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DIREITO PROCESSUAL CIVIL ACE/TCU E AFC/CGU 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
PROFESSORA MIRIÃ NUNES 
www.pontodosconcursos.com.br 1
 
APRESENTAÇÃO 
Caros Alunos, 
 
Este curso on-line visa complementar a formação dos candidatos ao 
cargo de analista de controle externo do Tribunal de Contas da União – 
ACE/TCU e Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da 
União – AFC/CGU, na área de Correição. 
Como o programa do cargo de ACE/TCU é menor do que o do AFC/CGU, 
trabalharemos da seguinte maneira: as cinco aulas deste curso on-line 
cobrirão todo o programa do concurso de ACE/TCU e serão as aulas 
iniciais do concurso de AFC/CGU – área de Correição. 
Dessa forma, para o cargo de AFC/CGU – Área de Correição foi 
divulgado nesta data um outro curso on-line complementar de Direito 
Processual Civil, com os tópicos faltantes (Ação de Improbidade 
Administrativa; Teoria Geral da Prova; Espécies de Processo etc.). 
O objetivo neste curso não é estabelecer discussões doutrinárias e 
jurisprudenciais, mas abordar alguns dos princípios fundamentais do 
Direito Processual, a natureza dos atos judiciais e os principais 
mecanismos de controle judicial do ato administrativo (Mandado de 
Segurança, Ação popular e Ação Civil Pública). 
Para atingir este fim precisaremos de cinco aulas, sendo uma para cada 
ponto do programa, mais duas aulas com exercícios comentados. É um 
curso rápido, que os deixará livres para dedicar-se às demais matérias 
com grande peso no concurso, mas que, certamente, fará a diferença 
em relação aos concorrentes que não dispensaram a devida atenção à 
disciplina. 
Por tratar-se de carreiras que dispensam formação específica em 
Direito, terei o cuidado de oferecer os conceitos jurídicos necessários à 
compreensão dos temas de forma clara e simples. Não se alarmem caso 
encontrem nas aulas algum tema que não foi explicitado no programa 
do edital. Caso isso ocorra, é porque tal tema é um antecedente lógico 
necessário aos demais e é importante para situar o aluno no contexto 
geral da disciplina. 
Vocês verão que, aos poucos, os termos próprios do “juridiquês” 
deixarão de ser um mistério. Ao encontrá-los nas questões anexadas ao 
final de cada aula, poderão compreendê-las e resolvê-las com facilidade, 
tal como na hora da prova. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ACE/TCU E AFC/CGU 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
PROFESSORA MIRIÃ NUNES 
www.pontodosconcursos.com.br 2
As dúvidas surgidas durante este percurso serão discutidas no Fórum, 
que, estou certa, será uma rica experiência para todos nós. A propósito, 
já é hora de me apresentar: sou advogada, professora universitária e de 
cursos preparatórios para concursos públicos na cidade do Rio de 
Janeiro. Além de lecionar, exerci nos últimos dois anos a coordenação 
acadêmica de dois importantes cursos preparatórios aqui do Rio, foi 
através deste contato diário com os “concursandos”, ouvindo suas 
críticas, sugestões e contribuições que tive a oportunidade de aprender 
o que vocês esperam de um curso preparatório. 
Por fim, gostaria de cumprimentá-los pela escolha deste curso on-line 
do site Ponto dos Concursos. Essa simples opção já demonstra a 
maturidade do candidato que racionaliza tempo, dinheiro e esforços e 
aponta para uma preparação consciente rumo à aprovação. 
Agora, mãos à obra! 
 Miriã Nunes 
 
AULA DEMONSTRATIVA 
 
Sabemos que para construir um prédio necessitamos de uma planta ou 
ainda, que para a realização de um filme deve haver um roteiro prévio. 
O mesmo ocorre com os estudos: para alcançarmos os objetivos 
determinados, precisamos de um planejamento. Abaixo, forneço-lhes 
um sumário do curso. Ele vai servir de guia para que possam organizar-
se e acompanhá-lo. 
SUMÁRIO DO CURSO 
Direito Processual Civil 
Princípios Constitucionais do Direito Processual Civil: Noções Gerais; O 
Princípio do Devido processo Legal e seus consectários lógicos: o 
Princípio do Contraditório, o Princípio da Ampla Defesa, o Princípio do 
Juiz Natural. 
Atos Judiciais: Despachos, Decisões Interlocutórias e Sentenças; Noções 
Gerais sobre a Teoria Geral do Processo; A Trilogia Estrutural: 
Jurisdição, Ação e Processo; A Relação Processual; O Juiz e a 
classificação dos Atos Judiciais: Despachos, Decisões Interlocutórias e 
Sentenças. 
O Processo Civil e o Controle Judicial dos Atos Administrativos; Noções 
Gerais Sobre os Tipos de Controle dos Atos Administrativos; O Controle 
Judicial do Ato Administrativo; O Mandado de Segurança Como Meio de 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ACE/TCU E AFC/CGU 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
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Controle Judicial do Ato Administrativo; A Ação Popular Como Meio de 
Controle Judicial do Ato Administrativo; A Ação Civil Pública Como Meio 
de Controle Judicial do Ato administrativo. 
Bem, agora que já estabelecemos nosso plano de vôo, podemos 
começar nossa viagem. 
 
PONTO 01. OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
1.1 Noções Gerais 
Partirei do pressuposto de que falo com pessoas não iniciadas no mundo 
jurídico, isto é, assumo que você, leitor, não tem formação específica 
em direito. Sei, contudo, que esta não é uma verdade absoluta, que 
muitos possuirão os conceitos, ainda que intuitivos. Mas creio que nunca 
é demais explicar os conceitos mencionados no texto, e que é sempre 
útil reiterar e relembrar informações já assimiladas, especialmente 
numa preparação para concurso. Portanto, vamos partir do elementar. 
Esse método nos conduz a uma pergunta inicial: O que é o Direito 
Processual Civil? A que se destina? 
Para responder a essas questões precisamos examinar algumas das 
funções do Estado moderno. O Estado, através da Função Legislativa, 
estabelece as normas relativas ao que podemos fazer ou não, ao que é 
certo ou errado, ao que é “direito”. Chamamos a este regramento direito 
material (podemos citar como exemplo as normas de Direito Civil). 
Além disso, o Estado também assumiu o monopólio da Jurisdição e 
proibiu a autotutela. Isto significa que, numa situação na qual você se 
sinta lesado em seu direito, não poderá, em regra, fazê-lo valer à força, 
sem o auxílio do Estado. Precisará recorrer ao Judiciário que, 
imparcialmente, decidirá a quem realmente assiste o direito assegurado 
na norma de direito material. 
Ao conjunto de normas destinadas a disciplinar o exercício dessa função 
(tanto por parte do Estado quanto pelos particulares) denomina-se 
direito processual. São normas destinadas a viabilizar a efetivação do 
direito material, através do exercício da função jurisdicional. 
Podemos falar, então, em Direito Processual Civil, Direito Processual 
Penal, Direito Processual do Trabalho, conforme o campo do direito 
material que visam assegurar. 
O Direito Processual Civil é um ramo do direito público (esta é a sua 
posição enciclopédica), pois disciplina, fundamentalmente, a ação do 
Estado perante o particular. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ACE/TCU E AFC/CGU 
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS 
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Bem, já entendemos o que é o Direito Processual Civil e fizemos isso 
para poder alcançar o tema “Princípios Constitucionais do Direito 
Processual Civil”. Mas será que sabemos o que são princípios? Ou 
melhor, será que sabemos o que a ciência do direito denomina “Princípio 
Jurídico?” 
O Princípio Jurídico é mais que uma simples norma, embora possa até 
estar escrito num artigo da lei. Na dúvida quanto à interpretação entre 
termos ou dispositivos da lei, é ele que aponta o rumo a ser seguido. 
Mais que um comando, é um Valor que integra e norteia todo o sistema 
de normas relativas à determinada matéria. 
A importância de certos princípios processuais é tal que, em alguns 
casos, eles aparecem na própria Constituição Federal,constituindo 
verdadeiras garantias do indivíduo. Analisaremos a seguir alguns dos 
mais importantes. 
 
1.2 O Princípio do Devido Processo Legal e Seus Consectários 
Lógicos 
Os princípios processuais são fundamentos do próprio sistema 
processual. Tudo o mais que vier a ser acrescentado na lei e o próprio 
desenvolvimento do processo na prática devem estar conforme a eles. 
Há vários princípios processuais constitucionais, mas aqui discutiremos 
apenas os que importam para você, ou melhor, os que integram o 
programa do edital. 
O primeiro que devemos conhecer é o princípio do devido processo 
legal. Essa escolha não é ao acaso: ele constitui uma garantia 
fundamental e tem como conseqüência outras garantias secundárias 
(outros princípios processuais que, veremos adiante, constituem seus 
consectários lógicos ou corolários, isto é, “nascem” do princípio do 
devido processo legal). 
Sua origem remonta ao direito inglês, quando um documento escrito (a 
Magna Carta, de João Sem Terra, em 1215) formalizou um pacto entre o 
Estado e seus súditos, estabelecendo garantias aos cidadãos. A grande 
inovação deste documento era uma cláusula que determinava que para 
que alguém fosse privado de seus bens e direitos, deveria ocorrer um 
julgamento regular conforme as leis pré-existentes da sua terra. A 
expressão inglesa due process of law (devido processo legal) surgiu para 
cristalizar esta garantia. Não se assuste, caso o examinador a utilize na 
prova, ela agora já faz parte do seu vocabulário. 
Entre nós, O Princípio do Devido Processo Legal encontra-se assegurado 
no art. 5º, inciso LIV, da Constituição Federal, que estabelece: 
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“LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal”. 
No Estado Democrático de Direito, só é lícito privar o indivíduo de sua 
liberdade ou bens através da função jurisdicional do Estado. Esse é o 
“meio” adequado a tal fim: o processo. Porém, o estado não pode 
utilizar esse meio da maneira que lhe aprouver. Há um “modo” pelo qual 
essa interferência ocorre que é através de uma série de outras garantias 
asseguradas ao cidadão. 
A expressão “devido processo legal” traduz, em síntese, o direito a um 
processo justo. Justo é o processo no qual o indivíduo é ouvido (exerce 
o contraditório), tem à disposição todos os meios de defesa (a ampla 
defesa) e que ocorre perante um juízo imparcial (o juiz natural). 
Os princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, inciso LV, da 
Constituição Federal) e do juiz natural (art. 5º, incisos XXVII e 
LIII, da Constituição Federal), portanto defluem do Princípio maior 
que é o devido processo legal, são conseqüências lógicas, decorrem 
dele. Assim, mesmo que essas outras garantias não fossem 
expressamente mencionadas nas leis, seriam asseguradas como seus 
consectários (conseqüências). 
As garantias mencionadas acima não são os únicos corolários do 
princípio maior do devido processo legal. Poderíamos citar ainda os 
princípios da igualdade (isonomia), do acesso à justiça, da publicidade e 
da vedação à utilização de provas ilícitas, mas nos alongaríamos em 
demasia e fugiríamos ao objetivo deste curso. 
É importante observar que os quatro princípios que examinaremos em 
seguida fazem parte da Teoria Geral do Processo e se aplicam 
igualmente às áreas penal e civil e ainda que o devido processo legal e 
seus consectários não são aplicáveis apenas aos processos judiciais, 
aplica-se também aos procedimentos administrativos. 
Cumpre mencionar que há uma estreita correlação ente o princípio do 
devido processo legal e o princípio da razoabilidade/proporcionalidade. 
Por razões didáticas, avançaremos um pouco mais em nossos estudos 
para, posteriormente, voltarmos a esse ponto. 
Vamos agora ao nosso próximo tema, que é o princípio do contraditório, 
para analisá-lo mais detidamente. 
 
a) O Princípio do Contraditório 
 
 
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O princípio do contraditório consiste uma garantia fundamental prevista 
no artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal, que prevê: 
“LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a 
ampla defesa, como os meios e recursos a ela inerentes”. 
O princípio do contraditório revela a bilateralidade do processo. 
Não entendeu nada? Não se alarme, não é problema seu. É que antes 
de aprendermos mais sobre o contraditório precisamos entender algo 
sobre o “funcionamento” do processo na prática e sobre os sujeitos 
envolvidos na relação processual. 
Para alcançarmos esse fim, nada melhor que um exemplo: imaginemos 
uma situação hipotética na qual João comprou um bem de Pedro e, 
segundo alega, o recebeu imprestável para o uso a que se destinava. 
Após várias tentativas, Pedro não aceita devolver o dinheiro a João, nem 
trocar ou sequer consertar o bem. (estabeleceu-se aqui um conflito de 
interesses no qual Pedro resiste à pretensão de João). 
A lei civil ampara João, que não deve “ficar no prejuízo”. Mas ele não 
pode, simplesmente, dirigir-se armado à casa de Pedro e tomar seu 
dinheiro de volta. Deve sim recorrer ao Poder Judiciário para compor o 
litígio (o Estado vedou a autotutela e assumiu o monopólio da 
Jurisdição. Ele substitui as partes na solução do litígio). 
Mas o juiz não sai do Fórum e vai à casa de João saber se ele precisa de 
algo! Ao contrário, ele só age quando provocado pelo particular (O Poder 
Judiciário é inerte. Em regra, não age de ofício, mas apenas pela 
provocação das partes). 
Para obter o auxílio do Estado-Juiz visando à justa composição da lide 
João deverá propor uma ação, tudo em conformidade com as normas de 
processo. Aí sim, provocado por João mediante o regular exercício do 
seu direito de ação, o Juízo mandará citar Pedro, que passará a integrar 
a relação processual. É a partir da citação do réu que se instaura o 
contraditório. 
Vejamos o esquema gráfico: 
I) RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO MATERIAL 
 
JOÃO ------- PEDRO 
 
*conflito de interesses no qual Pedro resiste à pretensão de 
João. 
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II) RELAÇÃO JURÍDICA DE DIREITO PROCESSUAL 
 
 JUIZ 
 / \ 
 / \ 
 JOÃO PEDRO 
 (pólo ativo) (pólo passivo) 
Autor – aquele que “pede” Réu – quem responde pelo 
pedido 
* O Estado substitui as partes na solução do litígio. 
Provocado pelo Autor, que utiliza o regular exercício do 
direito de ação na busca da satisfação do seu pedido, o juiz 
manda citar o réu. Instaura-se o contraditório. 
Veja que no esquema o Juiz encontra-se acima das partes (pois 
representa o Estado) e eqüidistante a elas (deve ser imparcial, não pode 
“pender” para nenhum dos lados). 
“Contradizer” nada mais é do que contrariar o que foi dito 
anteriormente. É o contraditório que permite às partes (partes são 
aqueles que integram o pólo ativo ou passivo da ação) se manifestarem 
perante o juiz em relação ao que se afirma no processo. 
Diz-se que a citação instaura o contraditório porque este é o primeiro 
momento em que ele ocorre no processo. Com a citação, o réu é 
chamado para apresentar a sua contestação, sua resposta aos fatos 
alegados pelo autor. No entanto, o contraditório não é privilégio do réu, 
assiste também ao autor. 
O contraditório não ocorre somente no momento da contestação, mas 
durante todo o desenrolar do processo. A cada manifestação ou ato de 
uma das partes, o juiz deve dar ciência, “avisar”a outra parte, para que 
esta possa ser ouvida também. Esse “ir e vir”, esse movimento pendular 
garante o desenvolvimento equilibrado do processo. 
Fala-se em bilateralidade do processo porque, através do contraditório, 
o juiz deve, momento a momento, ouvir, dar voz às partes, cada uma a 
seu turno. Assim, o juiz aprecia razões de fato e de direito de ambos e 
as provas colhidas para formar o seu convencimento. 
Obviamente, nenhum de nós tem a obrigação de conhecer latim, mas 
alguns brocardos, isto é, algumas expressões romanas ainda são 
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mencionadas para definir conceitos jurídicos. Audiatur et altera pars é 
uma expressão latina relacionada ao princípio do contraditório e, se o 
examinador quiser utilizá-la para derrubar você na hora do exame, já 
não vai mais conseguir, pois agora você já a conhece. 
Ressalto que o importante é que o contraditório seja sempre 
oportunizado, mas lembro que nem sempre será, obrigatoriamente, 
exercido. Em certos casos, se a parte preferir, pode nem se manifestar 
(isto poderá ocorrer em sede de direito disponíveis). 
Para entendermos melhor este ponto, devemos antes estabelecer a 
distinção entre direitos disponíveis e indisponíveis. 
Dispor é utilizar (ou não) determinada coisa segundo a sua vontade. 
Podemos classificar os direitos em disponíveis ou indisponíveis, segundo 
o critério de o particular poder ou não deles dispor (abrir mão). 
O particular não pode prescindir, por sua livre vontade, de um direito 
que lhe seja muito relevante, ou cuja natureza interfira na própria 
ordem pública. Direitos ligados à honra, à dignidade, à vida, à liberdade 
são dessa natureza. Os direitos dos incapazes também são indisponíveis 
(como poderiam dispor por manifestação de vontade se a sua vontade 
não é reconhecida pelo direito?). 
O oposto se dá nas relações entre agente capazes que versam sobre 
direitos patrimoniais, pois a disposição é da própria natureza dessa 
espécie de direitos. Em se tratando de direitos disponíveis (dinheiro, 
valores pecuniários, bens móveis ou imóveis), o sujeito pode decidir 
livremente. 
Nas causas que versam sobre direitos patrimoniais disponíveis a 
oportunidade do contraditório deve se fazer presente pela citação válida. 
Contudo, se validamente citado o réu preferir não comparecer a juízo, 
isto é, não exerce o seu direito ao contraditório, haverá a revelia. Pelos 
efeitos da revelia o juiz considera como verdade o alegado pelo autor e 
o réu arca com os ônus decorrentes dessa situação. 
Podemos voltar à situação hipotética entre João e Pedro para 
exemplificar: João buscou o judiciário para obter a proteção ao seu 
direito (disponível). Citado, validamente, Pedro não compareceu a juízo 
para refutar o que João alega. A conseqüência é que o juiz reputará por 
válidos os argumentos de João e Pedro arcará com os ônus decorrentes 
(dentre eles a possibilidade de julgamento antecipado da lide, 
dispensada a produção de provas, com sentença favorável a João). 
Mas, veja que a revelia não consiste numa exceção ao princípio do 
contraditório, pois o juiz permitiu o seu exercício (embora o réu tenha 
preferido não efetivá-lo). 
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Outro aspecto que vale ressaltar no tocante ao contraditório é o caso em 
que ele se dá de modo diferido no tempo, isto é, quando é postergado, 
“adiado”. Isso pode ocorrer nas causas em que o autor solicita ao juiz 
uma rápida e urgente providência que deve ser tomada sob risco do 
próprio perecimento (perda) do seu direito. Ora, se existe a urgência, o 
juiz não poderá se dar ao luxo de ouvir o réu para tomar a providência. 
Ele a determinará e posteriormente ouvirá o réu, mas apenas em casos 
especiais. Também aqui não se configura uma exceção ao princípio do 
contraditório, visto que ele ainda virá a ocorrer. 
Bom, agora que já entendemos a relação jurídica processual, a 
bilateralidade do processo e, por conseguinte, o próprio princípio do 
contraditório, podemos escolher uma de suas muitas definições para 
memorizar: “O princípio do contraditório é a garantia de ciência 
bilateral os atos e termos do processo com conseqüente 
possibilidade de manifestação sobre os mesmos.” (Alexandre 
Freitas Câmara). 
Antes de passarmos ao próximo ponto, cabe lembrar que o contraditório 
deve estar presente mesmo nos procedimentos administrativos. 
 
b) O Princípio da Ampla Defesa 
Este é um outro consectário lógico, vale dizer, um outro princípio que 
decorre do devido processo legal. Já o conhecemos ao analisar, no 
tópico anterior, o artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal: 
“LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e 
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a 
ampla defesa, como os meios e recursos a ela inerentes”. 
Aqui, novamente estamos diante de um direito fundamental, elencado 
no rol do art. 5º. Vejam que o constituinte utilizou a expressão 
“contraditório e ampla defesa” de modo contínuo, num único dispositivo. 
Isto ocorre porque são conceitos fortemente identificados. A maioria dos 
manuais de direito os apresenta assim, juntos, como um só princípio: O 
princípio do contraditório e da ampla defesa (vide Teoria Geral do 
Processo, Pellegrini, Ada et ali). 
Na obra acima citada, encontramos a afirmação de que o princípio do 
contraditório possibilita a garantia da ampla defesa, sendo que esta 
mantém íntima ligação com aquele. Contudo, já que o programa do 
edital os apresenta em separado, vamos segui-lo. 
Se é que há de se fazer uma distinção para analisar isoladamente cada 
uma dessas garantias, podemos entender a locução “ampla defesa” 
como referente, mais especificamente, ao modo, aos meios (os 
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instrumentos) utilizados pela parte para o exercício da sua defesa, do 
contraditório. 
Assim, podemos falar em defesa técnica ou autodefesa. A defesa técnica 
é aquela promovida com base nos conhecimentos jurídicos do 
representante judicial da parte (seu advogado). Por isso, salvo as 
exceções legais, a parte deve estar assistida de um advogado para que 
sua defesa tenha a amplitude adequada. 
O mesmo se aplica aos meios de prova utilizados. As provas podem ser 
documentais (apresentação de documentos), periciais (apresentação de 
laudos técnicos), testemunhais (oitiva de testemunhas) e, sendo 
fundamentais para o convencimento do juiz quanto à veracidade dos 
fatos, devem ser amplamente assegurados à parte, de acordo com a 
natureza da causa, todos os meios de prova lícitos. 
Além da defesa técnica, assiste à parte a autodefesa, que é a 
possibilidade de dirigir-se diretamente ao juiz, no momento adequado 
para isso e apresentar a sua versão dos fatos, as suas razões. Se 
impedida de fazê-lo, a parte poderia alegar cerceamento à garantia da 
ampla defesa. 
Já mencionamos antes, mas nunca é demais lembrar a redação do 
artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal que assegura aos 
“litigantes, em processo judicial ou administrativo” a ampla defesa, que 
deixa clara a extensão da garantia à seara administrativa. 
 
c) O Princípio do Juiz Natural 
O terceiro consectário do princípio do devido processo legal que 
analisaremos é o princípio do juiz natural, também denominado Princípio 
da Imparcialidade do Juízo. 
Sua base legal reside no art. 5º, inciso XXXVII, da Constituição 
Federal, que determina: 
“XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção”. 
E também no art. 5º, inciso LIII, da Constituição Federal: 
“LIII – ninguém será processado, nem sentenciado, senãopela 
autoridade competente”. 
Pelo princípio do juiz natural a Constituição assegura a garantia 
individual a um julgamento perante um órgão jurisdicional (juízo) 
imparcial. É algo tão significativo que se encontra consagrado na própria 
Declaração Universal dos Direitos do Homem. 
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Você já sabe que o devido processo legal é o processo “justo”, no qual o 
indivíduo exerce o contraditório e a ampla defesa perante um juiz 
imparcial, portanto, a imparcialidade do Juízo viabiliza o processo justo. 
Se o Estado assumiu o Poder Jurisdicional, tem o dever de oferecer um 
juiz imparcial para o desempenho da função. Então, o órgão 
determinado para processar e julgar uma causa deve estar investido de 
jurisdição, que é um poder do Estado. 
Vamos relembrar a estrutura da relação processual: 
 
 JUIZ 
 / \ 
 / \ 
 AUTOR RÉU 
 
Vemos que o juiz está acima das partes (pois ele personifica o Estado), 
mas eqüidistante (à mesma distância) de cada uma delas. Ou seja, ele 
não “pende”, se “inclina”, para nenhum dos lados. Se o estado suprimiu 
do particular a possibilidade de solução individual do conflito, deve 
assegurar a imparcialidade do Juízo. 
É o que se encontra cristalizado no art. 5º, inciso XXXVII, da 
Constituição Federal: “não haverá juízo ou tribunal de exceção”. 
Já estou ouvindo você dizer: “Ahn? O quê? Que é isso? Mostra aí onde 
está escrito que toda pessoa tem direito a um juiz natural, a um 
julgamento imparcial?” Vou mostrar, mas não está nessas palavras, está 
escrito “de outro jeito”. 
Primeiro vamos entender o que é tribunal de exceção. Juízo ou tribunal 
de exceção é todo órgão jurisdicional criado para decidir um fato depois 
que ele já aconteceu. É o tribunal ao qual foi atribuído o julgamento 
depois que o agente praticou o ato. A este tipo de juízo se contrapõe o 
juízo preexistente, anterior ao fato que será julgado, um juízo 
constitucional predeterminado. 
O indivíduo tem o direito de saber previamente quem irá julgá-lo por 
seus atos. Quando se permite a criação de regras posteriores à 
ocorrência do fato para o julgamento, se favorece o arbítrio, a 
perseguição política, a parcialidade. Os tribunais de exceção são típicos 
de tempos de guerra e regimes arbitrários, não sendo admitidos pelo 
Estado Democrático de Direito. Todo o cidadão tem o direito de ser 
julgado por um órgão prévia e abstratamente definido em lei. É através 
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dessa previsão genérica, destinada a todos, que são evitados os 
casuísmos, as perseguições ou favorecimentos pessoais. 
Ora, se é proibido tribunal de exceção, então é possível entender que só 
é permitido um juízo prévio, predeterminado pelos critérios legais, que é 
o oposto, o “contrário” do tribunal de exceção. Estamos diante de um 
caso de interpretação da norma a contrário senso. Se a norma proíbe 
uma coisa, é porque admite o seu oposto. 
As normas relacionadas à divisão das causas entre os órgãos 
jurisdicionais encontram sua base na própria Constituição e, também 
são disciplinadas pela lei processual e normas infralegais. São essas 
normas que definem a competência do juízo. 
É o art. 5º, inciso LIII, da Constituição Federal que prevê: “ninguém 
será processado, nem sentenciado, senão pela autoridade 
competente.” Quando se fala em competência do juízo não estamos 
aqui utilizando a palavra em seu sentido corrente. “Incompetente”, 
neste sentido, não é o juiz que desconhece o direito, que erra em seu 
julgamento, mas aquele que não é juiz natural da causa. 
O princípio do juiz natural, através dos critérios utilizados para definir a 
competência do juízo, assegura que para determinada causa haverá um 
único juízo, excluindo-se todos os demais. O juiz natural (imparcial) é o 
pré-constituído (pela lei) para a causa. 
Podemos dizer (com extrema simplificação e apenas para viabilizar um 
entendimento superficial) que a competência pode ser entendida como 
um critério de divisão do trabalho, de distribuição dos processos entre 
os vários órgãos jurisdicionais. Porém, em respeito ao princípio do juiz 
natural, tal divisão não pode ser feita por mero acaso, mas segundo 
critérios legais. 
A determinação desses critérios é importante não apenas para evitar 
juízos de exceção, mas também para impedir que a parte “escolha” o 
juízo que mais lhe favorece. Sim, porque sem os parâmetros legais a 
parte poderia escolher dentre os vários juízos aquele que mais lhe 
favorecesse, e o julgamento seria parcial. 
Finalmente, cabe observar que a atividade jurisdicional deve estar livre 
de qualquer interesse que não seja o da pacificação social, só assim a 
imparcialidade estará garantida. Desse modo, há que se verificar a 
ausência de interesses não só do órgão jurisdicional, como também da 
própria pessoa natural do juiz. 
Aquele homem que representa o Estado-juiz perante os particulares 
deve estar desprovido de qualquer interesse pessoal, econômico, afetivo 
ou de qualquer outra ordem. Está ali para fazer valer o direito e 
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distribuir a justiça no desempenho da função jurisdicional. Não se 
admite, portanto, que esteja ligado a qualquer dos envolvidos no 
processo por laços de amizade, inimizade, afetivos ou empresariais. 
Para afastar o juiz que possa eventualmente ter interesse na causa e 
garantir um julgamento imparcial, Código de Processo Civil estabelece 
as causas de impedimento e suspeição (art. 134 e 135). 
Bem, caro aluno, agora que você já sabe muitas coisas sobre o princípio 
do devido processo legal e seus consectários, pode resolver alguns 
exercícios de fixação que relacionei a seguir. Todos têm gabarito 
comentado. Para qualquer dúvida que venha a surgir, estou a sua 
disposição no fórum de dúvidas. 
Até a nossa próxima aula! 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
01)Entende-se por devido processo legal: 
a) aquele em que uma das partes é pessoa jurídica de direito público. 
b) aquele relacionado apenas às causas que versem sobre matéria 
penal. 
c) aquele existente, exclusivamente, no denominado Estado de 
Democrático de Direito. 
d) aquele informado por garantias legais mínimas, tais como a do 
contraditório, da igualdade entre as partes, da ampla defesa e da 
imparcialidade do juiz. 
 
02) Numere os parênteses das assertivas abaixo considerando os 
princípios processuais relacionados a seguir: 
1 – Princípio do juiz natural 
2 – Princípio do contraditório 
3 – Princípio da ampla defesa 
4 – Princípio do devido processo legal 
( ) Por este princípio ficam assegurados à parte a utilização de todos os 
recursos lícitos para provar aquilo que alega. 
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( ) Foi o primeiro princípio a ser enunciado num documento formal 
( ) É o princípio que assegura o direito a um julgamento imparcial. 
( ) É o princípio segundo o qual as partes devem ter ciência de todos os 
atos praticados no processo. 
A ordem numérica correta, de cima para baixo é: 
a) 2-1-4-3 
b) 1-3-4-2 
c) 3-4-1-2 
d) 2-4-2-1 
 
03) – Dentre as assertivas abaixo, aponte aquela que se refere a um 
dos corolários do devido processo legal. 
a) A autoridade dos órgãos jurisdicionais, como emanação do poder 
estatal, se impõe por si mesma, independentemente da vontade das 
partes, que se sujeitam ao poder estatal. 
b) Os juízes só têm autoridadenos limites territoriais sujeitos à sua 
jurisdição. 
c) Ninguém pode se privado de um julgamento por juiz independente e 
imparcial. 
d) O juiz deve perseguir a verdade através do processo. 
 
 
GABARITOS COMENTADOS 
Questão 01 
Resposta: letra “D” 
Comentário: 
O item a é falso porque a aplicação do princípio do devido processo 
legal é universal, deve vigorar em qualquer processo, pouco importando 
a qualidade da pessoa envolvida na lide. 
O item b é falso porque o devido processo legal é um princípio geral de 
direito, aplicável em qualquer campo do direito. 
O item c é falso porque, embora seja verdade que no estado 
democrático de Direito o devido processo legal estará sempre presente, 
não é verdade que todos os estados totalitários o dispensam. Alguns, 
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mais sofisticados, podem mantê-lo até para dar uma aparente ordem 
constitucional. 
O item d é o correto, pois todos os princípios citados são consectários 
do devido processo legal. 
 
Questão 02 
Resposta: letra “C” 
Comentário: 
A primeira afirmativa refere-se ao princípio da ampla defesa, 
correspondendo ao número 3. A segunda afirmativa refere-se ao 
princípio do devido processo legal, correspondendo ao numero 4. A 
terceira afirmativa refere-se ao princípio do Juiz natural, 
correspondendo ao número 1. A quarta afirmativa refere-se ao 
princípio do contraditório, correspondendo ao número 2. Portanto, a 
seqüência adequada de números é: 3 – 4 – 1 – 2 . 
 
Questão 03 
Resposta: letra “C” 
Comentário: 
O item a é falso, pois é um enunciado que corresponde ao princípio da 
inevitabilidade, segundo o qual o particular não pode evitar o poder 
jurisdicional, princípio este que não é considerado um corolário do 
princípio do devido processo legal. 
O item b é falso, pois diz respeito ao princípio da aderência ao 
território, que diz respeito aos poderes do juiz dentro de certos limites 
territoriais e também não pode ser considerado como decorrente do 
devido processo legal. 
O item c é o verdadeiro, já que consagra a garantia do juiz natural, 
que é um consectário do devido processo legal. 
O item c é falso, por referir-se ao princípio da busca da verdade. Esse 
princípio consagra que o juiz deve buscar sempre a verdade no 
processo. Ele possui desdobramentos diversos para as áreas penal e 
civil. Na área penal, vige o princípio da verdade real, que é mais efetivo. 
Na área cível, vige o princípio da verdade formal. O juiz pode se 
contentar com uma verdade “mais aparente”, não tem a obrigação de 
buscá-la até as últimas conseqüências. Embora seja um princípio 
importante, não decorre diretamente do devido processo legal. 
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