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Organização e Políticas de Saúde Aulas

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Organização e Políticas de Saúde
Aula 1
A maneira como uma sociedade está organizada, pode influenciar no estado de saúde e doença de uma população?  Por quê?
Ao responder este questionamento, você precisa pensar no modelo político e econômico de uma sociedade. Percebe-se que quanto maior a desigualdade social, maior a chance de pessoas expostas às situações de riscos, que consequentemente irão adoecer mais, e muitas vezes adoeceram da mesma doença várias vezes, com maior ou menor gravidade.
Em uma sociedade quanto maior for o seu desenvolvimento, mais tecnologias serão utilizadas em todos os setores, inclusive o da saúde e paralelamente temos o envelhecimento da população e outros tipos de doenças surgem como as doenças cardiovasculares, que o processo de adoecimento está envolvido com os hábitos de vida desta população.  Então, percebemos que o conceito de doença que envolvia apenas bactérias e vírus, portanto o agente etiológico, aquele que causa a doença, não contemplam esta nova forma de adoecer.
Hoje, na sociedade atual e com as novas tecnologias para a assistência em saúde, as definições de saúde e doença deverão ser mais flexíveis e amplas, contemplando vários fatores.
Podemos citar os fatores psicológicos, sociais e biológicos.
Segundo a OMS, saúde é definida como “completo estado de bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de doença”.
Saúde Pública
A saúde pública surgiu no século XVII com a Medicina moderna, tendo como objetivo a polícia médica e fundamentada no naturalismo médico. Atualmente é entendida como o campo do conhecimento que tem suas práticas organizadas e orientadas institucionalmente para promover a saúde das populações.
Saúde Coletiva
A concepção de saúde coletiva, bem ao contrário, se constituiu através da crítica sistemática do universalismo naturalista do saber médico. Seu postulado fundamental afirma que a problemática da saúde é mais abrangente e complexa que a leitura realizada pela Medicina. (Birman, 2005)
Saúde Comunitária
A saúde comunitária traz a discussão sobre a saúde dos indivíduos e como ocorrem a distribuição dos níveis de saúde neste grupo, tendo o objetivo de melhorar a saúde da população. Busca favorecer os processos relativos a se ter mais saúde que doença. Sendo necessário pensar em como a população está organizada socialmente, no ambiente em que vive, como estão distribuídos os recursos e outros. O profissional de saúde deve atuar diretamente na comunidade, planejando, distribuindo serviços e buscando juntamente com a população soluções. Seu enfoque é buscar soluções para os fatores que podem impactar a saúde  da população.
Aula 2
A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde – Declaração de Alma-Ata trouxe a discussão da importância da ação internacional e nacional sobre a necessidade urgente para que os cuidados primários de saúde sejam desenvolvidos e aplicados tanto nos países em desenvolvimento e o dos desenvolvidos.
A promoção da saúde é descrita na Carta de Ottawa como o processo de capacitação da população para que esta possa atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, devendo participar no controle deste processo. 
Declaração de Adelaide
Políticas Públicas Saudáveis e identificou 04 áreas prioritárias: 
Apoio à saúde da mulher; 
Alimentação e nutrição; 
Tabaco e álcool e 
Criação de ambientes favoráveis.
Declaração de Sundsval 
04 aspectos para um ambiente favorável e promotor de saúde:
A dimensão social inclui a maneira pela quais normas, costumes e processos sociais afetam a saúde. 
A dimensão política requer dos governos a garantia da participação democrática nos processos de decisão e a descentralização dos recursos e das responsabilidades; 
A dimensão econômica requer o reescalonamento dos recursos para alcançar saúde para todos e o desenvolvimento sustentável, o que inclui a transferência de tecnologia segura e adequada.
A necessidade de reconhecer e utilizar a capacidade e o conhecimento das mulheres em todos os setores, inclusive os político e econômico. 
Declaração de Jakarta 
05 prioridades para o campo da promoção da saúde:
Promover a responsabilidade social;
Aumentar investimentos no desenvolvimento da saúde;
Consolidar e expandir parcerias para a saúde entre os diferentes setores em todos os níveis do governo e da sociedade;
Aumentar a capacidade da comunidade e fortalecer os indivíduos;
Assegurar infra-estrutura para a promoção da saúde.
Declaração do México 
As principais ações estão voltadas para: 
Colocar a promoção da saúde como prioridade fundamental das políticas e programas locais, regionais, nacionais e internacionais.
Assumir um papel de liderança para assegurar a participação ativa de todos os setores e da sociedade civil.
Apoiar a preparação de planos de ação nacionais para promoção da saúde.
Estabelecer ou fortalecer redes nacionais e internacionais que promovam a saúde.
Defender a idéia de que os órgãos da ONU sejam responsáveis pelo impacto em termos de saúde. 
Aula 3
No início do século XX, o país vivia um momento histórico de grandes mudanças com a chegada do progresso, mas também ocorriam epidemias. 
 Como a epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro e São Paulo. 
Outras doenças também assolavam outras cidades do Brasil como a cólera, varíola, malária, peste bubônica, tuberculose e outras.
A reforma urbana foi realizada com a retirada da população pobre do centro da cidade e derrubando vários cortiços. A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. 
Inicia-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz, o objetivo era eliminar a peste e febre amarela. Para combater a peste ele criou brigadas sanitárias espalhando raticidas, removendo lixo e comprando ratos. 
Para combater a febre amarela o alvo foi a eliminação dos mosquitos transmissores da febre amarela.
REVOLTA DA VACINA
O objetivo da vacinação era positivo, mas a maneira como ela foi aplicada de forma autoritária e violenta deixaram as pessoas muito insatisfeitas.
 Os agentes sanitários em alguns casos invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força e também a maioria das pessoas tinham medo da vacinação, pois desconheciam seus efeitos.
Aula 4
O movimento da Reforma Sanitária Brasileira é marcado por uma luta de trabalhadores, intelectuais e partidos políticos em busca de uma mudança legal que regulamentasse a proteção à saúde da população.
Este movimento popular lutou em busca de um Sistema de Saúde que atendesse às necessidades da população.Visto que neste momento histórico as ações de promoção e prevenção não estavam ocorrendo em sua totalidade e tendo como consequência a volta de inúmeras doenças que estiveram controladas, os investimentos na área eram pequenos e a falta de saneamento favorecia o adoecimento da população.
A Reforma Sanitária foi uma luta pelo direito à saúde a toda a população brasileira, independente de contribuição, que a população tivesse acesso às ações preventivas e/ou curativas, que ocorresse a descentralização da gestão administrativa e financeira e o controle social das ações de saúde.
Em 1982, acontecem as eleições diretas para governadores e vários participantes do movimento sanitário ocuparam cargos políticos em Secretarias Estaduais de Saúde e puderam iniciar os projetos que contemplassem os princípios da Reforma Sanitária.
Aula 5
Nesta aula será abordado o Sistema Único de Saúde (SUS) que foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei Orgânica nº 8.080 e Lei complementar nº 8.142. Serão abordados os princípios doutrinários do SUS que são a equidade, integralidade e universalidade e os princípios organizativos.  Serão estudadas também as Normas Operacionais Básicas e as Normas Operacionais da Atenção à Saúde.
Para o SUS, a universalidade ao acesso às ações e serviços deve ser garantida a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais, independentemente de pagamento, os serviços ofertados são gratuitosa toda a população.
Integralidade
A integralidade é um dos princípios mais preciosos em termos de demonstrar que a atenção à saúde deve levar em consideração as necessidades específicas de pessoas ou de grupos de pessoas, ainda que minoritários em relação ao total da população.  Ou seja, a cada qual de acordo com suas necessidades, inclusive no que pertine aos níveis de complexidade aos níveis de complexidade diferenciados. 
No ano de 1990 foi criada a Lei Orgânica de Saúde (Lei no 8.080/1990) para que fossem descritos os papéis institucionais de cada esfera de governo, as regras de transferência de recursos – fundo de saúde e outras providências.
No ano de 1990 foi criada a Lei Orgânica de Saúde (Lei no 8.080/1990) para que fossem descritos os papéis institucionais de cada esfera de governo, as regras de transferência de recursos – fundo de saúde e outras providências.  
A NOB/91 discute sobre a equiparação dos prestadores públicos e privados e ainda aponta uma gestão do SUS a nível federal muito centralizada.
A NOB/93 discute a habilitação dos municípios nos modelos de gestão incipiente, parcial e semiplena, desencadeando o processo de municipalização; cria a transferência de recursos financeiros que ficou conhecido como fundo a fundo, sendo necessário que seja aberta uma conta para que o dinheiro seja repassado diretamente, é criado também as Comissões Intergestores Bipartites (de âmbito estadual) e Tripartite (nacional).
Aula de Revisão das aulas 1 à 5
QUALIDADE DE VIDA 
O conceito genérico de qualidade de vida que reflete um interesse com a modificação e a aprimoramento dos componentes da vida, ex. ambiente físico, político, moral e social; a condição geral de uma vida humana. 
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente.
A saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global. 
(Carta Ottawa)
A Lei 8.080/90 trata:
da organização, da direção e da gestão do SUS;
(b) das competências e atribuições das três esferas de governo;
(c) do funcionamento e da participação complementar dos serviços privados de assistência à saúde;
(d) da política de recursos humanos;
(e) dos recursos financeiros, da gestão financeira, do planejamento e do orçamento.
Aula 6
Nesta aula será feito um estudo da Portaria nº 399/2006 que apresenta o Pacto pela Saúde com base nos princípios doutrinários do SUS e tem sua discussão centrada nas necessidades de saúde da população. Apresenta como prioridades três pactos: o Pacto pela Vida; o Pacto em Defesa do SUS e o Pacto de Gestão. Também será estudado a Política Nacional da Atenção Básica que tem fundamentação transversal nos eixos da equidade, universalidade e integralidade e no controle social da gestão e descentralização, bem como em outros princípios organizativos e assistenciais do SUS.
Siglas importantes
	MS
	Ministério da Saúde 
	CONASS
	Conselho Nacional de Secretários de Saúde
	CONASEMS
	Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde
Ao assistir o vídeo no início desta aula sobre o Pacto pela Saúde, você deve lembrar que frente a necessidade do MS, CONASS e CONASEMS ocorreu a pactuação das responsabilidades entre os três gestores do SUS tanto no campo da gestão quanto na atenção à saúde e que este Pacto possui três dimensões - Pacto pela Vida, Pacto de Gestão e Pacto em Defesa do SUS.
	Pacto pela Vida
	Como vimos anteriormente este pacto é um compromisso entre os gestores do SUS. As prioridades devem ser estabelecidas através de metas: NACIONAIS, ESTADUAIS, REGIONAIS, MUNICIPAIS.
	Pacto de Gestão
	O Pacto de Gestão trata das diretrizes para a gestão nos seguintes aspectos: DESCENTRALIZAÇÃO, REGIONALIZAÇÃO, FINANCIAMENTO, PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO PACTUADA E INTEGRADA, REGULAÇÃO, PARTICIPAÇÃO SOCIAL, GESTÃO DO TRABALHO, EDUCAÇÃO NA SAUDE.
	Pacto em Defesa do SUS
	O Pacto em Defesa do SUS trata de expressar os compromissos entre os gestores do SUS na defesa dos princípios do SUS estabelecidos pela Constituição Federal Brasileira. 
	Gestão do Trabalho e Educação na Saúde
	Na área da Educação na Saúde, promoção de mudanças na formação dos profissionais da saúde, com vistas à integralidade e ao desenvolvimento da humanização da atenção em saúde. Na área do Trabalho em Saúde vem promovendo um conjunto de ações, tais como a implementação das Diretrizes para o Plano de Carreira, Cargos e Salários do SUS; a desprecarização dos vínculos de trabalho no sistema de saúde.
	Financiamento do SUS
	As ações e serviços de Saúde, implementados pelos estados, municípios e Distrito Federal são financiados com recursos próprios da União, estados e municípios e de outras fontes suplementares de financiamento, todos devidamente contemplados no orçamento da seguridade social. Cada esfera governamental deve assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de saúde de acordo com a Emenda Constitucional nº 29, de 2000.
De acordo com a portaria no 399, as regiões em saúde são recortes territoriais inseridos em um espaço geográfico contínuo, identificadas pelos gestores municipais e estaduais a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de comunicação e infra-estrutura de transportes compartilhados do território. (PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006). 
Pacto pela Vida: O Pacto pela Vida, instituído pela Portaria GM 399, de 22 de fevereiro de 2006 e regulamentado pela Portaria GM 699, de 30 de março de 2006, explicita o compromisso entre gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. As prioridades são estabelecidas a partir da análise de situação de saúde e se estruturam por meio de objetivos e metas.
Pacto de Gestão do SUS: É uma das três dimensões do Pacto pela Saúde, estabelece as responsabilidades de cada ente federado do SUS, de forma clara e inequívoca, diminuindo competências concorrentes e estabelecendo diretrizes em aspectos como descentralização, regionalização, financiamento, planejamento, Programação Pactuada e Integrada (PPI), regulação, participação social e gestão do trabalho e da educação na Saúde. Extingue as antigas formas de habilitação estabelecidas pela NOB US 96 e na NOAS SUS 01/02, substituídas pela assinatura do Termo de Compromisso de Gestão.
Pacto em Defesa do SUS: Uma das três dimensões do Pacto pela Saúde, o Pacto em Defesa do SUS tem como proposta a ampliação do diálogo com a sociedade na defesa do SUS, resgatando o movimento da Reforma Sanitária Brasileira, além de promover o desenvolvimento e articulação de ações que visem qualificar e assegurar o SUS como política de Estado. O Pacto em Defesa do SUS deve firmar-se através de iniciativas que busquem a repolitização da saúde, a promoção da cidadania como estratégia de mobilização social e a garantia do financiamento de acordo com as necessidades do sistema de saúde.
Superação das deficiências regionais: Os estados e municípios devem deflagrar processos de discussão e avaliação, antecedendo à assinatura de seus respectivos termos de Compromisso de Gestão, nos quais deverão estar explicitadas as responsabilidades já assumidas e/ou em condições de serem assumidas, bem como indicado o cronograma para o cumprimento das responsabilidades cujos cumprimentos ainda não tenham sido contemplados.  Importante pensar que quanto mais perto das situações vivenciadas pela população maiores são as chances para solucionar os problemas.
Efetividade em saúde: Probabilidade de que indivíduosde uma população definida obtenham um benefício da aplicação de uma tecnologia em saúde direcionada a um determinado problema em condições reais de uso. 
Eficiência em saúde: Relação entre os custos decorrente da provisão de um cuidado em saúde com os benefícios advindos do mesmo. 
Aula 7
Nesta aula, trataremos de alguns programas e projetos estratégicos do SUS, entre eles a Política de Qualificação da Atenção à Saúde (QualiSUS), que tem como parte integrante o Serviço de Atendimento Móvel às Urgências (SAMU/192), o Reforço à Reorganização do Sistema Único de Saúde (ReforSUS), a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (HumanizaSUS), Farmácia Popular e o Programa Volta para Casa.
Qualisus
É a sigla para Política de Qualificação da Atenção à Saúde no Sistema Único de Saúde.  
Tem como objetivo maior resolubilidade em todos os níveis de assistência prestada à população; prestar atenção à saúde de maneira mais digna e humanizada e desenvolver uma prática segura e ética; aumentar a satisfação dos profissionais atuantes na saúde; aumentar a capacidade de gestão dos estados e municípios e satisfazer todos os usuários do SUS.
O que é humanização?
O compromisso ético-estético-político da humanização do SUS se assenta nos valores de autonomia e protagonismo dos sujeitos, de corresponsabilidade entre eles, de solidariedade dos vínculos estabelecidos, dos direitos dos usuários e da participação coletiva no processo de gestão.
Quais os resultados esperados após a implementação da Política Nacional de Humanização (PNH)?
É esperado a redução das filas e o tempo de espera; atendimento acolhedor  e resolutivo, baseado em critério de risco; usuários saberão quem são os profissionais que cuidam de sua saúde; as Unidades de Saúde garantirão os direitos dos usuários; as Unidades de Saúde garantirão uma gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários e implementação de atividades de valorização e cuidado. (O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios / Ministério da Saúde, Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde. – 3ª. Ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009).
O que é o programa Farmácia Popular do Brasil?
Política pública que tem o objetivo de ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais. 
A Portaria nº. 491, de 9 de março de 2006, trata de quê?
Da expansão do Programa Farmácia Popular do Brasil, por meio da subvenção a um grupo de medicamentos para hipertensão e diabetes em parceira com redes privadas de farmácias e drogarias. 
Programa de volta para casa
O programa tem buscado incentivar a organização de uma rede ampla e diversificada de recursos assistenciais e de cuidados, facilitadora do convívio social e capaz de assegurar o bem-estar global, estimulando o exercício pleno de seus direitos civis, políticos e de cidadania.
PNH- Programa nacional de humunização
Aula 8
Nesta aula serão abordadas as Políticas e Práticas de Promoção da Saúde, da Atenção Básica e para Populações Específicas.
Como você deve ter percebido são muitos os riscos que uma população pode estar exposta. Nem sempre é preciso estar exposto a todos os riscos, mais são importantes termos clareza que a intensidade, a escassez, o não acesso, a ausência tende sempre a levar a uma exposição que poderá aumentar a vulnerabilidade e o adoecimento.
De acordo com a Carta de Ottawa (1986) a promoção da saúde é o processo de capacitação da comunidade para que estes atuem na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, participando ativamente no controle deste processo, seja a nível individual ou coletivo.
A portaria no 648 de março de 2006 aprovou a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
De acordo com a portaria no 648 a atenção básica é um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde
As áreas estratégicas são: 
• A eliminação da hanseníase.
• O controle da tuberculose.
• O controle da hipertensão arterial.
• O controle do diabetes mellitus.
• A eliminação da desnutrição infantil.
• A saúde da criança.
• A saúde da mulher.
• A saúde do idoso.
• A saúde bucal.
• A promoção da saúde.
A XI CNS apresentou várias proposições para a organização das políticas específicas, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS. Sendo aprovadas: saúde da mulher; a prioridade da melhoria da atenção à saúde de crianças e adolescentes; saúde do trabalhador; reordenamento da atenção em saúde mental; Saúde Bucal; Implementar um sistema nacional de farmacovigilância; a implementação de Programa de Fitoterapia na rede pública; Garantia de medicamentos aos portadores de doenças crônico-degenerativas, psíquicas e neurológicas, bem como aos pacientes em tratamentos de alta complexidade nos centros de referência; Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
Siglas importantes
PAB- Piso de atenção Básica
SIAB- Sistema de informação de atenção básica
Datasus- Sistema de informatização do sus
Aula 9
Nesta aula será feito um estudo sobre vigilância da saúde, epidemiológica, ambiental e sanitária. Destacando a evolução do conceito de vigilância no campo da saúde. histórico, campos de atuação e informações em saúde. Concluiremos abordando a importância da participação social. 
Epidemiologia é a ciência que estuda o processo de saúde e doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle, erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.
VigilânciaEpidemiológica
Conceitua-se como um conjunto de atividades voltadas para a identificação, análise, monitorização, controle e prevenção dos problemas de saúde de uma comunidade. A vigilância à saúde engloba as ações coletivas de saúde, expandindo a possibilidade da utilização da epidemiologia no planejamento, programação e avaliação dos serviços de saúde, incluindo ainda outras áreas do conhecimento.
Vigilância Ambiental em Saúde
É definida como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco e das doenças ou agravos. (Portaria n.º. 410/MS de 10.10.2000).
Sistema Nacional de vigilância Ambiental em Saúde
SINVAS - compreende o conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades públicas e privadas, relativos à vigilância ambiental em saúde, visando conhecimento e a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde.
A vigilância ambiental em saúde tem como prioridade as informações sobre os vetores, hospedeiros, reservatórios. qualidade da água para consumo humano. poluentes ambientais químicos e físicos que possam interferir na qualidade da água, ar e solo e os riscos decorrentes de desastres naturais e de acidentes com produtos perigosos.
Aula 10
Nesta aula será compreendido o Sistema de Informação em Saúde. Serão discutidos vários sistemas como o Sistema de informações sobre mortalidade (SIM) que é o mais antigo sistema de informação de saúde em funcionamento no país e também o Sistema de informações sobre nascidos vivos (Sinasc); o Sistema de informações de agravos de notificação (Sinan); o Sistema de informações hospitalares do SUS (SIH/SUS); o Sistema de informações ambulatoriais do SUS (SIA/SUS); o Sistema de informaçõesda atenção básica (Siab); o Sistema de informações do programa nacional de imunização (SI-PNI); o Sistema de informações de malária (Sismal) e outros.
A Organização Mundial da Saúde define Sistema de Informação em Saúde -SIS como um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde.
Principais Sistemas de Informação na Saúde
	Sistemas de informações Epidemiológicas
	SIM, SINASC, SINAN
	Sistemas de informações Assistenciais
(produção de serviços)
	SIH/SUS e SIA/SUS
	Sistemas Informação em Saúde
Sistemas de Informações de Gerenciamento
	HOSPUB e GIL
	Cadastros Nacionais
	CNES, CNS - cartão SUS; IBGE
	Sistema de Informação sobre Mortalidade
	SIM
	Sistema de informação sobre Nascidos Vivos
	SINASC
	Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação
	SINAN
	Sistema de Informações Ambulatoriais
	SIA/SUS
	Sistema de Informações Hospitalares
	SIH/SUS
	Sistema de Informação da Atenção Básica
	SIAB
	Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização
	SI-PNI
	Sistema Integrado de Informatização de Ambiente Hospitalar
	HOSPUB
	Gerenciador de Informações Locais
	GIL
	O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
	CNES
	Indicado
	Índice
	usado para medir aspectos não sujeitos à observação direta: como saúde, normalidade, felicidade. Indica um aspecto como, por exemplo: mortalidade.
	Expressa situações multidimensionais: índice de Apgar, índice de desenvolvimento humano.
A epidemiologia descreve os agravos à saúde da população a partir de dois conceitos-chave: incidência e prevalência.
	Incidência
	Prevalência
	Frequência de casos novos de determinado agravo à saúde, em um determinado período de tempo.
	O verbo prevalecer significa ser mais, ter mais valor, preponderar, predominar. A prevalência indica qualidade daquilo que prevalece, portanto, prevalência implica em acontecer e permanecer existindo num momento considerado. 
Casos prevalentes são os anteriormente diagnosticados (casos antigos) mais aqueles que foram descobertos posteriormente (casos novos), retirando-se as curas e os óbitos.
A prevalência, como ideia de acúmulo, de estoque, indica a força com que subsiste à doença na população. 
É uma medida mais utilizada para avaliação de doenças crônicas.
Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG)
É utilizado na avaliação do estado sanitário de áreas determinadas.É prejudicado pela qualidade de registro de dados.
Coeficiente de mortalidade infantil (CMI)
É calculado pela estimativa do risco que as crianças nascidas vivas têm de morrer antes de completar um ano de idade.
O que está por detrás da idéia do planejamento estratégico em saúde?
Buscar soluções sustentáveis. É preciso que os gestores em saúde busquem soluções para os problemas de saúde da população da região. Através de uma escuta aberta com a população, com os profissionais de saúde e outros gestores. O debate e as discussões nos conselhos municipais de saúde são fundamentais para o entendimento dos problemas que acomentem a população. É necessário observar a região e buscar outras informações. A informação servirá de insumo para o planejamento. Pesquisar sobre os indicadores de saúde e discutir com os profissionais de saúde capacitados para o entendimento sobre todas as medidas adotadas ou não até o momento para a busca da solução dos casos. Realizar o planejamento das ações baseado em todas as construções realizadas, em busca da superação dos problemas e de soluções sustentáveis, onde o dinheiro a ser investido seja para resolver os problemas de saúde da região.

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