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Resumo sobre a parte Conclusões do Livro 'A função da guerra na sociedade Tupinambá'

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Resumo Conclusão
O autor fará uma divisão das conclusões, sendo assim, apontara conclusões sobre a guerra na sociedade Tupinambá; as conclusões sobre a sociedade Tupinambá em si; e as conclusões sobre a contribuição geral a sociologia da guerra.
O trabalho pode ser considerado portador de duas formas de contribuição gerais: a sociográfica e a interpretativa. Através da primeira pode-se recriar as estruturas gerais das formas organizacionais da sociedade Tupinambá; e a segunda trata-se da contribuição interpretativa a compreensão de tal sociedade que se encontra “escondida” do indivíduo.
Fazendo uma análise dos processos que envolvem a Guerra na sociedade Tupinambá, o autor chega à conclusão que eles são guiados pelo elemento de sacrifício humano, e tornam-se uma sucessão circular de fatos. Inicia com a necessidade de sacrifício denunciada através de um espírito, segue para a reunião de chefes, audição do xamã, deliberação da guerra, ritos de preparação, seguindo com os demais preparativos até o desfecho em combate, captura do prisioneiro e preparação ritualística deste, para enfim o consumo sacro. Dessa forma, como o processo guia-se, o autor o define como uma perspectiva de orientação vingativa. A vingança guia o “sentido” da prática em si, e produz a ligação entre as duas dimensões: os vivos e os mortos.
Dessa forma, a Guerra na sociedade Tupinambá produz “certas inferências explicativas”: 1) a natureza social da guerra evidencia seus fins e consequências, de forma que seu caráter militar era renegado, e suas consequências- a consumação- dão-se por seu caráter mágico-religioso. 2) as “condições militares” da guerra subordinava-se a relação entre sua possibilidade técnica e seus fins, daí a importância da influência xamanística e dominação tradicional dos “velhos”, que canalizava a ritualização da guerra. 3) “O ritmo da vida guerreira se submetia ao ritmo da vida religiosa”. 4) a guerra era dotada de uma perspectiva mágico-religiosa e, portanto, não possuía estímulos para outras formas de apropriação- seja material ou de caráter militar. 5) o próprio caráter militar da guerra era delimitado a uma fase da situação de guerra e, ainda assim, era dotado de aspectos e técnicas mágico-religiosas. 6) a própria luta a mão armada delimitava a situação com o sagrado, sendo a derrota ou vitória as características que delimitavam essa relação e estabeleciam a relação de poder- até mesmo nos antagonistas, pois o grupo era considerado no coletivo. 
Na análise interpretativa busca-se desnuviar as engrenagens da estrutura social que o próprio individuo não é capaz de identificar. Assim, o autor falara da relação parental como engrenagem para a guerra na sociedade Tupinambá, por ser um elemento estrutural, apontando: a) a condição essencial do sentimento de vingança; b) como condição direta para o casamento de viúvas, visto que o morto precisa ser vingado; c) condição indireta para a competição por prestigio através do sacrifício e até para estabelecer relações de casamento. 
“Os fatores tópicos da guerra aborígene reduzem-se a dois: a recuperação mística e a retribuição mágica”, assim, a necessidade do fenômeno do sacrifício provinha da relação mágico-religioso imputada aos inimigos, e da compreensão de que para assumir o controle destas manipulações os inimigos deveriam passar por um tratamento especial- o sacrifício. “Assim, a guerra aborígene repercutia extensamente e de modo dinâmico na configuração do tipo de integração social característico da sociedade tupinambá” atingindo em três dimensões: a humana e o meio ambiente, a humana em si, e a extramundana. De tal forma era organizada a sociedade Tupinambá que é possível afirmar que a guerra atuava como um dos fatores de estabilidade social. Em suma, a guerra tinha por função, nessa sociedade: preservar o equilíbrio social e o padrão correspondente de solidariedade social. 
Assim, é possível estabelecer relações de ligação da guerra com outras dimensões da sociedade, como: 1) a guerra e a organização social, pois a guerra era uma técnica social para regular a organização. 2) a guerra e a participação na cultura, de forma que as condições sociais delimitavam a participação, através de mecanismos culturais, na atividade guerreira e transmitiam a cultura da tribo as novas gerações. 3) guerra e organização da personalidade, o jogo entre as obrigações e crenças estabelecidas permitiam a expansão e realização dos homens socialmente e como indivíduos. Além de servirem como válvula de escape para os membros do grupo em geral, colocando para fora suas frustrações e inseguranças. 4) guerra e concepção de mundo, pois as noções de mundo dos Tupinambá permitiam que a conduta da guerra se transformasse em valor servindo como um ponto de referência. 5) guerra e unidade social, pois o ato da guerra dependia de consenso e união, o que mantinha a coesão e sentimento de grupo. 6) guerra, religião e magia, já que a guerra servia como instrumento para que os Tupinambás vivenciassem a sua religiosidade. 7) guerra e moral, pois o sentimento de vingança criava uma obrigação moral para com os parentes falecidos e, assim, uma convicção e necessidade que se espalhava no coletivo. 8) guerra e parentesco, pois a guerra dependia “tanto da cooperação entre os parentes quanto da solidariedade social entre as parentelas”. 9) guerra e educação, primeiro porque através da guerra era transmitido os valores sociais e, segundo, porque a guerra influenciava nos ânimos dos indivíduos. 10) guerra e sistema político, pois “as ideias de culpa e de punição eram inerentes à obrigação de “vingança”, e atrás da luta à mão armada se ocultava a luta por autonomia e por poder, em sentido mágicoreligioso, entre coletividades socialmente distintas e independentes. ” 11) guerra e economia, pois a guerra permitia o controle social sobre determinadas regiões, além do próprio escravo constituir-se de uma forma de “riqueza” no contexto social e ser capaz de proporcionar prestigio. 
Na segunda parte, o autor falara sobre a sociedade Tupinambá em si, e começara abordando alguns fenômenos sobre a estrutura e organização social da sociedade Tupinambá: primeiro, a estrutura da vida social Tupinambá “não continha a força psicossocial” para manter o grupo unido com a intenção de “viver juntos”, assim, os membros uniam-se através da esfera religiosa e coexistiam socialmente através de uma ordem moral- o autor classificará como “relações entre a solidariedade social e a interdependência mágico-religiosa”; Segundo, a objetivação do carisma era um dos pilares de sustentação da organização social e dar-se-ia através de duas fontes: o sacrifício humano e o xamanismo. Assim, o sacrifício humano apontaria uma estratificação social e, especialmente, uma diferenciação social; e o xamanismo é um exercício de dominação tradicional dos mais velhos.
A religião e a magia adquiriram a função de “consciência social”, assim os acontecimentos cotidianos eram interpretados através de espectros sociais “mágicos”. Outros aspectos da organização social também eram baseados nessa característica, inclusive o parentesco. Dessa forma também, é possível explicar dois fatores pertinentes na sociedade Tupinambá: a) a concentração dos interesses sociais em torno dos valores ligados com a religião e a magia; b) a importância que os fatores religiosos adquirem na mudança e estabilidade da sociedade.
As atividades mágico-religiosas representavam a dimensão para obtenção de poder através do prestígio social, seja do indivíduo ou do grupo. E faziam o elo de ligação, seja com o indivíduo e grupo na busca por prestigio, seja com a “autonomia e segurança” do grupo afirmando as relações hostis com outros grupos. Assim, o sacrifício humano, dado pelas atividades mágico-religiosas, tinha como função “impedir rupturas no ritmo rotineiro da vida social” e o xamanismo agia na interpretação de novas situações sociais, mantendo a coesão do grupo.
Na terceira parte, o autor falara sobre a contribuição a sociologia da guerra. Entendendo isso, ele aponta queuma das maiores dificuldades é como abordar o tema, o que para ele fica demonstrado, através da monografia, que o melhor método seria o método funcionalista. 
Também aponta que a guerra pode ser um fator religioso, se for dessa forma que a sociedade se constituir. Assim, aponta que nas sociedades mágico-religiosas a guerra pode ser a condição para si mesma, sendo intrinsicamente ligada a si.
Sobre a guerra a mão armada primitiva, o autor sustenta que a guerra não está restrita à sua característica militar, antes a importância desses caracteres será delimitada pela organização social.
Por fim, ao tratar do controle sobre a guerra, o autor aponta que sua monografia não possui tal contribuição. Mas, antes disso, possui uma sugestão teórica quanto ao “sucedâneo” da guerra. Assim, ele afirma que a condição do sucedâneo deve ser delimitada “pelas condições materiais, culturais e sociais da guerra. ” Além de que qualquer sucedâneo precisa possuir, em sua análise, o caráter de “equivalente total da guerra”. Assim, essas sugestões pressupõem que o caráter da guerra é essencialmente sociológico. Ele pressupõe que a compreensão da guerra se dá em termos da totalidade da situação histórico-social analisada, além de uma análise em escala grupal do fenômeno.
Religioso: porque os espíritos acionam o início da guerra. Mágico: porque ao final do processo ritual, você transformaria as forças sobrenaturais, com a ingestão do inimigo, e reintegraria certas qualidades ao seu grupo.
“Se queres a paz interna, prepare-se para a guerra”
Método funcionalista sincrônico indutivo. 
Função latente: dá a conhecer os elementos internos da guerra, e estaria ligado diretamente com as interpretações que se pode fazer sobre a guerra na sociedade Tupinambá.
Função manifesta: Se dá através da saciação do espirito pelo sacrifício, sendo exposta pela vingança. Ou seja, todo o processo ritual: os espíritos que comunicam os velhos e etc.

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