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Introdução a Administração Administração e Organizações Prof: Carlos Navarro História e Evolução da Administração • Teoria Clássica e Teoria Científica • Escola das Relações Humanas • Burocracia • Behaviorismo (Teoria Comportamental) • Estruturalismo • Teoria dos Sistemas • Desenvolvimento Organizacional 2 Antes de mais nada... • Administração ou • Gestão? 3 Ambas as palavras tem origem latina • Gerere, significa: • Conduzir, • Dirigir ou • Governar • Administrare, significa: • Gerir um bem, defendendo os interesses dos que o possuem 4 Administrar seria portanto... • Uma aplicação do gerir 5 Brasil • O termo GESTÃO se aplica melhor à esfera empresarial. • Administração de Empresas é uma denominação genérica que raramente é encontrada nos planos de cargos e salários das organizações e não permite identificar o cargo ou a atividade desempenhada pelo indivíduo. Ele pode ser um técnico, analista ou gerente nas áreas de RH, Marketing etc.. 6 Evolução das Teorias Administrativas Teoria Clássica e Teoria Científica Origem • 1ª Revolução Industrial, a Revolução da Produção - Grã-Bretanha (1780/1840) • Profunda transformação econômica e social • 2ª RI (1840/1895) - o processo de industrialização se alastra para outros países 8 O Conhecimento Administrativo • 1º paradigma: • Racionalização da produção • Divisão de tarefas em múltiplas etapas • Supervisão cerrada • Obediência hierárquica 9 Teoria Científica • Taylor, Mecânico e Consultor (1856-1915 • Princípios: • Seleção Científica do Trabalhador - compatibilidade entre tarefa e aptidões • Tempo Padrão - definição de um mínimo da produção-padrão estabelecida pela gerência 10 • Divisão do Trabalho - divisão das tarefas no maior número possível de subtarefas • Supervisão especializada por áreas - controlar o trabalho dos funcionários • Ênfase na Eficiência - existe uma única maneira certa de executar uma tarefa. Estudo de tempos e métodos. 11 Taylor, uma consideração • Taylor é visto como um cientista insensível e desumano, que tratava os operários como objetos de estudo isolados, em favor de estudos que favoreciam a elite empresarial. 12 O outro lado... • Poucos apontam a preocupação de Taylor com o aumento da eficiência da produção, buscando a redução dos custos não apenas para elevar os lucros, mas também para elevar a produtividade dos trabalhadores. 13 Fayol - as funções gerenciais • Henry Fayol • 1916 - Administration Industrielle et Générale - defende, na Europa princípios semelhantes aos de Taylor • 1949 - publicação nos EUA, das idéias de Fayol. 14 Princípios Básicos de Fayol • Divisão do Trabalho - a especialização favorece a produtividade • Autoridade e Responsabilidade - direito de dar ordens; responsabilidade, contrapartida da autoridade • Unidade de Comando - um empregado deve receber ordens de um único superior • Unidade de Direção - controle único para grupo de atividades 15 Processo Administrativo • Planejar - objetivos • Organizar - coordenar os recursos • Dirigir – (Ação) • Controlar - estabelecer padrões e medidas 16 Fayol, crítica • Obsessão pelo Comando - unidade de comando, autoridade e responsabilidade • A empresa como um sistema fechado - isolamento do ambiente • Manipulação dos trabalhadores 17 Contraponto - Funções Gerenciais/Princípios Científicos • Percursor • Taylor • Origem • Chão de Fábrica • Ênfase • Métodos e Padrões • Divisão de Tarefas • Enfoque • Produção • Percursor • Fayol • Origem • Gerência Administrativa • Ênfase • Estrutura Formal e Princípios Administrativos • Enfoque • Gerência 18 • Equidade - justiça • Estabilidade dos Funcionários - rotatividade tem conseqüências negativas • Iniciativa - capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo • Espírito de corpo - trabalho conjunto, facilitado pela comunicação dentro das equipes 19 Escola das Relações Humanas Origem Crise de 29 Do Liberalismo ao Intervencionismo • A crise de 29 foi um dos maiores choques que a economia mundial já atravessou. Até então, o capitalismo norte- americano seguia uma política liberal: salários baixos, preços elevados, aumento da produção e o Estado não intervinha. Quanto maiores os estoques, maior a paralisação da produção, maior o desemprego, menor o nível de consumo. Após a quebra da Bolsa, o governo assumiu uma postura intervencionista na Economia, regulando a produção e fixando limites para preços e salários.Surgiu então, o salário mínimo, o limite máximo de trabalho diário, a previdência social e a legalização das organizações sindicais. 21 Paradoxos • Frente à enorme onda de desemprego resultante da crise de 29, os estudiosos organizacionais se preocupavam com o fator humano no trabalho. A busca de u’a maior eficiência nas empresas exigia a reconsideração das relações e aspirações dos elementos humanos nas organizações 22 Quem se ocupou desses estudos? • Lewin - Psicólogo fundador da Escola da Dinâmica de Grupo, proposição básica: • “o comportamento, as atitudes, as crenças e os valores do indivíduo baseiam-se firmemente nos grupos aos quais pertence. O grau de agressividade ou cooperação de uma pessoa, seu grau de autoconfiança, sua energia e produtividade no trabalho, suas aspirações, sua opinião sobre o que é verdadeiro e bom, seus amores ou ódios e suas crenças e preconceitos, todas essas características são determinadas em alto grau pelo grupo a que pertence o indivíduo. Essas características são próprias de grupos e de relações entre pessoas.” 23 E quem mais? • Mayo - Cientista Social - fundador da Teoria das Relações Humanas • Os indivíduos dentro da organização participam de grupos sociais e mantêm-se em uma constante interação social. As relações humanas são as ações e atitudes desenvolvidas através dos contatos entre pessoas e grupos. Cada pessoa procura ajustar-se às demais pessoas e grupos, pretendendo ser compreendida, aceita e participar, no intuito de atender aos seus interesses e aspirações. 24 Críticas • Negação do conflito entre empresa e trabalhadores; • Restrição de variáveis e da amostra; • Concepção utópica do trabalhador; • Ênfase excessiva nos grupos informais; • Espionagem disfarçada; • Ausência de novos critérios de gestão. 25 Influência da TRH nos estudos posteriores • A defesa do endomarketing e as pesquisas de clima organizacional patrocinadas pelas próprias organizações são bons indicadores da atualidade e do interesse provocado pelo assunto. • A análise constante dos fatores motivadores do trabalho, o estímulo a um comportamento favorável às mudanças exigidas pelo ambiente e à iniciativa dos funcionários são aspectos importantes quando se consideram as modernas propostas de gestão. 26 E o que se quer hoje? • “manter as pessoas trabalhando efetivamente, ao mesmo tempo em que há permissão para que os indivíduos desenvolvam seu potencial e encontrem seu lugar na sociedade.” 27 Burocracia Origem O Modelo • A Teoria Burocrática surgiu como paradigma de gestão, regulada pelas normas e inflexibilidade hierárquica. • Ela segue preceitos rígidos e disciplinadores para o desempenho eficaz do indivíduo e da organização. A instabilidade das emoções e os comportamentos aleatórios eram vistos como perniciosos ao bom desempenho empresarial.29 Características da Burocracia • Ética Protestante - o protestantismo defende a vida dedicada ao trabalho duro, à poupança e a ascetismo. A riqueza não é vista como um meio mas como o resultado de uma conduta. • Homem Organizacional - homem flexível ao desempenho de vários papéis simultâneos, dentro da organização. Resistente às frustrações. O funcionário da organização burocrática deve ser capaz de adiar as recompensas e o desejo de auto-realização. • Racionalidade • Divisão de Trabalho e Hierarquia - cada pessoa deve ter uma tarefa específica e uma autoridade condizente com ela. 30 Características... • Autoridade, Poder, Dominação e Administração 31 Autoridade - “probabilidade de um comando ou ordem específica seja obedecida.” Dominação - o governante tem o direito de impor o seu poder e o governado o dever de obedecer-lhe. Poder - é a probabilidade de impor a própria vontade à conduta dos outros, contra qualquer resistência. Concluindo.... • Promoção e Seleção - dedicação e competência no cumprimento das metas organizacionais; • Separação entre Propriedade e Administração - os administradores devem ser profissionais, especialistas, assalariados, fiéis ao cargo e aos objetivos da empresa. • Organização Informal - sendo imprevista, não é racional. Não sendo racional, não é desejada nas organizações burocráticas. 32 Burocracia é um modelo • Apesar do modo pejorativo que a expressão organização burocrática seja usada, a burocracia, mostrou-se uma forma adequada e muito aplicada às organizações de todo tipo.Os princípios da burocracia defendem o cumprimento dos objetivos organizacionais de forma não apenas eficaz mas eficiente. • A eficácia significa atingir os objetivos traçados. A eficiência significa a melhor forma de atingi-los. 33 Críticas • Limitação da espontaneidade - limitação da liberdade e visão fragmentada • Despersonalização do relacionamento - os relacionamentos intergrupais e interpessoais não são racionais • Substituição dos objetivos pelas normas -as normas são mais importantes que os objetivos da organização • Conflito entre público e funcionários - inflexibilidade no tratamento dispensado acarreta conflitos entre clientes e funcionários 34 Behaviorismo ou Teoria Comportamental Origem Behaviorismo X TRH • Dissidência da escola de Relações Humanas - negação da relação direta satisfação/eficiência • O Behaviorismo ou Teoria Comportamental defendia a valorização do trabalhador em qualquer empreendimento baseado na cooperação. • Influências: da antropologia, sociologia e psicologia. • Tema básico: o que motiva as pessoas para agirem ou se comportarem do modo que o fazem? 36 Aspectos Organizacionais Enfatizados • Processo Decisório - diante de uma série de alternativas os decisores selecionam (conscientemente ou não) a que representa a melhor opção. As decisões particulares são reflexos de decisões globais. Os processos administrativos são, por isso, basicamente processos decisórios. • Liderança - a capacidade de fazer a melhor escolha é característica dos líderes, que flexibilizam a decisão, apoiando-se na colaboração de todos. “A liderança se refere à qualidade do comportamento dos indivíduos, através do qual eles guiam pessoas ou suas atividades em esforço organizado.” 37 • Autoridade e Consentimento - “Autoridade é a característica de uma comunicação (ordem) numa organização formal, em virtude da qual ela é aceita por um contribuinte ou membro da organização, como governando a ação com que ele contribui; isto é, dirigindo ou determinando o que ele faz ou o que ele não deve fazer, no que tange à organização.” Isso ocorre quando se apresentam simultaneamente as seguintes condições: eles entendem a comunicação; no momento de decidir, acreditam que não é incompatível com o objetivo da organização ou seu interesse pessoal; encontram-se mental e fisicamente aptos a concordar com ela. 38 McGregor (1906-1964) • Insatisfeito com o modelo de relações humanas às realidades da vida empresarial, desenvolveu o conceito de que as estratégias de liderança são influenciadas pelas crenças do líder acerca da natureza humana. Para ilustrar suas idéias, construiu duas teorias contrastantes, conhecidas como teorias X e Y 39 Teoria X • Concepção tradicional de direção e controle • O ser humano tem aversão natural ao trabalho; • A maioria das pessoas precisa ser controlada, dirigida, coagida e punida, para que finalmente trabalhe; • O homem é um ser carente, que se esforça para satisfazer uma hierarquia de necessidades; • O ser humano não consegue assumir responsabilidades; • A participação dos funcionários é um instrumento de manipulação dos mesmos, e • O líder adota um estilo autocrático. 40 Teoria Y • Integração entre objetivos individuais e organizacionais • O ser humano vê o esforço físico e mental no trabalho de forma tão natural quanto querer descansar; • A maioria das pessoas busca naturalmente se autocorrigir, para atingir os objetivos que se propuseram alcançar; • O compromisso com um objetivo depende das recompensas que se espera receber com sua consecução; • O ser humano não só aprende a aceitar as responsabilidades, como passa a procurá-las; 41 Teoria Y, concluindo... • A participação dos funcionários é uma forma de valorizar suas potencialidades intelectuais, como: imaginação, criatividade e engenhosidade. • O líder adota um estilo participativo. 42 Teoria dos Sistemas A Integração das Ciências Origem • A Teoria dos Sistemas surgiu de uma percepção dos cientistas de que certos princípios e conclusões eram válidos e aplicáveis a diferentes ramos da ciência. • A teoria foi amplamente reconhecida na administração durante os anos 60. Sua difusão se deveu a uma necessidade de síntese e integração das teorias precedentes. • O desenvolvimento da informática possibilitou a operacionalização e aplicação de conceitos da Teoria dos Sistemas à Administração. 44 Precursor • Ludwig von Bertalanffy - biólogo alemão, em 1937, lançou as bases da Teoria Geral do Sistemas. • Pressusposto: • “Há uma tendência geral no sentido da integração das várias ciências naturais e sociais.” 45 Paralelo entre Organismos e Organizações • Organismos • Herdam seus traços • Morrem • Têm um ciclo de vida predeterminado • São seres concretos • São seres completos • A doença é um distúrbio no processo vital • Organizações • Adquirem estrutura em estágio • Podem ser reorganizadas • Não têm um ciclo de vida definido • São seres incompletos • O problema é um desvio nos procedimentos adotados pela organização 46 Características Gerais • Sistema - uma combinação de coisas ou partes, formando um todo complexo ou unitário. Suas idéias centrais aplicadas à administração podem ser explicadas a partir de: • Homem funcional - os papéis são mais enfatizados do que as pessoas em si. • Conflito de papéis - as pessoas não agem em função do que são mas em função dos papéis que representam. • Incentivos mistos - equilíbrio entre incentivos monetários e não monetários. • Equilíbrio integrado - qualquer ação sobre uma unidade da empresa atingirá todas as outras unidades. • Estado estável- para impedir a desintegração (entropia) a empresa procura manter uma relação constante na troca de energia com o ambiente. 47 O Enfoque Sistêmico na Organização Um sistema é um conjunto de partes, coordenadas para realizar determinadas finalidades. O objetivo do cientista da administraçãoé justamente detalhar o sistema total: seu ambiente, sua finalidade, a estruturação de seus componentes (atividades) e os recursos disponíveis para as ações específicas do sistema. Críticas à Abordagem Sistêmica • Cientificidade Excessiva no tratamento dos problemas da organização. • Ênfase desproporcional no ambiente. Deve-se buscar o equilíbrio entre o ambiente interno e o externo. 49 Desenvolvimento Organizacional Origem 1960 O que é • “um desdobramento prático e operacional da Teoria comportamental a caminho da abordagem sistêmica.” • “é um complexo conjunto de idéias a respeito do homem, da organização e do ambiente, no sentido de propiciar o crescimento e desenvolvimento organizacional, segundo as suas potencialidades.” • 51 Fatores Contribuintes • Transformações sociais que caracterizaram a década de 60 provocando mudanças no comportamento das pessoas. • Internacionalização dos mercados: as atividades de marketing adquiriam importância crescente e inovações tecnológicas faziam surgir novos produtos. • Dentro das organizações os próprios valores se alteravam, ganhando vigor as exigências de independência, autovalorização e desempenho de tarefas estimulantes para a realização profissional do indivíduo. 52 Palavra-chave • Mudança • Se o ambiente científico- tecnológico fosse estável e previsível, não haveria pressões para mudanças. • Se os objetivos organizacionais e individuais fossem integrados, as necessidades de mudanças seriam minimizadas 53 Principal Ênfase • Constante preocupação com a renovação e o reconhecimento das crises. • O Desenvolvimento Organizacional foi inicialmente reconhecido como uma estratégia ou programa de ação, voltado para gerenciar o processo de mudança organizacional. 54 O que orienta um programa de DO • Orientação para os processos de relacionamento entre pessoas e grupos dentro da organização (Warren Bennis, Edgard Schein e Richard Walton). • Orientação para a necessidade de uma cultura organizacional adequada à consecução dos objetivos de eficiência e lucro empresariais (Black & Mouton) e para a necessidade de organizar o trabalho e os relacionamento humanos, em função de fatores intrínsecos às tarefas e de fatores externos à organização (Lawrence & Lorsch) 55 O Foco da Mudança Organizacional Tecnologia Comportamento Estrutura 56 As Bases para o DO • Estrutura - envolve hierarquia administrativa, os sistemas e processos de trabalho interno, o fluxo de comunicação e a definição da missão, objetivos e políticas. • Tecnologia - se refere aos sistemas operacionais adotados, equipamentos, engenharia do processo e do produto, desenvolvimento de pesquisa e métodos de trabalho. • Comportamento - está relacionado aos procedimentos adotados na administração de recursos humanos da organização, aos conhecimentos, habilidades e atitudes das pessoas que dela participam e ao seu relacionamento interpessoal. 57 A Resistência a Mudança - fatores que provocam • A insegurança e a ameaça • A predisposição natural • Pontos Falhos na proposta • A falta de comunicação com os envolvidos • A forma como é desenvolvido o processo 58 Métodos para se lidar com a resistência à mudança I • Educação + Comunicação • Quando... • Há falta de informação e análise imprecisa 59 Métodos...II • Participação + Envolvimento • Quando... • Os iniciadores não tem todas as informações de que precisam para proteger a mudança e outros têm bastante poder para resistir à mudança. 60 Métodos... III • Facilidade + Apoio • Quando... • As pessoas estão resistindo a mudança por causa de problemas de ajustamento 61 Métodos... IV • Negociação + Acordo • Quando... • Alguém ou algum grupo com bastante poder para resistir a mudança terá, claramente algo a perder com uma mudança. 62 Métodos... V • Manipulação + Cooptação muito cara 63 Métodos... VI • Coação Explícita + Coação Implícita • Quando... • A velocidade é essencial e os iniciadores da mudança têm bastante poder. 64 O Processo de DO • Diagnóstico - identificação do problema • Plano de Ação - estratégia de implantação • Intervenção - implantação das mudanças • Avaliação e Controle 65 Teorias Modernas de Gestão Administração Contingencial Administração Japonesa UENs, Benchmarking, Learning Organizations Teoria da Contingência • Criação da Teoria da Contingência: • Lawrence & Lorsch • Esta teoria propõe que: • “...em lugar de propor um único e melhor modo de organizar-se em quaisquer condições, propõe que a empresa deve se concentrar na análise sistemática dos requisitos do ambiente e relacioná-los com as características exigidas da organização. • Com isto os administradores terão maior probabilidade de manter a viabilidade de suas empresas, frente à constante transformação da tecnologia e do mercado. 67 Características Gerais • O papel do ambiente - privilegia a natureza das relações existentes entre a empresa e o seu ambiente, isto é, quais as conseqüências, para a organização, de contar com um ambiente dinâmico? • Seu sistema de organização permite que se adapte às variações ambientais? • Qual a melhor forma de se reorganizar, para se adaptar a nova situação ambiental de forma flexível? • A supremacia do transitório - a empresa não pode ser estanque no tempo. Tem que reagir prontamente não só aos novos desafios, como às novas possibilidades que se apresentam. 68 Características cont... • O fim do modelo ideal - a melhor forma de gerir uma empresa depende de uma série de variáveis conjunturais, derivadas das pressões que recebe de seu ambiente. • Tecnologia - a tecnologia adotada pela organização apresenta uma relação íntima com sua estrutura social e com a tendência ao sucesso empresarial. Ao mesmo tempo em que influencia a forma de administrar, ela é condicionada aos objetivos da organização, em termos de produção: o que e para quem produzir. 69 Tom Burns e as empresas • Sistema Mecânico • É aquele no qual as especialidades funcionais têm uma classificação rígida, assim como as obrigações, as diversas responsabilidades e o poder. • Sistema Orgânico • Apresenta maior flexibilidade, sendo as atribuições de obrigações, responsabilidade e poder mais adaptáveis. A comunicação tende a ser um fluxo de mão dupla. 70 Considerações Finais • Uma crítica que a partir de 1990 precisou ser revista: • Ênfase excessiva à tecnologia • Aspectos positivos: • Integra conceitos de várias teorias administrativas, podendo ser considerada mais como uma visão de mundo do que como um modelo em si. • Mensagem Básica: • Em administração nada é absoluto. Ao administrador caberá diagnosticar a situação e escolher a abordagem mais indicada a ser aplicada no caso. 71 Administração Japonesa Origem Características Gerais Vulnerabilidades e Pontos Fortes Origem • Ano de 1868 - Restauração Meiji - processo de industrialização do país. • De 1615 a 1868 - era Tokugawa, origem dos valores da sociedade japonesa que influenciaram: • o processo de industrialização • o funcionamento da sociedade como um todo, e • a forma de administrar os negócios no Japão 73 Era Togukawa • Confucionismo - elementos básicos: • benevolência, adequação, sabedoria e obediência. • Objetivo dos líderes - harmonia • Família - é a unidade coletiva básica mais importante • Coletivo - o coletivo prevalece sobre o individual• Ações e comportamentos - são julgados pelo que podem representar para o grupo • Bem e Mal - são determinados pela aprovação ou desaprovação da sociedade • Padrões de comportamento - é o medo da desonra ou a rejeição pelo grupo que mantém os padrões de comportamento. 74 Modernização e Valores • 40 anos - tempo de duração da revolução industrial no Japão, e teve como objetivo a defesa da nação contra o avanço dos colonizadores europeus,porém os valores foram mantidos. • Filosofia da época: • “espírito japonês, tecnologia ocidental” 75 Os Samurais • Além do desenvolvimento industrial, um outro aspecto a ser observado: • Ascensão dos Samurais ao poder levando consigo os seus valores: • compromisso com a educação • responsabilidade social • auto-respeito, e • devoção à tarefa que deviam cumprir. 76 Valores Seculares • Terminada a II Guerra Mundial, o país quase completamente destruído, entretanto o funcionamento da sociedade permanecia mantendo os seus valores: • compromisso com a educação • responsabilidade social • priorização do coletivo • autoridade e hierarquia • busca da harmonia • cooperação e consenso grupal 77 Os “Keiretsu” • Ascensão dos trustes industriais japoneses em razão da guerra fria entre EUA e ex-Russia. • Três pilares da recuperação do país: • um partido político forte consolidado no poder • paz trabalhista, e • unificação do povo 78 Quadro de Referência • A Adm. Japonesa no pós-guerra se insere no seguinte quadro: • compromisso do governo com a educação, além da valorização cultural da instrução • uma alta taxa de poupança interna • ampla utilização dos serviços de consultoria para o desenvolvimento empresarial • a compra de tecnologia e a manutenção da essência de valores culturais seculares 79 Diferencial Competitivo • A Adm. Japonesa nasceu no chão de fábrica, nos setores operacionais da manufatura. • Filosofia básica: • evitar qualquer tipo de desperdício -muda e promover o melhoramento contínuo - kaizen • Agregada a permanente busca de conhecimentos e tecnologias avançadas de produção (controle estatístico de processo, planejamento de produção, engenharia de produtos) e aliados ao favorecimento da política econômica governamental, encontra-se o diferencial competitivo dos produtos japoneses. 80 Sistema de Produção Japonês • Surgiu nos 25 anos seguintes à II Guerra Mundial, na Toyota Motor Co. • Características básicas: • Just-in- Time - sincronização do fluxo de produção, dos fornecedores aos clientes; • Kanban - sistema de informação visual, que aciona e controla a produção; • Muda - busca da eliminação total de qualquer tipo de desperdício, e • Kaizen - busca do melhoramento contínuo em todos os aspectos, refletindo-se na produtividade e na qualidade. 81 Características Gerais da AJ (a) • Administração Participativa • Prevalência do Planej. Estratégico • Visão Sistêmica • Supremacia do Coletivo • Busca da Qualidade Total • Produtividade • Flexibilidade • Recursos Humanos 82 Características Gerais da AJ (b) • Tecnologia e Padronização • Manutenção • Limpeza e Arrumação • Relação com Fornecedores e Distribuidores • Cultura Organizacional 83 Vulnerabilidades e Pontos Fortes • Fragilidade: • Cooperação irrestrita das pessoas: • Depende das pessoas, da sua competência, exigindo portanto qualificação, treinamento e reciclagem constantes. • Crescimento excessivo do número de produtos, a diminuição do seu ciclo de vida, o desenvolvimento de um consumismo ambientalmente irresponsável e a concorrência predatória. 84 Pontos Fortes • Noção de conjunto; • Priorização do processo acima da funcionalidade; • Consciência da unidade e da inter-relação de todas as coisas e eventos; • A noção de que fluxo e mudança são características básicas da natureza. 85 UNIDADES ESTRATÉGICAS DE NEGÓCIOS (UENs) Conceitos Básicos Modelo UENs • Autor: ANSOFF • Definição: • resultado de subdivisões da realidade dos negócios da organização. • É um modelo de gestão empresarial delineado a partir da definição das AENs - Áreas Estratégicas de Negócios, as quais representam os mercados atuais e potenciais atrativos para a empresa. 87 Características • Significativo grau de autonomia e produtos ou serviços perfeitamente identificados com as áreas estratégicas de negócios. • Resumindo: • A UEN representa o todo de um conjunto de atividades indivisíveis interagindo com os vários fatores ambientais externos e voltada para otimizar os resultados da empresa. 88 Dificuldades • A idéia subjacente a esta proposição é a dificuldade de se tratar a organização como um todo homogêneo, pois, considerando sua independência, exigem tratamento diferenciado na formulação de estratégias. 89 Critérios • Para formação das UENs, podem ser usados os seguintes critérios: • as linhas de produção • a localização geográfica • o tipo de cliente • a tecnologia aplicada • ou a combinação deles • O importante é que o critério escolhido permita • uma caracterização própria da unidade. 90 Atenção • Cada UEN tem os seus próprios • objetivos • linha de produtos ou serviços • competição • clientes • ameaças e oportunidades 91 Processo Decisório das UENs • Independente do grau de autonomia as UENs estão subordinadas a uma administração corporativa que define: • as linhas básicas de atuação • as políticas e diretrizes administrativas para cada uma, • além de exercer a coordenação do trabalho que envolve a corporação como um todo e gerenciar a operação das áreas de apoio que podem ser acionadas pelas unidades de negócios quando necessário. 92 Esquema Básico Unidade de Serviços Unidade de Serviços Unidade de Negócios Unidade de Negócios Unidade de Negócios Diretoria 93 Em síntese • A estruturação em UEN é uma alternativa para: • corporações que se constituem em conglomerados de negócios ou para empresas diversificadas em termos de serviços e produtos oferecidos dentro de um mesmo setor da indústria 94 Vantagens e Desvantagens • Vantagens • focalização numa área de negócio específica • melhoria no controle • e aproximação do negócio ao mercado • Desvantagens • dificuldade em definir quais atividades de suporte devem: • alcançar economias de escala • ser descentralizadas de forma a agilizar a realização das atividades-fins de cada uma. 95 Benchmarking Origem Características Gerais Origem • Princípio japonês do • dantotsu • é um processo de busca e superação dos pontos fortes dos concorrentes. • No ocidente é visto como uma forma de estratégia competitiva. 97 Aplicação • Primeira aplicação: • XEROX CORPORATION • EUA, 1979 • Motivo: • mudanças no ambiente e na corporação obrigou-os a aprimorar seu desempenho, daí comparar seus custos aos de seus maiores concorrentes. 98 Características Gerais • O benchmarking defende o preceito de que: • ninguém é melhor em tudo • detectar e copiar o que cada empresa tem de melhor significa economizar tempo, dinheiro e trabalho. • Estudar o que seus concorrentes fazem, para compreender o que é crítico em seu próprio desempenho • a medida que tal procedimento se repete, as empresas passam a ser melhores do que as originais. • É um processo cumulativo. 99 Fontes de Informação • acompanhamento de publicações específicas do setor, • contatos com profissionaisda área • pesquisas e levantamentos setoriais 100 Processo de Adoção • avaliar os pontos fortes e fracos de cada uma de suas atividades • perceber quais são os líderes nas mais diferentes atividades • adotar os pontos fortes dos líderes, não simplesmente copiando-os mas entendendo por que são pontos fortes e então superá- los. 101 Benchmarking Interno • Interno - compara funções semelhantes dentro da empresa • Competitivo - compara funções da empresa com as de seus concorrentes • Funcional - analisa como as atividades semelhantes são desempenhadas em diferentes indústrias 102 Metodologia para Implantação • Não existe. • O mérito do Benchmarking • despertar para a realidade concorrencial empresas que estavam acostumadas a ter seu feudo relativamente intacto. 103 Formas de Envolvimento • Trabalho em Grupo • Encontro de divisões • Concurso das melhores idéias 104 Learning Organizations O que são Características O que são • São organizações aprendizes capazes de se renovar e inovar continuamente. • Resulta da convergência de cinco disciplinas que se desenvolveram separadamente: • Raciocínio sistêmico • Domínio Pessoal • Conscientização dos modelos mentais enraizados • Definição de um objetivo comum • Disciplina do aprendizado em grupo 106 Características • Não defende a criação de um novo modelo de gestão. • Baseia-se entretanto, nas seguintes idéias: • o aprendizado se processa através da experiência • a aprendizagem contínua é uma realidade • a capacidade de aprendizagem organizacional é um fator diferenciador para manutenção da competitividade do negócio numa economia global 107 Downsizing “Achatamento”da estrutura organizacional “Diminuição” dos níveis hierárquicos Origem • Década de 80 • A concorrência internacional obrigou as corporações a realizar um grande esforço para melhorar a produtividade de suas operações. • Surge como uma alternativa sustentável à reação mais violenta contra a burocracia exagerada: • “o enxugamento em massa de pessoal, de forma indiscriminada e ineficiente.” 109 O que é • Não é um modelo de administração • É uma técnica que tem como objetivo específico a racionalização da empresa. • No curto prazo, envolve: • demissões, cujos impactos se fazem sentir em redução de custos • reestruturação de ativos e nova focalização dos negócios 110 E mais... • No longo prazo: • busca revitalizar a empresa com a expansão dos seus mercados; • desenvolver melhores produtos e serviços; • melhorar o moral de seus empregados; • modernizar a empresa e, • mantê-la enxuta, de forma que a burocracia não venha a se instalar novamente. 111 Objetivos do Downsizing • Redução de custos • Rapidez na tomada de decisão • Respostas mais rápidas às nações do concorrente • Comunicação menos distorcida e mais rápida • Manutenção da orientação para a ação, com menos análises e paralisia • Promoção das sinergias dentro da empresa • Elevação do moral na gerência geral • Criação de foco nas necessidades do cliente, e não nos procedimentos internos • Aumento da produtividade dos gerentes 112 O Projeto do Downsizing • Deve ser planejado em detalhes e antecipadamente, tentando-se evitar os altos custos humanos que podem estar envolvidos. 113 Sua Implementação • Etapas básicas: • definição de metas e objetivos • elaboração de princípios básicos • coleta de fatos, • identificação de oportunidades • planejamento de melhorias, • execução 114 Especificamente • Envolve: • análise dos custos e da evolução de indicadores • avaliação do valor agregado ao produto • eliminação de posições e níveis hierárquicos • simplificação da estrutura organizacional • análise da viabilidade de terceirização de serviços especializados • reavaliação dos critérios de análise do desempenho pessoal 115 Downsizing x Reengenharia • Downsizing: • enfoca a a burocracia e é mais arrasadora que a reengenharia • propõe explicitamente a eliminação de posições e níveis hierárquicos, enquanto a reenhgenharia focaliza os processo e tarefas que devem ser executadas. 116 Convergências • Ambos começam com visão estratégica do negocio futuro • ambos são um projeto de impacto que se espera aconteça uma única vez • ambos são uma alternativa radical 117 Observações Finais • O Downsizing: • se antecipa à reengenharia, no sentido de que um empresa que sofreu o downsizing teria maior probabilidade de seu sucesso em aplicar a reengenharia posteriormente; • é um tratamento de choque limitado, que não necessariamente alcançará resultados ambiciosos; • não focaliza os processos, apenas a fragmentação do trabalho gerada por estrutura funcionais; • enfoca essencialmente as pessoas e sua produtividade. 118 Para não esquecer • 1º) o downsizing é uma técnica voltada para o eliminar a burocracia corporativa desnecessária e sustentada nos quadros administrativos representados pela gerência, assessorias, pessoal de controle e apoio. • 2º ) o objetivo final do downsizing é o desmantelamento da burocracia corporativa, como forma de aprimorar o desempenho da organização. • A empresa não deve apenas implantar o downsizing, mas reavaliar sua estrutura de processos, • isto objetivando reduzir as discrepâncias de desempenho frente à concorrência. 119
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