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O que são, para que servem e qual a importância dos fatos jurídicos? (A IMPORTÂNCIA) Pablo e Rodolfo 1 retratam muito bem a importância dos fatos jurídicos ao afirmarem que “fora da noção de fato jurídico, pouca coisa existe ou importa para o direito (...) Indiscutivelmente, trata-se de conceito basilar, verdadeira causa genética das relações jurídicas, e, bem assim, dos direitos e obrigações aí compreendidas”. O componente curricular “Teoria Geral do Direito Civil II” inclui o estudo dos artigos 104 a 232 do Código Civil. Trata-se do Livro III da parte geral (FATOS JURÍDICOS). Já no primeiro artigo (104), o código menciona “negócio jurídico”. Mais adiante, o art. 185 trata dos “atos jurídicos lícitos”. Por sua vez, o art. 212 se refere a “negócio” e a “fato jurídico”. Mas o Código não esclarece qual a diferença entre tais termos (fatos, negócios e atos lícitos). Portanto, é imprescindível o recurso à doutrina. Os conceitos e a classificação dos fatos jurídicos é conhecimento indispensável para a compreensão e correta interpretação da lei. (O QUE SÃO) Para Savigny, fatos jurídicos são os acontecimentos em virtude dos quais começam ou terminam as relações jurídicas. Caio Mário da Silva Pereira 2 , ao lado de outros civilistas importantes, acrescenta ao conceito de Savigny os efeitos conservativos e os modificativos das relações jurídicas. (PARA QUE SERVEM) Podemos dizer, então, que FATOS JURÍDICOS são os acontecimentos, naturais ou humanos, que criam, modificam, conservam ou extinguem direitos e obrigações (são exemplos o nascimento, a morte, o decurso do tempo, a maioridade, as ações judiciais e os contratos). As duas principais classificações dos FATOS JURÍDICOS são: Classificação Tradicional (Teoria Unitária) e Classificação Moderna (Teoria Dualista) A Tradicional ou Teoria Unitária foi a classificação adotada pelo Código Civil de 1916: dividia os fatos jurídicos em naturais e humanos. Os fatos humanos eram divididos em lícitos e ilícitos. Esta teoria não fazia distinção entre atos negociais e não negociais. A Teoria Dualista, por sua vez, TAMBÉM divide os Fatos Jurídicos em NATURAIS e HUMANOS. Osatos humanos podem ser lícitos ou ilícitos. A diferença desta teoria dualista é que ela divide os atos lícitos em “atos negociais” e “atos não negocias” (negócios jurídicos e atos jurídicos em sentido estrito). Direito condicional: é o que se perfaz pelo advento de um acontecimento futuro e incerto, de modo que o seu titular só o adquire se sobrevier a condição (exemplo: dar-te-ei um milhão de reais se eu acertar a mega-sena do próximo sábado - o evento futuro e incerto, neste caso, é “acertar os seis números da mega-sena”; se , chegado o dia do sorteio, eu acertar os seis números, estarei obrigado a cumprir minha promessa de dar um milhão de reais Modificação dos direitos: tem-se modificação objetiva quando atingir a qualidade ou quantidade do objeto ou conteúdo da relação jurídica; a modificação subjetiva é a pertinente ao titular, subsistindo a relação jurídica, hipótese em que se pode ter a substituição do sujeito de direito inter vivos ou causa mortis. Defesa dos direitos: para resguardar seus direitos, o titular deve praticar atos conservatórios como o protesto, retenção, arresto, seqüestro, caução fideijussória ou real, interpelações judiciais para constituir devedor em mora, quando esta não resulta de cláusula expressa na convenção ou de termo estipulado com esse escopo de notificação extrajudicial; quando sofrer ameaça ou violação, o direito subjetivo é protegido por ação judicial; o titular também está provido de instrumentos de defesa preventiva, para impedir a violação de seu direito, que pode ser extrajudicial (arras, fiança, etc) ou judicial (interdito proibitório, ação de dano infecto, etc.); esta prevista também a autodefesa, em que a pessoa lesada, empregando força física, se defende usando meios moderados, mediante agressão atual e iminente, sem recorrer ao Judiciário. Noções gerais - A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE A manifestação de vontade constitui o núcleo do negócio jurídico. A manifestação de vontade pode ser expressa (palavra escrita ou falada, gestos ou sinais) ou tácita (resulta de um comportamento do agente). O silêncio também pode significar manifestação de vontade, conforme determina o art. 111 do CC (Arts. 147, 659 e 539 do CC).
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