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0 Introdução à Macroeconomia Keynesiana

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Introdução à Macroeconomia Keynesiana
Luiz Carlos de Santana Ribeiro
1
Plano de Aula
Introdução à macroeconomia keynesiana
Teoria da determinação da renda
Política fiscal
Demanda e oferta agregadas
2
Macroeconomia?
 Objetivo: estudar a determinação e o comportamento dos agregados nacionais (visão macroscópica)
 A macroeconomia estuda: 
 agregados econômicos;
 o papel da moeda e sistema financeiro;
 taxa de juros; 
 comércio externo;
 entre outros. 
3
De onde surgiu a Macroeconomia?
A ciência econômica nasceu no século XVIII:
Economistas Clássicos:
Adam Smith , David Ricardo e John Stuart Mill
Preocupação com o crescimento econômico e a distribuição do produto social.
Say, p. ex., já se preocupava com questões como interdependência e identidade das transações econômicas.
4
De onde surgiu a Macroeconomia?
Revolução Marginalista (final do século XIX) 
Predomínio da dimensão micro
Análise baseada no comportamento dos agentes econômicos.
 Perante uma série de opções, os agentes escolhem a que consideram a mais vantajosa.
Dois métodos para determinação de P e Q:
 Equilíbrio parcial - Marshall;
 Equilíbrio geral - Walras;
5
Crítica keynesiana ao pensamento marginalista
As economias de mercado tinham capacidade de, sem a interferência do governo, utilizar de maneira eficiente todos os recursos disponíveis, ou seja produzir esses recursos com pleno emprego. 
Produto e emprego já estariam determinados representando a efetiva disponibilidade de recursos. 
 Insatisfação da tendência automática ao pleno emprego, que considerava inexistência de desemprego dos trabalhadores. 
6
Crítica keynesiana ao pensamento marginalista
Keynes, Teoria geral do emprego, juros e moeda (1936), mostra que as economias capitalistas não tinham a capacidade de promover automaticamente o pleno emprego. 
O governo tinha a necessidade de orientar sua política econômica no sentido de promover a plena utilização dos recursos disponíveis. 
Revolução Keynesiana 
7
De onde surgiu a Macroeconomia?
Surge a necessidade de um tratamento mais agregativo e empírico a análise econômica.
 Responder a perguntas diferentes: 
como se comporta o nível de produção ao longo dos últimos anos?
 como tem evoluído o nível de emprego?
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Teoria de determinação da Renda
O estudo dos elementos que determinam o nível de produção, de emprego e o de preços, numa situação de curto prazo.
RENDA x DESPESA
Diferentes óticas de mensuração do produto
Renda  mede o fluxo de pagamento dos fatores de produção: salário, juros, lucro e aluguel;
Despesa  mede o fluxo dos gastos em bens e serviços de C e I na economia.
Renda nacional de equilíbrio  a remuneração dos fatores coincide com os gastos desejados em bens e serviços (C, I).
9
Demanda Agregada
 Despesas da coletividade em bens e serviços de Consumo (C), Investimento (I), Despesas Governamentais (G) e Exportações (X). 
 Para obter a renda nacional, é necessário subtrair o montante total das importações do País (M). 
 
10
Estratégia adotada:
Inserção de uma variável por vez no modelo.
 P. ex., inicialmente, Y = f (C).
Uma vez entendida essa relação, adiciona-se mais uma variável: Y = f (C, I) e assim por diante. 
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Demanda Agregada
Consumo agregado
Fatores que determinam o consumo das famílias:
 A renda é o fator que, isoladamente, tem o maior influência na determinação do consumo.
Representação e interpretação da função consumo
a – consumo autônomo.
b – propensão marginal a consumir: 0 < PMgC < 1
y - renda
12
Representação gráfica da função consumo: 
b=propensão marginal a consumir (PMgC)
Renda nacional real
C
Consumo
y
a
b
b
y2
y1
C2
C1
13
O equilíbrio entre a renda nacional e a DA ocorre sempre sobre a reta de 45º, conforme o ponto E.
C2
C1
Ce
C=yd
y=yo
y2
y1
ye
450
E
14
Solução algébrica : 
Condição de equilíbrio......................................
Função consumo...............................................
(1)
(2)
Substituindo (1) em (2), temos:
Exemplo numérico : 
Condição de equilíbrio....................................
Função consumo.............................................
Modelo
Solução algébrica
Condição de equilíbrio............
Função consumo...........................
15
Antes de falar sobre investimento, precisamos introduzir o conceito de poupança (S)
A poupança nacional corresponde à parcela da renda nacional não gasta em bens e serviços de consumo produzidos na economia.
Investimento Privado Nacional (I)
16
Representação gráfica da função poupança
17
s Propensão marginal a poupar (PMgS)
 Então: PMgC + PMgS = 1
C2
C1
Ce
C=yd
y=yo
y2
y1
ye
a
-a
S2
Investimento Privado Nacional (I)
Até agora temos que:
Yd = C + I
Y = C + S
Yd = Y => I = S
Importante identidade macroeconômica
Exemplo intuitivo para entender essa identidade
 Essa identidade não implica nenhuma relação de causa e efeito entre as variáveis.
18
 Tem a função de aumentar a capacidade produtiva num período T + 1. Ex: máquinas e equipamentos. 
 Pode ser classificado em bens do capital ou variação de estoques de produtos que não foram consumidos. 
19
Investimento Privado Nacional (I)
Demanda Agregada.........................................
Renda Nacional................................................
Equilíbrio da Renda Nacional.................
Função Poupança.................................
20
Modelo
Investimento Privado Nacional (I)
O multiplicador de investimentos
É um coeficiente associado à variação dos investimentos que determina a magnitude de variação no nível de renda nacional.
As despesas do governo, tais como construir estradas, portos, parques, escolas etc, constituem o terceiro elemento da DA. 
 Esses gastos são, predominantemente, financiados pela arrecadação de tributos (T).
A inclusão do governo altera as funções de consumo e poupança.
21
Gastos do Governo (G)
Gastos do Governo (G)
Função consumo
Função poupança

Renda disponível (yd)
Os indivíduos farão suas escalas de consumo baseadas somente no montante de yd, ou seja, sua renda após pagamento de impostos.
Condição de equilíbrio
22
A Demanda de Exportação e de Importação (X e M)
 As exportações têm um efeito positivo sobre o nível de renda interna, pois, para atender à demanda dos estrangeiros pelos nossos produtos, os empresários devem aumentar a produção e o emprego de fatores disponíveis do país. 
 Fenômeno contrário se verifica quando importamos produtos do exterior, pois o efeito multiplicador de renda ocorre nos países de origem das exportações.
Demanda Agregada..............
Renda Nacional.....................
Equilíbrio da Renda Nacional...............
Modelo
23
Política fiscal
24
Política fiscal
A política fiscal compreende as escolhas do governo quanto ao seu nível de gastos ou impostos.
Quando o governo age diretamente sobre seus gastos.
Ou indiretamente via tributação sobre os agentes privados.
Alterações nas compras do governo
Quando o governo altera suas próprias compras de bens e serviços, desloca diretamente a curva de DA. 
25
Política fiscal
Objetivo
Minimizar ou eliminar os efeitos peversos do ciclo econômico – inflação e desemprego.
 Fase expansionista do ciclo (combater inflação)
 Fase contracionaista do ciclo (combater desemprego)
26
Política fiscal
Suponha que o governo brasileiro encomende R$ 20 bilhões em novos aviões da EMBRAER.
Em que medida esse montante desloca a curva de DA?
Num primeiro momento, podemos pensar que deslocaria exatamente em R$ 20bi – incorreto! 
Dois efeitos: multiplicador e deslocamento. 
27
Política fiscal
Efeito multiplicador (EM)
Impacto imediato => aumenta emprego e lucro da EMBRAER.
 Aumento dos salários dos trabalhadores
 Aumento dos lucros dos proprietários da empresa
 Esses fatores implicam aumento das compras de bens de consumo.
 Cada R$ 1 gasto pelo governo pode aumentar a D.A. por bens e
serviços em mais de R$ 1 (EM)
28
Política fiscal
29
Nível geral 
de preços
Quantidade
 produzida
DA1
DA2
DA3
1. Um aumento de R$ 20 bi nos gastos do governo inicialmente eleva a DA em R$ 20 bi...
2. ... Mas o efeito multiplicador pode ampliar o deslocamento da DA
Política fiscal
Da mesma forma, o efeito multiplicador pode ocorrer via investimentos.
Se a EMBRAER decide usar parte dos R$ 20 bi para ampliar uma de suas plantas ou adquirir máquinas e equipamentos.
Isto também faz a DA se deslocar para à direita.
30
Política fiscal
Cálculo do efeito multiplicador
O EM vai depender da PMgC da população.
 É intuitivo pensar que quanto maior for a PMgC > EM.
No nosso exemplo, se os funcionários da EMBRAER tivessem uma PMgC = 0,8, ou seja, consumissem 80% da sua renda, logo:
K = 5 => 5 * R$ 20 bi = R$ 100 bi. 
31
Política fiscal
Efeito deslocamento
 Ocorre na direção oposta do efeito multiplicador;
 ↑G => ↑ taxa de juros (i) => ↓I => ↓D.A.
 ↑R dos trabalhadores => ↑ bens e serviços
 Trabalhadores vão demandar mais moeda (Md)
 Dado esse aumento de Md, a taxa de juros precisa ser elevada para equilibrar o mercado de moeda e títulos. 
32
Política fiscal
33
Taxa de
juros
Quantidade
 moeda
DM1
DM2
3. r
2. ... O aumento nas despesas eleva a DM.
r2
r1
Oferta de
moeda
Nível de preços
Quantidade
 produzida
DA1
DA2
DA3
1. G => DA...
4. que, por sua vez, contrabalança o aumento inicial da DA. 
a) Mercado de Moeda
b) Deslocamento da DA
33
Política fiscal
Alterações nos impostos
Instrumento de política fiscal;
 Impacta a Yd das famílias;
Corte dos impostos => aumento do consumo => deslocamento para direita da DA.
 Aumento dos impostos => redução do consumo => deslocamento para à esquerda da DA.
34
Demanda e oferta agregadas
35
Introdução
A atividade econômica flutua de um ano para o outro.
Na maioria dos anos, a produção de bens e serviços aumenta.
Fatores: 
aumentos na força de trabalho;
no estoque de capital;
e de avanços tecnológicos.
36
Introdução
O inverso também pode ocorrer:
Demissão de trabalhadores;
Desemprego aumenta;
Fábricas ficam ociosas.
Quando a economia produz menos bens e serviços, o PIB real e as demais rendas caem.
Recessão => queda na renda e aumento do desemprego – relativamente branda. 
Ex: Brasil na crise de 2008 – “recessão técnica” – dois trimestres consecutivos de queda (T4/08 e T1/09). 
Depressão => mais severo.
37
Introdução	
O que causa as flutuações de curto prazo?
O que os policymakers podem fazer para impedir períodos de queda na renda e aumento do desemprego (recessão)?
A maioria dos economistas analisam as flutuações de curto prazo a partir do modelo de demanda e oferta agregada.
38
Curto prazo x longo prazo
A maioria dos economistas acredita que a teoria clássica descreve o mundo no longo prazo, mas não no curto prazo.
As ∆MS afetam os P e outras variáveis nominais, mas não o PIB real, o desemprego ou outras variáveis reais.
Mas, a hipótese de neutralidade monetária no curto prazo não é apropriada.
39
Curto prazo x longo prazo
No curto prazo as variáveis reais e nominais estão fortemente ligadas.
Ou seja, ∆MS podem afastar temporariamente a produção de sua tendência de longo prazo.
40
O modelo básico de flutuações econômicas
41
0
Nível de preços de equílíbrio
Produção de
equilíbrio
Oferta
agregada
Demanda
agregada
Quantidade de
produzida
Nível de 
preços
 O modelo apresenta uma relação entre duas variáveis: PIB real e nível de preços (IPC ou deflator do PIB) => real x nominal.
O modelo básico de flutuações econômicas
A curva de DA mostra a qtd de bens e serviços que as famílias, empresas e governo desejam comprar a cada nível de preços.
A curva de OA mostra a qtd de bens e serviços que as empresas produzem e vendem a cada nível de preço.
P e Q se ajustam para equilibrar a DA e OA.
42
O modelo básico de flutuações econômicas
Parece tentador analisar esse modelo como o modelo micro de demanda e oferta.
A qtd produzida (PIB real) mede o que foi produzido em todos os mercados e não só em um mercado isolado – equilíbrio parcial.
Para entender as inclinações dessas curvas, é necessária uma teoria macroeconômica.
43
A curva de DA
Essa curva representa a qtd de todos os bens e serviços demandados na economia a qualquer nível de preços dado.
Inclinação (-) => ceteris paribus, ↓P => ↑Q.
44
A curva de DA
45
0
P1
Y1
Demanda
agregada
Quantidade de
produzida
Nível de 
preços
P2
Y2
2. ... Aumenta a quantidade demandada de bens e serviços
Uma queda no 
nível de preços...
Inclinação negativa da DA
Por que uma queda no nível de preços aumenta a Qd de bens e serviços?
Y = C + I + G + EL
Cada um desses componentes contribui para a DA por bens e serviços.
Hipótese: despesa do governo é fixa
Os outros três componentes dependem das condições econômicas e, mais especificamente, do nível de preços.
46
Inclinação negativa da DA
Como o nível de preços afeta a quantidade demandada de bens e serviços para C, I e EL?
 O efeito riqueza;
 O efeito taxa de juros;
 O efeito taxa de câmbio.
47
O efeito riqueza (ou efeito Pigou)
Nível de preços x consumo
Quando os preços caem, o poder de compra dos consumidores aumenta
Pode-se comprar mais com o mesmo valor
Aumento no consumo => aumento na DA
48
O efeito taxa de juros
Nível de preços x investimento
Quanto menor o nível de preços, menor a demanda por moeda
As famílias optam em alocar seu excedente de moeda em opções que rendem juros (títulos ou poupança) => aumentaria os empréstimos bancários
Essa alocação empurra a taxa de juros para baixo => incentiva investimentos
Empresas ampliam suas fábricas, adquirem novas máquinas e famílias investem em novas casas => aumento da DA.
49
O efeito taxa de câmbio
Nível de preços x exportações líquidas
Queda nos preços internos => aumenta a competitividade dos produtos nacionais.
Os produtos brasileiros ficam mais baratos quando comparado aos estrangeiros => estimula as exportações => aumenta a DA.
50
Resumindo os três efeitos...
Aumento do poder de compra => aumento da DA via consumo;
Queda na taxa de juros => aumento da DA via investimento;
Depreciação cambial => aumento da DA via exportações líquidas. 
51
Deslocamento da DA
É intuitivo pensar que a variação em qualquer um dos componentes C, I, G e EL, desloca a DA.
Vamos examinar brevemente o efeito de cada uma dessas variáveis
52
Deslocamentos decorrente do consumo
Redução do consumo corrente => retração da DA (deslocamento para a esquerda)
Aumento do consumo corrente => deslocamento da DA para a direita
A variável política que tem esse efeito é a tributação (política fiscal)
Redução dos impostos => incentivo a comprar mais => deslocamento para a direita. 
O contrário também é verdade. 
53
Deslocamentos decorrente do investimento
Aumento de investimentos na economia => deslocamento da DA para a direita.
Se houver pessimismo entre as empresas sobre condições de negócio no futuro => redução I => retração da DA.
A política fiscal e monetária também podem afetar o investimento.
Isenção fiscal (redução ou eliminação de um imposto específico)
 Aumento de oferta de moeda => queda no juros => incentiva à tomada de empréstimos para investimento 
54
Deslocamentos decorrentes das compras do governo
Instrumento mais direto de política econômica que objetiva deslocar a DA
Aumento dos gastos em infraestrutura ou aumento da folha de pagamento dos servidores públicos => afeta a DA positivamente.
55
Deslocamentos decorrentes das exportações líquidas
Recessão nos EUA => queda das exportações líquidas do Brasil => a DA brasileira se desloca para a esquerda.
Oscilações na taxa de câmbio => pode baratear ou encarecer os produtos brasileiros no mercado internacional. 
Apreciação do real => produtos relativamente mais caros => retração da DA
Depreciação do real => produtos relativamente mais baratos => expansão da DA
56
A curva de oferta agregada
57
A curva de
OA
Essa curva nos diz a quantidade de bens e serviços que as empresas produzem e vendem a um nível de preços dado.
A inclinação da curva de OA vai depender do horizonte temporal de análise.
Longo prazo: inclinação vertical (perfeitamente inelástica)
Curto prazo: inclinação positiva
58
Curva de OA no longo prazo
O que determina a Qo de bens e serviços no longo prazo?
No LP, o PIB real depende de :i) trabalho; ii) capital; iii) recursos naturais; e iv) tecnologia.
Como P não afeta esses determinantes de LP do PIB real => a curva de OA é vertical.
Em outras palavras, no LP, esses fatores determinam a Qo de bens e serviços e essa qtd é a mesma, independente do nível de preços. 
59
Curva de OA no longo prazo
60
0
P1
Oferta agregada
de longo prazo
Quantidade 
produzida
Nível de 
preços
P2
Taxa natural 
de produção
Uma queda no 
nível de preços...
2. ... Não afeta a quantidade ofertada de bens e serviços no longo prazo
Curva de OA no longo prazo
A OA agregada vertical no longo prazo é, em essência, somente uma aplicação da dicotomia clássica e da neutralidade da moeda.
Como já dito, a macroeconomia clássica baseia-se na hipótese de que variáveis reais não dependem de variáveis nominais.
Logo, a quantidade produzida não depende do nível de preços.
No entanto, isso só se aplica no longo prazo.
61
Deslocamentos da curva de OA de longo prazo
A posição da curva de OA de LP mostra a qtd de bens e serviços prevista pela teoria macroecômica clássica.
Esse nível de produção é chamado de produto potencial ou produto de pleno emprego.
A taxa natural de produção é o nível de produção em direção ao qual a economia gravita no longo prazo.
62
Deslocamentos da curva de OA de longo prazo
Qualquer mudança na economia que altere essa taxa desloca a curva de OA de longo prazo.
Esse deslocamento se dará em função de quatro variáveis:
Trabalho;
Capital;
Recursos naturais; e
Tecnologia.
63
Deslocamentos decorrente do trabalho
Imagine uma economia que registrasse aumento na imigração de estrangeiros.
Maior número de trabalhadores => deslocaria a curva de OA para a direita.
Alteração na taxa de desemprego => deslocamento da OA.
↑ salário mínimo => ↑ taxa natural de desemprego => ↓ OA. 
64
Deslocamentos decorrente do capital
↑estoque k => ↑produtividade => desloca a OA para a direita.
O contrário é verdade.
Esse raciocínio se aplica tanto a k físico (aquisição de máquinas) quanto a k humano (qualificação profissional). 
65
Deslocamentos decorrente dos recursos naturais
A produção de uma economia depende de recursos naturais: terra, minerais e clima.
Anúncio da descoberta do pré-sal da Petrobras => ↑ OA.
Geada no RS afeta negativamente a produção agrícola => ↓ OA. 
66
Deslocamentos decorrente do conhecimento tecnológico
A razão de a economia como um todo produz mais hoje do que no passado ocorre, principalmente, porque nosso conhecimento tecnológico aumentou. 
Invenção do computador, p. ex., aumentou a produtividade => deslocou a OA. 
67
Curva de OA de curto prazo
68
0
P1
Y1
Oferta agregada
de curto prazo
Quantidade de
produzida
Nível de 
preços
P2
Y2
2. ... reduz a quantidade ofertada de bens e serviços no curto prazo
Uma queda no 
nível de preços...
Curva de OA de curto prazo
O que causa essa relação positiva entre o nível de preços e a produção?
Foram desenvolvidas três teorias
O que elas têm em comum? 
A Qo se desvia de seu nível de LP, quando o nível de P se desvia do nível de Pe pelos agentes.
69
Curva de OA de curto prazo
P > Pe => a produção aumenta acima de sua taxa natural;
P < Pe => a produção fica abaixo de sua taxa natural.
A teoria dos salários rígidos;
A teoria dos preços rígidos; e
A teoria das percepções equivocadas. 
70
A teoria dos salários rígidos
A curva de OA tem inclinação positiva porque os salários nominais se ajustam lentamente, ou são “rígidos”, no curto prazo.
Em certa medida, essa lentidão pode ser atribuída aos contratos de longo prazo entre os trabalhadores e as empresas. 
As empresas às vezes fixam os salários nominais em até 3 anos.
Esse ajustamento também pode ser atribuído a normas sociais e noções de justiça.
71
A teoria dos salários rígidos
Salários não se ajustam imediatamente ao nível de P => ↓ nível de P => emprego e produção menos lucrativos => ↓ OA
72
A teoria dos preços rígidos
Da mesma forma, os P de alguns bens se ajustam lentamente em resposta a mudanças econômicas.
Ajuste de P implica custo => custos de menu. 
Reimprimir e distribuir catálogos, alterar etiquetas etc.
Devido a esses custos, os preços também podem ser rígidos no curto prazo. 
73
A teoria dos preços rígidos
Suponha que cada empresa anuncie seus preços antecipadamente, com base em suas expectativas em relação às condições futuras.
Depois disso, a economia enfrenta uma contração inesperada na Ms => ↓P de longo prazo.
Algumas empresas podem ajustar preços imediatamente, outras podem não fazê-lo para evitar custos de menu. 
Seus preços altos => ↓ vendas => ↓ produção e emprego. 
74
A teoria das percepções equivocadas
∆P => confundir temporariamente os ofertantes sobre o que está acontecendo no mercado.
No CP, em razão dessa percepção equivocada, os ofertantes reagem a ∆P => inclinação positiva da OA. 
Os tricultores podem perceber uma ↓P do trigo antes de notar ↓P de muitos itens que eles consomem.
Assim, podem inferir que o rendimento da produção do trigo está temporariamente baixo e reagir reduzindo a oferta de trigo.
75
Deslocamento da curva de OA de curto prazo
Diferentemente OALP, a curva de OACP tem inclinação positiva por causa da presença de P e W rígidos e das percepções equivocadas.
Variáveis que podem fazer deslocar a curva:
Mesmos fatores da curva de longo prazo; e
 O nível de preços esperado. 
76
Deslocamento da curva de OA de curto prazo
Assim, qualquer aumento decorrente da L, K, RN ou T, deslocam (+) a curva de OACP.
Além disso, ∆Pe também afetam essa curva:
↓Pe => desloca a OA para a direita; e
↑Pe => desloca a OA para a esquerda. 
77
Duas causas das flutuações econômicas
Efeitos de um deslocamento da curva de DA
Efeitos de um deslocamento da curva de OA
Partiremos do ponto de equilíbrio dado pela interseção entre as duas curvas (E)
78
Situação de equilíbrio
79
0
Preços de 
equílíbrio
Taxa natural 
de produção
Oferta agregada
de curto prazo
Demanda
agregada
Quantidade
produzida
Nível de 
preços
Oferta agregada
de longo prazo
E
Situação de equilíbrio
No ponto E, a produção está em sua taxa natural.
A curva de OA de CP também passa por E, indicando que P, W e percepções ajustaram-se plenamente a esse equilíbrio de LP.
Esse ajustamento deve ser tal que a interseção da curva de DA com a curva de OA de CP é a mesma interseção com a curva de OA de LP.
80
Deslocamento da curva de DA
Vamos supor que algum evento externo como uma guerra, p. ex., cause pessimisso na economia.
Isso altera os planos das famílias – ↓C.
As empresas também optam por não comprar novos equipamentos (↓I).
Isso implica retração da DA
81
Deslocamento da curva de DA
82
0
P1
Y1
OA1
DA1
Quantidade de
produzida
Nível de 
preços
DA2
P2
P3
Y2
A
C
B
OA2
1. Uma redução da DA...
2. ... Faz com que haja uma queda na produção no curto prazo
3. ... Mas com o tempo, a curva de OA se desloca...
4. ... E a produção retorna à sua taxa natural.
Deslocamento da curva de DA
↓ DA => no CP a economia move-se ao longo da curva de OA1: A -> B => ↓ produção de Y1 -> Y2 e ↓ P de P1 -> P2.
↓ produção => recessão
 As empresas reagem reduzindo emprego
O pessimismo em relação ao futuro causou uma ↓ renda e ↑ desemprego.
O governo pode, p. ex., iniciar uma PF para tentar fazer com que a economia volte para o ponto A.
83
Deslocamento da curva de DA
↓ DA => ↓ P
As expectativas se enquadram a essa nova realidade e o Pe também cai.
↓ Pe => altera W, P e percepções e desloca a curva de OA para a direita: OA1 -> OA2
Esse ajustamento de expectativa permite
que, com o tempo, a economia se aproxime de C.
84
Deslocamento da curva de DA
No LP, portanto, o deslocamento da DA se reflete plenamente no nível de P e não no nível de produção.
Em outras palavras, o efeito de LP de um deslocamento na DA é mudança nominal.
85
Deslocamento da curva de OA
Qual o impacto macroeconômico no aumento dos custos de produção?
Para qualquer nível de P, as empresas querem ofertar uma menor qtd de bens e serviços.
Assim, a curva de OA de CP se desloca para a esquerda de OA1 -> OA2.
86
Deslocamento da curva de OA
87
0
P1
Y1
OA1
DA
Quantidade
produzida
Nível de 
preços
Oferta agregada
de longo prazo
A
OA2
B
P2
Y2
1. Um deslocamento adverso na curva de OA de CP...
2. ... Faz com que a produção caia...
3. ... E o nível de preços se eleve
Deslocamento da curva de OA
No CP, a economia se move ao longo da curva de DA: A -> B. 
A produção cai de Y1 -> Y2 
O nível de preços se eleva de P1 -> P2 
A economia está passando tanto por uma estagnação (↓ Y) quanto por inflação (↑P) => estagflação.
Uma possibilidade dos formuladores de política é não fazer nada.
88
Deslocamento da curva de OA
A recessão terminará por si própria na medida em que os W, P e percepções se ajustem aos custos de produção.
Com o tempo, quando a curva de OA de CP se deslocar de volta para OA1 => ↓ P e a qtd produzida se aproximará de sua taxa natural.
No LP, a economia voltará ao ponto A (equilíbrio).
89
Deslocamento da curva de OA
Alternativamente, os formuladores de política poderiam combinar PF e PM para deslocar a curva de DA.
Esse deslocamento ocorre na medida exata para impedir que o deslocamento da OA afete a produção. 
A economia move-se de A -> C.
A economia permance na sua taxa natural de produção e o nível de preços sobe de P1 - > P3.
90
Deslocamento da curva de OA
91
0
P1
Taxa natural
De produção
OA2
DA1
Quantidade de
produzida
Nível de 
preços
DA2
P2
P3
C
A
OA1
2. ... Os formuladores de política podem acomodar o deslocamento, expandindo a DA...
1. Quando a OA de CP caí...
Oferta agregada
De longo prazo
3. ... O que faz com que o nível de preços se eleve ainda mais
Deslocamento da curva de OA
Duas lições importantes sobre os deslocamentos na curva de OA:
Podem causar estagflação – uma combinação de recessão e inflação.
Os policymakers não podem contrabalançar simultaneamente esses dois efeitos adversos.
92

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