que  se
desenvolveram  na  água.  Foram  observadas  semelhanças  entre  alguns  tipos  de  clorofila  que
existem tanto nas algas verdes como nas plantas.
A partir dessas e de outras semelhanças, supõe­se que as algas verdes aquáticas são ancestrais
diretas das plantas.
Há cerca de 500 milhões de anos, as plantas  iniciaram a ocupação do ambiente  terrestre. Este
ambiente oferece às plantas vantagens como: maior facilidade na captação da luz, já que ela não
chega  às  grandes  profundidades  da  água,  e  facilidade  da  troca  de  gases,  devido  à  maior
concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera. Esses  fatores são  importantes no
processo da respiração e da fotossíntese.
Mas e quanto a presença da água, tão necessária à vida?
Ao compararmos o ambiente  terrestre com o ambiente aquático, verificamos que no  terrestre a
quantidade  de  água  sob  a  forma  líquida  é  bem menor  e  também que  a maior  parte  dela  está
acumulada no interior do solo.
Como,  então,  as  plantas  sobrevivem  no  ambiente  terrestre?  Isso  é  possível  porque
elas apresentam  adaptações  que  lhes  possibilitam  desenvolver  no  ambiente  terrestre  e
ocupá­lo eficientemente. As plantas adaptadas ao ambiente  terrestre apresentam, por exemplo,
estruturas que permitem a absorção de água presente no solo e outras estruturas que impedem
a perda excessiva se água. Veremos mais adiante como isso ocorre.
Devemos  lembrar  que  alguns  grupos  de  plantas  continuaram  sobrevivendo  em  ambiente
aquático.
Classificação das plantas
As  plantas  cobrem  boa  parte  dos  ambientes  terrestres  do  planeta.  Vistas  em  conjunto,  como
nesta foto, parecem todas iguais. Mas na realidade existem vários tipos de planta e elas ocupam
os mais diversos ambientes.
01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta
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Você  já  sabe  que  para  classificar,  ou  seja,  organizar  diversos  objetos  ou  seres  em  diferentes
grupos, é preciso determinar os critérios através dos quais identificaremos as semelhanças e as
diferenças entre eles.
Vamos ver agora como as plantas podem ser classificadas.
O  reino  das  plantas  é  constituído  de  organismospluricelulares,  eucariontes,  autótrofos
fotossintetizantes.
É necessário definir outros critérios que possibilitem a classificação das plantas para organizá­las
em grupos menos abrangentes que o reino.
Em geral, os cientistas consideram como critérios importantes:
a característica da planta ser vascular ou avascular, isto é, a presença ou não de vasos
condutores de água e sais minerais (seiva bruta) e matéria orgânica (a seiva elaborada);
ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor) ou ausência delas.
Os nomes dos grupos de plantas
Criptógama: palavra composta por cripto, que significa escondido, e gama, cujo significado
está relacionado a gameta (estrutura reprodutiva). Esta palavra significa, portanto, "planta que
tem estrutura reprodutiva escondida". Ou seja, sem semente.
Fanerógama: palavra composta por fanero, que significa visível, e por gama, relativo a
gameta. Esta palavra significa, portanto, "planta que tem a estrutura reprodutiva visível". São
plantas que possuem semente.
Gimnosperma: palavra composta por gimmno, que significa descoberta, e sperma, semente.
Esta palavra significa, portanto, "planta com semente a descoberto" ou "semente nua".
Angiosperma: palavra composta por angion, que significa vaso (que neste caso é o fruto)
esperma, semente. A palavra significa, "planta com semente guardada no interior do fruto".
Briófitas
Briófitas  (do  gergo  bryon:  'musgo';  e  phyton:  'planta')  são  plantas  pequenas,  geralmente  com
alguns  poucos  centímetros  de  altura,  que  vivem  preferencialmente  em  locais  úmidos  e
sombreados.
O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:
rizoides ­ filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os
sais minerais disponíveis nesse ambiente;
cauloide ­ pequena haste de onde partem os filoides;
filoides ­estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
 
Estrutura das briófitas
Essas  estruturas  são  chamadas  de  rizoides,  cauloides  e  filoides  porque  não  têm  a  mesma
organização de raízes, caules e  folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas).
Faltam­lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a
água. Na  organização  das  raízes,  caules  e  folhas  verdadeiras  verifica­se  a  presença  de  vasos
condutores de nutrientes.
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Devido  a ausência  de  vasos  condutores  de  nutrientes,  a  água  absorvida  do  ambiente  e  é
transportada nessas plantas  de  célula  para  célula,  ao  longo do  corpo do  vegetal. Esse  tipo  de
transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as
briófitas são sempre pequenas, baixas.
Acompanhe  o  raciocínio:  se  uma  planta  terrestre  de  grande  porte  não  possuísse  vasos
condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos
dias quentes  ­  quando as  folhas geralmente  transpiram muito e perdem grande quantidade de
água para o meio ambiente ­, elas  ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim,
toda a planta alta possui vasos condutores.
Hepática
Mas  nem  todas  as  plantas  que  possuem  vasos  condutores  são  altas;  o  capim,  por  exemplo,
possui  vasos  condutores  e  possui  pequeno  porte.  Entretanto,  uma  coisa  é  certa:  se  a  planta
terrestre  não  apresenta  vasos  condutores,  ela  terá  pequeno  porte  e  viverá  em  ambientes
preferencialmente úmidos e sombreados.
Musgos  e  hepáticas  são  os  principais  representantes  das  briófitas.  O  nome  hepáticas  vem  do
grego hepathos, que significa 'fígado'; essas plantas são assim chamadas porque o corpo delas
lembra a forma de um fígado.
Os musgos são plantas eretas; as hepáticas crescem "deitadas" no solo. Algumas briófitas vivem
em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha.
Reprodução das briófitas
Para  explicar  como  as  briófitas  se  reproduzem,  tomaremos  como  modelo  o  musgo  mimoso.
Observe o esquema abaixo.
Os  musgos  verdes  que  vemos  num  solo  úmido,  por  exemplo,  são  plantas  sexuadas  que
representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.
Nas briófitas, os gametófitos em geral  têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos
produzem uma pequena estrutura, geralmentena região apical ­ onde terminam os filoides. Ali os
gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os
anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma
vez  produzidos  na  planta  masculina,  os  anterozoides  podem  ser  levados  até  uma  planta
feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.
Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide
e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina.
Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é,
a fase produtora de esporos.
No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No  interior da cápsula  formam­se os esporos.
Quando  maduros,  os  esporos  são  liberados  e  podem  germinar  no  solo  úmido.  Cada  esporo,
então,  pode  se  desenvolver  e  originar  um  novo  musgo  verde  ­  a  fase  sexuada
chamada gametófito.
Como  você  pode  perceber,  as  briófitas  dependem  da  água  para  a  reprodução,  pois  os
anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera.
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O musgo  verde,  clorofilado,  constitui,  como vimos,  a  fase denominada gametófito,  considerada
duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada
esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é
considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.
Pteridófitas 
Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas
do  grupo  das  pteridófitas.  A  palavra  pteridófita  vem  do  grego  pteridon,  que  significa  'feto';
mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra
a posição de um  feto humano no útero materno. Antes da  invenção das esponjas de aço e de
outros  produtos,  pteridófitas  como a  "cavalinha",  cujo  aspecto  lembra  a  cauda  de  um  cavalo  e
tem  folhas  muito  ásperas,  foram  muito  utilizadas  como  instrumento  de  limpeza.  No  Brasil,  os
brotos da samambaia­das­roças ou feto­águia, conhecido como alimento na forma de guisados.
Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe­se, principalmente,
ao  seu  valor  ornamental.  É  comum  casas  e  jardins  serem  embelezados  com  samambaias  e
avencas, entre outros exemplos.
Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar
um sistema de vasos condutores de nutrientes.
Cavalinha, pteridófita do gênero Equisetum.
Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento
de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições
que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.
Samambaia  
Xaxin
O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral
subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o
caule  é  aéreo.  Em  geral,  cada  folha  dessas  plantas  divide­se  em  muitas  partes  menores
chamadas folíolos.
A  maioria  das  pteridófitas  é  terrestre  e,  como  as  briófitas,  vivem  preferencialmente  em  locais
úmidos e sombreados.
Reprodução das pteridófitas
Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma
fase sexuada e outra assexuada.
Soros nas folhas de samabaia
Para  descrever  a  reprodução  nas  pteridófitas,  vamos  tomar  como  exemplo  uma  samambaia
comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A  samambaia  é  uma  planta  assexuada  produtora  de  esporos.  Por  isso,  ela  representa  a  fase
chamada esporófito
Em  certas  épocas,  na  superfície  inferior  das  folhas  das  samambaias  formam­se  pontinhos
escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de
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reprodução ­ em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
Quando  os  esporos  amadurecem,  os  soros  se  abrem. Então  os  esporos  caem no  solo  úmido;
cada  esporo  pode  germinar  e  originar  um  protalo,  aquela  plantinha  em  forma  de  coração
mostrada no esquema abaixo.
O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada
de gametófito.
Ciclo reprodutivo das samambaias
O protalo  das  samambaias  contém estruturas  onde  se  formam  anterozoides  e oosferas.  No
interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em
meio  líquido  e  "nade"  em  direção  à  oosfera,  fecundado­a.  Surge  então  o  zigoto,  que  se
desenvolve e forma o embrião.
O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito.
Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.
Como você pode perceber, tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a
fecundação.  Mas  nas  briófitas,  o  gametófito  é  a  fase  duradoura  e  os  esporófitos,  a  fase
passageira.  Nas  pteridófitas  ocorre  o  contrário:  o  gametófito  é  passageiro  ­  morre  após  a
produção  de  gametas  e  a  ocorrência  da  fecundação  ­  e  o  esporófito  é  duradouro,  pois  se
mantém vivo após a produção de esporos.
Gimnospermas 
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; esperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem,
preferencialmente,  em  ambientes  de  clima  frio  ou  temperado. Nesse  grupo  incluem­se  plantas
como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.
As  gimnospermas  possuem  raízes,  caule  e  folhas.  Possuem  também  ramos  reprodutivos  com
folhas  modificadas  chamadas  estróbilos.  Em  muitas  gimnospermas,  como  os  pinheiros  e  as
sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos comocones ­ o que lhes confere a
classificação no grupo das coníferas.
Há  produção  de  sementes:  elas  se  originam  nos  estróbilos  femininos.  No  entanto,  as
gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas
em frutos.
Araucárias, tipo de conífera.
Reprodução das gimnospermas
Vamos  usar  o  pinheiro­do­paraná  (Araucária  angustifólia)  como  modelo  para  explicar  a
reprodução das gimnospermas. Nessa planta os  sexos são separados: a que possui  estróbilos
masculinos  não  possuem  estróbilos  femininos  e  vice­versa.  Em  outras  gimnospermas,  os  dois
tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.
Cones ou estróbilos
O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino
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produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo.
Quando  um  estróbilo masculino  se  abre  e  libera  grande  quantidade  de  grãos  de  pólen,  esses
grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então,
um grão de pólen pode  formar uma espécie de  tubo, o  tubo polínico, onde se origina o núcleo
espermático,  que  é  o  gameta masculino. O  tubo  polínico  cresce  até  alcançar  o  óvulo,  no  qual
introduz o núcleo espermático.
No  interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e  forma uma estrutura que
guarda  a  oosfera,  o  gameta  feminino.  Uma  vez  no  interior  do  óvulo,  o  núcleo  espermático
fecunda a oosfera, formando o zigoto.
Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o
óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião
Nos  pinheiros,  as  sementes  são  chamadas  pinhões.  Uma  vez  formadosos  pinhões,  o  cone
feminino  passa  a  ser  chamado  pinha.  Se  espalhadas  na  natureza  por  algum  agente
disseminador,  as  sementes  podem  germinar.  Ao  germinar,  cada  semente  origina  uma  nova
planta.
A semente pode ser entendida como uma espécie de  "fortaleza biológica", que abriga e
protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as
sementes  armazenam  reservas  nutritivas,  que  alimentam  o  embrião  e  garantem  o  seu
desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica
seu próprio alimento pela fotossíntese.
A pinha e a semente (pinhão) da Araucária
 Angiospermas 
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas ­ desse total, mais de 250 mil
são angiospermas.
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa  'bolsa', e sperma,  'semente'. Essas
plantas  representam  o  grupo mais  variado  em  número  de  espécies  entre  os  componentes  do
reino Plantae ou Metaphyta.
Flores e frutos: aquisições evolutivas
As  angiospermas  produzem  raiz,  caule,  folha,  flor,  semente  e  fruto.  Considerando  essas
estruturas,  perceba  que,  em  relação  às  gimnospermas,  as  angiospermas  apresentam  duas
"novidades": as flores e os frutos.
A flor e o fruto do maracujá
As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam
odor  agradável  e  produzem um  líquido  açucarado  ­  o néctar  ­  que  serve  de  alimento  para  as
abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e
nem produzem néctar.
Coloridas e perfumadas ou não, é das flores que as angiospermas produzem sementes e frutos.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta
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receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças
florais.
Órgãos de proteção
Órgãos  que  envolvem  as  peças  reprodutoras  propriamente  ditas,  protegendo­as  e  ajudando  a
atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa­se perianto. Uma  flor
sem perianto diz­se nua.
cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são
verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz­se assépala.
Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz­se
sepalóide. Neste caso diz­se que o perianto é indiferenciado.
corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas
produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz­se apétala. Se
todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz­se petalóide. Também neste
caso, o perianto se designa indiferenciado.
Órgãos de reprodução
folhas férteis modificadas,  localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas
férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas
modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete
(corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo
feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém
óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga­se por
uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen,
designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a
autopolinização.
 Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes
eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As
sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são
eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta­mãe, pelo vento,
por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.
Os dois grandes grupos de angiospermas
As  angiospermas  foram  subdivididas  em  duas  classes:  as  monocotiledôneas  e
as dicotiledôneas.
São  exemplos  de  angiospermas monocotiledôneas:  capim,  cana­de­açúcar,  milho,  arroz,  trigo,
aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas.
São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão­de­
bico,  pau­brasil,  ipê,  peroba,  mogno,  cerejeira,  abacateiro,  acerola,  roseira,  morango,  pereira,
macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida.
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Monocotiledôneas e dicotiledôneas: algumas diferenças
Entre as angiospermas, verificam­se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes.
Raízes  fasciculadas  ­  Também  chamadas  raízes  em  cabeleira,  elas  formam numa  planta  um
conjunto  de  raízes  finas que  têm origem num único ponto. Não  se percebe nesse  conjunto  de
raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as demais: todas elas têm mais ou menos o
mesmo grau de desenvolvimento. As raízes fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas.
Raízes pivotantes ­ Também chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz principal,
geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no solo; da  raiz principal partem
raízes laterais, que também se ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas dicotiledôneas.
Raiz fasciculada e pivotante, respectivamente.
Em  geral,  nas  angiospermas  verificam­se  dois  tipos  básicos  de
folhas: paralelinérvea e reticulada.
Folhas  paralelinérveas  ­  São  comuns  nas  angiospermas  monocotiledôneas.  As  nervuras  se
apresentam mais ou menos paralelas entre si.
Folhas  reticuladas  ­  Costumam  ocorrer  nas  angiospermas  dicotiledôneas.  As  nervuras  se
ramificam, formando uma espécie de rede.
Existem outras diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas, mas vamos destacar apenas
a responsável pela denominação dos dois grupos.
O  embrião  da  semente  de  angiosperma  contém  uma  estrutura  chamada  cotilédone.  O
cotilédone é uma  folha modificada, associada a nutrição das células embrionárias que poderão
gerar uma nova planta.
Sementes de monocotiledôneas. Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um único
cotilédone; daí o nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos: 'um',
'único'). As substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região denominada
endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias em
desenvolvimento.
Sementes de dicotiledôneas. Nesse tipo de semente, como o feijão, existem dois cotilédones
­ o que justifica o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O endosperma
geralmente não se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones, então
armazenam as substâncias necessárias para o desenvolvimento do embrião.
Resumo: Monocotiledôneas vs Dicotiledôneas
MONOCOTILEDÔNEAS DICOTILEDÔNEAS
raiz fasciculada  (“cabeleira”) pivotante ou axial (principal)
caule
em geral, sem crescimento em
espessura (colmo, rizoma, bulbo)
em geral, com crescimento em
espessura (tronco)
distribuição
de vasos no
feixes líbero­lenhosos
“espalhados”(distribuição atactostélica =
feixes líbero­lenhosos dispostos
em círculo  (distribuição eustélica =
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caule irregular) regular)
folha
invaginante: bainha desenvolvida;
uninérvia ou paralelinérvia.peciolada: bainha reduzida;
pecíolo;   nervuras reticuladas ou
peninérvias.
Flor trímera (3 elementos ou múltiplos) dímera, tetrâmera ou pentâmera
embrião um cotilédone 2 cotilédones
exemplos
bambu; cana­de­açúcar; grama; milho;
arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras.
eucalipto; abacate; morango;
maçã; pera; feijão; ervilha;
mamona; jacarandá; batata.
2. Com ou sem coluna vertebral
 
 
Os Vertebrados
Os animais que possuem coluna vertebral são chamados vertebrados. Eles se dividem em 5
grupos.
  Aves ­ Elas são cobertas de penas. Possuem patas e asas.
Mamíferos­ Sua pele é coberta de pêlos. A fêmea alimenta os filhotes com o leite de suas
mamas.
  Peixes ­ Sua pele é coberta de escamas. Eles respiram dentro da água.
  Répteis ­ Sua pele é coberta de escamas.
Anfíbios ­ Eles têm a pele lisa e úmida, sem pêlos, nem plumas, nem escamas.
Os Invertebrados
Os animais que não possuem coluna vertebral são invertebrados.
  Insetos­ têm 6 patas.
Aracnídeos­  têm oito patas.
Crustáceos­ Eles possuem várias patas e muitas vezes apresentam garras.
Centopéias ­ Elas têm muitas patas: podem chegrar a cem!
 Moluscos­ Eles possuem um corpo mole, com ou sem casca.
  Vermes ­ Eles têm o corpo mole, cilíndrico ou achatado.
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Postado há 28th December 2011 por ' Ketylen !
3. vertebrados
Peixes 
Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os vertebrados.
Acredita­se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de anos atrás.
Mas como eles se distribuem pelo planeta?
Os  peixes  ocupam  as  águas  salgadas  dos  marese  oceanos  e  as  águas  doces
dos  rios,  lagos  eaçudes.  Nesse  grupo,  existem  cerca  de  24  mil  espécies,  das  quais  mais  da
metade vive em água salgada. O tamanho médio dos peixes pode variar de um centímetro a até
cerca de 18 metros.
Provavelmente,  foram  os  primeiros  vertebrados  a  surgir  na  Terra,  e  eram  pequenos,  sem
mandíbula,  tinham  coluna  vertebral  cartilaginosa  e  uma  carapaça  revestindo  seus  corpos.  Na
evolução, houve uma série de adaptações que representaram aos peixes melhores condições de
sobrevivência em seu habitat ­ não ter couraça pesada, ser nadadores velozes, ter mandíbulas e
poder morder.
Antes limitados à filtração de partículas nutritivas suspensas na água ou depositadas no fundo e
sendo  presas  de  alguns  tipos  de  invertebrados,  os  peixes  tornaram­se  também  eficientes
predadores.
Desde  que  surgiram,  já  ocupavam  com  sucesso  os  ambientes  aquáticos  salgado  e  doce,  e
continuam assim até hoje.
Características que favorecem a vida na água
Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de suas atividades no
ambiente em que vivem. Entre elas, destacam­se:
corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado lateralmente e alongado, o que
favorece seu deslocamento na água;
presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à localização, podem ser
peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;
corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização diminui o atrito com a água
enquanto o animal se desloca; além disso , a pele é dotada de glândulas produtoras de muco,
o que também contribui para diminuir o atrito com a água;
musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de movimentos ondulatórios.
A temperatura corporal
Os  peixes  são  animais  pecilotérmicos.  Isso  significa  que  a  temperatura  do  seu  corpo  varia  de
acordo  com  a  do  ambiente. A  temperatura  do  corpo  dos  peixes  em  geral mantém­se mais  ou
menos próxima à temperatura ambiental.
Respiração e circulação de sangue
A maioria dos peixes respira por meio de brânquias,  também conhecidas como guelras. A água
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entra continuamente pela boca do peixe, banha as brânquias e sai pelas aberturas existentes de
cada lado da cabeça.
Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio dissolvido na água passa
para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico que se forma no organismo do animal e que
está no sangue passa para a água, sendo eliminado do corpo.
O coração dos peixes  tem duas cavidades um átrio e um ventrículo  ­  e por ele  circula apenas
sangue não­oxigenado. Depois de passar pelo coração, o sangue não oxigenado vai para uma
artéria  e  dai  para  as  brânquias,  onde  recebe  gás  oxigênio.  A  seguir,  esse  sangue,  agora
oxigenado, é distribuído para todos os órgãos do corpo do animal.
Alimentação e digestão
Alguns peixes são herbívoros, alimentando­se principalmente de algas. Outros são carnívoros, e
alimentam­se de outros peixes e de animais diversos, como moluscos e crustáceos.
Nas  zonas  abissais  ­  os  grandes  abismos  oceânicos,  destituídos  de  luz  ­,  onde  os  seres
fotossintetizantes  não  sobrevivem,  há  muitos  peixes  detritívoros,  que  se  alimentam  de  restos
orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também peixes carnívoros.
O  sistema digestório  dos  peixes  é  constituído  de  boca,  faringe,  esôfago,  estômago e  intestino,
além de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas.
Os sentidos
Os peixes têm vários órgãos dos sentidos
Bolsa olfatória ­ São formadas por células localizadas nas narinas e associadas à percepção
de cheiros das substâncias dissolvidas na água. O sentido do olfato dos peixes é geralmente
muito aguçado. O tubarão, por exemplo, pode "farejar" sangue fresco a dezenas de metros de
distância.
Olhos ­ Permitem formar imagens nítidas a curta distância. A distâncias maiores, percebem
apenas objetos em movimento na superfície da água. Alguns peixes têm percepção das cores
e outros não. Os tubarões e as raias (também conhecidas como arraias), por exemplo, não
distinguem cores. Os olhos são geralmente grandes e não possuem pálpebras nem glândulas
lacrimais.
Linha lateral ­ É formada por uma fileira de poros situada de cada lado do corpo, com
ramificações na cabeça. Os poros comunicam­se com um canal localizado sob as escamas, no
qual existem células sensoriais. Por meio das células sensoriais, o peixe percebe as diferenças
de pressão da água, que aumenta gradativamente com a profundidade. Percebe também
correntes e vibrações na água, detectando a presença de uma presa, de um predador ou os
movimentos de outros peixes que estão nadando ao seu lado, o que é muito importante para
as viagens em cardumes. Percebe, ainda, a direção dos movimentos da água, o que facilita
sua locomoção na escuridão ou em águas turvas.
Classificação
Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do grego khondros: 'cartilagem';
e ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a classe dos osteíctes (do grego osteon: 'osso'),
ou peixes ósseos.
Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas,  representando
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cerca de 95% do total dessas espécies. Existem várias diferenças entre os peixes cartilaginosos e
os ósseos.
Os peixes cartilaginosos
Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água salgada. Mas
algumas espécies de raia vivem em água doce.
Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:
esqueleto cartilaginoso e relativamente leve;
presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo, por onde
entra a água e banha as brânquias;
boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie de bolsa
chamadacloaca ­ nela, convergem os dutos finais do sistema digestório, urinário e genital.
Tubarão­Frade (Cetorhinus maximus)
Os peixes ósseos
Os peixes ósseos são abundantes tanto em água salgada (tainhas, robalos,cavalos­marinhos,
pescadas, etc.) como em água doce (lambaris, dourados, pintados, pacus, acarás­bandeiras,
etc.).
Vamos considerar algumas características dos peixes ósseos:
esqueleto predominantemente ósseo;
presença de quatro pares de fendas branquiais e ausência de espiráculo, brânquias
protegidas por uma estrutura denominada opérculo;
boca localizada na região anterior e intestino terminado no ânus, não há cloaca;
presença, em muitas espécies, de uma vesícula armazenadora de gases chamada bexiga
natatória ou vesícula gasosa.
Ausente nos peixes cartilaginosos, a bexiga natatória ­ que pode aumentar e diminuir de volume
de acordo com a profundidade em que o peixe se encontra  ­  favorece a  flutuação e, com  isso,
permite ao animal economizar energia, já que ele pode permanecer mais ou menos estável numa
determinada  profundidade  sem  que  para  isso  necessite  de  grande  esforço  muscular  para  a
natação.
Reprodução dos peixes
A maioria  dos  peixes  ósseos  apresentafecundação  externa:  a  fêmea  e  o  macho  liberam  seus
gametas na água. Após a  fecundação do óvulo por um espermatozóide,  forma­se o zigoto. Em
muitas espécies de peixes ósseos, o desenvolvimento é indireto, com larvas chamadas alevinos.
Nos  peixes  cartilaginosos,  a  fecundação  é  geralmente  interna:  o  macho  introduz  seus
espermatozóides  no  corpo  da  fêmea,  onde  os  óvulos  são  fecundados.  O  desenvolvimento  é
direto: os ovos dão origem a filhotes que já nascem com o aspecto geral de um adulto, apenas
menores.
Ao  lado: O peixe Paulistinha na  fase  larval  (acima) e na  fase adulta  (ao  lado); espécie é muito
usada em pesquisa biomédica
Anfíbios: O início da Conquista do Meio Terrestre
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Os anfíbios  não  são  encontrados  no  ambiente marinho,  apenas  na  água  doce  e  em ambiente
terrestre. O nome do grupo, anfíbios (do grego, amphi ­ dos dois lados + bios = vida), foi dado em
razão  da  maioria  de  seus  representantes  possuírem  a  fase  larval  aquática  e  de  respiração
branquial  (lembre­se  dos  girinos)  e  uma  fase  adulta,  de  respiração  pulmonar  e  cutânea,  que
habita o meio terrestre úmido. São heterotermos, como os peixes.
Perereca
Salamandra
Trocas gasosas
Os anfíbios adultos precisam viver perto da umidade: sua pele é fina e pobremente queratinizada,
muito sujeita à perda de água. Uma delgada epiderme, dotada de inúmeras glândulas mucosas,
torna a pele úmida e lubrificada, constituindo­se de um importante órgão respiratório.
Nos sapos, os pulmões são extremamente simples, equivalem a dois "sacos" de pequeno volume
e de pequena superfície de trocas gasosas. Essa característica é que aumenta a importância da
pele como órgão respiratório.
A circulação
O coração apresenta três cavidades: dois átrios (um direito e um esquerdo) e um ventrículo. O
sangue venoso, pobre em O ,  vindo dos pulmões, penetra no átrio esquerdo. Os dois  tipos de
sangue passam para o único ventrículo onde se misturam, ainda que parcialmente. Do ventrículo,
o sangue é bombeado para um  tronco arterial  (conjunto de vasos) que distribui sangue para a
cabeça, tronco e pulmões.
A circulação é dupla e incompleta: dupla, porque o sangue passa duas vezes pelo coração a
cada  ciclo  de  circulação,  incompleta,  porque  o  ventrículo  é  único  e  nele  o  sangue  arterial  e
venoso se misturam.
A reprodução
Nos sapos, rãs e pererecas, os sexos são separados. A fecundação é externa, em meio aquático.
As fecundações vão ocorrendo, e cada ovo possui uma membrana transparente que contém, no
seu interior, um embrião em desenvolvimento que consome, para a sua sobrevivência, alimento
rico em reservas originadas do óvulo.
Após  certo  tempo  de  desenvolvimento,  de  cada  ovo  emerge  uma  larva  sem  patas,  o  girino,
contendo  cauda  e  brânquias.  Após  certo  tempo  de  vida  na  água,  inicia­se  uma  série  de
modificações no girino, que prenunciam a fase adulta. A metamorfose consiste na reabsorção da
cauda e das brânquias e no desenvolvimento dos pulmões e das quatro patas.
Fases da metamorfose dos sapos
Os répteis
Os  répteis  (do  latim  reptare,  'rastejar')  abrangem  cerca  de  7  mil  espécies  conhecidas.  Eles
surgiram  há  cerca  de  300 milhões  de  anos,  tendo  provavelmente  evoluído  de  certos  anfíbios.
Foram os primeiros vertebrados efetivamente adaptados à vida em lugares secos, embora alguns
animais deste grupo, como as tartarugas, sejam aquáticos.
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A  Terra  já  abrigou  formas  gigantescas  de  répteis,  como  os  dinossauros.  Hoje  esse  grupo  é
representado por animais de porte  relativamente menor,  como os  jacarés,  tartarugas,  cobras e
lagartos.
A pele dos répteis
Os répteis têm o corpo recoberto por uma pele seca e praticamente impermeável. As células mais
superficiais da epiderme são ricas em queratina, o que protege o animal contra a desidratação e
representa  uma  adaptação  à  vida  em  ambientes  terrestres. A  pele  pode  apresentar  escamas
(cobras), placas (jacarés, crocodilos) ou carapaças (tartarugas, jabutis).
Escamas de cobras.
Temperatura corporal
Os répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são animais pecilotérmicos: a temperatura do
corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente.
Respiração e circulação de sangue
A respiração dos répteis é pulmonar; seus pulmões são mais desenvolvidos que os dos anfíbios,
apresentando dobras internas que aumentam a sua capacidade respiratória.
Os  pulmões  fornecem  aos  répteis  uma  quantidade  suficiente  de  gás  oxigênio,  o  que  torna
"dispensável"  a  respiração  por  meio  da  pele,  observada  nos  anfíbios.  Aliás,  com  a  grande
quantidade  de  queratina  que  apresenta,  a  pele  torna­se  praticamente  impermeável,  o  que
impossibilita a aquisição de gás oxigênio.
O coração da maioria dos répteis apresenta dois átrios e dois ventrículos parcialmente divididos.
Nos ventrículos ocorrem mistura de sangue oxigenado com sangue não­oxigenado. Nos répteis
crocodilianos (crocodilo, jacarés), os dois ventrículos estão completamente separados, mas o
sangue oxigenado e o sangue não­oxigenado continuam se misturando, agora fora do coração.
Alimentação e digestão
Em sua maioria,  os  répteis  são  animais  carnívoros;  algumas espécies  são  herbívoras  e  outras
são onívoras. Eles possuem sistema digestório completo. O intestino grosso termina na cloaca.
Os sentidos
Os répteis possuem órgãos dos sentidos que lhes permitem, por exemplo, sentir o gosto e o
cheiro das coisas. Os olhos possuem pálpebras e membrana nictitante, que auxiliam na proteção
dessas estruturas. Eles têm glândulas lacrimais, fundamentais para manter a superfície dos olhos
úmida fora da água.
Destacamos aqui uma estrutura existente entre os olhos e as narinas de cobras,
chamada fosseta loreal (no detalhe). Ela possibilita que a cobra perceba a presença de outros
animais vivos por meio do calor emitido pelo corpo deles.
Embora os répteis não tenham orelha externa, alguns deles apresentam conduto auditivo externo
e curo, que fica abaixo de uma dobra da pele, de cada lado da cabeça. Na extremidade de cada
conduto auditivo situa­se o tímpano, que se comunica com a orelha média e a interna. Vários
experimentos comprovam que a maioria dos répteis é capaz de ouvir diversos sons.
Classificação
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Vamos conhecer as principais ordens em que se divide a classe dos répteis.
Quelônios
São  as  tartarugas,  os  jabutis  e  os  cágados.  Têm  o  corpo  recoberto  por  duas  carapaças:  a
carapaça dorsal, na parte superior do corpo, e o plastrão, na parte inferior. Essas duas carapaças
são  soldadas  uma  à  outra.Há  aberturas  apenas  para  a  saída  do  pescoço,  dos  membros
anteriores e posteriores e da cauda.
As tartarugas são aquáticas e podem viver em água doce ou salgada; suas pernas têm a forma
de nadadeiras, o que  facilita a  locomoção na água. Os  jabutis são  terrestres e seus dedos são
grossos. Os  cágados  vivem em água  doce  e  seus  dedos  são  ligados  por  uma membrana  que
auxilia na natação.
Esses animais não têm dentes. A boca apresenta um bico córneo.
Jabuti
Crocodilianos
Crocodilo
São os crocodilos e os jacarés. Grandes répteis aquáticos, os crocodilianos têm corpo alongado
e  recoberto por placas córneas. Possuem quatro membros, que são usados para a  locomoção
terrestre e aquática.
O jacaré tem a cabeça mais larga e arredondada do que a dos crocodilianos, e, quando fecha a
boca,  seus dentes não aparecem.  Já o  crocodilo  tem a  cabeça mais estreita  e, mesmo com a
boca fechada, alguns dentes são visíveis.
Jacarés e crocodilos habitam regiões tropicais, geralmente às margens dos rios.
No Brasil só existem jacarés. Eles são encontrados na Amazônia e no Pantanal Mato­Grossense.
Escamados
São os lagartos e as serpentes  (estas mais comumente chamadas de cobras). Esses animais
têm a pele recoberta por escamas e dividem­se em dois grupos menores: lacertílios e ofídeos.
Lacertílios  ­  Compreendem  os  lagartos,  os  camaleões  e  as  lagartixas,  répteis  de  corpo
alongado,  com  a  cabeça  curta  e  unida  ao  corpo  por  um  pequeno  pescoço.  Possuem  quatro
membros, sendo os anteriores mais curtos que os posteriores.
Ofídeos ­ Compreendem as serpentes ou cobras, répteis que não têm pernas. A grande maioria
desses animais possuem glândulas que fabricam veneno. Uma serpente é peçonhenta quando
seus  dentes  são  capazes  de  inocular  veneno  nos  animais  que  ataca. Os dentes  têm um
canal ou sulco que se comunica com as glândulas produtoras de veneno. No momento da picada,
o veneno escoa por esse canal e é inoculado no corpo da presa.
Reprodução
O  sistema  reprodutor  dos  répteis  foi  um  importante  fator  de  adaptação  desses  animais  ao
ambiente  terrestre.  Os  répteis  fazem  a  fecundação  interna:  o  macho  introduz  os
espermatozóides no corpo da fêmea.
A maioria é ovípara, ou seja, a fêmea põe ovos, de onde saem os filhotes. Esses ovos têm casca
rígida e consistente como couro. Os ovos se desenvolvem em ambiente de baixa umidade.
A fecundação interna e os ovos com casca representam um marco na evolução dos vertebrados,
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pois  impediram  a  morte  dos  gametas  e  embriões  por  desidratação.  Assim,  em  ralação  a
reprodução,  os  répteis  tornaram­se  independentes  da  água.  A  tartaruga  marinha  e  muitos
outros répteis aquáticos depositam os seus ovos em ambiente terrestre. Eles ficam cobertos de
areia e aquecidos pelo calor do Sol.
O ovo é rico em vitelo ­ substância que nutre o embrião ­ e é capaz de reter a umidade. Na casca
há poros, pequenos orifícios que permitem a entrada de oxigênio do ar e a saída de gás
carbônico, ou seja, a troca de gases. Isso ajuda a manter o embrião vivo.
A maioria dos répteis não precisa cuidar dos seus ovos e filhotes. Os filhotes quando "prontos"
saem da casca usando seus próprios recursos. Porém, tanto o jacaré, quanto o crocodilo têm
muito cuidado com os ovos e os filhotes. A fêmea põe os ovos no ninho e fica por perto até o
nascimento dos filhotes, que são carregados na boca até a água, onde ficam com a mãe. Alguns
chegam a permanecer com a mãe por mais de três anos.
Existem  também os  répteis  em cujos  ovos,  já  na ocasião da postura,  há  filhotes  formados. Os
ovos ficam retidos com o embrião em um canal no corpo da fêmea, enquanto se desenvolvem,
como ocorre em algumas cobras. Quando os ovos saem do corpo da  fêmea, os  filhotes dentro
deles  já  se  encontram  formados.  A  casca  desses  ovos  é  bem  fina,  como  uma  membrana,
permitindo  a  saída  dos  filhotes  logo  após  a  postura.  Esses  animais  são  classificados  como
ovovivíparos. Há ainda alguns répteis vivíparos, que produzem filhotes já "prontos", sem terem se
desenvolvido em ovos, como certas espécies de lagartos.
Aves ­ vertebrados homeotermos com corpo coberto por penas
As  aves  (latim  científico:  Aves)  constituem  uma  classe  de  animais
vertebrados, tetrápodes,endotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem
penas,  apêndices  locomotores  anteriores  modificados  em  asas,  bico  córneo  e  ossos
pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo. 
As aves conquistaram o meio  terrestre de modo muito mais eficiente que os  répteis. A principal
característica  que  permitiu  essa  conquista  foi,  sem  dúvida,  a  homeotermia,  a  capacidade  de
manter  a  temperatura  corporal  relativamente  constante  à  custa  de  uma  alta  taxa  metabólica
gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.
Essa  característica  permitiu  às  aves,  juntamente  com  os  mamíferos,  a  invasão  de  qualquer
ambiente terrestre, inclusive os permanentemente gelados, até então não ocupados pelos outros
vertebrados.
As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija­flores a espécies de grande porte
como o avestruz e a ema. Note que  todos os pássaros são aves, mas nem  todas as aves são
pássaros.
Avestruz
Os pássaros estão  incluidos na ordem Passeriformes,  constituindo a ordem mais  rica,  ou  seja,
com maior número de espécies dentro do grupo das aves. 
Enquanto  a  maioria  das  aves  são  caracterizadas  pelo  vôo,  as  ratitas  não  podem  voar  ou
apresentam  vôo  limitado,  uma  característica  considerada  secundária,  ou  seja,  adquirida  por
espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. 
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Muitas  outras  espécies,  particularmente  as  insulares,  também  perderam  essa  habilidade.  As
espécies não­voadoras  incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não­voadoras
são  especialmente  vulneráveis  à  extinção  por  conta  da  ação  antrópica  direta  (destruição  e
fragmentação  do  habitat,  poluição  etc.)  ou  indireta  (introdução  de  animais/plantas  exóticos,
mamíferos em particular).
Pinguin
A circulação
Uma  característica  que  favorece  a  homeotermia  nas  aves  é  a  existência  de  um  coração
totalmente dividido em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos.
Não  ocorre  mistura  de  sangues.  A  metade  direita  (átrio  e  ventrículo  direitos)  trabalha
exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhando­o aos pulmões para oxigenação.
A metade  esquerda  trabalha  apenas  com  sangue  rico  em  oxigênio. O  ventrículo  esquerdo,  de
parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo o momento, os tecidos
recebem  sangue  ricamente  oxigenado,  o  que  garante  a manutenção  constante  de  altas  taxas
metabólicas.  Esse  fato,  associado  aos  mecanismos  de  regulação  térmica,  favorece  a
sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa.
A respiração: pulmões e sacos aéreos
O  sistema  respiratório  também  contribui  para  a  manutenção  da  homeotermia.  Embora  os
pulmões  sejam  pequenos,  existem  sacos  aéreos,  ramificações  pulmonares  membranosas  que
penetram por entre algumas vísceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos.
A movimentação constante de ar dos pulmões para os sacos aéreos e destes para os pulmões
permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribui para a manutenção
de elevadas taxas metabólicas.
A pele das aves é seca, não­dotada de glândulas e rica em queratina que, em alguns  locais do
corpo,  se  organiza  na  forma  de  placa,  garras,  bico  córneo  e  é  constituintefundamental  das
pernas.
As  aves  não  têm  glândulas  na  pele.  No  entanto,  há  uma  exceção:  a  glândula  uropigial  (ou
uropigiana), localizada na porção dorsal da cauda e cuja secreção oleosa lubrificante é espalhada
pela ave, com o bico, nas penas. Essa adaptação impede o encharcamento das penas em aves
aquáticas e ajuda a entender por que as aves não se molham, mesmo que fiquem desprotegidas
durante uma chuva.
Exclusividade das aves: corpo coberto por penas
Digestão e excreção em aves
As  aves  consomem  os  mais  variados  tipos  de  alimentos:  frutos,  néctar,  sementes,  insetos,
vermes, crustáceos, moluscos, peixes e outros pequenos vertebrados. Elas possuem um sistema
digestivo  completo,  composto  de  boca,  faringe,  esôfago,  papo,  proventrículo,  moela,  intestino,
cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas).
Ao serem engolidos os alimentos passam pela  faringe, pelo esôfago e vão para o papo, cuja
função  é  armazenar  e  amolecer  os  alimentos.  Daí  eles  vão  para  o  proventrículo,  que  é  o
estômago químico das aves, onde sofrem a ação de sucos digestivos e começam a ser digeridos.
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Passam então para a moela (estômago mecânico) que tem paredes grossas e musculosas, onde
os alimentos são triturados.
Finalmente atingem o intestino, onde as substâncias nutritivas são absorvidas pelo organismo. Os
restos não aproveitados transformam­se em fezes.
As  aves  possuem  uma  bolsa  única,  a  cloaca,  onde  desembocam  as  partes  finais  do  sistema
digestivo, urinário e  reprodutor e que se abre para o exterior. Por essa bolsa eles eliminam as
fezes e a urina e também põem os ovos.
Sistema Reprodutor
Diferentes de seus parentes répteis, que às vezes dão à luz a seus filhotes, todas as espécies de
aves põem ovos. Apesar dos ovos parecerem bastante frágeis, seu formato oval oferece grande
resistência e eles podem suportar grandes pressões sem quebrar. Como os ovos são pesados e
incômodos de carregar, as fêmeas colocam os ovos assim que são fertilizadas, quase sempre em
um ninho construído para proteger o ovo contra predadores e para mantê­lo aquecido durante o
desenvolvimento do embrião.
Diferentes espécies de aves põem números diferentes de ovos – os pinguins normalmente põem
um  único  ovo,  enquanto  o  chapim  azul  europeu  põe  entre  18  e  19  ovos. A  construção  de  um
ninho é uma das grandes façanhas de design e engenharia do reino animal. Espécies diferentes
mostram uma diversidade extraordinária na construção de seus ninhos. Algumas aves constroem
ninhos  minúsculos  tão  bem  escondidos,  que  nem  mesmo  o  caçador  mais  determinado  pode
encontrá­los,  mas  outras  espécies  constroem  ninhos  enormes,  altamente  visíveis,  que  elas
defendem corajosamente contra qualquer criatura que se aproxime.
Os cisnes frequentemente constroem ninhos com vários centímetros de diâmetro, enquanto que
o Scopus umbretta africano constrói ninhos em forma de cúpula, que podem pesar até 50 quilos,
levando várias semanas para serem construídos. Os pássaros usam uma grande variedade de
materiais para construir seus ninhos.
Algumas espécies usam apenas galhos e ramos para construir os tipos de ninhos normalmente
vistos em jardins e cercas vivas. Outras usam um pouco de tudo: de  folhas a penas, debarro a
musgos, e até mesmo objetos feitos pelo homem, como papel laminado.
O Collocalia maxima do sudeste da Ásia faz seus ninhos inteiramente de sua própria saliva, e os
constrói nos tetos de cavernas. Nem todas as aves constroem ninhos. O cuco, em particular, usa
o  ninho  de  outras  aves  em  vez  de  construir  o  seu. A  fêmea  voa  rapidamente  para  um  ninho
apropriado,  retirando  um dos  ovos  da  “hospedeira”  e  coloca  seu  próprio  ovo,  normalmente  do
mesmo  tamanho  e  forma  do  que  ela  retirou.  O  pinguim  imperador  sequer  usa  um  ninho:  ele
coloca seu seu único ovo diretamente sobre neve, e o incuba com a temperatura de seu corpo.
Adaptações ao vôo 
No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o
vôo ao animal. Entre estas podemos citar: 
1. Endotermia
2. Desenvolvimento das penas
3. Aquisição de ossos pneumáticos
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4. Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos
5. Aquisição de um sistema de sacos aéreos.
6. Postura de ovos
7. Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que
movimentam as asas
8. Ausência de bexiga urinária 
As penas, consideradas como diagnóstico das aves atuais, estão presentes em outros grupos de
dinossauros, entre eles o próprioTyrannosaurus rex. Estudos apontam que a origem das penas
se deu a partir de modificações das escamas dos répteis, tornando­se cada vez mais
diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a possibilitar os vôos planado e batido.
Acredita­se que as penas teriam sido preservados na evolução por seu valor adaptativo, ao
auxiliar no controle térmico dos dinossauros – uma hipótese que aponta para o surgimento da
endotermia já em grupos mais basais de Dinosauria (com relação às aves) e paralelamente com
a aquisição da mesma característica por répteis Sinapsida, que deram origem aos mamíferos.
Os ossos pneumáticos também são encontrados em outros grupos de répteis. Apesar de serem
ocos (um termo melhor seria "não­maciços"), os ossos das aves são muito resistentes, pois
preservam um sistema de trabéculas ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior.
Os mamíferos
Os  mamíferos  formam  o  grupo  mais  evoluído  e  mais  conhecido  dos  cordados.  Nesta  classe
incluem­se as toupeiras, morcegos, roedores, gatos, macacos, baleias, cavalos, veados e muitos
outros, o próprio homem entre eles. Todos (com raras exceções) apresentam o corpo coberto de
pêlos e têm temperatura interna constante.
Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino animal e atingem o seu clímax com
a espécie humana. São, ainda, extremamente adaptáveis, modificando o seu comportamento de
acordo com as condições do meio. Alguns grupos, principalmente primatas,  formam sociedades
muito complexas.
Uma  característica  única  dos  mamíferos  é  a  capacidade  de  brincar.  Os  jovens  mamíferos
aprendem quase  tudo o que necessitam saber para a sua vida adulta através de brincadeiras,
onde as crias experimentam, entre si e com adultos, as  técnicas de caça,  luta e acasalamento.
Estas brincadeiras estabelecem frequentemente uma hierarquia que se manterá na fase adulta,
evitando conflitos potencialmente perigosos para os indivíduos.
Desenho de como teria sido um terapsídeos.
Os antepassados dos mamíferos foram um grupo de répteis designados terapsídeos. Estes
animais eram pequenos carnívoros ativos e viveram no período Triássico (225 M.a. atrás).
Além de importantes diferenças a nível do crânio, os terapsídeos desenvolveram um esqueleto
mais leve e flexível, com os membros alinhados por baixo do corpo, tornando­os mais ágeis e
rápidos. 
A transição de réptil para mamífero terminou há cerca de 195 M.a., coincidindo com a ascensão
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dos  dinossauros,  ameaçando  os  recém­formados  mamíferos  de  extinção.  No  entanto,  a  sua
capacidade  de  controlar  a  temperatura  interna  talvez  explique  porque  os  mamíferos
sobreviveram ao arrefecimento global do fim do Mesozóico. 
As principais características dos mamíferos
A pele é formada por duas camadas principais: epiderme e derme. As glândulas  localizadas na
derme  (sebáceas  –  lubrificam  e  impermeabilizam  o  pêlo  e  produzem  substâncias  odoríferas
usadas na comunicação entre os animais, sudoríparas – auxiliam a regulação da temperatura e
a excreção de sais, e mamárias – geralmentemais numerosas que o número médio de crias por
ninhada) são um dos aspectos mais marcantes do revestimento dos mamíferos.
O cão, o gato e o  rato não possuem glândulas sudoríparas. A  respiração ofegante do cão e as
lambidas que o gato dá em si mesmo ajudam a resfriar o corpo.
Abaixo  da  derme,  com  os  vasos  sanguíneos  que  alimentam  a  epiderme  e  nervos  sensoriais,
existe uma camada de gordura subcutânea mais ou menos espessa, dependendo do habitat do
animal. 
O conjunto de pêlos designa­se pelagem, onde cada um cresce a partir  de um folículo, tal como
as penas das aves ou as escamas dos  répteis. O pêlo é uma sucessão de células  fortalecidas
comqueratina.  A  pelagem  é  sempre  composta  por  dois  tipos  de  pêlos:  um  interno,  macio  e
isolante, e outro externo, mais espesso e que protege o corpo e dá cor, permitindo a camuflagem.
Algumas  espécies  têm  a  cobertura  de  pêlos  reduzida,  mas  estes  são  sempre  mudados
periodicamente (cada pêlo é mudado individualmente, formando­se um novo a partir do mesmo
folículo). 
São produzidas pela epiderme outras estruturas como asgarras, unhas e cascos (que crescem
permanentemente  a  partir  da  base  para  compensar  o  desgaste),  bem  como  chifres  e  cornos
(com centro ósseo e permanentes) e armações (caem anualmente).
O  corno  do  rinoceronte  é  um  caso  particular  destas  estruturas,  pois  apesar  de  não  cair
anualmente é composto por um emaranhado denso de pêlos.
O esqueleto é totalmente ossificado, permanecendo cartilagem apenas nas zonas articulares.
Cornos e chifres de diversos mamíferos ungulados
O focinho é geralmente estreito. O tronco apresenta costelas ligadas ao esterno, formando uma
caixa torácica muito eficiente nos movimentos respiratórios.
Os  mamíferos  apresentam  tipicamente  quatro  patas  (exceto  cetáceos,  onde  não  existem
membros  posteriores)  com  5  dedos  (ou  menos)  com  garras,  unhas,  cascos  ou  almofadas
carnudas e adaptadas variadamente a andar, correr, trepar, cavar, nadar ou voar. 
Esqueleto de um cachorro
A  marcha  quadrúpede  é  a  mais  comum,  mas  existem  muitas  espécies  bípedes,  como  os
cangurus ou o homem. 
A) Plantígrado B) Digitígrado C) Ungulado.
Associado  ao  modo  de  deslocação  está  a  forma  de  contato  da  pata  com  o  solo:  os
animais  plantígrados  (ursos,  por  exemplo)  assentam  o  calcanhar,  metapódio  e  dedos  dos
membros no chão, enquanto os digitígrados (canídeos, por exemplo) apenas apóiam os dedos.
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Os  ungulados  (cavalos,  por  exemplo)  apenas  apóiam  a  ponta  de  um  ou  dois  dedos.  Nos
marsupiais o segundo e terceiro dedos dos membros posteriores estão fundidos, originando um
só dígito com duas garras.    
As extremidades localizam­se por baixo do corpo e não para o lado como nos répteis, o que não
só sustenta melhor o peso do corpo, mas também permite maior velocidade e reflexos. 
A  velocidade está  igualmente  associada  à  flexibilidade  da  coluna  vertebral  (chita,  por  exemplo,
acrescenta cerca de 30 Km/h à sua velocidade máxima devido ao efeito de mola da sua coluna) e
ao aumento do comprimento da zona inferior dos membros (gazelas, por exemplo).
Os órgãos dos sentidos e o cérebro são muito desenvolvidos. 
Alguns mamíferos apresentam sentidos mais desenvolvidos do que outros.
O morcego, por exemplo, tem ótima audição; a onça tem olfato apurado e o gato tem excelente
visão.  A informação táctil provém não só da superfície do corpo, mas também de bigodes. Na
língua localizam­se receptores do gosto em papilas especializadas.
Os mamíferos são considerados animais inteligentes, embora a inteligência seja difícil de definir.
Geralmente considera­se indicador de inteligência a capacidade de aprendizagem associada a
flexibilidade de comportamento. Estas capacidades permitem solucionar problemas relacionados
com a invasão de novos habitats e de captura de presas, por exemplo.
Digestão
O sistema digestório dos mamíferos é formado por um longo tubo que vai da boca ao ânus.
Vários  órgãos  e  glândulas  produzem  sucos  digestivos  que  vão  "quebrando"  as  substâncias
nutritivas  dos  alimentos  (proteínas,  gorduras,  açucares)  até  que  fiquem  em  "pedaços"  tão
pequenos que o intestino consiga absorvê­los. Os restos ­ que não são digeridos ou aproveitados
­ são eliminados pelo ânus sob a forma de fezes.
Alguns herbívoros como o boi, a cabra, o carneiro e a girafa são mamíferos ruminantes. Assim
como  os  demais  mamíferos,  não  conseguem  digerir  a  celulose,  tipo  de  açúcar  presente  nas
plantas. Porém, no estômago dos ruminantes há microorganismos (bactérias e protozoários) que
fazem a digestão da celulose.
Os dentes, rodeados por gengivas carnudas, são geralmente de 3 tipos (incisivos para morder,
cortar ou raspar, caninos para agarrar e rasgar, pré­molares e molares para esmagar e triturar
o alimento). A forma e o tamanho de cada tipo de dente varia de acordo com a dieta.
Respiração
Manter o corpo quente quando o ambiente resfria, por exemplo, requer energia. A energia para a
homeotermia  e  para  as  atividades  em  geral  dos  mamíferos  depende  da  respiração  e  da
circulação. Em outras palavras a obtenção de energia depende da captação de oxigênio e do seu
transporte  pelo  corpo,  assim  como  os  nutrientes,  pelo  sangue.  Os  mamíferos  obtêm  do  ar  o
oxigênio necessário para os processos energéticos do seu corpo. Todos os mamíferos são seres
pulmonados, isto é, o ar entra pelas vias respiratórias até os pulmões, que absorvem o oxigênio.
Até mesmo os mamíferos aquáticos têm pulmões, eles precisam vir à superfície para respirar.
Apresentam músculos localizados entre as costelas, que atuam nos movimentos respiratórios, e
outro denominado diafragma.
Circulação
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Assim  como  o  coração  das  aves,  o  coração  dos  mamíferos  apresenta  quatro  cavidades.  A
circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, sem que haja mistura de sangue venoso
com arterial. A eficiência na circulação do sangue favorece a homeotermia corporal.
Tal  como  as  aves,  os  mamíferos  são  endotérmicos  ou  homeotérmicos,  o  que  lhes  permite
permanecer ativos mesmo a  temperaturas muito elevadas ou muito baixas. Este  fato  justifica a
sua  larga  distribuição  em  todos  os  tipos  de  habitats,  mais  vasta  que  qualquer  outro  animal
(exceto as aves).
Reprodução
Em muitos grupos de mamíferos, há rituais de "namoro" antes do acasalamento. Há fecundação
interna, o macho coloca o esperma (que contém os espermatozóides) dentro do corpo da fêmea,
onde ocorre o encontro dos gametas. Esses seres chamados vivíparos têm filhotes que nascem
após serem gerados no útero da mãe.
Gestação
Esta imagem apresenta um feto de golfinho com 8 semanas de gestação.
A maioria dos mamíferos gera os seus filhotes dentro do útero da fêmea. Quase todos os filhotes
de mamíferos nascem diretamente do corpo da mãe e em estágio avançado de desenvolvimento,
ou seja, já nascem com a forma semelhante à que terão quando forem adultos.
Os filhotes mantidos dentro do corpo da fêmea durante um período maior ficam mais protegidos
do que os que terminam o seu desenvolvimento no interior de ovos (como acontece com aves e
répteis, por exemplo).
Embora  a  viviparidade  limite  o  número  de  filhotes  por  gestação,  é  um  fator  que  se  revelou
vantajoso evolutivamente, aumentando as chances de sobrevivência e o sucesso reprodutivo.
Enquanto o filhote está se desenvolvendo no útero materno, recebe nutrientes e oxigênio através
da  placenta,  pelo  cordão  umbilical. A  placenta  é  uma estrutura  formada por  parte  do  corpo  da
mãe e parte do corpo do feto. Também  é pela placenta que o feto elimina as excretas, que são
restos produzidos,por exemplo, o gás carbônico.
Podem  nascer  um  ou  mais  filhotes,  pois  o  número  varia  dependendo  da  espécie.  Após  o
nascimento, o filhote se alimenta do leite materno e recebe os cuidados da mãe ­ às vezes do pai
­  na  primeira  fase  da  vida.  Os  bebês  de  certas  espécies  de  baleias,  por  exemplo,  chegam  a
mamar quinhentos litros de leite num só dia.
 
Esta imagem apresenta um feto de elefante durante a gestação.
Classificação dos mamíferos
Os  mamíferos  dividem­se  em  três  grandes  grupos  em  relação  à  reprodução,  embora  todos
apresentem sexos separados, a fecundação seja interna e as crias sejam alimentadas com leite
secretado pelas glândulas mamárias da fêmea:
monotremados ­ neste grupo incluem­se o ornitorrinco e o equidna, animais que põem ovos
semelhantes aos dos  répteis, donde nasce um minúsculo embrião que se desloca para uma
bolsa,  onde  termina  o  seu  desenvolvimento  lambendo  leite  produzido  pela  mãe,  pois  não
existem mamilos (ao contrário dos restantes dois grupos);
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Equidna
Ornitorrinco
marsupiais  ­  neste  grupo,  onde  se  incluem  os  cangurus,  entre  outros,  não  existe  placenta
para  nutrir  o  embrião  durante  o  seu  desenvolvimento  no  útero.  Assim,  ao  nascer,  os
marsupiais  não  se  encontram  totalmente  desenvolvidos.  As  fêmeas  possuem  um  sistema
reprodutor "duplo", com dois úteros e duas vaginas laterais. 
As crias nascem através de um canal de nascimento central independente, que se forma antes
de cada parto, podendo ou não permanecer aberto. Por esse motivo, em algumas espécies o
pênis do macho é bifurcado. 
A maioria  das espécies  termina o  seu desenvolvimento no  interior  de uma bolsa externa no
corpo da  fêmea  ­ marsúpio. Em muitas espécies as  fêmeas acasalam novamente durante a
gravidez, mas o embrião apenas se desenvolverá após a cria anterior abandonar o marsúpio ­
diapausa embrionária;
placentários  ­  este  é  o  maior  grupo  de  mamíferos,  dominando  totalmente  a  classe  e  os
habitats terrestres atuais. Os ovos amnióticos são geralmente minúsculos e retidos no útero da
fêmea para o desenvolvimento, com a ajuda de uma placenta que fornece fixação e nutrientes
(oxigênio e alimentos).  Em sentido contrário passam as excreções do embrião. Ao nascer, os
placentários encontram­se num estado de desenvolvimento superior ao dos marsupiais. 
Este método reprodutivo, embora  implique a produção de um menor número de descendentes,
permite um grande sucesso pois aumenta grandemente as probabilidades de sobrevivência dos
descendentes. 
O leite produzido pelas fêmeas de mamífero é muito rico em gorduras e proteínas, o que o torna
altamente  nutritivo,  mas  fornece  igualmente  anticorpos  que  ajudam  o  juvenil  a  desenvolver­se
saudável. Dado que os jovens não necessitam de procurar o seu próprio alimento nas primeiras
semanas, permite um início de vida mais seguro que nos outros grupos de vertebrados.
As ninhadas podem  ter até 20 crias ou apenas uma, com períodos de gestação de apenas 12
dias (bandicute, um tipo de marsupial omnívoro) até 22 meses (elefante africano).
Os machos apresentam órgão copulador  (pênis) e os  testículos estão geralmente num escroto
externo ao abdômen.
Os  mamíferos  comunicam  ativamente  entre  si,  seja  por  meio  de  odores  produzidos  pelas
glândulas odoríferas (localizadas na  face, patas ou virilhas), urina ou  fezes, ou por posições do
corpo, expressões faciais, tacto e ruído, que podem formar mensagens complexas. 
A  socialização  tem  início  logo  após  o  nascimento  através  de  sinais  entre  progenitores  e  crias,
continuando na  juventude com a  interação entre crias  (brincadeiras). Algumas espécies apenas
interagem para acasalar, mas a grande maioria forma grupos, permanentes ou  temporários.
A unidade social tem várias vantagens, nomeadamente a segurança e facilidade de obtenção de
alimento, mas existem outros aspectos importantes. Geralmente a gestão do espaço implica que
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o  grupo,  o  casal  ou  o  indivíduo  defenda  o  seu  território  de  intrusos  da  mesma  espécie  e  do
mesmo sexo.
Algumas espécies, como as  focas ou os elefantes, os sexos vivem separados a maior parte do
ano,  vivendo  os  machos  isolados  ou  em  pequenos  grupos  de  solteiros.  Nesse  caso,  a
concorrência para acasalar é feroz, sendo os machos melhor sucedidos os maiores, mais fortes e
melhor equipados (hastes, chifres ou presas).
Outras  espécies,  como  as  zebras,  formam  pequenos  haréns  com  um  único  macho,  sendo  os
restantes  expulsos  para  grupos  de  solteiros,  a  não  ser  que  vençam  o  macho  dominante  em
combate, roubando­lhe as fêmeas.
O  tipo de grupo social mais complexo é  formado por vários machos e várias  fêmeas, e, quase
sem exceção,  é  reservado  a  primatas  e  carnívoros  sociais. Nos  primatas  forma­se  geralmente
uma  hierarquia  em  permanente  mudança,  sendo  os  machos  de  posição  mais  elevada  os
primeiros  a  acasalar.  Nos  leões,  os  machos  (geralmente  irmãos)  colaboram  na  defesa  das
fêmeas, não competindo pelo acasalamento. Nos lobos e mabecos, as alcateias ou matilhas são
formadas por um casal alfa, o único que acasala e pelos filhos de anos anteriores, que em vez de
formarem novas alcateias permanecem e ajudam a criar os irmãos mais novos.
Postado há 28th December 2011 por ' Ketylen !
4. Invertebrados
Poríferos:
Os poríferos, também conhecidos como espongiários ou simplesmente esponjas, surgiram
provavelmente há cerca de 1 bilhão de anos. Supõe­se que eles sejam originados de seres
unicelulares e heterótrofos que se agrupam em colônias.
Veja o texto:
Talvez ao tomar banho, você goste de se ensaboar usando uma esponja sintética, feita de
plástico ou de borracha, ou uma bucha vegetal.
Esponjas sintéticas
de banho
   Mas você já pensou em tomar banho ensaboando­se com o esqueleto de algum animal?
Antes da invenção das esponjas sintéticas, as esponjas naturais eram muito usadas pelas
pessoas para tomar banho e na limpeza doméstica, para esfregar panelas e copos, por exemplo.
A esponja natural é o esqueleto macio de certas espécies de animais do grupo dos poríferos;
esses esqueletos são feitos de um emaranhado de delicadas fibras de uma proteína chamada
espongina.
Esses animais não possuem tecidos bem definidos e não apresentam órgãos e nem sistemas.
São exclusivamente aquáticos, predominantemente marinhos, mas  existem algumas  espécies
que vivem em água doce.
Os  poríferos  vivem  fixos  a  rochas  ou  a  estruturas  submersas,  como  conchas,  onde  podem
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formar colônias de coloração variadas. Podem ses encontrados desde as regiões mais rasas das
praias até profundidades de aproximadamente 6 mil metros. Alimentam­se de restos orgânicos ou
de microorganismos que  capturam  filtrando a água que penetra  em seu  corpo,  como veremos
adiante.  Por  sua  vez,  servem  de  alimento  para  algumas  espécies  de  animais,  como  certos
moluscos, ouriços­do­mar, estrelas­do­mar, peixes e tartarugas.
Organização do corpo dos poríferos
O corpo de um porífero possui células que apresentam uma certa divisão de trabalho. Algumas
dessas  células  são  organizadas  de  tal  maneira  que  formam  pequenos  orifícios,
denominados poros, em todo o corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de
poríferos (do latim porus: 'poro'; ferre: 'portador').
Observe no esquema abaixo que a água penetra no corpo do animal através dos vários poros
existentes  em  seu  corpo.  Ela  alcança  então  uma  cavidade  central  denominada átrio. Observe
também que a parede do corpo é revestida externamentepor células achatadas que  formam a
epiderme. Já internamente, a parede do corpo é revestida por células denominadas coanócitos.
Cada coanócito possui um  longo  flagelo. O batimento dos  flagelos promove um contínuo  fluxo
de água do ambiente para o átrio do animal. A essa água estão misturados  restos orgânicos e
microorganismos, que são capturados e digeridos pelos coanócitos. O material digerido é então
distribuído para as demais células do animal. Como a digestão ocorre no interior de células, diz­
se que os poríferos apresentam digestão intracelular.
Os poríferos são animais filtradores,  já que filtram a água que penetra em seu corpo, retirando
dela alimento e gás oxigênio. Depois disso, a água com resíduos do metabolismo desses animais
é eliminada para o ambiente por meio de uma abertura denominada ósculo.
O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias. Entre elas destacam­se
asespícolas  de  calcário  ou  de  sílica,  com  formas  variadas,  e  uma  rede  de  proteína  chamada
espongina.
Em certas esponjas, o esqueleto não possui espículas, mas  tem a  rede de espongina bastante
desenvolvida. As  esponjas  desse  tipo  é  que  foram muito  utilizadas  no  passado  para  banho  e
limpeza doméstica como no texto acima.
Espículas que sustentam o corpo dos poríferos.
Espícula em detalhe ­ Microscopia eletrônica
Muitas  espécies  de  poríferos,  que  ficam  totalmente  expostos  aos  predadores,  apresentam
mecanismos  de  defesa  contra  a  predação  excessiva.  O  principal  mecanismo  é  de  natureza
química,  e  ocorre  deste  modo:  algumas  esponjas  produzem  uma  substância  tóxica  e  outras
produzem substâncias com atividade anti­microbiana.
No fundo do mar, corais, cnidários e poríferos entre outros competem pelos espaços em
substratos sólidos, como as rochas.
Além  de  atuar  como  defesa  contra  predadores  e  infecções  microbianas,  essas  substâncias
tóxicas  expelidas  pelas  esponjas,  são  vantajosas  na  competição  por  espaço  que  os  poríferos
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travam  com  outros  invertebrados,  como  os  corais,  e  até  mesmo  com  outras  esponjas.  Isso
permite a algumas esponjas cresçam rapidamente.
Também são muito comuns relações de comensalismo. A estrutura do corpo das esponjas e as
suas  defesas  contra  predadores  tornam  esses  animais  excelentes  refúgios  para  invertebrados
menores  e  até mesmo para  alguns  peixes.  Várias  espécies  dependem dessa  proteção  na  sua
fase jovem, do contrário suas populações não ficariam estáveis.
Outras  associações  comuns  são  aquelas  envolvendo  esponjas,  bactérias  e  cianobactérias.
Provavelmente,  o  organismo  das  esponjas  constitui  um  meio  rico  para  o  crescimento  das
bactérias e, ao mesmo tempo, se beneficia de um estoque de bactérias usadas na sua nutrição.
A reprodução dos poríferos
A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou sexuada.
Assexuada  ­ Ocorre, por exemplo, por brotamento. Neste caso,  formam­se brotos, que podem
se separar do corpo do animal e dar origem a novas esponjas. Observe o esquema abaixo.
As esponjas apresentam ainda grande capacidade de regeneração. Se uma esponja for partida
em pedaços, cada pedaço poderá dar origem a uma nova esponja.
Sexuada. Neste  caso,  quando os  espermatozóides  (gametas masculinos)  estão maduros,  eles
saem pelo ósculo,  junto com a corrente de água, e penetram em outra esponja, onde um deles
fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a fecundação, que é interna, forma­se uma célula ovo
ou zigoto, que se desenvolve e  forma uma  larva. A  larva sai do corpo da esponja, nada com a
ajuda de cílios e se  fixa, por exemplo, numa  rocha, onde se desenvolve até originar uma nova
esponja.
Cnidários:
O  filo  Cnidária  (cnidários)  está  representado  pelas  hidras,  medusas  ou  água­
vivas, corais eanêmonas­do­mar.
Os  cnidários  são  os  primeiros  animais  a  apresentarem  uma  cavidade  digestiva  no  corpo,
fato que gerou o nome celenterado, destacando a importância evolutiva dessa estrutura, que foi
mantida  nos  demais  animais.  A  presença  de  uma  cavidade  digestiva  permitiu  aos  animais
ingerirem  porções  maiores  de  alimento,  pois  nela  o  alimento  pode  ser  digerido  e  reduzido  a
pedaços menores, antes de ser absorvido pelas células.
Com base no  aspecto  externo  do  corpo,  os  cnidários  apresentam simetria radial.  Eles  são  os
primeiros  animais  na  escala  evolutiva  a  apresentarem  tecidos  verdadeiros,  embora  ainda  não
cheguem a formar órgãos.
No filo cnidária existem basicamente dois tipos morfológicos de indivíduos: as medusas, que são
natantes e os pólipos, que são sésseis. Eles podem formar colônias, como é o caso dos corais
(colônias sésseis) e das caravelas (colônias flutuantes).
Os  polipos  e  as  medusas,  formas  aparentemente  muito  diferentes  entre  si,  possuem  muitas
características em comum e que definem o filo, como veremos.
Nos cnidários existe um tipo especial de célula denominada cnidócito, que apesar de ocorrer ao
longo de toda a superfície do animal, aparece em maior quantidade nos tentáculos. Ao ser tocado
o cnidócito  lança o nematocisto, estrutura penetrante que possui um longo filamento através do
01/06/2016 Reino Plantae ou Metaphyta
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qual  o  líquido  urticante  contido  em  seu  interior  é  eliminado.  Esse  líquido  pode  provocar  sérias
queimaduras no homem.
Essas  células  participam  da  defesa  dos  cnidários  contra  predadores  e  também  da  captura  de
presas.  Valendo­se  das  substâncias  produzidas  pelos  cnidócitos,  eles  conseguem  paralisar
imediatamente os pequenos animais capturados por seus tentáculos.
Foi a presença do cnidócito que deu o nemo ao filo Cnidaria (que têm cnida = urtiga)
Tanto o pólipo como a medusa apresentam uma boca que se abre na cavidade gastrovascular,
mas não possuem ânus. O alimento  ingerido pela boca, cai na cavidade gastrovascular, onde é
parcialmente digerido e distribuido (daí o nome gastro, de alimentação, e vascular, de circulação).
Após  a  fase  extracelular  da  digestão,  o  alimento  é  absorvido  pelas  células  que  revestem  a
cavidade gastrovascular, completando a digestão.
A digestão é portanto, em parte extracelular e em parte intracelular. Os restos não­aproveitáveis
são  liberados  pela  boca.  Na  região  oral,  estão  os  tentáculos,  que  participam  na  captura  de
alimentos.
As  camadas  de  célula  que  ocorrem  nos  cnidários  são:  a  epiderme,  que  reveste  o  corpo
externamente, e a gastroderme,  que  reveste a cavidade gastrovascular. Entre a epiderme e a
gastroderme  existe  uma  camada  gelatinosa  denominada  mesogléia.  Essa  camada  é  mais
abundante nas medusas do que nos pólipos e, por isso, as medusas têm aspecto gelatinoso, fato
que lhes rendeu a denominação popular de "águas­vivas".
A  epiderme  e  a  gastroderme  são  duas  camadas  celulares  derivadas  de  tecidos  embrionários
denominados  genericamente  folhetos  germinativos.  A  epiderme  deriva  do  folheto  germinativo
chamado ectoderme (ecto= externo, derme = tecido de revestimento), que reveste externamente
o  corpo  do  embrião;  a  gastroderme  deriva  do  folheto  denominado  endoderme  (endo=interno),
que reveste o tubo digestivo do embrião. Os cnidários são considerados animais diblásticos.
Os poriferos, apesar de não formarem tecido verdadeiros, são considerados animais diblásticos,
pois  durante  o  desenvolvimento  embrionário  surgem  apenas  duas  camadas  de  células  ­  uma
externa e outra interna ­, que corresponde às duas camadas de células que formam o corpo do
adulto: a externa formada pelos pinacócitos e a interna formada pelos coanócitos ou coanócitos e
pinacócitos internos.
Os demais animais são triblásticos ou triploblasticos,

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