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Direito Empresarial 2 - aula 05
OBRIGAÇÃO CAMBIÁRIA
Na obrigação cambiária existe tanto o lado ativo quanto o passivo. As teorias anteriormente estudadas destinavam-se a explicar o lado passivo dos títulos de crédito, ou seja, a assunção pelos diversos devedores.
Teoria dos créditos sucessivos
É uma das primeiras teorias e afirma que " a cada sucessivo titular do direito cartular correspondem créditos sucessivos e diversos."
Os defensores dessa teoria reconhecem vários créditos sucessivos e diversos no título, mas divergem quanto ao destino do crédito anterior, quando surge um novo.
No entanto, quem emite um título de crédito não pretende assumir várias obrigações, mas apenas uma obrigação em relação a todos os sucessivos credores. 
Se o devedor não assume mais de uma obrigação, é óbvio que não pode haver mais de um crédito sucessivo.
 Teoria da Delegação
Essa teoria sustenta que quem emite um título de credito delega ao beneficiário original poderes para transferir o credito a um novo titular e assim sucessivamente.
A grande crítica que se faz a essa teoria é a impossibilidade de se explicar a inoponibilidade do eventual vício na aquisição do direito. Caso houvesse delegação, qualquer vício na aquisição do título romperia a cadeia de delegações e afetaria o direito atual do título.
Teoria da cessão do crédito 
Ocorre, entretanto, que o regime dos títulos de crédito é próprio, diferente do contratual.
Cada transferência do título implicaria a cessão do crédito correspectivo ao novo credor.
Teoria da personificação do título
Concebe o título de crédito como um sujeito de direito, ou seja, o próprio título seria uma pessoa. Assim, o credor seria apenas um sujeito fictício a que se equipara, todos os sucessivos proprietários do título.
Teoria do crédito alternativo
O título de crédito conteria uma obrigação alternativa, no sentido de que o emitente assumiria a obrigação em relação a qualquer um que viesse a ser o titular do crédito.
A indeterminabilidade do credor não se confunde com a alternatividade da obrigação!
Teoria da emissão abstrata
Por essa, haveria uma abstração da pessoa do credor, o que explicaria o direito originário de cada titular. No entanto, não explica a inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé.
Teoria da pendência
Por esta teoria, o titular do direito será apenas o último proprietário ou possuidor do título. O débito já estaria aperfeiçoado desde sua origem e já seria eficaz, pela posse do título nas mãos de um titular de boa-fé, mas o crédito estaria pendente de aperfeiçoamento. 
Essa teoria foi bastante difundida, mas não conseguiu explicar por que, mesmo antes do vencimento, o possuidor do título pode tomar medidas de defesa do direito de crédito. Assim, temos que o crédito já existe.
Teoria da promessa à generalidade
O emitente dirigiria sua vontade não a uma pessoa determinada, mas a um grupo indeterminado de pessoas. O credor só seria conhecido no momento do exercício do direito.
Teoria da propriedade
Reconhece que a titularidade do direito de crédito decorre da propriedade do título, onde os sucessivos titulares do crédito são os sucessivos proprietários do título.
É reconhecida como majoritária, mas recebe uma crítica: nem sempre o dono do documento é o titular do crédito.
Exemplo: título escrito sobre uma pintura de Leonardo da Vinci. Com efeito, o titular do crédito não seria dono da obra de arte, nem o contrário. Todavia, nesse tipo de situação poderia se separar a propriedade do título de crédito da propriedade da tela, mantendo-se no direito de propriedade a origem do direito de crédito.
PERGUNTAS!!
Por que a teoria dos crédito sucessivos não prosperou?
Por que a teoria da pendência não prosperou?
Explique a teoria da propriedade.
Direito Empresarial 2 - aula 06
REQUISITOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
Formalismo para segurança das partes envolvidas. Segurança da circulação do crédito. 
Diz o art. 888 do Código Civil de 2002: 
“Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem”. 
O Código Civil traça alguns requisitos para a caracterização dos títulos de crédito. Além dos requisitos do Direito Cambiário, devem-se observar os requisitos mínimos obrigatórios para qualquer ato do Direito Comum. São eles: 
agente capaz; 
objeto lícito, possível e determinável; 
emissão lícita;
forma prescrita em lei;
data de emissão;
data de vencimento;
precisão dos direitos conferidos; 
assinatura; e,
local de emissão e local de pagamento.
AGENTE CAPAZ
A emissão do título de crédito é um ato jurídico: uma promessa de pagar ou entregar bens, crédito inscrito na cártula e por ela representado.
O representante, legal ou convencional, lança sua própria assinatura no título. Logo, se age para além de seus poderes ou se age sem deixar claro que representa alguém, pode vir a suportar as consequências jurídicas e econômicas de seu ato.
Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado. 
STJ Súmula nº 60 - 14/10/1992 - DJ 20.10.1992. Obrigação Cambial - Procurador do Mutuário Vinculado ao Mutuante. É nula a obrigação cambial assumida por procurador do mutuário vinculado ao mutuante, no exclusivo interesse deste. 
OBJETO LÍCITO, POSSÍVEL, DETERMINADO 
Os atos de criação e a emissão do título de crédito devem ter por objeto lícito, guardando correspondência com a lei, na forma (princípio da tipicidade cambiária) e no conteúdo (objeto da obrigação declarada).
Não será válida a cártula em que esteja anotada a previsão de entregar reais, sem precisar quantos, ou seja, sem igualmente definir a quantidade que permita precisar a obrigação.
A cártula deve conter obrigação conforme previsão legal, sob pena de não ter validade como título de crédito.
A cada título de crédito corresponde um objeto juridicamente possível: o objeto da nota promissória é uma obrigação de pagar quantia certa em dinheiro. Logo, não é lícito emitir uma nota promissória para afirmar a obrigação de entregar coisa certa, como pedras preciosas ou ouro.
No exemplo, não servirá como título de crédito, mas como mera prova da obrigação submetida às regras do Direito Comum.
 FORMA PRESCRITA EM LEI
Devido a sua função primordial de circular, os títulos de crédito são usados como quase-moedas no mercado, servindo para pagamentos, operações de desconto, como as realizadas pelas factorings que, mediante a cobrança de percentual sobre o valor do título, antecipam o valor do crédito.
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente.
O ato de emissão (criação e colocação do título em circulação) não é solene, não se revestindo de for especial. Basta que a pessoa, no exercício de sua capacidade civil, complete o modelo legal: preencha o papel que atenda aos requisitos, assinando-o. Também não há qualquer requisito formal para a colocação do título no mercado.
Assim, além dos três elementos básicos de todos os atos jurídicos, há os requisitos próprios dos títulos de crédito, que são os seguintes: 
Emissão Lícita
Não pode estar submetido a condições ilícitas, ou seja, contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes, incluindo as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. (Art. 122 CC).
Também não pode resultar de circunstências tipificadas como defeituosas e, portanto, anuláveis: erro ou ignorância, dolo, coação, estado de perigo, lesão enorme ou lesão no contrato e fraude contra credores.
Importante! A nulidade resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé devido aos princípios da autonomia, abstração e independência.
Data de Emissão
A datade emissão é um requisito indispensável (Art. 889 CC) porque esta é essencial para definir o regime aplicável ao título, diante da possibilidade de conflito de normas no tempo, bem como para permitir o cálculo do prazo prescricional.
Se a cártula é emitida sem tal informação, o portador deverá preenchê-la antes de apresentar a cártula e exgir o seu pagamento.
Assinatura
Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos signatários. 
A assinatura do emissor é requisito essencial porque é a prova necessária e única de que a declaração unilateral de direito corresponde efetivamente ao emitente que, para tanto, deve firmá-la de próprio punho ou por intermédio de procurador com poderes especiais para tanto.
A cor da tinta é indiferente, assim como não há exigência de uniformidade de tinta ou de caneta entre o texto e a assinatura.
Precisão dos Direitos Conferidos
A declaração cambial deverá ser precisa e clara sobre a obrigação por ela representada.
Vinculado ao princípio da literalidade. O que não está no título não está no mundo.
Data do Pagamento
Não é um requisito indispensável. Na falta de uma data de vencimento, considera-se “à vista” o título de crédito, de acordo com o art. 889, § 1o: “É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento”. Quando há uma data de vencimento fixada, estamos diante de uma execução diferida. São distintos o momento da criação do crédito e o momento em que devem produzir efeitos. 
A emissão a vista pode se concretizar  ex-vi legis ou ex consensu. No primeiro, temos o cheque, cuja exigência é imediata, sendo inválida qualquer cláusula ou expressão que diz o contrário. Assim, não existe o cheque “pré-datado” (na verdade, deveria chamar-se cheque “pós-datado”, afinal, você está colocando uma data posterior à data da emissão). A expressão “bom para” em cheques é considerada NÃO ESCRITA para o direito empresarial. Se você emitir cheques para 30, 60 e 90 dias em uma loja, esta poderá ir ao banco no mesmo dia e solicitar o pagamento dos três cheques! E se não tiver fundos, a loja poderá protestar e, inclusive, EXECUTAR
Aqui, deve haver a separação entre o direito empresarial e direito civil. Para o primeiro, o cheque é uma ordem de pagamento à vista. Mas, para o direito civil, a apresentação antecipada do cheque no banco acarreta dano moral, porque houve quebra da boa fé contratual. É o que diz a súmula 370 do STJ.
Na emissão a vista ex consensu, decorre da ausência, no título, da data do vencimento; do fato de a data do vencimento ser a mesma data de emissão; da menção “vencimento a vista” ou expressão similar, sempre que possível.
Local de Emissão e local de Pagamento
São informações facultativas. Na falta dessas informações, entende-se que é o lugar do domicílio do emitente. Art. 889, § 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. 
A indicação do local para pagamento é importante porque determina o local da propositura da ação de Execução (art. 100, IV, d, CPC). Ademais, em havendo indicação, o credor não pode exigir que o pagamento seja feito em outro lugar.
PERGUNTAS!
Quais os requisitos dos títulos de crédito?
2. Quais os requisitos próprios dos títulos de crédito?
3. A cártula que esteja anotada a entrega de reais sem precisar o valor é válida? Justifique.
4. A qual princípio está atrelado o requisito da precisão dos direitos conferidos? Explique este requisito.
5. Por que o local de pagamento do título de crédito é importante?
Direito Empresarial 2 - aula 07
CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
Letra de Câmbio 
Nota promissória 
Cheque 
Duplicata 
Conhecimento de transporte 
Conhecimento de depósito 
Warrant 
Títulos de crédito rural 
Títulos de crédito industrial 
Títulos de financiamento comercial 
Títulos de garantia imobiliária
* Legislação Aplicável: 
- Código Civil: arts. 887 até 926. 
- Letra de Câmbio e Nota promissória: Decreto nº 57.663/66 (Lei Uniforme) 
- Cheques: Lei nº 7.357/85 
- Duplicata: Lei nº 5.474/68 
O CC também apresenta regras sobre os títulos de crédito, mas a 
sua aplicação é subsidiária. 
Art. 903 do CC: “Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código”
CATEGORIAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 
De acordo com Ascarelli, as categorias dos títulos de crédito são:
a) Títulos de crédito próprios 
b) Títulos de crédito impróprios 
b1) Comprovantes de legitimação 
b2) Títulos de legitimação 
Nos títulos de crédito próprio, o titular do direito é o proprietário do documento.
Os títulos de crédito não são documentos probatórios, mas documentos que constituem o direito de forma abstrata em relação à obrigação original.
Os títulos de crédito impróprios são meros documentos probatórios que não se destacam do contrato que os origina. Não possuem função de circular (típica dos títulos de crédito próprios) e, por isso, não obedecem aos princípios dos títulos de crédito.
Os comprovantes de legitimação se caracterizam como documentos meramente probatórios, ou seja, o direito não deriva do documento, mas de um contrato ou um fato. Ex. Passagens de ônibus, recibos de depósito e ingressos de espetáculos públicos.
Os títulos de legitimação também são documentos meramente probatórios, mas diferentemente dos comprovantes de legitimação, são transferíveis, independentemente de notificação ao devedor. Ex. vales postais.
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com Cesare Vivante, temos:
títulos de crédito propriamente ditos (letra de câmbio, nota promissória);
títulos que servem para a aquisição de direitos reais sobre coisas determinadas, como o conhecimento de depósito;
títulos que atribuem a qualidade de sócio, como as ações de sociedade; e
títulos que dão direito a algum serviço, como as passagens de ônibus
Para Fran Martins, temos:
títulos de crédito próprios (representam uma efetiva operação de crédito, baseada na confiança e envolvendo uma troca no tempo - letra de câmbio e nota promissória);
títulos de crédito impróprios (não representam uma operação de crédito, mas circulam como títulos de crédito - cheque);
títulos de legitimação (asseguram o direito de receber uma prestação de coisas ou serviços, não se referem propriamente a um direito de crédito - ingressos de espetáculo público, passagens e conhecimentos de depósitos e de transporte); e
títulos de participação(asseguram ao portador o direito à participação nos resultados de determinado empreendimento, como as ações de sociedades anônimas).
Marlon Tomazette discorda dos demais porque abrangem documentos muito distintos dentro da mesma categoria, assim como documentos que não são títulos de crédito como as passagens de ônibus e ações de sociedades anônimas.
QUANTO AO MODELO
Vinculado:
aquele cuja forma/formatação está definido em legislação. Há uma padronização obrigatória. Exemplos: Duplicata e cheque. Já houve definição pelo Conselho Monetário Nacional.
Livre:
A forma não precisa seguir uma padronização própria. Exemplo: Nota promissória e letra de câmbio. Qualquer pedaço de papel pode ser nota promissória ou letra de câmbio. 
QUANTO A NATUREZA
 Causais ou abstratos.
Nos títulos abstratos, o título não faz qualquer referência ao negócio jurídico que lhe deu origem. Assim, o exercício do direito incorporado ao título não depende da relação fundamental que lhe deu origem. Cheques, letras de câmbio e notas promissórias.
Nos títulos abstratos, a cártula basta para assegurar a liquidez, a certeza e a exigibilidade do crédito. A causa que deu origem ao título é excluída da sua circulação.
Os títulos causais são aqueles que estão indissociavelmente ligados à relação que lhes deu origem. Há uma conexão mais íntima entre o título e a relação fundamental. Ex. duplicatas.
Atenção! As próprias partes podem transformar um título abstrato em um título causal, vinculando-o expressamente ao negócio que lhe deu origem.
QUANTO A CIRCULAÇÃOAo portador;
À ordem;
Não à ordem; e 
Nominativo. 
Ao portador: não identifica o beneficiário. O sujeito ativo dos direitos decorrentes do título é a pessoa em cuja posse o mesmo se encontra legitimamente. É o portador de boa-fé. 
Obs. 
No Brasil, em regra, não se admite mais títulos ao portador. Isso em razão da insegurança que pode gerar. Exceto se houver previsão expressa em lei especial. Exemplo: A Lei nº 9.069/95 diz que o cheque até R$100,00 (cem reais) pode ser ao portador. 
Art. 904. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição. 
Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor. 
Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente. 
Art. 906. O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal, ou em nulidade de sua obrigação. 
Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial. 
À ordem: há identificação do beneficiário no título. Portanto, é considerado nominal. A sua circulação se dá por simples endosso (consiste na simples assinatura do beneficiário no verso do título) 
Não à ordem: 
o título circulará por meio de cessão civil. Também é nominal, pois há a identificação do beneficiário, mediante um termo de transferência assinado pelo cedente e pelo cessionário. O título “não à ordem” retira do título de crédito uma de suas características principais, que é a circulação livre do título. Só pode ser utilizada em casos limitados, quando a lei permitir. A lei que regulamenta as duplicatas, por exemplo, determina que estas serão sempre “à ordem”.
Obs.:
Endosso x cessão civil: Quando você transfere um título mediante endosso, você responde pela sua existência, bem como pela solvência (pagamento do título). No caso da cessão civil, não responde pela solvência. 
Nominativo: Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente. 
Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. 
Art. 923. O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatário. 
§ 1o A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o emitente, uma vez feita a competente averbação em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatário que comprove a autenticidade da assinatura do endossante. 
§ 2o O endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de endossos, tem o direito de obter a averbação no registro do emitente, comprovada a autenticidade das assinaturas de todos os endossantes. 
§ 3o Caso o título original contenha o nome do primitivo proprietário, tem direito o adquirente a obter do emitente novo título, em seu nome, devendo a emissão do novo título constar no registro do emitente. 
Art. 924. Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua custa. 
Art. 925. Fica desonerado de responsabilidade o emitente que de boa-fé fizer a transferência pelos modos indicados nos artigos antecedentes. 
Art. 926. Qualquer negócio ou medida judicial, que tenha por objeto o título, só produz efeito perante o emitente ou terceiros, uma vez feita a competente averbação no registro do emitente. 
QUANTO À SUA ESTRUTURA
Ordem de pagamento
Promessa de pagamento
Ordem de pagamento:há 3 intervenientes. Há o que dá a ordem (“A”), o que recebe a ordem (“B”) e o beneficiário ou primeiro credor (“C”). Exemplo: cheque. Se eu emitir um cheque, eu estou dando uma ordem (A) para um Banco (B), que deverá pagar ao beneficiário (C). Além do cheque, a letra de câmbio e a duplicata são ordens de pagamento.
Promessa de pagamento: há apenas 2 intervenientes. Há o promitente e o tomador beneficiário. É o caso da nota promissória e as cédulas de crédito.
QUANTO À PRESTAÇÃO
Os títulos de crédito asseguram um direito a uma prestação, a qual pode variar de título para título.
Os títulos de valor em dinheiro são a regra geral, uma vez que a maioria dos títulos de crédito envolve o pagamento de determinada quantia em dinheiro. 
Os títulos representativos são documentos que representam mercadorias ou bens, como os conhecimentos de depósito e warrants emitidos por armazéns gerais ou as cédulas de produto rural.
PERGUNTAS!! 
Quais as espécies de títulos de crédito?
Qual a diferença entre os comprovantes de legitimação e os títulos de legitimação?
Como se classificam os títulos quanto à natureza? Eplique cada um.
Explique o que é um título de crédito ao portador e informe se este é permitido no Brasil?

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