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APOSTILA: AÇÃO E DIREITO PROCESSUAL I - AULAS DE UBIRATAN MAURICIO

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PROCESSO – AULA 2 – UBIRATAN
APREENSÃO CONCEITUAL 
A LIDE é o mérito. É uma questão que se insere no campo do direito material. É a questão litigiosa. Qual o conflito? É sobre a posse, alimentos, crime, casamento? Tudo isso é visto no processo. A empresa tinha obrigação de pagar horas extras ou não? Essa é uma das questão que se coloca para processo, o fato junto com o objeto de provas. A questão das horas extras, é uma causa de pedir remota. Se a empresa tem a obrigação de pagar, ela vai ter que antes valorizar esse fato. Então tudo isso será objeto de verificação. A reação jurídica material é a matéria que é objeto de concordância. E o que é a relação jurídica processual? É o processo. Então a relação jurídica processual, é o palco, o teatro de operações, onde vai se dá a discursão do direito material litigioso, partes da relação jurídica. O julgamento é o produto final, é a sentença, a relação jurídica processual é o vinculo que se estabelece entre os demandante e o estado. Qual a natureza jurídica do processo? É diferente da relação jurídica ligitiosa, que é substantiva, que é a relação jurídica de direito material. Sujeitos capazes assume uma relação jurídica em: papel de credor e devedor. O sujeito ativo da relação jurídica que pode assumir alguma coisa e quem esta obrigado a cumprir a prestação. Por exemplo, se você aluga um imóvel, o locador tem a obrigação de entregar ele a você em condições de moradia, ele tem a obrigação de dividir e de dá o lugar em um bom estado, já quem alugou precisa devolver o imóvel no mesmo estado que alugou. Então, a relação se forma por pelo o menos três jurídica, na relação jurídica processual, por que além dos sujeitos, tem o sujeito juiz, que ele é o sujeito imparcial. O estado é personificado na pessoa do juiz. As partes da relação jurídica processual, na maioria das vezes, coincide com as partes da relação jurídica material – que o juiz não é parte, ele é sujeito do processo, sujeito imparcial. Agora já na relação de direito administrativo, é uma relação bilateral, aqui é trilateral. Claro que pode haver, na relação jurídica de direito material, mais de um sujeito, mais de uma parte, em um determinado polo. Exemplo, marido e mulher contratam um financiamento bancário para a aquisição de casa própria. Aqui houve um litigio entre o banco e o casal, aí se o casal vai pedir a revisão de contrato, eu tenho no polo ativo duas partes em litisconsórcio ativo contra o banco. Por isso é 3.2.4 – A relação jurídica processual é trilateral. 
 
Ela é sempre triangular. Ela é uma teoria, a teoria triangularista combate a angularidade da relação jurídica processual, porque as partes tem o dever de lealdade processual reciproca; estão sujeitas ao pagamento das custas processuais. Mas o direito material, acredita na teoria angular do Autor e Réu.
Vamos trabalhar com a relação triangular. Quando nasce o processo? Quando o direito se torna litigioso. E quando ele se torna litigioso? Quando o demandando toma ciência da demanda contra ele ajuizada porque é nesse hora que a relação jurídica se triangulariza. Agora o mero desentendimento, alguém quer pagar a divida, o conflito se dá no plano dos juros e da multa, tá no conflito, pode ser resolvido? Pode, mas se não for revolvido, posso ir a juízo mas só se torna conflituoso quando o demandando toma ciência da demanda contra ele ajuizada. Vamos abrir o CPC no artigo 238.
Art. 238 Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
Se é convocado e não vem, ocorre a rebelia, existem vários motivos para isso ter acontecido. Agora o artigo 240 do CPC. 
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
Exemplo, se algo era pra ser pra justiça comum mas foi pra a justiça do trabalho, o juiz do trabalho (incompetente), pode ordenar. Ela vai nascer de toda forma. Cabe ao ordenado dizer que o juiz é incompetente mas já tá litigioso, nasceu o processo. Mesmo que o demandando citado não venha o processo para praticar a sua defesa, nasceu o processo. Torna litigiosa a coisa, mas que coisa? A coisa que é objeto de litigio, os bens. Então a coisa, que é objeto do processo, para resolver o litigio, sobre aquele bem, ai nasce o litigio na hora que o demandando toma ciência da proteção de tutela contra ele executável. Se o demandado vier aos autos, ele vai se defender, mas não é necessário que ele vá que o processo surja. Cada palavra aqui tem um peso na vida prática para discutir problema. Agora, qual é a natureza jurídica do processo? Hoje é que o processo é uma relação jurídica distinta da relação jurídica litigiosa, pois a ligitiosa está no plano do direito material (a relação é só reu e autor, não tem o juiz). 
Exemplo: Vamos supor, eu tenho um livro, te empresto você não me devolve. Eu vou ajuizar uma demanda condenatória pra uma ação de dar. O pedido imediato condenatório, o mediato de devolver o bem. Aí, você falsifica uma prova, negando a causa de pedir remota, mostra uma dedicatória falsa dizendo “Eu te dou esse livro por causa da sua nota ótima em TPG”. Veja, eu to negando o fato, a causa de pedir remota. Ai, eu digo: “Meritíssimo, isso é uma falsificação da minha letra, eu quero uma pericia grafotécnica porque não partiu do meu punho”. Veja, não chegamos a discutir o direito aplicável, eu estou apenas negando o fato. O resultado da perícia será o resultado do fato, a setença. 
6. SÃO OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Quais são as condições da ação? Legitimidade para a causa, parte e elemento. Também os interesses processuais – o interesse de agir. Mas tem as exigências infraconstitucionais para acionar a jurisdição: A legitimidade para causa (ordinária ou extraordinária) ou o interesse processual, o interesse de agir. Nos já estudamos o ponto de ação. Mas no de processo, o que é preciso para o processo existir? É só a citação? Não pode ser. O próprio legislador prevê a existência de pressupostos processuais. E o artigo 485 do CPC estabelece em termos de condição de ação: 
ATENÇÃO: Capítulo de sentença porque o juiz vai dá uma setença, uma sentença que ele não vai analisar o pedido, ele nem vai olhar! 
Art. 485 O juiz não resolverá o mérito quando:
VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
V – reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
IV – verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
VII – acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
Além das condições da ação, tem que esta presente pressupostos, porque a norma diz que o ilícito é a ausência, quando se verifica a ausência desse pressupostos, é porque esses pressupostos são positivos, tem que comparecerem, eles tem que se fazerem presentes. E a doutrina disse, mas quando chega o inciso quinto, sem falar na palavra pressuposto, tem conceitos aqui que são pressupostos negativos, que não podem esta presente, se estiverem presentes não há processos. Pensem comigo, uma demanda esta em curso, o demandante pensando, tendo certeza ou achando que vai perder, vai ajuizar a outrem, quando o mesmo demandado recebe a mesma citação do segundo processo, seguirá a mesma coisa do anterior, aí ele vai alegar a litispendência, que a lide ainda está pendente. Então a litispendência é pressuposto processual negativo, não pode se fazer presente, se tiver, o juiz não vai analisar a questão material litigiosa, ele vai resolver a decisão de material processual, ele vai extinguir o processo, mandando o processo pro arquivo. O que está em curso ou já terminou, o que já terminou vai ser de litispendência, vai ser coisa julgada. A doutrina separa pressuposto positivo e pressuposto negativo e ainda vai buscar uma palavrade precisão cirúrgica: Pressupostos negativos ou extrínsecos fora do processo a qual se cuida. Imagine só, Nathalia pactua com Pablo uma locação (direito material de conteúdo patrimonial) e no contrato de locação já prevê a clausula: os contratantes estabelecem que se estiver litigio decorrendo do negocio jurídico, será resolvido por arbitragem. Excluiu a jurisdição. Natalia esquece disso e mostra a clausula ao juiz, Pablo vai a juízo e a alega arbitragem das clasulas. Então a arbitragem também é pressuposto processual negativa – o juiz não vai nem analisar o pedido de Natalia, vai mandar pro arquivo. Agora se Natalia propõe a demanda que foi objeto de clausula arbitral e Pablo fica calado, o juiz tem como advinha? Não. 
Pressuposto Constituição: A pessoa precisa existir e Prossuposto de Desenvolvimento é de fluência, de curso regular. Os pressupostos processuais são a existência e a validade. A existência fala que ele pode ser subjetivos ou objetivo, o objeto é a LIDE, que é o fato em si, já os subjetivos são a partes (autor e réu) e o juiz. Agora a validade, fala quando as partes (quando ela é subjetiva), que as partes precisam ser capazes, ter a capacidade parar estar em juízo e o juiz precisa ser imparcial. O objeto objetivo da validade também é a LIDE. Ela precisa ter ausência de litispendência e ausência da coisa julgada.

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