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#00 Apostila Conhecimentos Bancários Alub MRux

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Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 1 
 
 
 APOSTILA DE 
CONHECIMENTOS 
BANCÁRIOS 
 
ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS: 
DOCUMENTOS BÁSICOS 
 
 
 
 
 
 
ALUB CONCURSOS 
 APOSTILA DE CONHECIMENTOS BANCARIOS 
CURSO PREPARATIVO PARA CONCURSOS 
Prof. Marcelo Rux 
RUX.MARCELO@gmail.com 
BRASÍLIA/DF 
2º Semestre de 2011 
Página(s) 
Pag. 1 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 2 
 
 
Sumário 
APOSTILA DE................................................................................................................................................. 1 
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS .............................................................................................................. 1 
ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS: .................................................................................... 1 
DOCUMENTOS BÁSICOS ............................................................................................................................ 1 
O que é necessário para se abrir uma conta de depósitos? .......................................................................... 5 
Que informações o banco deve me prestar no ato de abertura da minha conta? ...................................... 6 
Que informações o banco deve me prestar no caso de encerramento da conta? ....................................... 6 
Quais os cuidados que devo tomar antes de abrir uma conta? ................................................................... 6 
O que é Ficha proposta? .................................................................................................................................. 7 
Como se dá o fornecimento de talonário?...................................................................................................... 7 
O que é o CCF? ................................................................................................................................................ 7 
Como é feita a inclusão no CCF, Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos? ................................. 7 
Como é feita a exclusão no CCF, Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos? ................................ 8 
Como é feita a inclusão no CCF, Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos para Conta-
conjunta? .......................................................................................................................................................... 9 
O que é Conta-salário? .................................................................................................................................... 9 
O dinheiro depositado em qualquer tipo de conta pode ser transferido, pelo banco, para qualquer 
modalidade de investimento sem minha autorização? ................................................................................. 9 
Quando o banco fizer algum débito em minha conta, fica obrigado a me informar? ............................... 9 
O banco é obrigado a me fornecer comprovante da operação de depósito realizada? ............................. 9 
Posso abrir uma conta em moeda estrangeira? .......................................................................................... 10 
O que é a "conta CC5"? ................................................................................................................................ 10 
Qual o valor mínimo para abertura de conta? ............................................................................................ 10 
Podem existir várias contas de depósito numa mesma rubrica? ............................................................... 10 
O que é Conta-conjunta?............................................................................................................................... 10 
Pode ser aberta a conta com nome abreviado? ........................................................................................... 10 
O novo código civil modificou algo no que diz respeito a depósitos em bancos? ..................................... 10 
PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA: CAPACIDADE E INCAPACIDADE CIVIL, 
REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO .......................................................................................................... 11 
0 que é Capacidade? ...................................................................................................................................... 11 
DOCUMENTO DE CREDITO (DOC): NOÇÕES BÁSICAS .................................................................. 18 
CHEQUE - REQUISITOS ESSENCIAIS, CIRCULAÇÃO, ENDOSSO, CRUZAMENTO, 
COMPENSAÇÃO .......................................................................................................................................... 18 
 ........................................................................... 19 
Requisitos essenciais .................................................................................................................................................. 20 
PRINCIPAIS MOTIVOS DE DEVOLUÇÃO DE CHEQUES ............................................................................................... 22 
Endosso ........................................................................................................................................................... 23 
SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO - SPB............................................................................. 32 
Instituições Financeiras ................................................................................................................................. 35 
Documento de crédito - DOC ........................................................................................................................ 36 
Transferência Eletrônica Disponível — TED.............................................................................................. 36 
A diferença entre TED e DOC .......................................................................................................................... 37 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 3 
 
EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................ 37 
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .................................................................... 37 
Modelo da Estrutura do SFN ........................................................................................................................ 41 
 .......................................................................... 47 
 ......................................................................................................................... 47 
BANCO CENTRAL DO BRASIL ................................................................................................................ 47 
EXERCÍCIOS ................................................................................................................................................ 51 
Taxa de inflação versus Taxa de juros ....................................................................................................................... 52 
Meios de Pagamento, Base Monetária e Instrumentos de Política Monetária ......................................... 52 
A Base Monetária ........................................................................................................................................... 53 
 ..................................................................................................................... 67 
Comissão de Valores Mobiliários – CVM .................................................................................................... 67 
Conselho de Recursosdo Sistema Financeiro Nacional ............................................................................. 67 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................................ 68 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS CAPTADORAS DE DEPÓSITOS A VISTA .................................. 69 
Bancos Múltiplos com Carteiro Comercial ................................................................................................................ 69 
Caixa Econômica Federal ............................................................................................................................................ 69 
COOPERATIVAS DE CRÉDITO ....................................................................................................................................... 69 
Bancos Comerciais Cooperativos ............................................................................................................................... 70 
INSTITUICOES FINANCEIRAS QUE NÃO CAPTAM DEPOSITOS A VISTA ................................. 70 
OUTROS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS ...................................................................................... 73 
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP ........................................................................................ 82 
CORRETORAS DE SEGUROS ................................................................................................................... 85 
NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA – FINANCEIRA ..................................................................... 87 
NOÇÕES DE POLITICA MONETÁRIA ................................................................................................... 88 
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETARIA ................................................................................... 88 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 4 
 
PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS – OPERAÇÕES DE CRÉDITO ...................................... 96 
FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO ............................................................................................. 101 
Os fundos de investimento possuem garantias? ........................................................................................ 101 
TÍTULOS DC CAPITALIZAÇÃO ............................................................................................................ 116 
PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO PRIVADOS .............................................................................................. 120 
Corretores de Seguros .............................................................................................................................................. 129 
Planos de Seguro .......................................................................................................................................... 130 
MERCADOS DE CAPITAIS...................................................................................................................... 139 
Valores mobiliários ...................................................................................................................................... 139 
O Novo Mercado .......................................................................................................................................... 139 
MERCADO DE CAPITAIS – AÇÕES: CARACTERÍSTICAS E DIREITOS ..................................... 140 
MERCADO À VISTA DE AÇÕES ............................................................................................................ 140 
Debêntures .................................................................................................................................................... 142 
DIFERENÇA ENTRE COMPANHIAS ABERTAS E COMPANHIAS FECHADAS ........................ 144 
OPERAÇÃO DE UNDERWRITING ........................................................................................................ 145 
OPERAÇÕES DE underwriting ................................................................................................................................... 145 
Mercados de underwriting....................................................................................................................................... 145 
Tipos de Underwriting .............................................................................................................................................. 145 
FUNCIONAMENTO DO MERCADO À VISTA DE AÇÕES ............................................................... 146 
Principais tipos de ordem de compra e venda: ....................................................................................................... 146 
MERCADO DE BALCÃO .......................................................................................................................... 146 
Mercado onde se opera com ativos, instrumentos financeiros, títulos e valores mobiliários não 
negociados em bolsas, dentro das normas legais e de auto-regulação previstas em lei e regulamentos. 
Neste mercado, as operações de compra e venda são fechadas por telefone ou por um sistema 
eletrônico de negociação. Este mercado também é conhecido pela sigla inglesa over-the-counter. ...... 146 
MERCADO CAMBIAL .............................................................................................................................. 147 
Câmbio ...................................................................................................................................................................... 147 
Operações Cambiais ................................................................................................................................................. 149 
Autorizações para Operações Cambiais .................................................................................................................. 149 
Resumo das Regras de Operações Cambiais ........................................................................................................... 150 
Os Capitais Internacionais ........................................................................................................................................ 150 
Operações Básicas .................................................................................................................................................... 151 
Contratos de câmbio – características ....................................................................................................... 152 
Tipos de contratações de câmbio ............................................................................................................................ 152 
Taxas de Câmbio .......................................................................................................................................... 153 
Acesso às Taxas de Câmbio Praticadas .................................................................................................................... 153 
As Taxas para Moeda em Espécie e Cheque de Viagem ......................................................................................... 153 
"Câmbio Comercial", "Câmbio Turismo" e "Paralelo" ............................................................................................ 153 
REMESSAS .................................................................................................................................................. 155 
Mercado Primário e Secundário ................................................................................................................. 156 
 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 5 
 
 
 
Sendo importantes alguns conceitos para a abertura e a movimentação em contas, 
veremos essesconceitos em forma de perguntas (as respostas têm como fonte de consulta 
o próprio Banco Central) 
 
 
 
O que é necessário para se abrir uma conta de depósitos? 
Dispor da quantia mínima exigida pelo banco, preencher a ficha-proposta de abertura 
de conta, que é o contrato firmado entre banco e cliente, e apresentar os originais dos 
seguintes documentos: 
• pessoa física: documento de identificação (carteira de identidade ou 
equivalente, como carteira profissional, carteira de trabalho ou certificado de reservista): 
inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF); e comprovante de residência. No caso de CC 
(comprovante de renda) 
• pessoa jurídica: documento de constituição da empresa (contrato social e 
registro na junta comercial); documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, 
mandatários ou prepostos a movimentar a conta; inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa 
Jurídica (CNPJ). 
 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 6 
 
Que informações o banco deve me prestar no ato de abertura da minha 
conta? 
 
Informações sobre os direitos e deveres do correntista e do banco, constantes de contrato, como: 
• Saldo médio mínimo exigido para manutenção da conta; 
• Condições para fornecimento de talonário de cheques; 
• Necessidade de você comunicar, por escrito, qualquer mudança de endereço ou número de 
telefone; 
• Condições para inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheque sem 
Fundos (CCF); 
• Informação de que os cheques liquidados, uma vez micro filmados, poderão ser destruídos; 
• Necessidade de manutenção de fundos suficientes para o pagamento de compromissos 
assumidos com a instituição financeira ou decorrentes de disposições legais; 
• Tarifas de serviços. 
 
Todos esses assuntos devem estar previstos em cláusulas explicativas na ficha-proposta, que é o 
contrato de abertura da conta celebrado entre o banco e você. 
 
Que informações o banco deve me prestar no caso de encerramento da 
conta? 
 
• Necessidade de comunicação prévia, por escrito, da intenção de qualquer das partes de 
encerrar a conta; 
• Prazo para adoção das providências relacionadas à rescisão do contrato; 
• Necessidade de expedição de aviso da instituição financeira ao correntista. Admitida a 
utilização de meio eletrônico, com a data do efetivo encerramento da conta de depósitos à vista; 
• Obrigatoriedade da devolução das folhas de cheque em poder do correntista, ou de 
apresentação de declaração de que as inutilizou; 
• Necessidade de manutenção de fundos suficientes para o pagamento de compromissos 
assumidos com a instituição financeira ou decorrentes de disposições legais. 
 
 
Quais os cuidados que devo tomar antes de abrir uma conta? 
• Ler atentamente o contrato de abertura de conta (ficha-proposta); 
• Não assinar nenhum documento antes de esclarecer todas as dúvidas; Solicitar cópia dos 
documentos que assinou. 
Quais os cuidados que o banco deve ter por ocasião da abertura de 
minha conta? 
As informações incluídas na ficha-proposta e todos os documentos de identificação devem ser 
conferidos, nos originais, pelo funcionário encarregado da abertura da conta, que assina a ficha 
juntamente com o gerente responsável. Os nomes desses dois funcionários devem estar claramente 
indicados na ficha-proposta. Em caso de abertura de contas para deficientes visuais, o banco deve oferecer 
a leitura de todo o contrato, em voz alta. 
 
 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 7 
 
O que é Ficha proposta? 
É um documento de preenchimento obrigatório na abertura de contas de depósito à vista, que 
registra: 
• nome completo e qualificação do depositante, inclusive CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou 
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas); 
• fontes de referência; 
• condições pactuadas do depósito; 
• advertência de que o nome do depositante poderá ser incluído no Cadastro de Emitentes de 
cheques sem Fundos - CCF, em caso de uso indevido de cheques; 
• assinatura do depositante; 
• data de abertura da conta e respectivo número; 
• despacho do administrador da dependência que autoriza abertura da conta: 
• autorização para, quando for o caso, o estabelecimento inutilizar os cheques micro filmados 
liquidados e não procurados no prazo previsto pela legislação em vigor; 
• advertência ao cliente de que deverá comunicar ao banco qualquer mudança de endereço 
ou telefone; 
Obedecida à conveniência do banco, a ficha-proposta pode ser utilizada como cartão de autógrafos. 
Os autógrafos do depositante devem ser abonados por pessoa física ou jurídica considerada idônea pelo 
banco, admitindo-se, na impossibilidade de abono, a conferência de firma pelo confronto com a de 
documento hábil de identificação. 
 
Como se dá o fornecimento de talonário? 
Antes do fornecimento do primeiro talonário deve ser feita a comprovação da idoneidade do 
depositante, e dos dados fornecidos pelo cliente. O fornecimento do primeiro talonário de cheque para 
movimentação de conta nova só pode ser feito depois de certificar-se dessa comprovação, ouvidas as 
fontes de referência constantes da ficha-proposta. 
 
O que é o CCF? 
É o Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos e tem função apenas gerencial, ficando a 
critério de cada banco a abertura, a manutenção ou o encerramento de contas de depósito à vista cujo 
titular nele figure, ressalvado o direito de o Banco Central determinar o encerramento de conta, se 
comprovado que o seu titular venha adotando práticas irregulares no uso do cheque; 
Na hipótese de contas de depósitos tituladas por repartições federais, estaduais e municipais, 
somente devem ser incluídos no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos os nomes dos respectivos 
responsáveis pela emissão do cheque sem fundos (procuradores, diretores, coletores, prefeitos). 
 
Como é feita a inclusão no CCF, Cadastro de Emitentes de Cheques sem 
Fundos? 
Geram a inclusão do correntista no CCF: 
1. O mesmo cheque devolvido duas vezes sem provisão de fundos (motivo 12); 
2. Conta-encerrada (motivo 13); 
3. Prática espúria (motivo 14). Prática espúria quer dizer atos ilegais, como adulterações, 
falsificações e outros atos com evidência de ilegalidade. 
É facultada, ao banco, a manutenção da conta corrente do incluído no CCF, mas o talonário de 
cheques deverá ser confiscado. A inclusão da pessoa jurídica no CCF não gera a impossibilidade de 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 8 
 
diretores de empresas terem conta corrente em nome próprio. Nem a inclusão dos nomes dos diretores, 
como pessoas físicas, impede que a pessoa jurídica continue a ter sua conta e movimentá-la. 
 
 
 
Como é feita a exclusão no CCF, Cadastro de Emitentes de Cheques sem 
Fundos? 
Excluem o correntista do CCF: 
1. Automaticamente, decorridos 5 (cinco) anos da última ocorrência de inclusão; 
2. Por determinação do Banco Central; 
3. A pedido do correntista. O pedido do correntista deverá ser por escrito e ter anexado(s). o(s) 
cheque(s) que motivou (aram) a(s) ocorrência(s) de inclusão. 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 9 
 
Em caso da não mais existência dos cheques, o correntista deve apresentar, ao banco que o incluiu, 
uma declaração do respectivo favorecido do cheque, onde este confirma que o cheque foi-lhe pago. Deve. 
também, apresentar uma Certidão Negativa do Cartório de Protesto de Títulos e Documentos. 
 
Como é feita a inclusão no CCF, Cadastro de Emitentes de Cheques sem 
Fundos para Conta-conjunta? 
A Circ. 3.334, de dezembro de 2006 estabelece que a inclusão de ocorrências no cadastro de 
Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF).relativas a cheques emitidos por correntistas de contas 
conjuntas, deve ficar restrita ao nome e ao número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do 
titular emitente do cheque. Na hipótese de contas tituladas por pessoa jurídica, de direito público ou 
privado, deve ser incluído no CCF o nome e o número de inscrição do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
(CNPJ) do titular da conta contra a qual se verificou a emissão de cheque sem fundos. 
 
O que é Conta-salário? 
É um tipo especial de conta de depósito à vista destinada a receber salários, vencimentos, 
aposentadorias, pensões e similares. Não é movimentável por cheques e é isenta da cobrança de tarifas. A 
conta-salário também não pode ser conjunta. O instrumento contratual é firmado entre a instituição 
financeira e a entidade pagadora. Não está sujeita aos regulamentos aplicáveis às demais contas de 
depósitos. O cliente poderá ter o nome incluído no CCF. e mesmo assim o banco não poderá recusar a 
abertura, e essa conta não deve ser encerrada na hipótese de o seu titular vir a figurar no Cadastro de 
Emitentes de Cheques sem Fundos após sua abertura. 
 
O dinheiro depositado em qualquer tipo de conta pode ser transferido, 
pelo banco, para qualquer modalidade de investimento sem minha 
autorização? 
Não. Somente com sua autorização feita por escrito ou por meio eletrônico. 
 
Quando o banco fizer algum débito em minha conta, fica obrigado a me 
informar? 
O débito dos impostos e das tarifas previstas no contrato (ou ficha-proposta) pode ser feito sem 
aviso. Qualquer outra cobrança não prevista só pode ser feita mediante o seu prévio consentimento. Você 
pode autorizar, por escrito ou por meio eletrônico, o débito em sua conta por ordem de terceiro. 
Depósitos realizados em sua conta por falha do banco podem ser estornados sem aviso prévio. 
 
O banco é obrigado a me fornecer comprovante da operação de depósito 
realizada? 
Sim. E da natureza do contrato de depósito a entrega imediata, pelo banco depositário, de recibo 
da operação de depósito realizada. O banco e você podem pactuar, em comum acordo, outras formas de 
comprovação da operação realizada. 
 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 10 
 
Posso abrir uma conta em moeda estrangeira? 
As contas em moeda estrangeira só são abertas para estrangeiros que estejam transitoriamente no 
país (e casos autorizados pelo Bacen, em regra para empresas que trabalhem com moedas estrangeiras). 
 
O que é a "conta CC5"? 
"Contas CC5" eram contas previstas na Carta-Circular nº 5, editada pelo Banco Central em 1969, já 
revogada, que regulamentava as contas em moeda nacional mantidas no País, por residentes no exterior. 
Essa terminologia (CC5), embora ainda utilizada pelo mercado, não é mais apropriada. 
 
Qual o valor mínimo para abertura de conta? 
A instituição pode livremente definir o valor mínimo para abertura de contas, porém esse valor 
definido deve ser obrigatoriamente afixado em local visível a todos os clientes. 
 
Podem existir várias contas de depósito numa mesma rubrica? 
Não há limitações para o número de contas que figuram na mesma rubrica. O depositante pode ter 
quantas contas quiser. Obs.: rubrica quer dizer título de uma conta do plano de contas do banco. Exemplo 
de rubrica bancária: depósito de pessoas físicas, à vista. 
 
O que é Conta-conjunta? 
E a conta na qual há mais de um titular. Se há a convenção de solidariedade, cada titular pode 
assinar sozinho. Se não há convenção de solidariedade, ou seja. conta-conjunta não solidária, o cheque 
deverá ser assinado pelos dois titulares, necessariamente, ou todos, se forem mais de dois. Não sendo 
solidária, se algum titular morre, o outro deve obter um mandado judicial, ou alvará judicial, para proceder 
ao saque bancário. 
 
Pode ser aberta a conta com nome abreviado? 
Sim, pode ser aberta, desde que a abreviatura seja registrada no registro competente. 
 
O novo código civil modificou algo no que diz respeito a depósitos em 
bancos? 
Sim. são mudanças sutis, que se referem basicamente à capacidade civil. 
Art. 1° (Novo Código Civil) - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2o (Novo 
Código Civil) — A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo 
desde a concepção os direitos do nascituro. Art. 3o (Novo Código Civil) - São absolutamente incapazes de 
exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
I - os menores de 16 (dezesseis) anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento 
para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade; 
 
Art. 4º (Novo Código Civil) — São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os 
exercer: 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 11 
 
I - Os maiores de 16 (dezesseis) e os menores de 18 (dezoito) anos; 
II - Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos,e os que, por deficiência mental, tenham o 
discernimento reduzido: 
III - Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
IV - Os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. 
 
 
 
PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA: CAPACIDADE E 
INCAPACIDADE CIVIL, REPRESENTAÇÃO E DOMICÍLIO 
 
Para que uma instituição financeira cumpra sua função de intermediação de 
recursos, deve criar e manter um cadastro de seus clientes. Os clientes são divididos em 
dois grandes grupos: pessoas físicas e pessoas jurídicas. Antes de detalharmos sobre a 
diferença entre eles, faremos uma breve consideração sobre a capacidade, representação e 
o domicílio. 
 
0 que é Capacidade? 
Segundo o novo código civil, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Podem fazer 
depósito os absolutamente incapazes, apenas se representados pelos pais, tutores ou curadores, que 
movimentam suas contas; Os relativamente incapazes poderão abrir suas contas, se assistidos pelo 
'representante' (assistente) legal; A pessoa jurídica só poderá fazer depósitos e movimentar a conta se seu 
ato constitutivo estiver devidamente registrado/arquivado no órgão competente. 
Segundo o código civil toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
Obs.: Estes deverão ser representados em seus atos. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: 
I — os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos: 
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, 
por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
IV - os pródigos. 
Obs.: Estes deverão ser assistidos em seus atos. 
 
O menor de idade pode ser titular de conta bancária? 
Sim. O jovem menor de 16 anos precisa ser representado pelo pai ou responsável legal. O maior de 
16 e menor de 18 anos (não emancipado) deve ser assistido pelos pais ou pelo responsável legal. 
 
Analfabeto pode ser titular de conta bancária? 
Sim, desde que apresente procurador, nomeado por meio de procuração passada em cartório, com 
poderes específicos para abrir e movimentar a conta em nome do depositante analfabeto. 
 
O que é Domicílio? 
É o local em que a pessoa fixa sua residência com ânimo definitivo (CF: 
arts. 5o, XI, 14, § 3o, IV, e 139,V; CC: arts. 70 e 71; LICC: art. 7o, § 8o; CPC: arts. 
94 a 96, 111, e 172, § 2o; CPP: arts. 72. 73, 283, 369 e 534). 
0 domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua 
residência com ânimo definitivo. 
Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, 
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. É também 
domicilio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o 
lugar onde esta é exercida. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 12 
 
cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o 
lugar onde for encontrada. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com 
a intenção manifesta de mudá-lo. 
A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades 
dos lugares que deixar e dos lugares para onde for. Se não fizer tais declarações, 
a prova resultará da própria mudança, com as circunstâncias que a 
acompanharem. 
Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: 
1 — da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV- das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas 
diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu 
estatuto ou atos constitutivos. Tendo a pessoa jurídica diversos 
estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado 
domicílio para os atos nele praticados. Se a administração, ou diretoria, tiver a 
sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às 
obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do 
estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. 
Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o 
marítimo e o preso. 
O domicilio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do 
servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do 
militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando 
a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio 
estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. O agente 
diplomático do Brasil que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade 
sem designar onde tem. no país, o seu domicílio. Poderá ser demandado no 
Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve. Nos 
contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se 
exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. 
 
O que é Representação? 
É a faculdade legal que se atribui a alguém para agir em juízo; a 
representação é o objetivo do mandato, razão pela qual se diferencia de 
qualquer contrato. 
Podem ser representadas as pessoas jurídicas, os incapazes, o interdito, 
entre outros. Em Juízo, a parte será representada por advogado legalmente 
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habilitado. Outras formas de representação são arroladas pelo Código de 
Processo Civil em seu art. 12. Autorização dada pela vítima do crime ou seu 
representante legal, para que a autoridade policial, o promotor público ou o juiz 
determinem a instauração de inquérito policial, a fim de que o órgão do 
Ministério Público possa oferecer a denúncia nos crimes de ação pública 
dependentes dessa formalidade. 
Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado. A 
manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, 
produz efeitos em relação ao representado. Salvo se o permitir a lei ou o 
representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu 
interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. 
O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em 
nome do representado, a sua qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena 
de. não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem. 
É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de 
interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de 
quem com aquele tratou. 
 
Tipos e constituição das pessoas 
Para o correto cadastramento do cliente junto da instituição financeira, 
devemos, além da capacidade e do domicílio, saber o tipo e constituição das 
pessoas, clientes da instituição. Sendo assim, nos reportaremos ao tratamento 
dado pelo código civil. 
O código civil trata das pessoas naturais e das pessoas jurídicas. Não há 
uma definição propriamente dita, mas sim uma disposição da capacidade 
inerente a cada um dos tipos de pessoas, seja natural ou jurídica. 
No que diz respeito aos direitos da personalidade, com exceção dos casos 
previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e 
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
O relacionamento entre a capacidade civil e a personalidade nos indicará 
quem possui capacidade para exercer atividade de empresário e como uma 
sociedade adquire personalidade jurídica, vejamos: 
Somente quem estiver em pleno gozo da capacidade civil e não for 
legalmente impedido pode exercer a atividade de empresário. Uma sociedade 
adquire personalidade jurídica com a inscrição de seus atos constitutivos, no 
registro próprio e na forma da lei. A existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado começa com a inscrição do ato constitutivo no respectivo 
registro, precedida, quando for o caso, de autorização ou aprovação do Poder 
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Executivo, averbando-se no registro todas as alterações que venha a sofrer o 
ato constitutivo. 
São pessoas jurídicas de direito privado: 
• as associações; 
• as sociedades; 
• as fundações; 
 
O registro declarará: 
• a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, 
quando houver; 
• o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos 
diretores; 
• o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, 
judicial e extrajudicialmente; 
• se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de 
que modo; 
• se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas 
obrigações sociais; 
• as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu 
patrimônio, nesse caso. 
 
Personalidade jurídica 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Já quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística 
não é considerado empresário. 
Antes do início da atividade do empresário é obrigatória sua inscrição no 
Registro Público de Empresas Mercantis da sua respectiva sede. A inscrição do 
empresário é feita mediante requerimento que contenha: o seu nome; 
nacionalidade; domicilio; estado civil e, se casado, o regime de bens; a firma, 
com a respectiva assinatura; o capital: e o objeto e a sede da empresa. Quanto à 
inscrição e aos efeitos daí decorrentes a lei assegurará tratamento favorecido, 
diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário. 
O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de 
Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a Sociedade Simples ao 
Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas 
para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade 
empresária. 
 
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Composição Societária/AcionáriaSe o cliente for uma pessoa jurídica, ao proceder ao correto 
cadastramento precisará saber da exata participação societária e ou acionária, 
pois as empresas cuja participação de capitais de terceiros for elevada estarão 
constantemente mais expostas ao risco, pois alterações no custo financeiro, 
queda no nível de atividade ou retração na oferta de crédito poderão levá-las à 
situação de baixa liquidez. 
Além da informação contábil é preciso a análise detalhada das 
demonstrações financeiras, por exemplo. Faturamento médio mensal, dívida 
financeira de curto e longo prazos, que se refere aos compromissos financeiros 
assumidos pela empresa com vencimento no período de até 360 dias (curto 
prazo) e aos compromissos assumidos com vencimento após 360 dias (longo 
prazo). O patrimônio líquido, que representa os recursos dos acionistas 
formados por capital - dinheiro ou bens - entregues pelo acionista à empresa ou 
por lucros gerados pela empresa e retidos em diversas contas de reservas ou de 
lucros acumulados. O Resultado líquido do exercício, que reflete o lucro ou 
prejuízo da empresa no ano ou exercício. 
 
Forma de tributação 
Outra informação extremamente relevante é a forma e o volume de 
recursos recolhidos na forma de tributos. Muitas empresas, em especial as 
pequenas, têm certa dificuldade para apresentar os resultados fiscais coerentes 
com a realidade das transações comerciais que desempenham. Cabe lembrar 
que o banco não é o fiscal de rendas do governo. A função do banco é 
intermediar os recursos, minimizando seu risco, sendo assim é imprescindível 
que o cadastro seja realizado com as informações mais próximas da realidade 
da empresa, e não apenas nas informações obtidas em documentos fiscais. 
A transmissão de informações das pequenas e médias empresas a seus 
banqueiros tem muito a ver com os preceitos de confiança e segurança, e de 
cultura em geral. Ainda existe desconfiança bastante acentuada deste tipo de 
empresa em seus parceiros financiadores (banqueiros), confundindo o gerente 
de contato ou analista de crédito com o antigo fiscal de rendas ou coletor do 
estado, isto é, de que a informação prestada ao banco fosse repassada à 
Fazenda Pública. 
O fato concreto é que tais anomalias existem e que é necessário que os 
banqueiros possam conviver com elas. Porém, "poder conviver" não quer dizer 
aceitar, em termos de construção de relacionamentos e concessão de 
empréstimos com base em informações falsas. Mais uma vez, nota-se o quão 
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importante é o papel do gerente de contatos e sua ação na linha de frente, 
conhecendo em detalhes seus clientes. 
Se os demonstrativos do cliente não retratam, hipoteticamente, sua 
realidade operacional, cabe ao gerente de contato ou analista de crédito obter 
as informações que permitam retratar os dados realisticamente ao longo dos 
relatórios internos da instituição. 
 
Mandatos e procurações 
Mandato - Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes 
para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o 
instrumento do mandato. 
Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante 
instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante. 
O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi 
passada a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da 
outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos. O terceiro, com 
quem o mandatário tratar, poderá exigir que a procuração traga a firma 
reconhecida. 
Ainda, quando se outorgue mandato por instrumento público, pode 
substabelecer-se mediante instrumento particular. O mandato pode ser 
expresso ou tácito, verbal ou escrito. A outorga do mandato está sujeita à forma 
exigida por lei para o ato a ser praticado. Não se admite mandato verbal quando 
o ato deva ser celebrado por escrito. 
O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada 
retribuição, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o mandatário 
trata por oficio ou profissão lucrativa. O mandato pode ser especial a um ou 
mais negócios determinadamente, ou geral a todos os do mandante. O 
mandato, em termos gerais, só confere poderes de administração. Para alienar, 
hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da 
administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais e 
expressos. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem 
poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele em cujo nome foram 
praticados, salvo se este os ratificar. 
Extinção do Mandato - Cessa o mandato: 
I - pela revogação ou pela renúncia; 
II - pela morte ou interdição de uma das partes; 
III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os 
poderes ou o mandatário para exercê-los; 
IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio. 
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A renúncia do mandato será comunicada ao mandante que, se for 
prejudicado pela sua inoportunidade, ou pela falta de tempo, a fim de prover à 
substituição do procurador, será indenizado pelo mandatário, salvo se este 
provar que não podia continuar no mandato sem prejuízo considerável, e que 
não lhe era dado substabelecer. 
São válidos, a respeito dos contratantes de boa-fé, os atos com estes 
ajustados em nome do mandante pelo mandatário, enquanto este ignorar a 
morte daquele ou a extinção do mandato, por qualquer outra causa. Se falecer 
o mandatário, pendente o negócio a ele cometido, os herdeiros, tendo ciência 
do mandato, avisarão o mandante, e providenciarão a bem dele, como as 
circunstâncias exigirem. 
 
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DOCUMENTO DE CREDITO (DOC): NOÇÕES 
BÁSICAS 
É uma ordem de transferência de fundos interbancária por conta ou a 
favor de pessoas físicas ou jurídicas clientes de instituições financeiras. Somente 
pode ser remetido e recebido por bancos comerciais, por bancos múltiplos com 
carteira comercial e pela Caixa Econômica Federal, desde que tais entidades 
participem do Sistema de Compensação e Liquidação aprovado pelo BACEN 
(Sistema COMPE), por meio do qual o documento é processado. É de inteira 
responsabilidade do cliente remetente o correto preenchimento do DOC. A 
inexatidão dos dados informados exime os bancos remetentes e destinatário de 
qualquer responsabilidade pela demora ou não cumprimento da transferência 
solicitada. Observadas as normas e, desde que a transferência seja feita em 
dinheiro, os bancos comercias, os bancos múltiplos com carteira comercial e a 
Caixa Econômica Federal não podem recusar a remessa do DOC. 
 
Não é obrigatório o acolhimento do DOC quando emitido com a finalidade 
de transferência de valor para depósitos em conta de poupança, podendo ser 
recusado e devolvido ao emitente. Os valores relativos ao DOC que não forem 
encaminhados à COMPE no prazo estabelecido no regulamento do sistema 
devem ser repassados aos bancos destinatários por meio de TED, no primeiro 
dia útil subseqüente ao da emissão, arcando o banco remetente com o ônus 
decorrente do atraso; Não poderá ser repassada ao cliente qualquer tarifa 
motivada por retorno ou erro de responsabilidade do banco remetente. No caso 
de retorno de transferência feita por DOC, o banco remetente deve colocar o 
valor à disposição do cliente remetente, no dia da liquidação e informar-lhe 
imediatamente a ocorrência, visando à regularização da transferência, sendo de 
inteira responsabilidade do banco remetente qualquer prejuízo causado a 
terceiros pelo não cumprimento desta determinação 
 
CHEQUE - REQUISITOS ESSENCIAIS, 
CIRCULAÇÃO, ENDOSSO, CRUZAMENTO,COMPENSAÇÃO 
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, sacado em benefício 
próprio ou de terceiros, contra fundos disponíveis em estabelecimento 
bancário. 
 
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Exemplo: 
 
 
 
 
 
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Requisitos essenciais 
 
O cheque é um título padronizado, cujos requisitos que deve ostentar são 
os estabelecidos na Resolução BC n° 885/1983: 
1. a denominação "cheque"; 
2. ordem pura e simples de pagar quantia determinada; 
3. identificação do banco sacado; 
4. nome do beneficiário, portador ou tomador; 
5. data, compreendendo o lugar, dia, mês e ano da emissão, sendo o 
mês por extenso; 
6. assinatura do emitente, que pode ser substituída pela do mandatário 
especial; 
7. identificação do emitente (RG, CPF) 
Não há necessidade de grafar, por extenso, os centavos e, se o beneficiário 
for o próprio sacador, pode-se utilizar a expressão ao emitente (se o 
beneficiário for o próprio sacador, poder-se-á utilizar a expressão ao emitente 
na identificação do beneficiário do pagamento, para os fins da Lei n" 
8.021/1990 (Circular n° 2.094/1991). 
 
 
 Circulação 
Quais são os prazos de apresentação? 
Os prazos para apresentação do cheque ao sacado são contados do dia da 
emissão: 30 dias, quando passado na praça onde deva ser pago; (O cheque é 
emitido na mesma praça quando há correspondência entre o local de emissão e 
o local da agência do sacado, seu banco) e 60 dias, quando passado em outra 
praça ou em outros pais. 
 
Quais são os prazos de prescrição? 
O prazo de prescrição do cheque é de 6 (seis) meses, contados a partir do 
término do prazo de apresentação. Assim, quando emitido na mesma praça, 
será de 30 dias mais 6 meses, e quando emitido em outra praça, será de 60 dias 
mais 6 meses (não se deve transformar mês em 30 dias, isso gera erros). 
 
O que a perda do prazo de apresentação causa? 
Perda do direito creditício contra coobrigados (endossantes e avalistas de 
endossantes): 
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•perda do direito creditício contra o emitente, se havia fundos nesse prazo 
e deixaram de existir por culpa não imputável àquele. Com o avanço das trocas 
eletrônicas de recursos (via cartões de crédito e de débito, por exemplo) o 
cheque tem perdido sua importância como meio de troca de recursos. 
 
 O que é cheque pré-datado? 
São, na realidade, cheques pós-datados. O art. 32 da Lei do cheque e o art. 
28 da Lei Uniforme proíbem o cheque pré-datado. Mas já existe uma resolução 
permitindo a emissão de cheques pré-datados. 
 
 
O que é cheque plural? 
O cheque, ao portador ou à ordem, deve ser emitido numa única via. 
Contudo, em se tratando de cheque nominativo emitido num país para ser pago 
em outro, faculta-se ao sacador emitir vários exemplares. Todos esses 
exemplares reunidos, necessariamente numerados, representam uma só 
obrigação, um só valor, e o pagamento de uma via quita todas as outras. 
 
O que é cheque especial? 
O cheque especial possui um limite de crédito fornecido pela instituição 
financeira, o sacado. Assim o cliente poderá usar recursos (fundos) do próprio 
banco. 
 
O que é contra-ordem? 
Também conhecida como revogação, só produz efeito depois de expirado 
o prazo de apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o 
cheque até que ocorra o prazo de prescrição. Porém, mesmo durante o prazo 
de apresentação, o emitente e o portador legitimado podem fazer sustar o 
pagamento, manifestando ao sacado, por escrito, oposição fundada em 
relevante razão de direito (ex.: furto, roubo, falência do credor etc.). Não cabe 
ao sacado (banco), em nenhuma hipótese, julgar da relevância das razões que o 
oponente invoca para fundamentá-las. No caso de furto ou roubo de cheque, a 
Circular do BC n° 2.655/1995 exige a exibição do boletim de ocorrência policial 
pelo titular da conta. 
Pela resolução BC n° 2.537/1998 admite-se que as solicitações de sustação 
de cheques sejam realizadas, em caráter provisório, por telefone ou por meio 
eletrônico, hipótese em que seu acatamento será mantido pelo prazo máximo 
de 2 (dois) dias úteis, após o que caso não confirmadas por escrito, a instituição 
financeira deverá considerá-las inexistentes. 
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Quais são os motivos de recusa de pagamento de um cheque? 
O banco sacado pode recusar o pagamento do cheque em diversas 
situações, conforme os códigos e os principais motivos adiante relacionados. 
 
 PRINCIPAIS MOTIVOS DE DEVOLUÇÃO DE CHEQUES 
11 - insuficiência de fundos – 1ª Apresentação; 33 - divergência de 
endosso; 12 insuficiência de fundos – 2ª Apresentação; 34 — cheque 
apresentado por estabelecimento que não o indicado no cruzamento em preto, 
sem o endosso-mandato; 13 - conta encerrada; 35 - cheque fraudado, emitido 
com prévio controle ou responsabilidade do estabelecimento bancário ("cheque 
universal"), ou ainda com adulteração da praça sacada; 14 - prática espúria; 36 - 
cheque emitido com mais de um endosso - Lei n° 9.311 /1996; 21 - contra-
ordem ou oposição ao pagamento; 37 - registro inconsistente; 22 - divergência 
ou insuficiência da assinatura; 40 - moeda inválida; 23 - cheques de órgão da 
administração federal em desacordo com o Decreto-Lei n° 200/1967; 41 - 
cheque apresentado a banco que não o sacado; 24 - bloqueio judicial ou 
determinação do Banco Central; 42 - cheque não compensável na sessão ou 
sistema de compensação em que apresentado e o recibo bancário trocado em 
sessão indevida; 25 — cancelamento de talonário pelo 43 - cheque 
devolvido anteriormente pelos motivos 21, 22,23, banco sacado; 24, 31a 34, 
persistindo o motivo de devolução; 27 — feriado municipal não previsto; 
cheque prescrito; 28 - contra-ordem ou oposição ao pagamento motivada por 
furto ou roubo; 45 - cheque emitido por entidade obrigada a emitir Ordem 
Bancária; 29 - falta do confirmado do recebimento do talonário pelo correntista;
 46 - CR - Comunicação de Remessa cujo cheque correspondente não for 
entregue no prazo devido; 30 - furto ou roubo de malotes; 47 - CR - 
Comunicação de Remessa com ausência ou inconsistência de dados 
obrigatórios; 31 - erro formal de preenchimento; 48 Cheque do valor superior a 
RS 100,00 sem identificação do beneficiário (nominativo); 32 - ausência ou 
irregularidade na , 49-remessa nula, caracterizada pela reapresentação de 
cheque aplicação do carimbo de compensação:( )devolvido pelos motivos 
12,13,14,25,28,35, 43,44 e 45.Apesar das dezenas de motivos de devolução de 
um cheque, na pratica a quase totalidade (em quantidade e em valor) de 
cheques devolvidos o são por motivos de falta de fundos, vejamos os dados do 
Bacen:Percentual da Quantidade de Cheques Devolvidos por todos os Motivos e 
de Devolvidos sem Fundos nos Pais. 
 
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Endosso 
O Endosso (a assinatura e identificação de outrem no verso do cheque) 
tem características importantes: 
- tem função de transferência dos direitos emergentes do título; 
- somente pode ser dado pelo portador legitimado; 
- admite a exclusão de responsabilidade total ou parcial; 
- não pode ser parcial, em função de transferência dos direitos 
creditórios. 
 
 
No caso dos cheques, o endosso ganha relevância; pois é o ato pelo qual o 
favorecido de um cheque à ordem transfere os seus direitos a outrem, passando 
este a ser o novo beneficiário do cheque. E importante saber que um cheque à 
ordem, no qual consta o(s) nome(s) do(s) favorecido(s), pode ser pago na "boca 
do caixa",desde que não esteja cruzado e o portador seja o beneficiário. 
 O beneficiário declara no verso a transferência de titularidade ou de 
direito, conhecido como endosso recolhimento (art. 28. "O endosso no cheque 
nominativo - hoje, pelo novo Código Civil, chamado cheque à ordem), pago pelo 
banco contra o qual foi sacado, prova o recebimento da respectiva importância 
pela pessoa a favor da qual foi emitido, e pelos endossantes subseqüentes"). 
 
ATENÇÃO: com a perda de eficácia da Lei n° 9.311, de 24/10/1996, (que tratava da CPMF e foi 
prorrogada diversas vezes até dezembro de 2007) que em seu art. 17, permitia apenas um único endosso 
nos cheques pagáveis no país, volta a valer a cadeia de endossos em cheques desde 1o/1/2008. 
 
Um cheque, estando à ordem, poderá ter três formas de ser descontado: 
1. o beneficiário vai "à boca" do CAIXA e, endossando-o - endosso 
recolhimento recebe o produto do cheque em espécie; 
2. o beneficiário poderá depositar em sua própria conta, sem 
necessidade de colocar o endosso recolhimento, bastando anotar a conta no 
verso, vinculando-o; 
3. o beneficiário poderá endossar em branco ou em preto; 
• Se o endosso for em branco, o cheque passará a circular por simples 
tradição; 
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• Se o endosso for em preto, o segundo favorecido (primeiro 
endossatário) somente poderá depositar em sua conta (de titularidade do 
primeiro endossatário), não necessitando endosso recolhimento. 
 
Um cheque é nominal, ou nominativo? 
O correto é cheque à ordem (ou nominativo à ordem, pela classificação de 
diversos autores que não fazem distinção entre esses dois tipos, pois que todo 
titulo à ordem seria nominativo), apesar de todo o mercado falar nominal 
(inclusive o próprio STF usar o termo nominal em vários julgamentos). Para 
concurso o que vale é a lei! 
 
O que é título nominativo? 
E aquele cujo nome do beneficiário consta no registro do emitente. Trata-
se, portanto, do título emitido em nome de pessoa determinada. 
 
O que é o título ao portador? 
É o título que não traz inscrito o nome do beneficiário do crédito ali 
afirmado. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição 
(tradição = modo aquisitivo derivado da posse). O possuidor de título ao 
portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples 
apresentação ao devedor. A prestação é devida ainda que o título tenha 
entrado em circulação contra a vontade do emitente. O título ao portador é 
transferível pela simples tradição (tradição quer dizer entrega - passar de uma 
pessoa para outra; de mão em mão, desde o plano Collor esse tipo de titulo tem 
sido bastante restringido no SFN). 
 
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ATENÇÃO: ao portador, somente os cheques de valores até R$ 100,00. Os de valores de RS 100,01 
acima deverão estar, obrigatoriamente, à ordem (ou seja, tem que conter o nome do favorecido). 
 
O que é do título à ordem? 
Tem-se um título à ordem, sempre que a cártula traz a indicação do 
beneficiário do crédito ali inscrito, e por ela representado, permitindo-se que o 
pagamento se faça a outrem, à ordem do beneficiário nomeado no documento. 
Há, assim, dois elementos para a sua caracterização: a) o título não apenas 
afirma a obrigação certa de um devedor certo, mas também traz a indicação de 
um beneficiário (um credor) certo; b) faculta-se ao credor nomeado na cártula 
ordenar que o pagamento se faça a outrem, seja indicando essa outra pessoa 
(endosso em preto), seja não indicando (endosso em branco). O endosso deve 
ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título. 
Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, 
dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante. 
 
O que é do título não à ordem? 
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A transferência de um título não à ordem, não é um endosso, mas sim 
uma cessão de crédito, com as conseqüências jurídicas desta. 
Contudo, a cessão poderá ser pro soluto pro solvendo, cujos efeitos são 
distintos. Na cessão pro solvendo, o cedente. embora transfira o crédito, 
continua responsável pela solvência do mesmo, ou seja, somente ficará liberto 
deste encargo quando o cessionário receber a importância do crédito. O que 
vale dizer que o cedente garante a solvabilidade do crédito cedido, como por 
exemplo, o que ocorre na operação de desconto bancário. Já na cessão pro 
soluto, o cedente transfere o crédito em definitivo ao cessionário, não 
respondendo aquele pela solvabilidade do mesmo. Ou seja, o cessionário 
adquire o crédito e assume o risco de sua solvabilidade como por exemplo, o 
que ocorre na operação. 
 
 
 
"Pro soluto se diz dos títulos de crédito quando dados com efeito de pagamento, como se dinheiro 
fossem, operando a novação do negócio que lhes deu origem. Pro solvendo, quando são recebidos em 
caráter condicional, sendo puramente representativos ou enunciativos da dívida, não operando novação 
alguma, só valendo como pagamento quando efetivamente resgatados" (Lei Soibelman , Dicionário Geral 
de Direito, 1974). 
 
 
 
Cruzamento 
O cruzamento efetua-se por meio de duas linhas paralelas traçadas na face 
do cheque e pode ser geral (em branco) ou especial (em preto). 
O cruzamento é geral (em branco) quando consiste apenas nos dois 
traçados paralelos, ou se entre eles está escrita a palavra "banco" ou outra 
equivalente; é especial (em preto) quando tem escrito entre os dois traços o 
nome de um banco. 
O cruzamento geral pode ser convertido em cruzamento especial, mas 
este não pode ser convertido em cruzamento geral. A inutilização do 
cruzamento ou do nome do banco indicado considera-se como não feita. 
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Um cheque que contenha vários cruzamentos especiais só poderá ser pago 
pelo sacado no caso de se tratar de dois cruzamentos, dos quais um para 
liquidação por uma câmara de compensação. 
O sacador ou o portador de um cheque podem proibir o seu pagamento 
em numerário, inserindo na face do cheque transversalmente a menção "para 
levar em conta, ou outra equivalente. 
O sacador ou o portador de um cheque pode proibir o seu pagamento em 
numerário, inserindo na face do cheque transversalmente a menção "para levar 
em conta", ou outra equivalente. 
 
 
 
Observações 
— O Cruzamento pode ser feito, indistintamente, pelo emitente ou pelo 
portador, 
— O cruzamento em branco pode ser convertido em preto, mas este 
não pode jamais ser convertido em branco. 
—A finalidade do cruzamento é impedir o recebimento do cheque por 
alguém que se apropriou indevidamente dele, pois só um banco pode recebê-lo. 
A lei veda a inutilização do cruzamento. Em se tratando de cruzamento em 
preto, o banco indicado no cruzamento pode transferi-lo a outro, por meio de 
endosso mandato. 
 
COMPENSAÇÃO 
Serviço de Compensação de Cheque e Outros Papéis 
Quais são os prazos para a compensação de cheques e outros papéis? 
Os prazos a seguir são sempre contados do dia útil seguinte ao do 
depósito. 
a) Cheque depositado na mesma praça ou entre praças que pertençam 
à mesma regional do sistema de compensação: Valor inferior a RS 300,00: dois 
dias úteis Valor igual ou superior a R$ 300,00: um dia útil 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 28 
 
b) Cheque depositado em praças diferentes, que não pertençam à 
mesma regional do sistema de compensação.Prazos mencionados no item 
a)Integrada ao Sirc de São Paulo Quatro dias úteis Três dias úteis integrada aoSirc de São Paulo 
c) O prazo de bloqueio de depósito em cheque envolvendo praça de difícil 
acesso é de vinte dias úteis. 
 
Quais são as ocorrências que podem aumentar os prazos de bloqueio de 
cheques? 
Os prazos de bloqueio citados na pergunta anterior podem ser acrescidos 
em função das seguintes ocorrências: 
• de um dia útil. se ocorrer feriado local na praça sacada, durante o 
período normal de bloqueio: 
• de dois dias úteis, no caso de depósito envolvendo praça de acesso 
normal não integrada ao Sistema Integrado Regional de Compensação (Sirc); 
• do número de dias úteis que durar a inoperância de transporte, 
comunicada tempestivamente pelo Executante do Serviço de Compensação 
(Banco do Brasil S.A.). 
Quais são os prazos máximos de entrega, ao depositante, de cheque 
devolvido? 
Os prazos abaixo são sempre contados do dia útil seguinte ao do depósito. 
a) Cheque depositado na mesma praça ou entre praças que pertençam 
à mesma regional do sistema de compensação. 
Valor inferior a R$ 300,00: três dias úteis. Valor igual ou superior a RS 
300,00: quatro dias úteis 
b) Cheque depositado em praças diferentes, que não pertençam à 
mesma regional do sistema de compensação. Praça do acolhimento do depósito 
Praça sacada do cheque Integrada ao SIRC de São Paulo Não integrada ao SIRC 
de São Paulo Integrada ao SIRC de São Paulo. Prazos do item: a)Cinco dias úteis 
Até sete dias úteis Até cinco dias úteis Não integrada ao SIRC de São Paulo O 
cheque devolvido deve ser entregue ao depositante na agência onde foi 
efetuado o depósito.Quais são as ocorrências que podem aumentar os prazos 
de entrega, ao depositante, de cheques devolvidos? Os prazos de bloqueio 
citados na pergunta anterior podem ser acrescidos em função das seguintes 
ocorrências: 
• de um dia útil, se ocorrer feriado local na praça sacada, durante o 
período normal de bloqueio; 
• de dois dias úteis, no caso de depósito envolvendo praça de acesso 
normal não integrada ao Sistema Integrado Regional de Compensação (Sirc); 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 29 
 
• do número de dias úteis que durar a inoperância de transporte, 
comunicada tempestivamente pelo Executante do Serviço de Compensação 
(Banco do Brasil S.A.). Nesses casos, os prazos máximos passam a ser: 
 
a) Cheque depositado na mesma praça ou entre praças que pertençam 
à mesma regional do sistema de compensação: ao prazo de bloqueio, 
considerados os acréscimos previstos, mais dois dias úteis; 
b) Cheque depositado em praças diferentes, que não pertençam à 
mesma regional do sistema de compensação: ao dobro do prazo de bloqueio, 
considerados os acréscimos previstos, menos um dia útil. 
 
Os valores depositados ficam disponíveis para compensar débitos 
anteriores? 
Sim. os valores depositados ficam disponíveis para compensar débitos, na 
respectiva conta-corrente do depositante, na noite do último dia do prazo de 
bloqueio, podendo ser sacados, diretamente no caixa do banco, no dia útil 
seguinte ao último dia do prazo de bloqueio. 
O que ocorre quando os valores depositados sofrem bloqueio por prazos 
superiores aos anteriormente previstos? 
Os valores depositados que sofrerem bloqueio por prazos superiores aos 
citados anteriormente devem ser remunerados, por dia de excesso, pela Taxa 
Selic. 
Quais são os prazos máximos de bloqueio e de entrega de cheque 
devolvido no caso de depósito de cheques em outra agência do mesmo banco? 
Os depósitos em cheques de outra agência do mesmo banco observam os 
mesmos prazos máximos de bloqueio e de entrega previstos anteriormente 
para os cheques de outro banco, podendo ser reduzidos, de acordo com os 
critérios próprios de cada banco. 
 
Como posso compensar um cheque sacado contra uma agência bancária 
no exterior? 
Você deve procurar um banco autorizado a operar com câmbio. 
 
Como conseguir a relação das praças de difícil acesso e as de acesso 
normal não integradas? 
Por norma do Banco Central do Brasil, todas as agências bancárias devem 
afixar a tabela com os prazos de compensação em local visível para o público, 
junto com as relações de praças de difícil acesso e de acesso normal não 
integradas. 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 30 
 
O banco pode me cobrar tarifa pela compensação de cheques?Não. A 
compensação de cheques é considerada "serviço essencial" e não pode ser 
cobrada pela instituição financeira. (Veja também as perguntas e respostas 
sobre tarifas bancárias). 
 
CENTRALIZADORA DA COMPENSAÇÃO DE CHEQUES 
(Compe) 
Valor-limite R$ 
299,99 
 
Tabela I - Prazos máximos de bloqueio para cheque depositado, em função do valor 
(Contados do dia útil seguinte ao do depósito) 
Acima do valor-limite Até o valor-limite 
Um dia útil Dois dias úteis 
 
Tabela II - Prazos de entrega de cheque devolvido ao cliente depositante, em função da 
relação entre a praça de depósito e a da dependência de relacionamento do cliente 
(Contados do fim do prazo de bloqueio) 
Mesmas praças Praças distintas 
Até dois dias úteis Até sete dias úteis 
 
 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN 
SEDES DE INSTITUIÇÕES SOB A SUPERVISÃO DO BACEN, EM FUNCIONAMENTO NO PAÍS 
001 - BANCO DO BRASIL S.A. 
003 - BANCO DA AMAZONIA S.A. 
004 - BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. 
021 - BANESTES S.A BANCO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO 
024 - BANCO DE PERNAMBUCO S.A.-BANDEPE 
025 - BANCO ALFA S/A 
027 - BANCO DO ESTADO DE SANTA CATARINA S.A. 
029 - BANCO BANERJ S.A. 
031 - BANCO BEG S.A. 
033 - BANCO SANTANDER S.A. 
034 - BANCO DO ESTADO DO AMAZONAS S.A. 
036 - BANCO BRADESCO BBI S.A. 
037 - BANCO DO ESTADO DO PARA S.A. 
038 - BANCO BANESTADO S.A. 
039 - BANCO DO ESTADO DO PIAUI S.A. - BEP 
040 - BANCO CARGILL S.A 
041 - BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S.A. 
044 - BANCO BVA SA 
045 - BANCO OPPORTUNITY S.A. 
047 - BANCO DO ESTADO DE SERGIPE S.A. 
062 - HIPERCARD BANCO MÚLTIPLO S.A 
063 - BANCO IBI S.A - BANCO MULTIPLO 
065 - LEMON BANK BANCO MÚLTIPLO S..A 
066 - BANCO MORGAN STANLEY S.A 
069 - BPN BRASIL BANCO MÚLTIPLO S.A. 
070 - BRB - BANCO DE BRASILIA S.A. 
072 - BANCO RURAL MAIS S.A. 
073 - BB BANCO POPULAR DO BRASL S.A. 
074 - BANCO J.SAFRA S.A. 
075 - BANCO CR2 S.A. 
076 - BANCO KDB DO BRASIL S.A. 
096 - BANCO BM&F DE SERVIÇOS DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA S.A. 
116 - BANCO ÚNICO S.A. 
151 - BANCO NOSSA CAIXA S.A 
175 - BANCO FINASA S.A. 
184 - BANCO ITAÚ - BBA S.A. 
204 - BANCO BRADESCO CARTÕES S.A 
208 - BANCO UBS PACTUAL S.A. 
212 - BANCO MATONE S.A. 
213 - BANCO ARBI S.A. 
214 - BANCO DIBENS S.A. 
215 - BANCO ACOMERCIAL E DE INVESTIMENTO SUDAMERIS S.A. 
217 - BANCO JOHN DEERE S.A. 
218 - BANCO BONSUCESSO S.A. 
222 - BANCO CLAYON BRASIL S/A 
224 - BANCO FIBRA S.A. 
225 - BANCO BRASCAN S.A. 
229 - BANCO CRUZEIRO DO SUL S.A. 
230 - UNICARD BANCO MÚLTIPLO S.A. 
233 - BANCO GE CAPITAL S.A 
237 - BANCO BRADESCO S.A. 
241 - BANCO CLASSICO S.A. 
243 - BANCO MAXIMA S.A. 
246 - BANCO ABC-BRASIL S.A. 
248 - BANCO BOAVISTA INTERATLANTICO S.A. 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 31 
 
249 - BANCO INVESTCRED UNIBANCO S.A. 
250 - BANCO SCHAHIN 
252 - BANCO FININVEST S.A. 
254 - PARANÁ BANCO S.A. 
263 - BANCO CACIQUE S.A. 
265 - BANCO FATOR S.A. 
266 - BANCO CEDULA S.A. 
300 - BANCO DE LA NACION ARGENTINA 
318 - BANCO BMG S.A. 
320 - BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A. 
341 - BANCO ITAU S.A. 
356 - BANCO ABN AMRO REAL S.A. 
366 - BANCO SOCIETE GENERALE BRASIL S.A 
370 - BANCO WESTLB DO BRASIL S.A. 
376 - BANCO J.P. MORGAN S.A. 
389 - BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. 
394 - BANCO BMC S.A. 
399 - HSBC BANK BRASIL S.A.-BANCO MULTIPLO 
409 - UNIBANCO - UNIAO DE BANCOS BRASILEIROS S.A. 
412 - BANCO CAPITAL S.A. 
422- BANCO SAFRA S.A. 
453 - BANCO RURAL S.A. 
456 - BANCO DE TOKYO-MITSUBISHI UFJ BRASIL S.A. 
464 - BANCO SUMITOMO MITSUI BRASILEIRO S.A. 
477 - CITIBANK N.A. 
479 - BANCO ITAUBANK S.A. 
487 - DEUTSCHE BANK S. A. - BANCO ALEMAO 
488 - JPMORGAN CHASE BANK, NATIONAL ASSOCIATION 
492 - ING BANK N.V. 
494 - BANCO DE LA REPUBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY 
495 - BANCO DE LA PROVINCIA DE BUENOS AIRES 
505 - BANCO CREDIT SUISSE (BRASIL) S.A. 
600 - BANCO LUSO BRASILEIRO S.A. 
604 - BANCO INDUSTRIAL DO BRASIL S. A. 
610 - BANCO VR S.A. 
611 - BANCO PAULISTA S.A. 
612 - BANCO GUANABARA S.A. 
613 - BANCO PECUNIA S.A. 
623 - BANCO PANAMERICANO S.A. 
626 - BANCO FICSA S.A. 
630 - BANCO INTERCAP S.A. 
633 - BANCO RENDIMENTO S.A. 
634 - BANCO TRIANGULO S.A. 
637 - BANCO SOFISA S.A. 
638 - BANCO PROSPER S.A. 
641 - BANCO ALVORADA S.A 
643 - BANCO PINE S.A. 
652 - BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S.A. 
653 - BANCO INDUSVAL S.A. 
654 - BANCO A.J. RENNER S.A. 
655 - BANCO VOTORANTIM S.A. 
707 - BANCO DAYCOVAL S.A. 
719 - BANIF - BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL (BRASIL), S.A. 
721 - BANCO CREDIBEL S.A. 
734 - BANCO GERDAU S.A. 
735 - BANCO POTTENCIAL S.A. 
738 - BANCO MORADA S.A. 
739 - BANCO BGN S.A. 
740 - BANCO BARCLAYS S.A. 
741 - BANCO RIBEIRAO PRETO S.A. 
743 - BANCO SEMEAR S.A. 
744 - BANKBOSTON N.A. 
745 - BANCO CITIBANK S.A. 
746 - BANCO MODAL S.A. 
747 - BANCO RABOBANK INTERNATIONAL BRASIL S.A. 
748 - BANCO COOPERATIVO SICREDI S.A. 
749 - BANCO SIMPLES S.A. 
751 - DRESDNER BANK BRASIL S.A. BANCO MULTIPLO. 
752 - BANCO BNP PARIBAS BRASIL S.A. 
753 - BANCO COMERCIAL URUGUAI S.A. 
756 - BANCO COOPERATIVO DO BRASIL S.A. - BANCOOB 
757 - BANCO KEB DO BRASIL S.A. 
 
 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 32 
 
 
 
 
SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO - SPB 
 
Finalidade 
A finalidade básica do sistema de pagamentos é transferir recursos entre bancos, de forma a 
viabilizar o processamento e a liquidação de pagamentos de pessoas, empresas, governo. Banco Central e 
instituições financeiras. Estas transferências são realizadas através de débitos e créditos nas Contas de 
Reservas Bancárias que os bancos possuem junto ao Banco Central. 
 
Definição 
É o conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e sistemas operacionais integrados, usados 
para transferir fundos do pagador para o recebedor e, com isso. encerrar uma obrigação e que interligam, 
por meio de uma cadeia não coordenada de pagamentos, os agentes não-bancários, os bancos e o Banco 
Central (Bacen). E este sistema que permite as transferências diárias de recursos realizadas por meio de 
cheques, cartões de crédito, transferências eletrônicas de fundos e documentos de crédito. O montante 
das transferências diárias é transformado em poucas transferências interbancárias de fundos de alto valor 
nas contas Reservas Bancárias que cada banco mantém no Banco Central. 
 
Objetivo 
O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) implantado em abril de 2002, tem como objetivo 
dar mais agilidade e segurança às transações bancárias, através da transferência imediata de dinheiro, de 
forma irreversível, o que coloca o Brasil no grupo de países que monitoram em tempo real as reservas de 
seus bancos. Desta forma, o novo SPB permite que as liquidações financeiras sejam feitas com muito mais 
eficiência e menor risco, dado que não está sujeita ao tempo de processamento de cheques ou DOCs, 
inerente ao sistema de compensação tradicional. 
Monitoramento (em tempo leal) do saldo da conta de Reservas Bancánas das IF. 
 
Benefícios do SPB para o Investidor 
A existência do SPB permite a movimentação eletrônica de recursos dentro do mesmo dia. para 
valores a partir de RS 5.000.00, não se desperdiçando tempo para se investir os recursos transferidos. Além 
disso, o SPB trouxe mais segurança para o investidor, porque não permite mais que bancos sem recursos 
na conta reserva possam operar, como acontecia no passado. Desta forma, fica mais transparente a saúde 
financeira da instituição na qual se está investindo. 
O risco do Sistema Financeiro com o SPB diminuiu, trazendo maior segurança para os clientes dos 
serviços bancários. O SPB diminui a possibilidade de acontecer o "efeito dominó", quando uma instituição 
financeira quebrada continua operando e tomando empréstimos que não serão pagos de outras 
instituições, assim outras instituições acabam quebrando e repassando o efeito e assim por diante. Além 
disso, as clearing houses estão garantindo a liquidação de diversas operações financeiras, com maior 
segurança. 
 
Clearing house - ou câmara de compensação - é o sistema pelo qual as bolsas garantem o cumprimento dos compromissos de 
compra e venda assumidos em pregão. Pode ser uma estrutura interna ou externa, adjunta à bolsa. A clearing é responsável pelo registro de 
Alub – Aposti la de Conhecimentos Bancários – Prof . Marcelo Rux Página | 33 
 
todas as operações realizadas, acompanhamento das posições mantidas, compensação financeira dos fluxos e liquidação dos contratos. 
 
 
 
Conta Reservas Bancárias 
Cada banco mantém uma conta no Banco Central, similar a uma conta corrente, onde toda a 
movimentação financeira diária é processada, decorrente de operações próprias ou de seus clientes. No 
modelo anterior, os resultados financeiros, apurados em diferentes câmaras de compensação, eram 
lançados nas contas Reservas Bancárias no dia útil seguinte. 
 
Resultados Financeiros 
É o Valor Líquido Multilateral, apurado de todas as transações realizadas por determinada 
instituição com todas as demais instituições com as quais tenha operado nos diversos mercados. Como 
exemplo, podemos citar o resultado da compensação entre os bancos dos valores pagos por pessoas físicas 
e jurídicas, por meio de cheques e dos denominados DOC. 
 
Resultados Financeiros > Valor Líquido Multilateral 
Soma dos resultados bilaterais devedores e credores de cada participante em relação aos demais. 
Caso o banco não tivesse saldo suficiente para cobrir os pagamentos previstos, o Banco Central liquidava 
as obrigações e o banco ficava com saldo negativo na Conta Reservas Bancárias. 
 
Saldo Negativo 
Durante algumas horas do dia, os bancos apresentam um volume de liquidações que supera suas 
reservas. Normalmente esse saldo negativo é regularizado ao final do dia, quando é processado o 
movimento das operações realizadas com títulos públicos federais, que os bancos mantêm em volume 
suficiente para o adequado gerenciamento do caixa. 
 
Câmaras de compensação 
Anteriormente as câmaras de compensação e liquidação apuravam os resultados financeiros de 
inúmeras transações realizadas no país. atuando apenas como processadoras, uma vez que efetuavam a 
liquidação diretamente na conta de Reservas Bancárias, sem mecanismos de crítica de saldo e garantias. 
 
Principais mudanças 
A reestruturação do sistema de pagamentos compreende, basicamente, dois aspectos: 
• estabelecimento de diretrizes que garantam o melhor gerenciamento do risco sistêmico; 
• implantação de sistema de transferência de grandes valores com liquidação bruta 
(pagamento a pagamento) em tempo real e alteração no regime operacional da conta Reservas Bancárias. 
 
As atuais Câmaras de Compensação 
O novo sistema pressupõe a existência de 3 tipos de câmaras de compensação e de liquidação: 
1. Pagamentos; 
2. Títulos públicos; 
3. Câmbio. 
A comunicação é totalmente eletrônica, através de uma rede computadores que interliga as 
instituições financeiras no país. As câmaras de compensação têm o papel de concentrar o fluxo de 
pagamento e recebimento de todas as instituições financeiras e de oferecer garantias de que os 
pagamentos serão feitos ao final do dia. Essas câmaras processam as transferências de fundos e de outros 
ativos financeiros, bem como a compensação

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