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Narcisismo e Complexo de Édipo

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Aula de psicanálise: 22 de maio de 2014.
Narcisismo
Onipotência imaginária no narcisismo, a pessoa é fálica, se tem como perfeitas, tem ‘um pé fora da realidade’.
Antes do narcisismo primário nós temos o auto erotismo Pulsões parciais, na esquizofrenia eles perdem o sentido do eu, ele é fragmentado, as pulsões são parciais, a libido se concentra no próprio corpo, no primeiro momento, tudo que dá prazer ao bebê ele pensa que é parte dele, não há demarcação de um eu.
Autoerotismo – Pulsões parciais
Narcisismo primário é um estágio posterior ao autoerotismo. O Eu é antes de tudo uma projeção da superfície corporal. Contra um estimulo interno você não pode fugir, por isso o Eu precisa erguer mecanismos de defesa interno para defender o próprio corpo.
Narcisismo primário – Investimento do outro na criança – ideia de Eu onipotente Ocorre paralelo ao Édipo
Bebê Eu ideal Projeção de perfeição na criança, pelo investimento dos pais.
Eu ideal Complexo de édipo Castração Recalque Narcisismo secundário: Ideal de Eu.
Há sempre uma tentativa de comparar o ideal de Eu ao Eu ideal.
Eu ideal: O que é trazido a mim pelos meus pais
Ideal de Eu: O que a cultura me permite fazer para alcançar a perfeição.
A onipotência não é toda perdida é trazida para a fantasia, pois nela ainda somos onipotentes.
Ideal de eu Cs moral Super eu
Freud diz que o Eu só ama de 4 maneiras, segundo o modelo narcísico:
Aquilo que se é
Aquilo que se foi
Aquilo que gostaria de ser
Aquilo que um dia foi ou fez parte.
Ou seja, só podemos amar o que conhecemos, por isso a existência de ódio.
Contribuições de Lacan ao narcisismo:
Estádio do espelho
Ele se baseia na premissa Freudiana de que não há ideal de corpo, é um corpo despedaçado, ele funciona primeiramente em funções parciais
Imagem especular 
O bebê é mediado pelo outro, pais, ele sente necessidade de se separar do outro, de adquirir subjetividade para falar com o outro, quando temos a possibilidade de alguém tentar se apropriar da nossa subjetividade emerge imediatamente é o plano da agressividade.
No início a criança tem a mãe como parte dela, pois lhe dá prazer, porém no estágio de espelho emerge a vontade de subjetividade, de delimitação do Eu.
Para algumas pessoas a imagem de parte de corpo é diferente, como a transexual, onde alguns tem necessidade de retirar o pênis, pois causa ódio a essa parte do corpo.
Outra prova da existência dessa imagem é a dor fantasma.
Excesso de narcisismo é mortífero, pois somos seres de relação com outro, parte de nossa libido deve ser investida no outro. Ele causa transtornos, seja por excesso de amor, pois tem ligação com pulsão de morte, ou a transtornos. As pulsões de vida estão ligadas ao outro, ao desejo. As de morte nos silenciam.
A assexuação
A castração ocorre no plano inconsciente, ela é a lei de interdição do incesto, tem relação com o complexo de Édipo. Complexo de castração esta interligado a nossa posição sexual. A criança sofre a angústia na descoberta da diferença anatômica entre os sexos.
Perversão: tipicamente masculina, tem uma grande dificuldade em significar a vagina. O travesti é um dos paradigmas da perversão, para ele é impossível significar que a mulher tem um pênis, ele tende a querer mimetizar essa fantasia inconsciente da mãe com pênis. Ele não quer retirar o pênis, pois o prazer dele está justamente em provocar dubiedade, pois ele tem uma rivalidade imaginária com a lei. Eles gozam em transgredir a regra. Mesmo que Voyeurismo e exibicionismo. O gozo é provocar transgressão subjetiva. Recalque seguido de negação desse recalque, denegação.
No principio, no campo do imaginário (plano da forma), que é o primeiro, seria a representação do pênis, depois seria a representação de poder, pois quando a criança descobre a diferença anatômica pensa que foi dado algo ao menino que não foi dado a menina, ela se sente menosprezada e inveja do pênis.
Complexo de castração no menino: A primeira fase tanto no menino como na menina é igual e universal, a crença na universalidade do pênis.
Só se pode entender a sexualidade a partir do imaginário, real e simbólico interligados, não se pode trabalhar apenas com um desses campos
	1º
	A crença na universalidade do pênis.
	1º
	2º
	O pênis vai ser verbalmente ameaçado, interditando a masturbação infantil.
	Primeiro objeto de desejo da mulher é a mãe, assim como o menino, e acredita que essa mãe tem um pênis, assim como ela, pensa ser completa assim como os meninos. Ela descobre que o menino é diferente da menina e vê o pênis do menino como inferioridade. “Foi dado algo ao menino que não foi dado a ela.”
	2º
	3º
	O menino vê o corpo nu de uma mulher.
	Descoberta de que a mãe é castrada, há a angústia, de não ter o pênis, surge uma inveja disso e criação ódio da mãe. “Ela não tem e também não me deu”. Isso vai ser estruturante para a sexuação da menina, ela vê que não tem e vai buscar isso onde tem. 
	3º
	4º
	Descoberta que a mãe é castrada e que as ameaças verbais podem acontecer.
	Tempo final da castração. Quando a menina entra na angústia de castração isso dá inicio no complexo de édipo na menina, ela vai buscar o que não lhe deram na figura paterna ou nos representantes.
Separação da mãe e aproximação com o pai.
	4º
	5º
	Angústia da castração, quem tem poder sobre a mãe é o pai, então ele sede do desejo de possuir a mãe, pelo amor ao corpo e ao que pode perder.
	Três caminhos a serem seguidos para saída do Édipo: 
Ausência da inveja do pênis: Falta de desejo do pênis (Freiras).
Negação da castração: Crença de que o clitóris dela vai crescer, o clitóris seria o objeto de penetração, algumas levam isso ao real, assumindo a identidade masculina, retirando seios e útero, para não menstruar, tomando hormônios, sendo transexual feminina. (Lésbicas e transexuais femininas), o clitóris é o órgão por excelência, diferente da menina heterossexual que o órgão por excelência é a vagina. Elas não têm desejo pelo pênis, pois haveria uma “briga” imaginária com o clitóris.
Clitóris sede lugar a vagina: desejo de ser penetrada pelo pênis, pois assim ela teria um, seria a forma de recuperar o falo, complemento da falta.
	
	6º
	Tempo final do Complexo de Édipo, entende que para ter alguém como a mãe tem que ser como o pai e identifica-se com ele. (Édipo “normal”, dos não invertidos), ele compreende que o pai tem poder, colocou o menino como passivo, o feminizou, salvando-o da psicose.
	
	Tempo final do complexo de Édipo dos invertidos, ele se identifica com a mãe e passa a se identificar com o objeto que a mãe desejava, é uma escolha geralmente narcísica, busca o que eles já foram, algo que já representarão para a mãe.
Por a mulher não ter o falo ela é cheia de insígnias fálicas, brincos, pulseiras, colares, saltos, adornos em geral, que a façam brilhar, a mulher para o homem é o falo. Quanto mais a mulher é fálica gera no homem um conflito, nos homens histéricos pode resultar em “broxar”, ideia de “vagina dentada”.
Tanto que o homem penetra com uma certa violência para demonstrar poder sobre aquela mulher.
Para Lacan “a mulher” não existe, existem mulheres, pois a vagina não pode ser significada, por isso o devir feminino é único, vem um a um, a mulher precisa sempre estar se significando, “Ser mulher é um devir”, ela está sempre por vir, é uma construção. Há questões no campo do real, imaginário e simbólico.
“O real do sexo por si só não basta, pois pode se ser dado diferentes significados ao dado anatômico, mas é sobre esse real do corpo que incide a significação fálica sobre a qual se insere o complexo de Édipo, assim a anatomia não é o destino, senão a partir da linguagem que o recolhe e o significa.”
“A diferença dos sexos não é para a psicanálise a diferença anatômica, se esta tem algum valor é por suas consequências psíquicas que Freud enunciava que... nós temos um deslocamento masculino ou feminino para todo caso um deles é recalcado, se a realidade do inconsciente é sexual, mas não há, entretanto, inscriçãoda diferença sexual no inconsciente.”
O feminino é muito mais próximo da loucura que o homem, pois a mulher não está totalmente na norma fálica. Inclusive o homem quando surta, o empuxo dele é para o menino, para a ausência de inscrição, isso emerge muito na literatura sobre os santos, que entram em estado de êxtase, como Santa Tereza Dávila, que é tomada por um poder divino, muito próximo do poder da loucura. O psicótico se identifica com o falo, mas não sabe identifica-lo, ele não consegue significar a diferença sexual.

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