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Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais

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*
Direito Constitucional I
Aula 06 – Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais
FADI – Faculdade de Direito de Sorocaba
*
Aplicabilidade das normas Constitucionais
A aplicabilidade das normas constitucionais depende:
Vigência;
Legitimidade e, 
Eficácia.
 A ocorrência desses dados constitui condição geral para a aplicabilidade das normas constitucionais.
*
Vigência 
É a qualidade da norma que a faz existir juridicamente e a torna de observância obrigatória, isto é, que a faz exigível, sob certas condições. 
É o modo específico da existência da norma jurídica.
*
Eficácia
Do Direito:
é uma efetiva conduta acorde com a prevista pela norma, que é realmente obedecida e aplicada. 
Jurídica 
é a qualidade de produzir, em maior ou menor grau, efeitos jurídicos. 
Eficácia diz respeito à aplicabilidade, exigibilidade ou executoriedade da norma, como possibilidade de sua aplicação jurídica. Possibilidade e não efetividade.
*
Classificação das Normas (EUA)
“self-executing e not-self-executing” :
elaborada por constitucionalistas norte americanos
defasada em vide de sua própria limitação. 
Regras auto-aplicáveis:
regulamentam diretamente as matérias, situações ou comportamentos de que cogitam. 
Regras não auto-aplicáveis:
exatamente o contrário do que se dá com as não auto-aplicáveis.
*
Classificação das normas (Itália)
Diretivas ou programáticas: dirigida essencialmente ao legislador;
Preceptivas:
obrigatórias de aplicabilidade imediata;
obrigatórias mas não de aplicabilidade imediata;
Há evidente inconsistência nessa classificação por fundar-se na distinção entre normas constitucionais jurídicas e não jurídicas. 
Na verdade, não há norma constitucional destituída de eficácia, admitindo-se que a eficácia de certas normas não se manifestam na plenitude de seus efeitos jurídicos pretendidos pelo constituinte, enquanto não se emitir uma norma ordinária ou complementar executória, prevista ou requerida.
*
Características 
(em função da eficácia e aplicabilidade)
Eficácia plena e Aplicabilidade direta:
imediata e integral.
Eficácia contida e Aplicabilidade direta:
 imediata, mas possivelmente não integral.
Eficácia limitada:
declaratórias de princípios programáticos e, 
declaratórias de princípios institutivos ou organizativos.
*
Normas Constitucionais de
Eficácia Plena
“a aquelas que, desde a entrada em vigor da constituição, produzem, ou tem possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constituinte, direta e normativamente, quis regular.”
*
Conter vedações ou proibições, (Art. 5, inciso II)
Conferir isenções, imunidade e prerrogativas, (Art. 150, VI, letra “D”
Não designar órgãos ou autoridades especiais, que incubam especificamente sua execução,
Não indicar processos especiais de sua execução,
Não exigir a elaboração de novas normas legislativas que lhes completem o alcance e o sentido, ou lhes fixem o conteúdo, porque já se apresentem suficientemente explícitas na definição dos interesses nelas regulados.
Podem exigir para sua aplicabilidade, um aparato jurisdicional, vale dizer, aplicam-se simplesmente pelo fato de serem normas jurídicas, que pressupõe a existência do Estado e de seus órgãos.
Normas Const. De Eficácia Plena Características
*
Normas Constitucionais de
Eficácia Contida
Tratam-se de normas constitucionais que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados.
*
Em regra, solicitam a intervenção do legislador ordinário, fazendo expressa remissão a uma legislação futura, mas o apelo ao legislador ordinário visa a restringir-lhes a plenitude da eficácia, regulamentando os direitos subjetivos que delas decorrem para os cidadãos, indivíduos ou grupos;
Enquanto o legislador ordinário não expedir a normação restritiva, sua eficácia será plena; nisso também diferem das normas de eficácia limitada, de vez que a interferência do legislador ordinário, em relação a estas, tem o escopo de lhes conferir a eficácia e aplicabilidade concreta e positiva;
São de aplicabilidade direta e imediata, visto que o legislador constituinte deu normatividade suficiente aos interesses vinculados à matéria de que cogitam.
Normas Const. De Eficácia Contida Características
*
Algumas dessas normas já contém um conceito ético juridicizado (bons costumes, ordem pública Tc) como valor societário ou político a preservar, que implica a limitação de sua eficácia;
Sua eficácia pode ainda ser afastada pela incidência de outras normas constitucionais, se ocorrerem certos pressupostos de fato (estado de sítio p. Ex.).
Sua aplicabilidade não fica condicionada a uma normação ulterior, mas depende dos limites que se lhes estabeleçam mediante lei ou que as circunstâncias restritivas, constitucionalmente admitidas, ocorram.
Exemplo: Art. 5º, XII e XIII ou XVI
Normas Const. De Eficácia Contida Características
*
São aquelas que dependem de outras providências normativas, para que possam surtir os efeitos essenciais, colimados pelo legislador constituinte. Dividem-se em normas constitucionais de eficácia limitada de princípio institutivo e de princípio programático.
Normas Constitucionais de
Eficácia Limitada
*
Indicam uma legislação futura que lhes complete a eficácia e lhes dê efetiva aplicação. Umas deixam larga margem ao por discricionário do legislador; outras já indicam o conteúdo da lei e outras deixam para o legislador ordinário, apenas aspectos secundários.
São aquelas através das quais o legislador constituinte traça esquemas gerais de estruturação e atribuições de órgãos, entidades ou institutos, para que o legislador ordinário os estruture em definitivo, mediante lei. Art 134 - defensoria pública
Tais normas são aplicáveis mesmo que a lei prevista não exista, enquanto possam, mas sua completa aplicabilidade depende da promulgação de lei integrativa.
Normas Constitucionais de
Eficácia Limitada Princípio Institutivo
*
São aquelas através das quais o constituinte, em vez de regular, direta e imediatamente, determinados interesses, limitou-se a traçar-lhes os princípios para serem cumpridos pelos seus órgãos (legislativo, executivo, jurisdicionais e administrativos), como programas das respectivas atividades, visando à realização dos fins sociais do Estado.;
São vinculadas ao princípio da legalidade, referidas aos poderes públicos e dirigidas à ordem econômico-social em geral. 
Exemplo: cultura art 215 e 205, ALÉM DE 226.
Normas Constitucionais de
Eficácia Limitada Princípio Programático
*
A juridicidade das normas programáticas é inegável, vez que, não obstante sua eficácia é reduzida, tem elas um caráter impositivo, já que limitam a autonomia de determinados sujeitos e ditam comportamentos públicos a serem regulados. Elas tem grande importância para interpretação do sistema constitucional, na medida em que são vetores da aplicação da lei. Se determinada lei ordinária ordenar contra ou diversamente do comando da norma programática, deve ser julgada inconstitucional pelo Judiciário.
Normas Constitucionais de
Eficácia Limitada Princípio Programático
*
Condições gerais de aplicabilidade
As normas programáticas tem eficácia jurídica imediata, direta e vinculante nos seguintes casos:
Estabelecem um dever para legislador ordinário;
Condicionam a legislação futura, com a conseqüência de serem inconstitucionais as leis ou atos que as ferirem;
Informam a concepção do Estado e da sociedade e inspiram sua ordenação jurídica, mediante a atribuição de fins sociais, proteção dos valores da justiça social e revelação dos componentes do bem comum;
Constituem sentido teleológico lógico para a interpretação, integraçãoe aplicação das normas jurídicas;	
Condicionam a atividade discricionária da Administração e do Judiciário;
Criam situações jurídicas subjetivas, de vantagem ou de desvantagem.
*
Eficácia das Normas Constitucionais e Tutela de Situações Subjetivas
A situação jurídica subjetiva é a ação que os indivíduos ou entidades ocupam nas relações jurídicas, e que lhes possibilita realizar certos interesses juridicamente protegidos ou constrange-os a subordinar-se a eles. Duas são as situações, de vantagem ou de vínculo. 
As normas constitucionais de eficácia plena e aplicabilidade imediata protegem diretamente as situações jurídicas subjetivas, configuradas como direito subjetivo (interesses protegidos que a ordem jurídica considera de grande valor para o direito). 
*
Eficácia das Normas Constitucionais e Tutela de Situações Subjetivas
Por outro lado, as normas de eficácia contida conferem situações jurídicas subjetivas de vantagem aos governados, de modo específico, e situações subjetivas de vínculo ou negativas aos agentes do poder público.
Com relação às normas de eficácia limitada, a tutela é mais reservada, em se tratando das situações subjetivas de vantagem, enquanto que nas situações subjetivas de vínculo a tutela é praticamente idêntica para todos os tipos de normas constitucionais. 
*
A aplicabilidade das normas constitucionais depende especialmente de saber se estão vigendo, se são legítimas, se tem eficácia. A ocorrência desses dados constitui condição geral para a aplicabilidade das normas constitucionais.
*
A doutrina italiana, em razão de decisões judiciais célebres sobre a eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais, formulou a classificação:
a) normas diretivas ou programáticas, dirigida essencialmente ao legislador
b) normas preceptivas, obrigatórias de aplicabilidade imediata
c) normas preceptivas, obrigatórias mas não de aplicabilidade imediata. Há evidente inconsistência nessa classificação por fundar-se na distinção entre normas constitucionais jurídicas e não jurídicas. Na verdade, não ha norma constitucional destituída de eficácia, admitindo-se que a eficácia de certas normas não se manifesta na plenitude de seus efeitos jurídicos pretendidos pelo constituinte, enquanto não se emitir uma norma ordinária ou complementar executória, prevista ou requerida.
*
São três as características das normas constitucionais em função da eficácia e da aplicabilidade:
a) normas de eficácia plena e aplicabilidade direta, imediata e integral.
b) normas de eficácia contida e aplicabilidade direta, imediata, mas possivelmente não integral.
c) normas de eficácia limitada, subdividindo-se em i) declaratórias de princípios programáticos e, ii) declaratórias de princípios institutivos ou organizativos.
*
Normas Constitucionais de Eficácia Plena: “a aquelas que, desde a entrada em vigor da constituição, produzem, ou tem possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constituinte, direta e normativamente, quis regular.”
*
Diferenciam-se pelas suas características que são:
a) contenham vedações ou proibições, (Art. 5, inciso II)
b) confiram isenções, imunidade e prerrogativas, (Art. 150, VI, letra “D”
c) não designem órgãos ou autoridades especiais, que incubam especificamente sua execução,
d) não indiquem processos especiais de sua execução,
e) não exijam a elaboração de novas normas legislativas que lhes completem o alcance e o sentido, ou lhes fixem o conteúdo, porque já se apresentem suficientemente explícitas na definição dos interesses nelas regulados.
Podem exigir para sua aplicabilidade, um aparato jurisdicional, vale dizer, aplicam-se simplesmente pelo fato de serem normas jurídicas, que pressupõe a existência do Estado e de seus órgãos.
*
Normas Constitucionais de Eficácia Contida: (reduzível ou restringível como Michel Temer) Tratam-se de normas constitucionais que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados.
*
a) em regra, solicitam a intervenção do legislador ordinário, fazendo expressa remissão a uma legislação futura, mas o apelo ao legislador ordinário visa a restringir-lhes a plenitude da eficácia, regulamentando os direitos subjetivos que delas decorrem para os cidadãos, indivíduos ou grupos,;
b) enquanto o legislador ordinário não expedir a normação restritiva, sua eficácia será plena; nisso também diferem das normas de eficácia limitada, de vez que a interferência do legislador ordinário, em relação a estas, tem o escopo de lhes conferir a eficácia e aplicabilidade concreta e positiva;
c) são de aplicabilidade direta e imediata, visto que o legislador constituinte deu normatividade suficiente aos interesses vinculados à matéria de que cogitam.
*
D) algumas dessas normas já contém um conceito ético juridicizado (bons costumes, ordem pública Tc) como valor societário ou político a preservar, que implica a limitação de sua eficácia;
e) sua eficácia pode ainda ser afastada pela incidência de outras normas constitucionais, se ocorrerem certos pressupostos de fato (estado de sítio p. Ex.).
		Sua aplicabilidade não fica condicionada a uma normação ulterior, mas depende dos limites que se lhes estabeleçam mediante lei ou que as circunstâncias restritivas, constitucionalmente admitidas, ocorram.
Exemplo: Art. 5º, XII e XIII ou XVI
*
Indicam uma legislação futura que lhes complete a eficácia e lhes dê efetiva aplicação. Umas deixam larga margem ao por discricionário do legislador; outras já indicam o conteúdo da lei e outras deixam para o legislador ordinário, apenas aspectos secundários.
São aquelas através das quais o legislador constituinte traça esquemas gerais de estruturação e atribuições de órgãos, entidades ou institutos, para que o legislador ordinário os estruture em definitivo, mediante lei. Art 134 - defensoria pública
Tais normas são aplicáveis mesmo que a lei prevista não exista, enquanto possam, Mas sua completa aplicabilidade depende da promulgação de lei integrativa.
*
Em relação às condições gerais de aplicabilidade, as normas programáticas tem eficácia jurídica imediata, direta e vinculante nos seguintes casos:
a) estabelecem um dever para legislador ordinário,
b) condicionam a legislação futura, com a conseqüência de serem inconstitucionais as leis ou atos que as ferirem;
c) informam a concepção do Estado e da sociedade e inspiram sua ordenação jurídica, mediante a atribuição de fins sociais, proteção dos valores da justiça social e revelação dos componentes do bem comum;
d) constituem sentido teleológico lógico para a interpretação, integração e aplicação das normas jurídicas;
e) condicionam a atividade discricionária da Administração e do Judiciário;
f) criam situações jurídicas subjetivas, de vantagem ou de desvantagem.

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