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Psicossomática como a patologia do envelhecer

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Psicossomática como a patologia do envelhecer
A perspectiva analítica do caso Helena
Graziela Carolina Garbin Zamarchi
Jordana Dalbianco Younes
Laura Valandro Beloti
Vanessa Taís Zimmer
Resumo
O presente artigo faz referência ao tema do envelhecimento humano, objetivando estudar os aspectos saudáveis e frágeis dessa fase. Com base na teoria psicanalítica e demais estudos prévios, foi utilizado o método de única entrevista, onde foram abordados pontos acordados anteriormente e, também, questões as quais a entrevistada achou pertinente acrescentar para enriquecer o relato de sua história de vida. Desta forma, a mesma enfatizou questões da relação com sua família, aspectos como independência e autonomia, presença de patologias e o significado da velhice. Perfazendo assim, foi constatada a necessidade da idosa abrir um espaço em sua vida para uma possível psicoterapia, de modo a promover uma reconstrução de sua própria história interna.
Palavras-chave: Envelhecimento humano.  Idosos. Autonomia no idoso. Grupos de convivência. Psicossomática
Entrevista: Helena*
74 anos; sexo feminino; ensino superior: formação em Letras; natural e residente da cidade de Passo Fundo-RS.
Pontos abordados: autoimagem na velhice; vivências pessoais; rotina e a presença de doenças crônicas e psicossomáticas.
Foram realizadas perguntas de forma a viabilizar entendimento sobre aspectos manifestados no período do envelhecimento humano. Assim como, analisar pela ótica psicanalítica, possibilitando uma observação acerca dos sintomas somáticos os quais foram tomados como objeto principal da pesquisa.
*nome fictício
Resultados:
Observou-se: 
sinais de isolamento social e emocional;
passagem ao ato: somatiza seu sofrimento psíquico em patologia;
Exemplo: 
na entrevista Helena relatou que em uma viagem, aos 20 anos, apresentou manchas na pele de origem desconhecida, procurou ajuda médica e desde então não encontrou diagnóstico preciso, havendo somente uma hipótese de Lúpus. Mesmo com o passar do tempo e busca incessante de respostas, sintomas como crises de mal estar continuam acometendo-a. Esta doença a deixa muito preocupada e insegura, pois tem medo que com o passar do tempo se agrave e a acabe por perder sua autonomia.
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“Paralelamente ao avanço e sofisticação da biomedicina foi sendo detectada sua impossibilidade de oferecer respostas conclusivas ou satisfatórias para muitos problemas ou, sobretudo, para os componentes psicológicos ou subjetivos que acompanham, em grau maior ou menor, qualquer doença.” (BARROS, 2002)
Falar sobre o despreparo dos profissionais da saúde em relação a doença não identificada de Helena
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Dados: 32% dos pacientes portadores do transtorno de somatização do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo moram apenas com uma pessoa, como era o caso de Helena quando ocorreram as primeiras manifestações. 
Fonte: Martins, V. A (2007). Psicossomática e transtornos de somatização: caracterização da demanda em um hospital escola no período de 1996 a 2004. Dissertação de Mestrado. Enfermagem Psiquiátrica. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto- USP – SP. 
Importância da independência financeira para Helena
Busca pela formação superior
Pessoas com nível superior de educação, tendem a ser menos prejudicadas cognitivamente em relação a idosos que não possuíram o mesmo acesso. 
“A escolaridade formal é um dos fatores envolvidos na reserva cognitiva.” (Barreto (1993 apud PAULA et al., 2010, p. 254), 
tal comportamento, podemos relacionar com a teoria Lifespan no sistema de Seleção, Otimização e Compensação. RELACIONADO A HELENA TER BUSCADO ESTUDO E FORMAR-SE
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Casamento e divórcio: elaboração do luto;
Mecanismo de defesa observado: intelectualização ;
Segundo casamento: mecanismos SOC;
Doenças orgânicas;
Renúncias narcísicas no envelhecimento; Abrir mão de ‘‘ser-por-todo-o-tempo’’;
RENUNCIAS NARCÍSICAS: FALAR SOBRE CELULAR E MENSAGENS NÃO RECÍPROCAS e RACIONALIZAÇÃO
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SABER ENVELHECER
Expressou a necessidade de saber envelhecer, e preparar-se para o momento da velhice. 
Helena está se prevenindo para que, quando necessário, possa ter um acompanhante para cuidá-la,
apresenta fantasmas em relação a sua morte e a possível dependência de outros em situações de incapacidade física e mental. 
identifica o sentimento de velhice apenas quando não consegue fazer algo que deseja, mas “por dentro”, não se sente velha.   
“O progresso do Envelhecimento transporta consigo um declinar das funções físicas que se caracterizam por uma lentidão e empobrecimento do comportamento motor, uma redução da capacidade anatômica e da capacidade adaptativa .”(COELHO, AM- Envelhecimento Humano. In Colóquio de Ciências. nº4 Jan/Abr p.81, Lisboa:FGC, 1989.)
Rotina; participação de grupos. 
Conclusão:
‘‘Se a pessoa sente-se enriquecida com suas experiências de vida, fortalecida pelos anos vividos e pela superação das dificuldades, não precisa ficar estacionada no lugar do fim, sem saída, somente a espera da morte. Ela pode deslizar entre os vários lugares e papéis que estão disponíveis para quem continua vivo. Para tanto, porém, é preciso que continue sentindo-se viva, ativa e estimulada a fazer novas opções.” Quinodoz (2009)

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