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RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA NO CTN
	1.		Bibliografia básica:
Luciano Amaro
Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2011.
Capitulo X – Responsabilidade tributaria no CTN pgs- 336 a 353
2. 		Conteúdo da aula
Responsabilidade Tributária dos sucessores – art. 128 a 133 do CTN
Responsabilidade Tributária (CTN)
Art. 128 (art. 121, I, do CTN + vinculação ao fato gerador)
Responsável > Contribuinte (supletivo)
Responsabilidade dos sucessores (CTN)
art. 129 – definição (depende da OT e não do LÇ)
art. 130 – adquirentes de imóveis e direitos correlatos (independe de constar no título)
art. 131 – responsabilidade pessoal (bens em geral – antes da partilha – espólio. Após – meeiro (?), herdeiros e legatários)
art. 132 – fusão, incorporação e transformação societária (Cisão?) 
art. 133 – extinção – com redação dada pela LC 118/05 (Adquirente sozinho – Adquirente subsidiário se alienante continuar)
Responsabilidade de terceiros (CTN)
art. 134 – subsidiária de terceiros
art. 135 – responsabilidade pessoal
- Responsabilidade por infrações (CTN)
art. 136 - definição
art. 137 – Responsabilidade pessoal
art 138 – Denúncia espontânea
3.		Bibliografia específica:
Fábio Leopoldo de Oliveira – Responsabilidade Tributária - in Curso de Direito Tributário – Ed. Saraiva – 7a. ed
Zelmo Denari – Solidariedade e sucessão tributária – Ed. Saraiva – 1a. Ed
Maria Rita Ferragut - Responsabilidade tributária e o código civil de 2002 – Ed. Noeses – 2005.
Artigo 128, CTN.
Deve haver um vínculo com o fato gerador. Caráter supletivo: devedor subsidiário.
Artigo 129, CTN – O artigo quer dizer que nos créditos definitivamente constituídos (LÇ) e os constituídos posteriormente (FG) são aplicados os dispostos nessa seção.
Artigo 130, CTN – Respons. Alienação de bens imóveis. – Sucessão tributária para a dívida. Transferência da responsabilidade para o adquirente. Certidão que afasta a respons. do adquirente. 
Quando o código diz Crédito tributário, olha-se do ponto de vista do fisco.
* Sub-rogação: não só de obrigações, mas também de direitos. O adquirente além de assumir a O.T. assume também a legitimidade ativa. As dívidas serão assumidas sempre, exceto que se demonstre as certidões de quitações.
Parágrafo Único: Se houver leilão de imóvel: o preço pago é o limite para a respons. tributária. O arrematante paga o valor arrematado e esse valor antes ir para o anterior “dono” é pago as dívidas tributárias. Isso quer dizer que o arrematante não tem responsabilidade. * Caso de não sucessão.
Artigo 131, CTN – São pessoalmente responsáveis: (a responsb. sempre será de uma pessoa, ao contrário do art. 135)
I – bens móveis: o adquirente também é responsável. Quem adquite bens móveis ou imóveis é responsável sempre, regra geral. Ex: espólio -> herdeiro (adquirente). Ex²: IPVA.
II – o sucessor ou cônjuge meeiro: responde só pelo valor do quinhão ou da meação.
III – espólio: da data da partilha.
Artigo 132, CTN: Pessoa jdica de direito privado (Fusão, transformação e incorporação) – é responsável pelo tributo devido.
Transformação societária: stricto sensu, de S.A. para Ltda. (e vice versa). A empresa fusionada é sucessora. Sucessão tributária. 
Obs: (A teoria tributária é baseada nos delitos e nas penas do direito penal)
Extinção: Responsabilidade dos sócios. Com a extinção, se os sócios prosseguirem com atividade sob a mesma ou outra razão social, ou firma individual sucede a obrigação. Na prática, isso quase não ocorre, porque para extinguir deverá apresentar a comprovação dos pagamentos. É quase impossível que remanesça crédito tributário.
Cisão: ex: briga de sócios. A cisão não está prevista, porque não existia na época do CTN.
Artigo 133, CTN. Responsabilidade por Sucessão.
Responsabilidade pessoal: 
Em razão da adm de bens de terceiros e descumprimento de deveres tributários;
Cometimento de atos ilícitos.
* Fundo de comércio é o conjunto de ativos necessários a continuação da atividade.
I – responde integralmente. exceção
II – se o alienante continuar a atividade responde subsidiariamente. exceção
Regra Geral: Há sucessão. O adquirente sempre assume.
§1° Não se aplica, continua com o alienante. Exceção
§2° Não se aplica o §1°. Exceção da exceção.
§3° Não se refere com resp. tributária. É mais uma orientação ao juiz.
Quando não há aquisição de pessoa jurídica não há sucessão. Por isso muitas vezes compra-se somente os ativos, pq comprar tudo assume-se dívidas e lucros. Existe muitas formas de aquisição de empresa.
Responsabilidade Pessoal: Todo mundo é responsabilizado pessoalmente. Mas a responsabilidade pessoal não é exatamente isso. 
Artigo 134 CTN – subsidiariedade mesmo que não haja dolo. Solidariedade é quando ambos têm interesse na relação. A responsabilidade não é solidária como diz o artigo. São responsáveis subsidiários. A ideia é tratar de culpa, negligência, imprudência... já que estão administrando os bens.
3 grupos de pessoas: incapazes; pessoas que tem por lei o dever de ofício de observar determinadas obrigações; administradores.
Sócio, na sociedade de pessoas, tem responsabilidade subsidiária. Não há responsabilidade pura e simples do sócio, quem responde é a sociedade, porém, na sociedade de pessoas a garantia que a sociedade dá a terceiros é a pessoa e não o capital, por isso, neste caso, havendo liquidação da sociedade o sócio é responsável pelos pagamentos dos tributos devidos pela sociedade se o patrimônio desta não for suficiente. Se for liquidada uma cooperativa o patrimônio dela fica para o estado. Paga-se o sócio pelo valor que cedeu corrigido monetariamente apenas.
A responsabilidade tributária, via de regra, é objetiva. A lei dirá.
Artigo 135 CTN – dolo + função de gestor ou adm.
Fraude a lei ou excesso de poder conferidos pelo estatuto ou contrato social.
Responsabilidade subjetiva! 
Todas as pessoas do artigo anterior, se cometerem infrações ou excesso de poder, têm responsabilidade pessoal. Transferência total, integral, da responsabilidade.
O contador pode ser responsável pelas dívidas da empresa? Sim. Quando há dolo do contador, havendo provas. Pode assumir sozinho a responsabilidade (troca o cheque e pega o maior para ele). Ex¹: Contador que faz a conta errada: culpa em eligendo. Não pode ele responder se a pessoa escolheu um mau contador. Ex²: Se o contador roubar o dinheiro, tributariamente responde: fraude.
Infração à lei -> deve haver a intenção de esconder o fato gerador. Atitude fraudulenta. Não necessariamente criminosa, mas fraudulenta. Analisar a inexigibilidade de conduta diversa. O simples não pagamento do tributo não significa ser ato ilícito.
-> dissolução irregular da sociedade.
Aceito pela doutrina e jurisprudência como sendo uma das causas de aplicação do artigo 135 CTN.
A única possibilidade do sócio ser responsável por dívida tributária da sociedade! Exceto a sociedade de pessoas que já vimos. Na sociedade de pessoas só artigo 135 CTN.
135, II – responsabilidade dos sócios (também gestores).
Responsabilização dos sócios: Únicas hipóteses em que haverá solidariedade dos sócios. Solidariedade dos sócios em soc. Ltda (art. 13, lei 8.620/93)
Sucessão;
Soc. de pessoas;
Todas as sociedades desde que haja gestão e fraude à lei.
Dissolução irregular da sociedade: Há empresas que ao invés de extingui-la, apenas para de funcionar: dissolvida de fato ou irregularmente dissolvida. Para extingui-la é necessário certidão negativa tributária e isso trás a “tona” as dividas pendentes.
Podem requerer falência: a própria empresa e credores. Se a empresa pedir auto-falência não pode haver responsabilização dos sócios.
Artigo 136 CTN – pessoal do agente.
Responsabilidade por infrações.
Crédito tributário engloba tributo e multa.
Em matéria tributária o dever de pagar tributo ou multa independe da intenção – responsabilidade objetiva.Artigo 137 CTN – exceções (depender da vontade)
Responsabilidade pessoa do agente.
Havendo dolo...
Artigo 138 CTN – denúncia espontânea.
Responsabilidade excluída pela denúncia espontânea. É um estímulo à denúncia espontânea.
O contribuinte deixou de recolher tributo, está, portanto, sujeito a uma multa. O fisco não pode autuá-lo caso o contribuinte antecipar-se ao fisco dizendo que deve (como no direito penal – arrependimento eficaz).
§único – se houver qualquer medida de fiscalização, a denúncia espontânea está afastada. Se o fiscal não descobrir a infração, volta ao contribuinte o direito da denúncia.
A denúncia espontânea para ser aplicada -> a denúncia em si + pagar o tributo.
Pagar sem denunciar formalmente pode ser considerada denúncia tácita, para alguns tribunais.
Se não for o caso de pagamento – obrigação acessória.
O entendimento hoje é que acompanhado do pagamento, significa dizer o cumprimento da obrigação, então mesmo que seja obrigação acessória. A multa de caráter punitivo está excluída, a de juros de mora não. Essa aplicação é muito questionada. O STJ entende que não existe denúncia espontânea de obrigação acessória.
Pode haver parcelamento? Não! O pagamento deve ser integral para afastar a infração.
Resumo:
133 > Resp. Sucessão de Estab.
134 > Resp. pessoal subsidiária
135 > Resp. pessoal exclusiva
136-138 > Resp. infrações.
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CRÉDITO E LANÇAMENTO
	Bibliografia básica:
Luciano Amaro
Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2011.
Capítulos XI – pgs- 359 a 399
Natureza do Crédito Tributário (art 139 CTN)
“Fato Gerador” – decorre a Obrigação Tributária (art. 113 CTN)
Obrigação Tributária – decorre o crédito tributário
Logo: do Fato gerador decorre o crédito tributário
Contudo o crédito não é exigível logo após o FG
Lançamento Tributário (art. 142 CTN)
Ato x procedimento administrativo
Teorias do efeito declaratório (1) ou constitutivo (2) do Lç.
Lç torna EXIGÍVEL o crédito – teoria (1)
Lançamento = cálculo do tributo
Atividade privativa do fisco (Art. 142, caput CTN)
De ofício (ou direto) – Fisco sozinho (art. 149, I CTN)
Por declaração (ou misto) – Fisco + Contribuinte (art 148 CTN)
Por Homologação (auto-lancamento) Contribuinte antecipa o pagamento – fisco homologa (art 150 CTN)
Homologação tácita – 05 anos após o FG (art. 150 par. 4º CTN)
Arbitramento (por falta de informações do Contribuinte) – art. 149 II a IX
Decadência p/ o fisco (Dto. de lançar - prazo):
05 anos do FG p/ trib. Sujeito ao Lç por homologação (art. 150)
05 anos do 1º dia do exercício seguinte (art. 173 CTN) – vide plano de aula sobre causas de extinção do CT (2ª parte)
3.		Bibliografia específica:
Alberto Xavier
Do lançamento: teoria geral do ato, do procedimento e do processo tributário. Rio de Janeiro: Forense, 1997
Maria Rita Ferragut
Crédito tributário, lançamento e espécies de lançamento. In Curso de Especialização em Direito Tributário. Eurico de Santi (coord). Rio de Janeiro: Forense, 2005. P. 307 a 331.
Crédito Tributário
“A obrigação, enquanto instituto da Teoria Geral do Direito, é um vínculo jurídico prestigiado pela lei que obriga uma ou mais pessoas a dar, fazer ou não-fazer alguma coisa em prol de outra ou outras. (...) O CTN se escorou na teoria obrigacional para regrar juridicamente a relação entre o Estado que tributa e o contribuinte que paga. (...) As obrigações são, por natureza, transitórias. Existem tão-somente para viabilizar os intercâmbios de conteúdo econômico entre as pessoas. Assim sendo, não faria sentido algum a existência de um vinculum júris atando os pólos ativo e passivo da obrigação sem a existência de um objeto, que, no caso da obrigação tributária, é uma prestação pecuniária, um dar dinheiro ao Estado. A esse dinheiro o CTN denomina crédito tributário.” Sacha Calmon Navarro Coêlho.
“Se o CTN pretende que o crédito tributário só se constitua com o lançamento (art. 142), por que teria afirmado que esse crédito tributário é uma decorrência da obrigação tributária (art. 139), que dá origem ao crédito (art. 140), em vez de atestar que ele é uma decorrência do lançamento, e que este é que lhe daria origem? Diante desse coquetel de conceitos, o Código Tributário Nacional foi levado, por implicação lógica da premissa que adotou, a proclamar a necessidade de que a todo crédito corresponda um lançamento, mesmo nas hipóteses em que o próprio Código prevê o pagamento sem que o sujeito ativo tenha sequer o trabalho de examinar previamente a situação material. Para esses casos, o Código criou a “ficção” do lançamento por homologação, que se realizaria automaticamente mesmo na total omissão do sujeito ativo” Luciano Amaro
“O crédito é elemento integrante da estrutura lógica da obrigação, de tal sorte que ostenta a relação de parte para com o todo. A natureza de ambas as entidades é, portanto, rigorosamente a mesma”. Paulo de Barros Carvalho
Artigo 139 CTN – Determina que crédito tributário “decorre” da obrigação tributária principal e tem a mesma natureza desta. Crédito tributário é o objeto da prestação de dar dinheiro ao Estado. O fato gerador é o que faz nascer a obrigação tributária. O crédito tributário tem a mesma natureza da obrigação, também nasce do FG. Não há obrigação de dar dinheiro sem crédito.
“O código, tendo dito que a obrigação nasce com o fato gerador (art. 113, parágrafo 1°), para depois dizer que o crédito tributário somente surge com o lançamento (art. 142), entendeu necessário atestar que o crédito seria uma “decorrência” da obrigação, sem se dar conta de que, decorrendo da obrigação, ele não precisaria ser objeto de lançamento para ‘constituir-se’”. Luciano Amaro
“Se o lançamento, por exemplo, for nulo em razão de algum vício, isso não atinge, em regra, a obrigação tributária, que pode ser objeto de novo lançamento, em forma adequada.” Luciano Amaro
Artigo 141 CTN
“Supomos que também aqui o Código se refira àquilo que ele batizou de “exclusão do crédito” (isenção e anistia). Estar-se-ia aí, mais uma vez, reafirmando o princípio da legalidade tributária, que, no pertinente à isenção e à anistia, é ainda desdobrado no art. 97, VI, 111, I e II, e nos arts. 176, 178 e 180.” Luciano Amaro
Os institutos de direito civil com relação à teoria da obrigação não se aplicam à matéria tributária. O nascimento, a suspensão, a exclusão e a extinção da obrigação tributária são determinados pelo CTN.
Teoria da norma: com o acontecimento do fato gerador, aplica-se a norma.
LANÇAMENTO
“A ocorrência do fato gerador dá nascimento à obrigação tributária. Em diversas situações, porém, embora ocorrido o fato gerador, a lei tributária não requer d sujeito passivo nenhum pagamento se e enquanto não houve, por parte do sujeito ativo, a prática de um específico ato jurídico, que se reflete num escrito formal (isto é, um documento escrito, na forma prevista em lei), do qual se deve dar ciência ao sujeito passivo, a fim de que este fique adstrito a, no prazo assinalado (no próprio documento ou na lei), satisfazer o direito do credor, sob pena de serem desencadeados os procedimentos tendentes à cobrança via constrição judicial. (...) Antes da consecução desse ato, embora nascida a obrigação tributária, ela está desprovida de exigibilidade.” Luciano Amaro
“O lançamento aplica a lei, não é lei, não podendo, pois, criar o crédito a ser pago pelos sujeitos passivos da obrigação.” Sacha Calmon N. Coêlho.
Ressalta-se, alguns autores acreditam que não há tributo/obrigação sem lançamento. Porém a obrigação já existe a partir do F.G.
Artigo 142 CTN – Conceitua Lançamento 
Aparentemente, conflita com o 139, CTN. Grosseiramente, lançamento tributário é o cálculo do tributo. O cálculo de qualquer tributo é atividade exclusiva, privativa, do Estado. Só o Estado tem competência para calcular tributo, o contribuinte não tem essa competência. Questiona-se se o crédito tributário nasce como fato gerador (139, CTN) ou com o lançamento tributário (142, CTN).
Paulo de Barros Carvalho até 2005 entendia que o fato gerador constituía o crédito tributário e o lançamento tributário o declarava. A partir de 2005, passou a defender que o crédito só se constitui efetivamente com o lançamento. A doutrina majoritária entende que é impossível haver uma obrigação sem crédito. Ou seja, o crédito tributário nasce com o fato gerador e é exigível a partir do lançamento tributário. Na prática, é verdadeira a afirmação de que sem lançamento não há crédito.
O credor tem para com o devedor um direito subjetivo e o devedor tem para com o credor um dever jurídico
Autoridade administrativa. Cálculo do tributo. 
É um ato administrativo, segundo Luciano Amaro, que constitui, declara o crédito. É uma atividade privativa da autoridade, do fisco. Nós não temos competência para isso, quem tem é o Estado. Segundo o CNT é procedimento administrativo.
Sobre procedimento e ato administrativo, posiciona Luciano Amaro: “O art. 142, define lançamento não como um ato da autoridade, mas como procedimento administrativo, o que pressuporia a prática de uma série de atos ordenada e orientada para obtenção de determinado resulto. Ora, o lançamento não é procedimento, é ato, ainda que praticado após um procedimento (eventual, e não necessário) de investigação de fatos cujo conhecimento e valorização se façam necessários para a consecução do lançamento”.
“Em suma, o lançamento pressupõe que todas as investigações eventualmente necessárias tenham sido feitas e que o fato gerador tenha sido identificado nos seus vários aspectos subjetivo, material, quantitativo, espacial, temporal, pois só com essa prévia identificação é que o tributo pode ser lançado”. Luciano Amaro.
Identificação do fato gerador, da base de cálculo, do sujeito passivo, se há infrações... O lançamento é o final da fiscalização. Qualquer lançamento do fisco pode ser alterado por impugnação do sujeito passivo.
Não se pode exigir tributo sem lançamento (tem caráter constitutivo – faz nascer o crédito – não! tem efeito declaratório – torna o crédito exigível), ou seja, o lançamento é sempre necessário.
“Quando o lançamento é feito e notificado ao sujeito passivo, este deve pagar o tributo no prazo legalmente assinalado, sob pena de o sujeito ativo prosseguir com as medidas legais tendentes à satisfação de seu direito, inclusive mediante coerção judicial. Noutra situação, a lei cria para o sujeito passivo o dever de efetuar o pagamento, independentemente de o sujeito ativo proceder o lançamento, de modo que a omissão do sujeito passivo já o coloca em mora. Caso ele proceda ao pagamento do tributo, nos termos em que a lei o exige, a obrigação tributária está cumprida, sem que, para isso, tenha sido necessária a prática do lançamento. Porém, verificada a omissão do sujeito passivo no que respeita ao cumprimento tempestivo do dever de pagar o tributo, a dinâmica procedimental para a cobrança passa a ser igual à da primeira situação: o sujeito ativo deve proceder o lança,meto, notificando o sujeito passivo, que, se não satisfizer a pretensão sujeito ativo, fica igualmente submetido às demais medidas legais tendentes à satisfação do credor, inclusive a ação judicial. Nessas hipóteses, o sujeito passivo, além do tributo, sofre a aplicação das penalidades que a lei comine para sancionar sua omissão”. Luciano Amaro.
Espécies de lançamento
- de ofício – artigo 149, I, CTN: o fisco (autoridade administrativa) atua sozinho, unilateralmente. O contribuinte não tem nenhuma participação. Exemplo¹: IPTU e IPVA, taxas e contrib. de melhoria. O contribuinte não faz o cálculo, apenas recebe o talão em casa para efetuar o pagamento. O procedimento termina com a notificação regular do sujeito passivo (recebimento do talão). Exemplo²: Artigo 142, CTN.
- por declaração – artigo 147 CTN: ou lançamento misto. A lei atribui ao sujeito passivo o dever de prestar algumas informações para que o fisco possa terminar a declaração. Exemplo: DITR, DCofins – Declarações! ITR: O dono da propriedade rural presta informações anualmente sobre a sua propriedade rural. Sempre há obrigação acessória (declaração). O primeiro lançamento do IPTU (por alteração na propriedade) também é por declaração. Antigamente o IR tinha lançamento por declaração. Art 148 + 149,II – Se não declarar, será de ofício.
- por homologação – artigo 150 CTN: Não há qualquer participação do Estado, o cálculo do tributo é feito apenas pelo contribuinte, sozinho. O contribuinte antecipa o pagamento sem a interferência da autoridade administrativa. É a grande maioria dos impostos. Exemplo: IR. Declara, calcula e paga antes. O fisco apenas homologa o cálculo feito pelo sujeito passivo. Só depois do pagamento é que o fisco vai homologar. Nesse caso o lançamento é feito pelo contribuinte. Mas se só a autoridade administrativa pode lançar, quando faz-se a homologação nasce o crédito tributário que ao mesmo tempo já está morto, pois já foi pago. Por isso o crédito nasce com a obrigação tributária, se torna exigível com a homologação. O dever de pagar o tributo é anterior ao lançamento. A decadência para o fisco é da homologação e não do pagamento, neste caso. Nos outros casos o fisco tem 05 anos para efetuar o lançamento. Na prática o fisco não homologa nada, apenas silencia. 
- por arbitramento – artigo 148 CTN: Quando forem omissos ou não mereçam fé as declarações prestradas. Isso não significa quando o Estado aceita a BC, mas diz que foi recolhido de forma incompleta. Será arbitramento quando o fisco não confiar na BC. Sempre será garantido o contraditório e a ampla defesa.
Não há crédito tributário exigível sem lançamento (ofício e declaração).
A lei impõe em alguns casos a antecipação do pagamento, o fisco então homologa (declaração).
Ps: se o professor perguntar quais são as espécies de lançamento, citar apenas as 3 anteriores.
James Marins divide a relação tributária em 3 dimensões:
Relação jurídica tributária estática - não há movimentação do estado em relação a isso. Essa relação jurídica tributária é aquela prevista da CF, alguém auferiu renda, está sujeito ao pagamento do IR. Princípios da legalidade, irretroatividade, anterioridade, não confisco... São os princípios constitucionais tributários.
Relação jurídica tributária dinâmica - quando o estado, de alguma forma, se movimenta. Seja efetuando o cálculo do tributo, seja fiscalizando. Lançamento e fiscalização tributária. O ápice dessa relação é quando o fisco notifica o contribuinte para que pague ou quando autua o contribuinte. Com a notificação do lançamento ocorre o ato de lançamento. Há princípios que regem esta fase. Todo lançamento é sujeito à impugnação.
Relação jurídica tributária crítica - com a impugnação do sujeito passivo. Se inicia o processo administrativo ou judicial tributário. Processo se dá quando existe uma lide.
Relação Jurídica Tributária
	Estática
	Dinâmica
	Crítica
	Princípios constitucionais
Princípios tributários
	Atuação do Estado por meio da fiscalização
	Processo Tributário
	Não há atuação do Estado
	Procedimento Administrativo
	- Administrativo
- Judicial
 
Nós estamos na relação dinâmica, no lançamento. Isso é a formalização da relação jurídica. Sem o lançamento não há tributo exigível. A formalização se dá com o lançamento. O lançamento virá ou não acompanhado de infração. 
O estado não perde tempo para homologar expressamente. Somente se dá ao trabalho quando há algo errado -> artigo 150, §1º. 
Prazo: Se não houver prova de dolo, fraude ou simulação tem 5 anos de prazo. Depois de 5 anos, se houver homologação tácita, extingue a obrigação. Artigo 173 CNT. 
Artigo 144 CTN
Ocorreu o fato gerador, passados 4 anos o fisco me notifica (ele tem 5 anos), só que, se eu passei a ter uma isenção qualquer, não importa, o lançamento vai se referir à lei vigente no momento da ocorrência do fato gerador.
§1º - a quebra de sigilo bancário só era autorizadamediante despacho de juiz. De 2005 para cá isso não é mais necessário, a fiscalização pode requerer diretamente aos bancos. Meios para apurar se o fato gerador ocorreu, mesmo que posteriores ao fato gerador, o fisco pode utilizar.
§2º - não há um tributo com essa situação.
O lançamento é feito sempre com base no momento do fato gerador, exceto no caso de retroatividade benigna de penalidade. A legislação posterior que dê mais instrumentos de fiscalização pode ser aplicada, mas a responsabilização é de acordo com a legislação da época. O lançamento em si deve ser feito com base na legislação do momento do fato gerador, maa o modus operandi não.
Artigo 145 CTN
O lançamento pode ser alterado por:
-> impugnação do sujeito passivo
-> recurso de ofício -> toda fez que a Fazenda Pública perde uma ação, deve haver o reexame necessário pelo Tribunal, independentemente de haver apelação. A decisão de 1ª instância contrária à Fazenda Pública será remetida à 2ª instância para revisão. A impugnação procedente em 1º grau não é suficiente. Se o Estado quiser cobrar uma diferença de um cálculo feito errado, o Estado deve fazer um novo lançamento da diferença, também sujeito à impugnação.
-> revisão do ato administrativo pela própria autoridade - artigo 149 CTN. 
“A revisão do lançamento não pode ser feita após o decurso do prazo decadencial” Luciano Amaro.
Define claramente que o último ato do lançamento é a notificação regular do sujeito passivo, se não houver notificação não há lançamento, sem lançamento não há credito exigível e se em 5 anos essa situação não for alterada, extingue-se o crédito. Todo ato administrativo pode ser revisto dentro do prazo estabelecido por alguém hierarquicamente superior.
Artigo 146, CTN
A interpretação que é dada em um caso só vale para aquele sujeito passivo no futuro.
A decisão é inter partes.
Artigo 147 CTN
Definição do lançamento por declaração (misto). Exemplo clássico: ITR - §1º - Comprovação de erro. 
Artigo 148 CTN
Arbitramento. Acontece sempre que o contribuinte presta as informações, mas estas não são suficientes ou não mereçam fé. Se é lançamento de ofício, não há esse tipo de problema. Se o contribuinte prestou a informação e esta não merece fé ou não prestou as informações necessárias, a alternativa do fisco é arbitrar. Tentar apurar o valor da maneira mais próxima possível. Não é um auto de infração. O lançamento ocorre com a declaração, não com o pagamento. Poderia se dizer que há um auto-lançamento. A diferença que é declarada e não paga é cobrada diretamente em juízo, para a cobrança da diferença não declarada é necessário um lançamento de ofício. A doutrina do auto-lançamento ganhou força.
Artigo 149 CTN
Revisão do lançamento. – (inciso I) – lançamento de ofício.
Artigo 150 CTN
Lançamento por homologação.
Antecipar o pagamento – essa é a característica desses tributos. “auto-lançamento” para alguns doutrinadores, porém o lançamento é sempre da autoridade, segundo o artigo 142 CTN.
Se não houver lançamento do fisco, não há tributo a pagar.
Para cobrar a diferença entre o declarado e pago, não há necessidade de lançar, mas tão somente de executar. Há uma discussão sobre esse tema. Seria uma exceção à regra geral. Em relação ao que não foi declarado há lançamento.
Artigo 173 CTN
Existem duas regras de início de prazo para o lançamento.
O lançamento é um direito da Fazenda Pública. 
O lançamento é um direito-dever do Estado.
A perda de um direito pelo decurso do tempo chama-se decadência. Quando o direito for de ação, tem-se a prescrição.
I: regra geral - 5 anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que poderia ter sido cobrado o tributo (lançamento de ofício e por declaração)
II: lançamento por homologação - 5 anos a contar do fato gerador (150, §4º - se o crédito tributário se extingue em 5 anos a contar do fato gerador, o direito do lançamento também)
Artigo 174 CTN
Constituição definitiva -> a declaração do contribuinte equivale à constituição definitiva do crédito. Entendimento dos Tribunais.
Ver Súmula 436 STJ
O lançamento não é a única forma pela qual se constitui o crédito tributário.
Para tributos sujeitos a lançamento de ofício e por declaração – regra do artigo 173 CTN. Sempre deve haver lançamento para que se cobre tributo. conta-se a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte.
Lançamento por homologação – é exigível o tributo sem que tenha ocorrido o lançamento, neste caso. Regra do artigo 150, §4º CTN – prazo para homologar o pagamento do contribuinte. Conta-se a partir do fato gerador. 
No caso de lançamento por homologação, se não há pagamento, não há o que ser homologado pelo fisco, então não se aplica o artigo 150, §4º CTN, volta a ser aplicado o artigo 173 CTN.
Súmula 436 STJ – quando o contribuinte declara o tributo (lançamento por homologação), quanto deve, essa declaração passa a ter o efeito de lançamento, o fisco não tem mais o que fazer, não tem nenhuma obrigação. significa que o crédito tributário está constituído definitivamente. O fisco passa a estar sujeito ao prazo de cobrança do tributo. O prazo, neste caso, é prescricional e começa a contar do dia da declaração do tributo. Regra do artigo 174 CTN.
Crise do lançamento:
Normalmente, o pagamento extingue o crédito tributário, todavia, no lançamento por homologação, o pagamento antecede o lançamento, de modo que a homologação do lançamento, que pode ocorrer em até 5 anos a contar do fato gerador, extingue o crédito.
Passado o prazo de 5 anos, ocorre a homologação tácita com consequente extinção do crédito tributário.
O contribuinte também faz lançamento, nesse caso o Estado só homologa (Há doutrina que entende que o contribuinte não faz lançamento, pois este é de competência privativa do Estado, defende-se que se homologa o pagamento e não o lançamento - hoje essa teoria está enfraquecida).
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SUSPENSÃO E EXIGIBILIDADE
	1.		Bibliografia básica:
Luciano Amaro
Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2011.
Capítulos XI – pgs- 401 a 409
Suspensão da Exigibilidade do CT (art 151 CTN)
I – Moratória = dilação de pagamento (vide arts. 152 a 155 CTN)
Moratória em caráter geral – a um grupo predeterminado de contribuintes (art. 152, I CTN)
Moratória em caráter individual – mediante pedido/adesão do contribuinte.
Até LC 104/2001 Moratória = parcelamento
Após LC 104/2001 + parcelamento (Art. 151, VI CTN)
II – depósito do montante integral do tributo exigido (pressupõe existência de processo administrativo ou judicial)
Depósito = faculdade do contribuinte.
III – Reclamações e recursos administrativos
Quaisquer defesas/impugnações em primeira ou segunda instancia administrativas.
IV – Liminar em MS
Após LC 104/2001 + outras liminares previstas na Lei Processual Civil (art. 151, V CTN)
Regra: A suspensao pressupõe que o crédito é exigível (ocorreu o lançamento)
Exceção: Liminar em MS (preventivo) e outras ações (preventivamente)
3.		Bibliografia específica:
Mizabel Abreu Machado Derzi
Comentários ao Código Tributário Nacional – Carlos Valder Nascimento (coord.) Rio de Janeiro: Forense, 2001 - p. 406 a 421.
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO 
Tributo exigível é aquele que foi sujeito a lançamento (regra), porém é possível que haja causa de suspensão mesmo antes de o fato gerador ocorrer (exceção). O fisco não pode cobrar um tributo enquanto houver causa de suspensão da exigibilidade. 
Artigo 151 CTN
Através do caput pressupõe-se, em regra, que já houve o lançamento.
II – depósito do montante INTEGRAL (incluindo, se houver, multa e juros) e em DINHEIRO – Súmula 112 STJ. Não há regulamentação no CTN. O ajuizamento de uma ação não suspende a exigibilidade do crédito. Se não houver o depósito pode o fisco iniciar uma execução fiscal, ainda que haja uma ação judicial. É possível depositar tributo administrativamente, desde que alei preveja, mas o recurso adm suspende a exigibilidade sem o depósito, de modo que o depósito perde o sentido. A maioria da doutrina defende que este depósito, ao contrário do processo civil, independe de autorização judicial.
III – As reclamações (impugnação ou defesa em 1ª instância) e os recursos (2ª instância ou especial), nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo. Todos os recursos na esfera adm tem o condão de suspender a exigibilidade. Durante a suspensão da exigibilidade, o contribuinte consegue Certidões Negativas de Débito. Súmula vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens p admissibilidade de recursos adm. 
PROCESSO ADM:
MONOCRÁTICA (decisão dada por um funcionário do Estado/fisco. Normalmente aquele que executou) ( CONSELHOS DE CONTRIBUINTES (conselho administrativo de recursos fiscais – CARF: a decisão do conselho faz coisa julgada para a Adm Pública, se a Fz.Pub. perder nessa decisão, não pode mais recorrer) ( ESPECIAL.
Cada ( significa um recurso. Eles têm o condão de suspender a exigibilidade.
IV – Concessão de medida liminar e mandado de segurança (ação contra autoridade pública/atv fiscal): 273,CPC antecipação de tutela. Começou-se a se utilizar no processo tributário. Em 2001, foi incluído mais 2 incisos no 151 para acabar com a discussão com relação à antecipação de tutela. Para ajuizar MS sequer precisa ter ocorrido o FG. A concessão de liminar suspende a exigibilidade.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial: forma de adaptação à nova redação do CPC.
VI – Parcelamento: inclusão do 155-A.
	Moratória: (152 a 155) é a prorrogação do prazo para o pagamento do tributo. Hipótese muito restrita. Apenas quando houver dilação de prazo de apenas uma parcela. Dificilmente isso ocorre. Não é parcelamento! PE uma característica emergencial e não pode ferir ao princípio da não desigualdade territorial.
Parcelamento: alteração de 2001.
-enquanto as parcelas não vencerem, não é exigível o tributo.
Depósito do Montante Integral: se houver depósito integral do tributo, ele não pode ser exigido. A regra é o depósito ser judicial. Há casos em que é autorizado o depósito administrativo. Só suspenderá a exigibilidade quando o depósito for integral. O depósito integral é do que está sendo exigido e não do que você acha que deve.
Impugnação do Lançamento (reclamação por parte do contribuinte): enquanto houver processo administrativo em trâmite questionando o valor, o débito está com sua exigibilidade suspensa. São as reclamações administrativas. Este inciso estava sendo um mecanismo de protelação de pagamento de tributo. O fisco então dispôs: para recorrer a 2ª instâncias, deve depositar 30% do que está sendo cobrado. Como se voltasse ao inciso anterior. O STF considerou inconstitucional essa exigibilidade, pois restringia a ampla defesa do contribuinte. Hoje não há possibilidade de se exigir nenhum tipo de pagamento antecipado neste caso.
Concessão de medida liminar em mandado de segurança: se o contribuinte ajuizar um mandado de segurança e o juiz CONCEDER a liminar para suspender a exigibilidade do tributo com base neste inciso, não poderá o fisco exigir o tributo até o final do julgamento. A antecipação de tutela do artigo 273 CPC tem o mesmo efeito da concessão da liminar no mandado de segurança. Também é possível a suspensão de exigibilidade quando da antecipação de tutela.
Liminar em outras ações: não só em mandado de segurança. Já que a liminar é de cognição sumária.
Artigo 152 CTN
Regula a moratória.
A União pode conceder moratória para Estados e Municípios em determinado caso, porém gera controvérsias. É questionável sob o ponto de vista do princípio federativo. 
Esse artigo divide a moratória em “geral” (quando atende todos os contribuintes) e “individual” (quando depender de alguns requisitos estabelecidos pela lei). Apesar de o II dizem em caráter individual, sempre será geral. É individual porque a pessoa precisará provar que encontra-se em situação que se aplica a moratória. Mas a lei é quem concederá, a autoridade apenas analisará se a pessoa se encaixa aos requisitos estabelecidos em lei.
Artigo 153 CTN
É considerado um favor fiscal (natureza jurídica). Deve haver um prazo máximo. De acordo com os requisitos da lei, verificar-se-á se o contribuinte pode ter o prazo elastecido, ou seja, pode ser PARCELADA. Mas não é PARCELAMENTO.
Artigo 154 CTN
A regra é que a moratória só é concedida depois do lançamento. Venceu uma dívida e aí se concede mais prazo ou parcelamento. Mas, como o próprio artigo dispõe, pode haver disposição em contrário, desde que dispostas em lei.
Artigo 155 CTN
A moratória é a única causa de suspensão que vem regulada no CTN. Todos os artigos que se aplicam à moratória, se aplicam ao parcelamento também.
Se o fisco tem um prazo decadencial, mesmo com liminar em mandado de segurança, tem o poder/dever de lançar o tributo, apenas não pode exigir. Caso não lance não interrompe a decadência. 
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EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
	
	1.		Bibliografia básica:
Luciano Amaro
Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2011.
Capítulos XIII e XIV – pgs- 411 a 420 e 445 a 455
Extinção do crédito tributário (art 156, CTN)
I – Pagamento
Imposição de penalidade não compensatória (art. 157 CTN ´versus´ art. 410 CCB 1916 e corresp 2002)
Presunção do pagamento (art 158 CTN ´versus´art 322 CCB 1916 e corresp. 2002)
Lugar do pagamento (art 159 CTN)
Tempo do pagamento (art 160 CTN)
Acréscimo moratório (art 161 CTN – juros + correção)
Forma de pagamento (art 162 CTN)
Imputação do pagamento (art 164 CTN)
Repetição do Indébito tributário (art. 165 CTN)
Repetição do indébito tributário indireto (art. 166 CTN – contribuinte de fato e de direito)
Juros e penalidades (art. 167 CTN)
Prescrição/decadência (art. 168 CTN – interpretado pela LC 118/05)
Prescrição para ação anulatória de débito tributário (art. 169 CTN)
3.		Bibliografia específica:
Mizabel Abreu Machado Derzi
Comentários ao Código Tributário Nacional – Carlos Valder Nascimento (coord.) Rio de Janeiro: Forense, 2001 - p. 424 a 436.
Marcelo Fortes de Cerqueira
Extinção da Obrigação tributária. In Curso de Especialização em Direito Tributário. Eurico de Santi (coord). Rio de Janeiro: Forense, 2005. P. 371 a 399.
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Existem 12 causas para a extinção do crédito tributário.
Artigo 156 CTN – I: O pagamento é a causa clássica de extinção do crédito tributário.
Artigo 157 CTN - Não há que se falar em multa compensatória, ou será punitiva ou será moratória.
Artigo 158 CTN – ex.: se a pessoa parcela, o pagamento da última parcela não pressupõe a quitação das anteriores.
Artigo 159 CTN – lugar do pagamento -> em regra domicílio do sujeito passivo. Hoje esse artigo não tem tanta aplicação.
Artigo 160 CTN – tempo do pagamento -> depois da notificação + 30 dias. Se não houver previsão a respeito do vencimento no lançamento. O entendimento dominante é de que juros são aplicados antes da penalidade, não pode incidir juros sobre a penalidade. Não há previsão de correção monetária no CTN, mas o STJ entendeu que a taxa Selic é legítima.
§único – lançamento por homologação; pagamento feito antes do lançamento. Possibilidade de descontos pela antecipação do vencimento – se pagar até tal dia tem desconto. Se não houvesse esse artigo o Estado não poderia dar desconto. 
Art. 138, CTN – denúncia espontânea – pagamento atrasado anterior à atuação do fisco. Nessa caso a multa é elidida.
Artigo 161 CTN – Fundamento à cobrança de juros. Possibilidade de haver acréscimo moratório. Não pagar o tributo na data correta -> juros de mora. Se a lei não disser nada, será de 1% ao mês e simples. Se pagou menos do que devia, haverá juros de mora e multa referente à diferença. Com relação à multa, podeser afastada por denúncia espontânea. Os juros não.
Taxa SELIC – juros de mora com base nessa taxa vale para os tributos federais (União). Já houve discussão a respeito da legalidade dessa taxa.
§2º - consulta fiscal: não corre juros ao contribuinte enquanto houver consulta fiscal. Se há dúvidas a respeito da aplicação tributária no meu caso concreto, fez-se uma consulta fiscal. Se for desfavorável, devo pagar o restante, porém sem juros.
Artigo 162 CTN – hoje a maneira de se pagar tributo é via sistema bancário. A forma correta é moeda corrente.
Artigo 163 CTN – imputação do pagamento. Ex.: quando não está identificado o tributo referente ao pagamento. O estado pode debitar o valor no que ele quiser.
Artigo 164 CTN – consignação judicial do pagamento do tributo (outra causa de extinção – inciso VIII do artigo 156).
Artigo 165 CTN – pagamento indevido. Não há necessidade de protesto para restituição de pagamento indevido. Evitar enriquecimento ilícito do Estado. A palavra é identificação do sujeito passivo. Se houver erro do fisco no lançamento, pode-se pedir a restituição. Caso o contribuinte faça a conta sozinho e haja erro, também pode se restituir.
Artigo 166 CTN – deu origem à classificação de contribuinte de fato e de direito. Se o tributo for indireto (ICMS e IPI), para haver restituição deve provar que assumiu o encargo ou demonstrar que foi expressamente autorizado pelo contribuinte de fato a restituir-se.
Artigo 167 CTN – restituição na mesma proporção dos juros de mora e penalidades pecuniárias. Em caso de ação judicial os juros começam a contar do trânsito em julgado. Não se aplica o CPC. O nome da ação é ação de repetição do indébito.
Artigo 168 CTN – lei interpretativa. Da extinção do crédito tributário conta-se 05 anos. No inciso II, conta-se da decisão. Se paguei a mais, posso me restituir administrativamente (prazo decadencial) ou judicialmente (prazo prescricional e interrompe quando exerço o direito). Se for administrativamente e for negado – artigo 169.
PAGAMENTO ( (administrativo) ( 2 anos decadencial.
		 ( (judicial) ( 5 anos prescricional
Artigo 169 CTN – prescreve em 02 anos a ação anulatória da decisão administrativa que for denegatória. Tenho 02 anos para pedir a reforma da decisão denegatória.
Princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário. Por isso, posso escolher administrativo ou judicial. Sempre haverá 2ª instância em matéria tributária (remessa necessária).
Artigo 156, II, CTN – compensação
Vem regulada no artigo 170 CTN. Compensação é quando credor e devedor têm créditos e débitos mútuos. A lei regula a forma pela qual a compensação vai ocorrer. Se não houver lei, não pode haver compensação. Ou seja, ao contrário do CC, a compensação não é autoaplicável.
170-A CTN – limite ao sujeito passivo e ao Judiciário. Se tenho uma discussão de compensação em juízo preciso aguardar o trânsito em julgado para realizar a compensação, não pode realizar liminarmente. É dirigido à adm. Pública, para cosas em que há ação judicial e adm. Presume-se que houve uma desistência tácita quanto à ação adm já que já há a judicial.
No município de Curitiba, por exemplo, não é possível a compensação de IPTU. A compensação do 368 a 389 do CC não é aplicável ao Direito Tributário.
Artigo 156, III, CTN – transação. Artigo 171.
Transação é realização de concessões mútuas para extinguir uma lide tributária. A regra é que não pode haver transação em matéria tributária, a menos que haja uma lei regulando. Esse inciso prevê a possibilidade de transação, mas depende de lei.
Alguns municípios tem previsão de transação. Há um projeto de lei federal que visa regular a transação de maneira ampla. Porém, ainda, a regra é que não há transação. Não é possível fazer acordo, conciliação em matéria tributária. Depende de lei.
Artigo 156, IV, CTN – remissão.
Remissão é perdão. Remição é referir-se a algo. Perdão do crédito tributário. Outra palavra para perdoar é anistia, mas anistia é sempre relativa à penalidade, infração. Na remissão o que se perdoa é o tributo, o crédito tributário em si. Só pode mediante lei. Artigo 172 CTN – remissão total ou parcial e deve atender a: 1) situação econômica do suj. passivo; 2) ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato. 3) à diminuta importância do crédito tributário (esfera federal: abaixo de 10 reais). 4) a considerações de equidade; 5) condições peculiares a determinada região. (ex: calamidade).
Artigo 156, V, CTN – prescrição e decadência.
Artigos 173 e 174 CTN.
É prazo para o estado. O Estado tem 05 ano para constituir o crédito tributário (lançamento) e tem 05 anos para a cobrança judicial do crédito tributário. O estado, em esfera municipal, estadual ou federal, só pode cobrar tributo por meio da Execução Fiscal – Lei 6.830/80.
PRESCRIÇÃO
A prescrição é a perda do direito de ação, de propor Execução Fiscal. Em matéria tributária, é causa de extinção do crédito (na esfera civil, se o devedor paga a dívida prescrita, o credo pode aceitar, ou seja, apesar de não ter direito de ação, a divida permanece. Em matéria tributária, se o credor pagar após a prescrição, pode pedir restituição pois não havia mais crédito, oi extinto). 
Artigo 174 CTN – Estabelece a regra de prescrição para a Fazenda Pública. Prazo de 5 anos a contar da sua constituição definitiva. A constituição definitiva do CT, via de regra, ocorre com o LÇ, de modo que é o termo inicial do prazo.
A prescrição é interrompida: 
- pelo despacho do juiz que ordenar a citação da Execução Fiscal; (diferente da citação válida do Cível)
- Pelo protesto judicial;
- Por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
- Por qualquer ato extrajudicial que acarrete em reconhecimento da dívida por parte do devedor.
LÇ *---------------------5 anos-----------------------( AÇÃO DE COBRANÇA
Tributo por homologação:
DECLARAÇÃO *---------------------5 anos-----------------------( AÇÃO DE COBRANÇA
DECADÊNCIA
É o direito de constituir o crédito. 5 anos contados:
Artigo 173: I – Começa a contar do 1º dia do exercício financeiro seguinte àquele em que o lç poderia ter sido efetuado. 
II – data da decisão anulatória de lç anterior.
Decadência não é sujeita à suspensão ou interrupção. O prazo do 173 só se aplica para tributos sujeitos à lançamento de ofício ou por declaração. Se é homologação a regra é do 150,§4º, CTN – começa a contar do fato gerador os 05 anos. Se não ocorrer nenhum pagamento quando é por homologação, vale a regra do 173, CTN, porque a ideia é que o tributo sempre tenha um pagamento antecipado. Súmula 436 STJ – por homologação, havendo declaração do contribuinte confessando o débito, está dispensada a constituição do débito (fisco dispensado de lançar), então começa o prazo do 174, CTN.
Decadência em sentido amplo é a perda do direito pelo decurso do tempo. Decadência em sentido estrito é a extinção do direito de lançar pelo fisco – 150 e 173. Prescrição é a extinção do direito de ação do Estado contra o contribuinte – 174. Perempção e Preclusão. 168 e 169 – para o contribuinte. 150, 173 e 174 – para o fisco.
Em matéria tributária a prescrição extingue o CRÉDITO tributário em si. Então, não se aplica o conceito de que não é possível restitui-se de crédito pago quando estava prescrito.
<FATO GERADOR>-----decadência--- 5 anos------<LÇ>------ 5 anos-----precrição----<AÇÃO DE COBRANÇA>
Artigo 156, VI, CTN – conversão dos depósitos em renda. (art. 151 CTN)
Enquanto estiver depositado em juízo é depósito. Se o fisco ganhar a ação ou pelo menos parte dela, o valor devido ao fisco que estiver depositado converte-se em renda e equivale ao pagamento, extinguindo o crédito tributário. Se o depósito foi feito corretamente na data certa, não há que se falar em juros devidos pelo contribuinte. Se o contribuinte ganhar a ação, levanta o valor por meio de alvará.
Artigo 156, VII, CTN – pagamento antecipado e a homologação.
Muitos entendem que esseinciso está em conflito com a norma da Lei Complementar 118/05, que é mais nova e, por isso, revogou esse inciso. Outros dizem que não houve revogação. 
Artigo 156, VIII, CTN – consignação em pagamento.
Artigo 164, CTN – o fisco se recusa a receber o pagamento do tributo. Ação de consignação em pagamento. 
3 causas de consignação em pagamento: recusa do recebimento ou subordinação de outra obrigação; exigência de algo sem fundamento em lei por parte do estado; cobrança do mesmo tributo por parte de entidades distintas. A causa 3 é a mais comum – bitributação. 
Bis in idem – uma MESMA pessoa jurídica de direito público cobra mais de uma vez o mesmo tributo (União cobrando o IR duas vezes); bitributação quando duas entidade de direito público DIFERENTES cobram sobre o mesmo fato (ISS quando há dúvida quanto à prestação do serviço). Quem faz consignação em pagamento quer pagar. Quem faz depósito em juízo não quer pagar, quer discutir (depósito integral – artigo 151)!
Artigo 156....
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; (coisa julgada administrativa); só se aplica em decisões favoráveis ao contribuinte; 
Caso seja contrária ao contribuinte poderá ser passível de análise pelo judiciário; Ou seja, a decisão só é irreformável para o fisco. 
X - a decisão judicial passada em julgado. (é a mesma do inciso anterior, mas por decisão judicial transitada em julgado); seja a favor ou contra o contribuinte;
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
(Art. 3º CTN: tributo é toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir); parte da doutrina diz que pode ser pago de outras formas que não seja somente me dinheiro; em 2001 se incluiu este inciso no CTN. Na execução fiscal, o contribuinte para poder embargar, tem que garantir o juízo. Isto pode ser com um bem imóvel. 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149.
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EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
	1.		Bibliografia básica:
Luciano Amaro
Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2011.
Capítulos XIII pgs- 305 a 315 (isenção) e 481 a 486 (anistia).
Isenção (arts 175 a 179 do CTN)
Diferente de hipótese de não Incidencia ]~] Diferente de Imunidade
Teorias: A – Dispensa legal do tributo (fisco) e X – regra de não incidência legalmente qualificada (doutrina).
Imunidade – regra de não incidência constitucionalmente qualificada.
Hipótese de não incidência – fora do campo de incidência do tributo, não necessita de previsão expressa.
Concessão: por lei (art. 150, par. 6º da CF de 1988)
Para o ICMS, a lei depende ainda de convenio entre os estados (art. 150, par. 2º, XII, g)
Revogação: 
I – se concedida por prazo certo – irrevogável
II – se concedida por prazo indeterminado 
II.1) para os impostos sobre o patrimônio e a renda - deve respeitar o P. da anterioridade.
II.2) para os demais casos – a qualquer tempo, caso adotada a teoria A e deve respeitar a anterioridade adotada a teoria B
Anistia (arts 180 a 182 do CTN)
Perdão da infração (diferente de remissao = perdão do crédito)
Concessão: por lei (art. 150, par. 6º da CF de 1988)
Sempre referente a fatos já ocorridos.
Lei autoriza autoridade a conceder anistia geral ou limitada e ainda parcial 
3.		Bibliografia específica:
José Souto Maior Borges
Isenções Tributárias. 2 ed. São Paulo: Sugestoes Literárias, 1980.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (PACMAN)
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I - a isenção; a ideia é que há um dispensa no pagamento do tributo, total ou parcial;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
Primeiro falaremos da anistia.
Anistia: é o perdão da infração cometida pelo contribuinte à legislação tributária e das respectivas sanções. Em geral, vêm cumuladas com parcelamentos (refis = programas de recuperação fiscal); O perdão não atinge o tributo em si, que ocorre através da remissão.
Ex: anistia: se pagar até tal data, será dispensado do total. Ex: remissão parcial: não cobrar juros.
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:
	(anistia sempre trata de fatos anteriores);
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; (primeiro limite imposto pelo CTN; Pode ocorrer, para o mesmo fato, duas esferas, a tributária e a penal. havendo dolo, fraude ou simulação, não pode haver anistia).
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. (segundo limite);
Art. 181. A anistia pode ser concedida:
I - em caráter geral; (para todos os contribuintes);
II - limitadamente:
 a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
 b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
 c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
 d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. 
	(é ato vinculado e não discricionário: se o contribuinte atende os requisitos da lei, deve-se conceder a anistia);
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
Normalmente, na prática não há apenas anistia, mas todos os dispositivos. Anistia + remissão + moratória...
Isenção: é situação que determinada pessoa não paga tributo que incidira sobre determinada operação. A isenção emana do ente tributante que, tendo instituído um tributo no exercício da sua competência, decide abrir mão de exigi-lo de determinada pessoa ou em determinada situação. É matéria de reserva legal: art. 97, 176 CTN e 150, par. 6, CF
	“Não é privilégio de classe de pessoas, mas uma política de aplicação da regra da capacidade contributiva ou de incentivos de determinadas atividades, que o Estado visa a incrementar pela conveniência publica” (Aliomar Baleeiro)
Segundo o CTN e metade da doutrina seria: o contribuinte está dispensado de pagar. Outra metade da doutrina pensa que é uma não incidência.
Ex.: no imposto de renda, pessoas que ganham abaixo de determinado valor estão isentas de pagá-lo. Acima do valor previsto, ocorre o fato gerador, mas abaixo, não há o fato gerador, está fora da hipótese de incidência (esta é legalmente qualificada); 
Em tese a União diz: pode-se tributar todos que auferem renda, menos aqueles que ganham abaixo de XXX.
A isenção é sempre prevista infra constitucionalmente. Pode ser revogada.
Diferenciar com:
- Imunidades:
Diferença com imunidade: está na CF – templos de qualquer culto etc.. O conceito de imunidade é hipótese expressa de não incidência prevista pelo constituinte. Por isso se diz que a imunidade é uma hipótese de não incidência constitucionalizada. Não pode ser revogada.
Art. 195, CF: “são isentos de...” independe qual palavra que se usou – é imunidade. 
Imunidadesobjetivas: ex.; gleba de terra (pequena propriedade rural);
Imunidades subjetivas: ex.; de templos.
- Hipóteses de não incidência:
Sempre a lei (infraconstitucional) precisa dizer em cada tributo qual é a hipótese de incidência. E não a de não incidência. Tudo que está fora do campo de incidência do tributo também é uma hipótese de não incidência.
Legalmente qualificada: está na lei;
Casos de dúvidas no IR:
- indenizações trabalhistas – nem tudo é auferir renda; ex.: dano moral ou patrimonial é apenas recomposição, mesmo que seja indenização milionária. Isto não é hipótese de incidência. 
Há três conceitos diferentes da doutrina para falar de isenção, principalmente no que se refere ao imposto de renda. 
- O fisco entende que se ele revogar uma isenção, já pode cobrar do contribuinte.
- Se fosse uma hipótese de não incidência, teria que respeitar a anterioridade. 
- A alíquota zero também entra nesta questão. Trabalhando com a alíquota não tem que aguardar a anterioridade. 
Art. 150, § 6º, CF;
§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
Em tratado internacional entende-se que é possível isenção heterônoma, mas no resto não é. 
A CF permite alterações de alíquota daqueles que não são isentos, deforma que seja até zero e pareça uma isenção. Na prática o Estado está burlando este § 6º não fazendo lei específica e apenas mexendo na alíquota. 
Isenção – causa de exclusão do crédito tributário. Dispensa no pagamento do tributo (segundo a lei). Se há isenção, ela retira do campo de incidência do tributo uma parcela de pessoas ou fatos. O ideal é comparar com a imunidade (que é constitucional). A isenção é infraconstitucional. É vedada no Brasil as isenções heterônomas -> um ente público concede isenção de tributo a outro ente público.
->isenção atende o princípio da reserva legal – só a lei pode alterar – artigo 150, I, CF; 97, CF e 150, §6º, CF.
Artigo 176 CTN – pode se referir só a um determinado local. Não confundir com princípio da uniformidade geográfica. A lei é discriminatória, pois se refere a um grupo de pessoas, a um território... em matéria tributária a lei pode conceder isenções, desonerando um grupo de pessoas. A capacidade contributiva é o critério em direito tributário. Aplicação do princípio da igualdade. Se ano atender a capacidade contributiva, a isenção é sempre questionável. O Judiciário não pode atuar como legislador positivo, não pode legislar, então não pode conceder isenções para quem não tem. Então pode fazer com que alguém perca a isenção, mas não que outro ganhe.
Artigo 177 CTN – a isenção é concedida, em geral, por tributo. São isentos do ICMS, do IR, do IPI... isenções objetivas e subjetivas. Objetivas levam em consideração fatos ou situações isentas [isenção do IPTU para quem tem Araucária no imóvel]. Subjetivas levam em consideração a pessoa [maiores de 65 anos].
Artigo 178 CTN – Revogação de Isenção. Existem isenções irrevogáveis -> aquelas constituídas por prazo determinado, certo, fundando-se na segurança jurídica.
Podem ser revogadas a qualquer tempo as por prazo indeterminado (silêncio da lei quanto ao prazo final).
II)Artigo 104, III, CTN: patrimônio e renda. Havendo revogação de isenção nesses impostos deve haver o respeito ao princípio da anterioridade. Só se aplica a partir do 1º dia do exercício financeiro seguinte.
III)revogáveis a qualquer tempo: todo o resto. É nesses casos que se discute se é possível a revogação do tributo a qualquer tempo. A revogação da isenção pode ser aplicada a qualquer tempo? 2 teorias
	-dispensa legal do tributo: primeiro aplica a norma, nasce a obrigação e depois concede-se a isenção. Ou seja, a norma incidiu sobre o fato. O CTN adota essa!
	-hipótese de não incidência legalmente qualificada: ingressou como um fato novo, então deve haver respeito à anterioridade. Para a doutrina, não existe o qualquer tempo.
Artigo 179 CTN – concessão por despacho de autoridade, para que confirme se o contribuinte se enquadra naquela situação. A lei que concede a isenção tem certa liberdade, diferente das imunidades.
Artigo 153, §1º, CF: alterar alíquotas. É muito comum que as alíquotas sejam reduzidas a zero. Isso é um subterfugio para conceder isenções sem a necessidade de editar lei. Para não precisar entrar na discussão das teorias acima citadas. É caso mesmo de dispensa legal, de qualquer modo. Obviamente alíquota zero é uma isenção travestida. 
A isenção pode ser concedida em caráter geral ou individual.
Artigo 183 CTN – garantias e privilégios: é evidente que o crédito tributário tem privilégio em relação a outros créditos, de natureza não-tributária. Nenhuma convenção particular realizada mesmo que antes do nascimento da relação tributárias, tem aplicação para a dívida tributária, mesmo que posterior. 
Artigo 185 CTN – presunção de fraude. Se o contribuinte iniciou qualquer procedimento de alienação de seu patrimônio, após a inscrição em dívida ativa, presume-se fraudulenta. Devo provar que não estou agindo com fraude, demonstrando que tenho patrimônio para pagar a dívida (§único).
Dívida Ativa: para que a Fazenda Pública cobre seus créditos em juízo -> Lei 6.830/81. Todos os créditos da Fazenda Pública devem ser inscritos em dívida ativa, antes de executar alguém. Esse ato administrativo não interrompe nada. Só há interrupção quando o juiz despacha ordenando a citação do contribuinte. Como a inscrição em dívida ativa é um procedimento interno, não precisa notificar o contribuinte.
Artigo 185-A CTN – deve haver a citação em execução fiscal. A Fazenda ajuíza a ação de execução e consegue citar. Existe um prazo de 05 dias para que o contribuinte indique bens à penhora, se ele não oferecer o juiz dá vistas à Fazenda para que ela indique bens. Se não encontrar nada, o juiz pode declarar a indisponibilidade dos bens. Serão liberados os bens que excederem. 
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GARANTIAS E PRIVILÉGIOS
	1.		Bibliografia básica:
Luciano Amaro
Direito Tributário Brasileiro – 17a. ed. - Ed. Saraiva, 2011.
Capítulos XIII pgs- 420 e 444
Extinção do crédito tributário (art 156, CTN)
II – compensação = encontro de créditos e débitos (Art. 170 CTN – vide conceito no CC/2002, art. 368)
Sub judice – após transito em julgado (art. 170-A CTN)
Sumulas 212 e 213 STJ – Liminar e compensação
III – transação = concessões mútuas (Art. 171 CTN) 
IV – remissão = perdão (diferente de anistia = perdão da infração) – art. 172 CTN)
Lei autoriza autoridade a conceder remissão total ou parcial, considerando: 1. Situação econômica; 2. Erro de fato; 3. Valor irrisório; 4. Equidade; 5. Condições da região.
V – Prescrição (art. 174 CTN) e decadência (art. 173 CTN) = prazo para o fisco ajuizar ação e lançar, respectivamente.
Interrupção de prescrição: 1. Citacao do devedor (despacho que ordena a... – Lei 6.830/81); 2. Protesto judicial ou ato judicial que constituía o devedor em mora; 3. Ato extrajudicial de reconhecimento do débito pelo devedor. 
VI – conversão dos depósitos em renda.
VII- Pagamento antecipado (Trib. Suj. Lç por homologação).
VII – Consignação em pagamento (extinção na medida do valor consignado) – art. 164 CTN.
IX e X – Decisão definitiva nas esferas judicial e administrativa
3.		Bibliografia específica:
Carlos Valder do Nascimento
Comentários ao Código Tributário Nacional. Rio de Janeiro: Forense, 2001 - p. 423 a 467.
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
As garantias e privilégios do CTN não se resumem somente a este capítulo. A lei ordinária pode estabelecer outras garantias e privilégios. Se for no âmbito constitucional, só leifederal.
Artigo 183 CTN – Disposições gerais. (chove no molhado) 
Artigo 184 CTN – Todo o patrimônio, preferencialmente, responde pelo crédito tributário.
Garantias do CT
A inscrição na dívida ativa é um pré-requisito necessário para a execução fiscal e também é o marco inicial para se considerar fraudulenta uma alienação. Não será fraudulenta a alienação se o devedor reservar bens suficientes para pagar a dívida
Artigo 185 CTN - Presunção de fraude.
Artigo 185-A CTN – Não há um aumento de garantia, mas uma regulamentação. Requisitos de indisponibilidade de bens:
- Execução fiscal ajuizada
- Citação regular
- Não pagamento
- Não oferecidos bens a penhora (o prazo de 5 dias para o pagamento deve ter ocorrido in albis)
- Não forem encontrados os bens oferecidos a penhora
O juiz expede diversos ofícios indicando o valor a ser indisponibilizado, o qual tem como limite o valor da dívida, o valor total exigível. Ofícios para Registro de Imóveis, detrans, BACEN, bovespa, BMF, juntas comerciais, registro de embarcações, registro de aeronaves, etc. Além disso, será bloqueado o valor total em cada órgão, pois o órgão bloqueia sem se comunicar com os demais. O juiz é comunicado do bloqueio e se verificar que os valores excedem a dívida, expede de ofício a disponibilidade de alguns bens.
Artigo 186 CTN
Preferências (artigo 186 e seguintes) 
Artigo 186 CTN – o crédito tributário só não prefere ao crédito trabalhista (+acidentes de trabalho). Primeiro a dívida trabalhista deve ser saldada. §único: Falência -> a morte da Pessoa Jurídica. Passa a ser uma massa falida administrada por um síndico (escolhido pelo juiz). Esse síndico deve realizar os ativos e saldar os passivos. Tendo um protesto (título protestado) pode-se pedir a falência de determinada empresa. Os credores se qualificam pela ordem de importância de seu crédito. Os créditos trabalhista, por exemplo, têm preferência. Crédito com Garantia Real – os credores que tem hipoteca, têm preferência, depois do trabalhista. Só então vem o crédito tributário. Isso é lobbie dos bancos (para estarem em segundo lugar). Hoje a lei de falências prevê que o crédito trabalhista tem o teto máximo de 150 salários mínimos para cada ação trabalhista. Inciso II – lei de falências.
Depois do crédito tributário vêm os créditos privilegiados (como honorários advocatícios) e, por último, os créditos quirografários (fornecedores em geral) – os que normalmente protestam. Lei 11.101/05 – recuperação judicial. 
Créditos Concursais – dívidas contraídas antes da decretação da falência.
Créditos Extra concursais – advindos do dia a dia da “nova” empresa.
Multa tributária – não está na ordem de preferência junto com os tributos + juros (crédito tributário). As multas vão junto com os créditos quirografários. Penalidade não se sucede.
Art. 186
Preferência:
1º - Trabalhista
2º - Acidente de trabalho
3º - Crédito fiscal
Se for decretada a falência, o crédito fiscal cai para o 4º lugar.
1º - Trabalhista
2º - Acidente de trabalho
3º - Créditos com garantia real
4º - Crédito fiscal
Artigo 187 CTN – habilitação de crédito. Há um prazo para que os credores se habilitem na falência. Se não fizer a habilitação no prazo, perde a preferência. Todos os contratos firmados pela PJ declarada falida, são rescindidos. Esse procedimento não sujeita a Fazenda Pública, o síndico é que tem que verificar as dívidas e questioná-las. 
§único – Há concurso de preferências entre um fisco e outro -> primeiro União, depois Estados, DF e territórios e, por último os municípios. Pro rata -> pagar proporcionalmente. Isso viola o princípio federativo. Por que a União é preferencial? Há discussão doutrinária. O mais correto seria pro rata geral – proporcional para cada um.
Art. 187, parágrafo único
Existe um concurso do crédito tributário no processo de falência, preferência:
1º - União
2º - Estados e DF - conjuntamente pro rata
3º - Municípios - conjuntamente pro rata
Há uma ofensa ao princípio federativo, neste parágrafo do art 187. É inconstitucional. Mas, ainda não há nenhuma declaração de inconstitucionalidade.
Artigo 188 CTN – são extra concursais -> curso do processo de falência. O síndico pode contestar o crédito tributário. O processo de recuperação judicial substituiu a concordata. 
Artigo 189 CTN – relação à pessoa física. Quaisquer créditos, excetua o trabalhista. Juízo de execução fiscal.
Artigo 190 CTN – mesma coisa que ocorre para empresas comerciais.
Artigo 191 CTN – extinção das obrigações do falido (e espólio e liquidação) requer prova de quitação de todos os tributos. Não pode exercer atos de comércio durante 05 anos. Não se pode decretar a falência sem a comprovação do pagamento dos tributos. A prova da quitação é feita mediante certidão negativa.
Artigo 191-A CTN – concessão de recuperação judicial. Muitos juízes dispensam. Certidão positiva com efeitos de negativa -> tem um débito, mas está suspenso. O fisco tem o direito de dizer que você tem um dívida, mas a certidão deve ser recebida como negativa (causa de suspensão da exigibilidade).
Artigo 193 CTN – se tiver dívida vencida com o Estado não pode contratar com o poder público. fala apenas dos entes da federação e das autarquias, mas a ideia é englobar a Administração Pública direta ou indireta.
As empresas que mantém contrato com a Administração Pública são obrigadas a manter em dia o pagamento dos tributos.
Fiscalização / Administração Tributária
O objetivo principal da fiscalização tributária é efetuar o lançamento.
194 CTN – fiscal da receita. Todo ato da fiscalização deve ser regulamentado em lei. §único – todos estão sujeitos à fiscalização mesmo que sejam isentos ou imunes de tributo. A obrigação acessória não segue a principal, então, devem realizar as acessórias mesmo sendo imunes ou isentos.
195 CTN – Se houver lei complementar com o mesmo nível hierárquico, tratando de matéria tributária, esse dispositivo pode ser alterado.
O CTN, neste artigo, está determinando seu nível hierárquico superior às leis ordinárias. § - é por esse artigo que muitos dizem que deve-se guardar todos os comprovantes por 05 anos (muitas vezes não são só 05 anos). O mais próprio seria dizer até que ocorra a decadência.
196 CTN - § - quando o fiscal se apresenta na PJ para iniciar a fiscalização, deve lavrar um termo de quando irá iniciar e terminar a fiscalização. Existem livros próprios de registros. Vide artigo 138 CTN – não posso a partir desse momento fazer denúncia espontânea. Se encerrar a fiscalização e o fiscal não apurar a dívida, com o simples encerramento da fiscalização posso fazer a denúncia espontânea novamente.
197 CTN – sigilo -> presta somente informações que pode prestar. Todos aqueles que se encaixam no inciso VII (inclui aqueles dos incisos I a VI e mais outros) podem ser obrigados a prestar informação para o Estado a respeito de negócios com terceiros que estão sendo investigados.
Art. 197, parágrafo único, CTN
A pessoa que está obrigada a manter sigilo em razão de cargo, ofício, função, etc, tem a possibilidade de negar-se a prestar informações. Ex: advogado.
198 CTN – sigilo fiscal. Esse artigo é dirigido à Fazenda Pública. Não pode divulgar informações econômicas do contribuinte obtidas na fiscalização, sob pena de responsabilização do funcionário. § - exceções. I)ordem judicial; II)não só no âmbito tributário, mas em toda a administração pública. §2º - se houver o vazamento de informação é possível responsabilizar a pessoa, por isso todas essas exigências. §3º - independentemente de haver solicitação de terceiros a Fazenda pode oferecer informações ao MP, por exemplo. Para que seja executada uma dívida tributária deve haver inscrição em dívida ativa. Qual a consequência da inscrição em dívida ativa? O início da alienação após a inscrição gera presunção de fraude. A inscrição em dívida ativa é que vai instruir o processo de execução fiscal. O estado pode divulgarinformações a respeito de parcelamento ou moratória. Exceto estas exceções a Fazenda não pode prestar informações sobre o contribuinte.
Art. 198, §1º, CTN
I - O juiz pode pedir quebra do sigilo fiscal, a quebra só se dará com a requisição judicial.
II - Possibilita autoridade administrativa a requerer informações fiscais do contribuinte para o fisco em determinadas situações. É o que ocorre em CPIs.
§2º
Deve constar no recibo nome da pessoa que entregou e que recebeu para que se houver vazamento de informações, haja a devida responsabilização
§3º
Não é considerada quebra de sigilo fiscal
- informação prestada para investigação penal
- inscrições na dívida ativa da Fazenda Pública
- parcelamento ou moratória
199 CTN – troca de informações entre uma Fazenda e outra, não é violação de sigilo fiscal. §único – tratados internacionais também (permuta de informações com estados estrangeiros).
200 CTN – autoridade federal, municipal e estadual. O fiscal da receita, se tiver empecilho no exercício de sua fiscalização, pode requerer força policial. 
201 CTN – dívida ativa. Procedimento administrativo interno da receita. A lei de execuções fiscais regulamenta a forma pela qual o Estado cobra as dívidas. Execução de dívida ativa. Necessita do termo de inscrição em dívida ativa. Todo crédito tributário deve ser inscrito na dívida ativa para ser cobrado. Há dívida ativa tributária e não tributária. A execução fiscal se presta para a cobrança da dívida ativa tributária ou não. As regras de prescrição e decadência das duas modalidades de dívidas ativas são diferentes. 
202 CTN – o termo deverá indicar tais requisitos. O contribuinte tem acesso à certidão de dívida ativa (CDA) que é o título executivo extrajudicial que vai instruir a execução fiscal. É o único título executivo extrajudicial que não contém o aceite do devedor. Deve-se saber se houve processo administrativo ou não. Se houve será útil na execução fiscal. Se a CDA não tiver os requisitos mínimos há vício formal que pode ser arguido em embargos à execução.
A inscrição é o preenchimento de algumas informações específicas com relação ao crédito tributário.
IV - a data é importante para se verificar, por exemplo, se uma alienação é fraudulenta
V - se o contribuinte pagar de plano, não haverá número do processo, pois não haverá processo
203 CTN – omissão de requisitos ou erro – nulidade que pode ser sanada. Se a informação vier muito depois, posso alegar prescrição.
204 CTN – presunção de certeza e liquidez. Efeito de prova pré-constituída. Há uma discussão se pode incluir o nome do corresponsável (como sócio) na CDA. O artigo é favorável à Fazenda. § - presunção relativa. Prova -> embargos à execução.
Da inscrição é extraída a certidão de dívida ativa (CDA), é feita uma cópia fiel do que foi lavrado no cartório. A certidão é o único documento a instruir a execução fiscal.
A CDA é o único título executivo extrajudicial que não contém a ciência do devedor. A CDA é título que se presume líquido e certo. Para se questionar a CDA, é necessário embargar a execução e, para isso, é necessário oferecer um bem a penhora. Se houver erro grosseiro, admite-se mera petição.
205 CTN – certidões negativas de débitos (CND).
Em regra, a certidão negativa fica imediatamente pronta pela internet.
Se houver suspensão da exigibilidade do crédito tributário, a certidão não sai negativa, mas os efeitos são os mesmos. Quando o contribuinte informa que houve suspensão e requer uma certidão com efeitos de negativa, esta deve fica pronta em 10 dias.
206 CTN – mesmos efeitos certidão positiva com efeitos negativos (CP-EN). Toda vez que houver suspensão da exigibilidade (Artigo 151) e quando houver embargos à execução com penhora (isso não é suspensão da exigibilidade). Se o crédito não é vencido não pode ser cobrado, não há dívida, então não tem muito sentido de o fisco não me dar uma certidão negativa, mas é isso que prevê o artigo (que receberá uma CP-EN).
Há casos em que a certidão positiva tem efeitos de negativa
- Se houver qualquer causa de suspensão (recurso administrativo pendente, moratória, parcelamento, liminar em MS, etc), a certidão positiva é emitida com efeitos de negativa e as autoridades que a exigirem são obrigadas a aceitarem tal certidão, como se negativa fosse
- A dívida esteja garantida com um bem - penhora
- Existência de débitos não vencidos - se o débito não venceu, não é débito, deveria ser certidão negativa
207 CTN – dispensa da apresentação de certidão em caso de perecimento do direito. Se o fisco não entregar a certidão em 10 dias e for imprescindível a certidão, à autoridade é FACULTADO dispensar a prova de quitação do tributo ou seu suprimento.
208 CTN – fraude por parte do funcionário. Responsabilidade tributária por transferência. § - responsabilidade funcional e criminal. Dispositivo dirigido ao funcionário da fazenda que expedir erroneamente certidão negativa.

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