Buscar

Imunopatologia IMUNOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

� PAGE \* MERGEFORMAT �1�
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: PATOLOGIA
DOCENTE: PROF. MS. GIVANILDO CARNEIRO BENÍCIO
DISCENTES: ALICE ÁVILA, BRUNA LARISSA CAVALCANTI DA SILVA, DOUGLAS LOPES DA SILVA, EMANUELA FERREIRA DE SOUSA, FRANCISCA ALICIA SILVA, GUTEMBERG ARAGÃO, LIDIANE CIDRÃO, LUANA MORAES MOREIRA, LUZINETE BARBOSA, LUCIA HELENA BRITO, MARIA JOSÉ, MARYANE SOUSA MACIEL, MARIA RAQUEL FERREIRA DE LIMA, NATHYARA MARIA 
IMUNOPATOLOGIA
FORTALEZA
2016
SUMÁRIO
2SUMÁRIO	�
3INTRODUÇÃO À IMUNOLOGIA	�
4RESPOSTA IMUNE	�
6ANTÍGENO	�
7REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNITÁRIA	�
8IMUNOPATOLOGIA	�
9HIPERSENSIBILIDADE	�
11AUTOIMUNIDADE	�
12IMUNODEFICIÊNCIA	�
13TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS	�
14DOENÇA ENXERTO CONTRA O HOSPEDEIRO	�
15REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
�
INTRODUÇÃO À IMUNOLOGIA
O sistema imunológico é responsável pela proteção do corpo contra agentes estranhos e é caracterizado por uma complexa rede de interações que se relaciona com o reconhecimento do antígeno (agente agressor). A reação imunitária é uma resposta complexa que o organismo monta para reconhecer e tentar eliminar do corpo substâncias estranhas que nele penetram. 
Tal sistema é formado por órgãos constituídos por células capazes de reconhecer o que invadiu e de montar respostas destinadas a eliminar ou conter o invasor. Este mecanismo representa grande importância para o desenvolvimento e evolução dos vertebrados, cuja existência sempre esteve ameaçada de invasão por microorganismos. 
Nesses órgãos, as células básicas do sistema são macrófagos (células do sistema fagocitário mononuclear, SFM), linfócitos e células dendríticas; polimorfonucleares, neutrófilos (PMN), eosinófilos, basófilos, mastócitos e plaquetas são células circulantes muito importantes, juntamente com as células endoteliais e células dendríticas residentes, especialmente nos mecanismos efetuadores da resposta imunitária.
Em resumo, para o sistema imunitário não existe coisas novas ou estranhas, já que ele é formado e se desenvolve num ambiente em que existem os mesmos elementos do ambiente externo, por isso, ele responde àquilo que é estranho ao organismo como também reconhece e responde às substâncias próprias do organismo, acarretando em algum tipo de dano as células do hospedeiro.
RESPOSTA IMUNE
De acordo com M.FRANCO o sistema imune, por meio de sua resposta, tem como função principal proteger o organismo contra substancias antigênicas a ele estranhas, ou seja, temos o sistema imune como “escudo” do corpo humano já que o mesmo e responsável por eliminar e retirar qualquer agente agressor.
Sendo assim podemos definir antígeno como “substancias ou matérias estranhos ao organismo” (M.Franco patologia processos gerais 5° edição). Em geral tais antígenos são proteínas ou polissacarídeos em moléculas grandes e rígidas. O mesmo pode ser classificado de três formas: extrínseco, ou seja, a sua origem é externa ao próprio paciente e intrínseco quando a origem é endógena do próprio organismo e sequestrados quando são próprios do organismo, mas nunca tiveram contato com o sistema imune.
A resposta imunitária tem dois ramos básicos, aparentemente distintos, mais intimamente interligados: 
-Resposta Imunitária Inata: Constitui de mecanismos defensivos que atuam imediatamente após uma agressão, respondendo de modo inespecífico a diferentes agressores, essa resposta é feita por (PMN, macrófagos, eosinófilos), basófilos, células citotóxicas naturais (NKC, de Natural Killer Cells), mastócitos e sistemas proteolíticos de contato.
-Resposta Imunitária Adaptativa: Constitui de uma reação à uma agressão com montagem de uma resposta particular, no sentido de que ela é mais eficiente contra o agente que a evocou, mas claramente conhecida como Resposta Imunitária
Existem ainda dois tipos de respostas realizadas pelo sistema imune:
-Resposta imune celular: Efetuada pelos linfócitos T que tem a capacidade de destruir o antígeno por toxicidade direta ou por secreção de substancias especificas (linfocinas) que por meio de vários mecanismos auxiliam o organismo na eliminação do antígeno.
-Resposta imune humoral: Realizada por linfócitos B sensibilizados por uma transformação dos plasmócitos, que secretam imunoglobulinas especifica para o antígeno.
Além dos tipos de respostas imunes temos quatro aspectos relacionados com reconhecimento e a eliminação do antígeno que são:
-Especificidade: Os produtos das respostas imunes reagem com o material antigênico idêntico ou similar que deu origem a resposta.
-Heterogeneidade: A resposta imune envolve população heterogênea das células capazes de reagir como antígeno específico.
-Amplificação: Utilização de sistemas inespecíficos mediados por produtos solúveis capazes de expandir a resposta.
-Memória: Capacidade de reconhecer o material antigênico em reexposiçoes subseqüentes, permitindo resposta mais rápida e intensa.
A reposta imunitária pode ser entendida como tendo algumas etapas fundamentais: (1) Captura e processamento do antígeno; (2) Apresentação do antígeno; (3) Reconhecimento do antígeno pelos linfócitos; (4) Ativação dos linfócitos e montagem da resposta; (5) efetuação da resposta; (6) Regulação da resposta. As moléculas que reconhecem antígenos dividem-se em três categorias: moléculas de histocompatibilidade, imunoglobulinas ou anticorpos nos linfócitos B e receptores dos linfócitos T.
Mas nem sempre tais mecanismos do sistema de defesa (SI) funcionam de forma adequada o que pode levar a manifestações hiperativas ou aberrantes levando a lesões teciduais como ocorre nas reações imunopatológicas que iremos explanar a seguir.
ANTÍGENO
A reação imune é conhecida como uma resposta a antígenos. A palavra Antígeno foi cunhada inicialmente para indicar aquilo que faz gerar anticorpos (conceito clássico, do fim do século XIX). Posteriormente, antígeno passou a ser considerado a molécula que é reconhecida pelo anticorpo (conceito mais recente e mais adequado, pois uma molécula pode não induzir anticorpo em um animal e o fazer em outro e nem por isso deixa de ser antígeno). O antígeno que induz intolerância é imunógeno, pois induz uma resposta imunitária. Alguns preferem denominar tolerógenos os antígenos que resultam em tolerância, mas essa denominação não é necessária.
Quase sempre, os antígenos são macromoléculas de proteínas, lipídeos, ácidos nucléicos ou carboidratos, mas podem ser moléculas menores como autacóides, hormônios ou produtos do metabolismo intermediário; moléculas pequenas podem ser antigênicas quando ligadas a moléculas maiores. Neste caso a molécula pequena é denominada Hapteno e a outra, carreador. O sistema imunitário reconhece apenas partes da molécula, denominada Epítopos ou Determinantes antigênicos.
Os antígenos reconhecidos pro linfócitos T e B podem ter natureza diferente. Linfócitos T auxiliares só reconhecem epítopos protéicos do tipo linear, enquanto linfócitos B reconhecem epítopos em qualquer macromolécula, lineares ou conformacionais. Alguns antígenos têm a capacidade de se combinar com o receptor de linfócitos T fora do sítio de reconhecimento e associados a moléculas de histocompatibilidade, sem necessidade de processamento, induzindo forte ativação dos linfócitos. Tais antígenos denominados superantígenos, dos quais enterotoxinas e estafilococos e algumas proteínas virais constituem exemplos bem conhecidos, são responsáveis por quadros de intensa ativação imunitária inespecífica.
REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNITÁRIA
A regulação começa já no início de sua montagem: quantidade de antígeno, sua natureza (solúvel ou particulado), resposta imediata no local da penetração e estado imunobiológico do organismo no momento da imunização são fatores que, subitamente, influenciam a qualidade e a intensidade da resposta. Grande quantidade ou quantidademuito pequena de antígeno induz a tolerância; quantidades intermediárias, menores, estimulam a imunidade celular (resposta Th1), enquanto quantidades maiores promovem a resposta humoral (tipo Th2). Outro componente regulador importante são linfócitos T reguladores, antes denominados linfócitos T supressores.
 São reconhecidos três grupos de linfócitos T reguladores: (a) linfócitos TCD4+CD25+Foxp3+ (conhecidos como Treg), gerados no timo e que, ao reconhecerem epítopos, são ativados e produzem IL-10 e TGFB, inibidores da diferenciação de outros linfócitos TCD4+. Grande parte dos linfócitos TCD4+CD25+ são auto-reatores; (b) linfócitos T CD4+ CD25-, resultantes da diferenciação LT CD4+, especialmente quando o antígeno e apresentado com ICOSL na membrana da célula apresentadora; (c) linfócitos T CD8+, que produzem IL-10 e TGFB, diferenciados a partir de linfócitos T CD8+ quando reconhecem epítopos em ambiente rico em TGFB. Esses foram os primeiros linfócitos supressores descritos há décadas, mas, pelo fato de não serem estimulados a proliferar em cultura, sua existência foi questionada durante muito tempo. Recentemente, demonstrou-se que linfócitos NKT (linfócitos T com marcadores NKC, portadores do receptor que reconhecem glicolipídeos apresentados por CD1 também podem atuar como células supressoras.
IMUNOPATOLOGIA
Imunopatologia é o estudo das lesões e doenças produzidas pela resposta imunitária, as quais podem ser agrupadas em quatros categorias: (1) doenças por hipersensibilidade; (2) Doenças auto-imunes; (3) imunodeficiência; (4) rejeição de transplantes. Os mecanismos pelos quais a reação imunitária produz lesões são absolutamente os mesmos que ela utiliza para responder a um invasor e proteger o organismo. Assim, anticorpos exercem efeitos lesivos no hospedeiro porque podem (1) inibir ou neutralizar a ação de moléculas biologicamente importantes, exemplo: anticorpos anti-insulina no diabete; (2) reconhecer epítopos em receptores celulares, levando à sua estimulação ou inibição, exemplo: anticorpos inibidores de espermatozóides, anticorpos anti-receptor de TSH que hiperestimulam tireóide no hipertireoidismo idiopático; (3) reconhecer epítopos em células ou interstício, lesando-os por ativação do complemento, exemplo: anticorpos antieritrócitos nas anemias hemolíticas auto-imunitárias; (4) localizar-se sobre mastócitos e basófilos (anticorpos citotrópicos) e induzir a liberação de mediadores responsáveis por alterações funcionais e morfológicas (mecanismo básico das doenças alérgicas mediadas por IgE). Por outro lado, resposta celular causa lesões pela ação de linfócitos T inflamatórios e T citotóxicos. Os primeiros atraem e ativam macrófagos, e os últimos matam células por reconhecerem nas suas membranas epítopos associados às moléculas MHC I.
HIPERSENSIBILIDADE
Hipersensibilidade significa uma alteração para mais (hiper) nas induções e na efetuação da resposta imunitária. Muitas doenças de Hipersensibilidade decorrem de uma resposta exagerada a antígenos exógenos e geralmente inócuos, justificando-se plenamente o uso da palavra hipersensibilidade. 
A hipersensibilidade pode ser divida em humoral, ou seja, quando os anticorpos representam os elementos fundamentais da reação e celular quando existe o envolvimento dos linfócitos T.
Os tipos de rações de hipersensibilidade podem ser classificados em cinco:
- Tipo 1 (reações anafiláticas): Nesta reação os anticorpos reagem de forma rápida ao antígeno que leva a ativação dos mastócitos liberando histamina e outras enzimas vasoativas o que dá a ela vasodilatação e exsudação. O anticorpo em geral é uma imunoglobulina do tipo reagina que se fixa a um receptor de alta afinidade na superfície dos mastócitos e basófilos na sua porção Fc. Quando o antígeno estabelece ligação entre duas ou mais moléculas de IgE um sinal é transmitido para que os basófilos e mastócitos se desgranulam.
No momento em que se desgranulam os basófilos e mastócitos liberados ativam substancias mediadoras das respostas anafiláticas como: histamina, leucotrienos e prostaglandinas que causam contração da musculatura lisa (brônquio espasmo, cólica intestinal) permeabilidade vascular (edema). Reações localizadas como dermatite aguda, rinite alérgica e asma são derivadas de tais mecanismos assim como as reações sistêmicas, por exemplo, o choque anafilático que é derivado da injeção do antígeno no organismo sensibilizado.
-Tipo 2 (citotóxicas): Ocorre quando os anticorpos destroem células do hospedeiro o que resulta em doenças imunológicas chamadas de citotóxica. São dois tipos de anticorpos que causam tal reação os auto-anticorpos que são reativos contra as células do individuo e os isoanticorpos que são de indivíduos da mesma espécie.
Tal reação é decorrente da ligação dos anticorpos IgC e IgM que são antigênicos de superfície. A destruição celular pode ser diretamente dependente da reação do anticorpo com o antígeno e mediada por células K. O sistema complemento participa diretamente dessa reação provocando lise celular e tornando a célula susceptível a fagocitose.
Exemplos de tais reações são as transfusões de sangue quando as hemácias do doador são destruídas por isoanticorpos em processo de lise mediado pelo sistema complemento. Outro exemplo é a incompatibilidade materno-fetal no qual as hemácias do feto são antigênicas as da mãe e passam a produzir isoanticorpos durante a gravidez, tais anticorpos cruzam a barreira placentária e se ligam as hemácias do feto.
-Tipo 3 (complexo imune tóxico): É uma reação causada pela formação de complexos Ag/Ac no nível tecidual ou na circulação. Na forma de micro precipitados se depositam na parede dos vãos causando inflamação. Os imunocomplexos formados pelos antígenos e anticorpos de classe IgC e IgM podem ativar a via clássica do sistema complemento e causar serias inflamações. Já os anticorpos da classe IgA ativam o complemento pela via alternada.
Por exemplo, na glomerulonefrite, os rins estão comprometidos, pois seus capilares não podem exercer a filtração do plasma, aprisionam nas paredes complexos Ag/Ac circulantes sendo vitimas passivas da agressão inflamatória envolvendo antígenos e anticorpos estranhos a estrutura renal.
-Tipo 4 (reações tardias): Tal reação é mediada pelos linfócitos T que entram em contato com o antígeno transformando-se em T1 e passando a secretar uma série de substancias denominadas linfocinas que ampliam a reação.
Numa das linfocinas mais bem estudadas, ocorre à multiplicação local das células (linfócitos), o que aumenta o potencial do local de defesas. Existem ainda algumas capazes de aumentar a permeabilidade vascular (fator inflamatório).
Tal reação ocorre na tuberculose e na maioria dos granulomas causados pro microorganismos de baixa virulência.
AUTOIMUNIDADE 
É uma condição onde o sistema de defesa agride estruturas do organismo do hospedeiro. A autoimunidade ocorre quando a mesma se perpetua ou intensifica a ponto de causar danos a partes do corpo. Tal condição envolve fatores genéticos, virais e imunológicos a freqüência de determinada doença autoimune é maior em indivíduos que possuem certos tipos de antígenos HLA, como no caso da artrite reumatóide. Entre os fatores que levam a autoimunidade pode-se destacar: desvio da tolerância de células T auxiliares, perda da função supressora, emergência de antígenos seqüestrados.
O desvio da tolerância pode ocorrer por modificação autogênica, ou seja, um determinado antígeno próprio pode se ligar a outra proteína carregadora, drogas ou microorganismos podem ligar-se a antígenos modificando-os. Também pode ocorrer reação cruzada e fatores mitogênicos.
O lúpus eritematoso é a doença imune mais frequente, os portadores formam anticorpos contra vários constituintes análogos (anticorpos anti-DNA) nucleoproteínas e componentes citoplasmáticos. Os complexos formados por esses anticorpos e os antígenos de células normais mortas, depositam-sena parede vascular em vários tecidos.
IMUNODEFICIÊNCIA
Sabe-se que existem dois processos fundamentais para o combate a infecção: a resposta imune e a inflamatória. Qualquer deficiência em um dos dois processos acarreta uma maior suscetibilidade a infecções oportunistas e persistentes o que também leva a imunodeficiência.
A imunodeficiência pode ser classificada em:
-Primária: Tal processo ocorre principalmente na infância e é geneticamente determinada e caracteriza-se por infecções decorrentes. A gamaglobulinemia Congênita de Bruton é uma imunodeficiência primaria, restrita ao sexo masculino, caracterizada por os pacientes não possuírem linfócitos B, baixos níveis de IgG, os níveis de IgG são baixos, os órgãos linfóides secundários não há presença de plasmócito e de folículos. 
A criança apresenta infecções repetidas na metade do primeiro ano de vida como infecções pulmonares e otites.
Já a imunodeficiência Combinada Grave é caracterizada por defeito na célula-tronco, não ocorrendo o desenvolvimento de linfócitos B e T. A produção de anticorpos IgG é muito pequena e existem outras classes ausentes o que leva a uma suscetibilidade maior a infecções oportunistas. Normalmente os portadores não chegam aos 2 anos de idade.
-Secundária: A principal causa de imunodeficiência secundaria é causada por problemas socioeconômicos, atualmente a síndrome da imunodeficiência adquirida causada pelo HIV é a principal causa.
O HIV invade e destrói os linfócitos T auxiliares que atuam como receptores do HIV ocorrem então a produção de DNA a partir de RNA viral pela transcriptase reversa a partir daí o genoma viral é inserido nos linfócitos, macrófagos e outras células. A destruição de TCD4 ocorre por mecanismos multifatoriais.
Em conseqüência os pacientes ficam sujeitos a desenvolver infecções oportunistas e virais.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
O transplante de órgãos é uma forma de tratamentos para inúmeras deficiências do organismo. Existem três tipos de transplantes: 
- Autólogos: Os tecidos enxertados provem do próprio receptor, como no caso dos transplantes de pele utilizados em queimaduras e nas pontes de safena. Em tal transplante não ocorre o risco de rejeição, já que, as células do sistema imune são do próprio receptor, ou seja, não ocorrera um ataque a parte transplantada.
-Alogênico: Tal transplante é realizado entre indivíduos da mesma espécie, mas que não possuam uma carga genética distinta. Por mais que os indivíduos tenham uma carga genética parecida esse transplante é passível a rejeição, pois o sistema imune do receptor pode não reconhecer as células como sua e interpretar como um antígeno passando a agredi-las. Neste transplante ainda pode existir três tipos de doadores: o aparentado, ou seja, alguém da família do receptor, o doador vivo não aparentado como ocorre nos casos de doadores voluntários e o doador cadáver que ocorre com mais freqüência.
-Heterólogo: Chamado também de xenotransplantes é caracterizado pelo transplante entre espécies diferentes, tal transplante tem sido explorado como forma de suprir a carência de órgãos e consequentemente as filas de espera, contudo os imunossupressores que os pacientes tem que tomar para evitar a rejeição do diminuem a atividade do sistema imune o que os levas a uma maio susceptibilidade de adquirir novas doenças como infecções e cânceres, além de não garantir o aceitação do transplante pois mesmo em transplantes da mesma espécie ainda existem altos índices de rejeições em transplantes de diferentes espécies o numero aumenta ,sem levar em consideração a agressividade da cirurgia.
DOENÇA ENXERTO CONTRA O HOSPEDEIRO
A doença enxerto contra o hospedeiro ocorre por conta das células do enxerto atacarem diferentes tecidos do receptor o que eleva os índices de mortalidade e morbidade de indivíduos após o enxerto. Tal doença esta presente tanto na forma aguda como crônica. Foram definidos três critérios para a presença da DECH:
• O enxerto deve possuir células imunocompetentes;
• O receptor apresenta antígenos reconhecidos como não próprios pelas células;
Imunocompetentes da medula óssea, dando origem a uma síndrome secundária TMO.
• O receptor é incapaz de elaborar uma resposta imune com potencial para destruir as células do enxerto. (FERRARA, 1991);
-Aguda: A DECH-A ocorre nos primeiros 100 dias após o transplante. A prevalência de DECH-A varia entre 30% e 60%, de acordo com o grau de histocompatibilidade entre receptor e doador, grau de parentesco do doador, quantidade de células T presentes no enxerto, idade, sexo, gestações prévias do receptor e o regime de condicionamento em que o receptor foi submetido. (WEISDORF, 1991).
-Crônica: O aparecimento após o centésimo dia do transplante possui padrões de fibrose e se observa certo grau de imunodeficiência e presença de anticorpos auto-reativos.
A DECH-C é decorrente de uma desregulação dos linfócitos B e T, desta forma assemelham-se a uma síndrome auto-imune, especialmente do tecido conjuntivo, onde linfócitos T CD4+ pós-tímicos produzem mediadores químicos que induzem a resposta auto-reativa de padrão Th2.
Pressupõe-se que o processo fisiopatológico da DECH-C envolva a perda da sensibilidade imunológica, levando a perda da capacidade de seleção negativa, o que coloca na circulação linfócitos T CD4+ Auxiliares (T. Helper/Th), o que acabam sensibilizando mais células e consequentemente originam uma resposta imune efetora contra as células do próprio organismo dirigindo a elas anticorpos auto-reativos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONTENEGRO, MARIO R. FRANCO, MARCELLO. Patologia Processos Gerais. 4ªed. Capítulo 10: Imunopatologia. Págs.: 163 a 191.
BOGLIOLO, GERALDO B. FILHO. Patologia geral. 4ªed. Capítulo 9: Imunopatologia.

Outros materiais