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Apostila Cirúrgica

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Apostila Cirúrgica I
Profº Márcio Rogério
História da cirurgia
 Cirurgia: ramo da medicina que se propõe curar pelas mãos. Do grego: kheirourgia (kheiros, mão e ergon, obra). O termo cheirourgos é encontrado em autores gregos clássicos designando não só o médico que tratava doenças com as mãos, como também cozinheiros ou tocadores de cítara. Esse termo vem sendo modificado através dos tempos: cirurgien, surgien em francês arcaico e daí surgeon em inglês.
 Cirurgia é ciência e arte. Como ciência, tem renovação dinâmica e constante de preceitos e conceitos em função da sua própria evolução. Como arte exige um aprendizado manual paciente e bem conduzido. Será aprendida mais facilmente por aqueles que nascem com vocação e aptidão específicas, como acontece com todas as artes.
 Em épocas passadas a cirurgia era considerada o último recurso aplicável a doentes para os quais não havia mais remédios que lhe restabelecessem a normalidade. Com a evolução dos conhecimentos, a cirurgia passou a ter lugar no tratamento de algumas doenças.
 Hoje exige dos cirurgiões o conhecimento de anatomia e fisiologia, bioquímica, imunologia, bacteriologia, metabolismo e, obviamente, de técnica cirúrgica.
 Antes do século XVI os próprios médicos praticavam as poucas operações que as urgências exigiam. Mais tarde passaram a deixá-las para pessoas menos qualificadas, os barbeiros.
Durante séculos a cirurgia existiu em estado latente:
 Ocupava-se dos feridos das guerras.
Raríssimas operações eram bem sucedidas, sendo praticadas, inicialmente, como magia ou por imperiosa necessidade. 
A CIRURGIA NA PRE-HISTÓRIA
 Atos médicos e cirúrgicos (trepanações) eram feitos por feiticeiros. A trepanação é a primeira operação conhecida . A remoção de pequeno fragmento ósseo, geralmente arredondado, é conhecida desde os tempos neolíticos e era feita por razões religiosas, mas também médicas (alívio da pressão intracraniana). Os fragmentos ósseos discóides eram usados como amuletos.
 As trepanações eram de diferentes tamanhos, e feitas em diferentes pontos da caixa craniana.
Eram mais freqüentes nos adolescentes e jovens. Alguns crânios sofreram várias trepanações. As trepanações eram mutilações sangrentas e dolorosas executadas com um fim de iniciação mística (crianças e adolescentes) ou de ritos mágicos. Havia, do mesmo modo, outras práticas sangrentas como a subincisão uretral e a circuncisão.
A Cirurgia na Antiguidade 
 Em 2500 a.C. foram relatadas operações em tumbas de faraós em Saqquarah. Os papiros de
Ebers e Edwin Smith, do século XVI A.C., trouxeram informações e foram os primeiros textos sobre cirurgia. O papiro cirúrgico de Edwin Smith é um dos mais importantes documentos da medicina antiga do Vale do Nilo. Foi escrito por volta de 1700 a.C., mas a maioria de suas informações é baseada em textos escritos na época de Imhotep (2640 a.C.). O papiro se refere, principalmente, às feridas e a como tratá-las.
 Na Índia, no século IV a.C., houve um desenvolvimento grande da cirurgia plástica,
principalmente das rinoplastias. Os prisioneiros de guerra e os adúlteros eram punidos com a
amputação do nariz, cuja reconstrução era feita à custa de retalhos da testa. Susruta foi o grande
cirurgião indiano da época.
 Entre 460 e 377 a.C. foi formulado o Juramento de Hipócrates. Sob essa influência, em 150
a.C., foi proibido que médicos e cirurgiões respeitáveis, educados, usassem bisturis e cortassem
pacientes para retirada de cálculos. Tais tarefas, consideradas selvagens, ficavam para artesãos menos educados (mais tarde a Igreja se posicionou fortemente contra as dissecções e operações e somente no século XIII é que os médicos e os cirurgiões começaram a ser igualmente respeitados).
 A cirurgia praticamente não existia na China Antiga por causa da orientação totalmente
diferente da medicina chinesa, somada à completa ignorância da anatomia. Hua T’o, o mais famoso médico chinês da época, no ano de 190 (século II) já fazia anestesia para operações no abdome usando Cannabis sativa fervida com vinho. Parece ter removido um baço com esse método. O seu avanço cirúrgico parou nessa ocasião porque Confúcio proibiu as mutilações do corpo humano. Nessa época, o Senhor da Guerra Kuan Yun foi operado por Hua T’o para retirar uma flecha envenenada que o atingira. Quando, mais tarde, Hua T’o indicou uma trepanação para melhorar a dor de cabeça de Kuan Yun, este o mandou executar por desconfiar que o cirurgião tinha sido subornado para matá-lo.
A Cirurgia na Idade Média
 O cirurgião bizantino Paulo de Egina (Paulus Aegineta), escreveu um breviário de cirurgia onde compilou o que já havia sido dito pelos gregos. Discutiu, com sua experiência pessoal: traqueotomia, tonsilectomias, flebotomias e redução do tamanho das mamas.
 Os escritos e manuscritos da época mostram claramente a mistura vigente de misticismo e crueldade. Na Idade Média, o homem era totalmente religioso e via em tudo o que lhe acontecia um gesto direto de Deus. A igreja, cuja autoridade era incontestada, impediu todo o espírito de pesquisa
como, por exemplo, a interdição das dissecções que, aliás, foi mantida até 1480.
 A cirurgia foi considerada uma prática bárbara, também condenada pela igreja.
 No século XIII apareceram as primeiras escolas de medicina. A primeira foi a de Salerno (século IX?), que fornecia ensino verdadeiro e diploma. Rogerius Frugardi (Roger de Salerno) teve sua obra “Cirurgia” editada por Roland de Parma. 
A Escola de Salerno professava o dogma da supuração louvável: qualquer ferida deveria produzir supuração. A Escola de Bolonha (1158), segunda a aparecer, defendia a doutrina inversa: É o seco, mais que o úmido, que mais se aproxima do estado são.
 Em 1222 é criada a Universidade de Pádua, que contou com destacados professores de
anatomia e cirurgia, como Fabricius d'Acquapendente, Giambattista Morgagni, Andreas Vesalius e Gabriel Faloppio, dentre outros.
No século XIII, dois cirurgiões italianos tiveram atuação marcante: Guglielmo Salicetti 
(1201- 1277) e seu aluno Guido Lanfranchi que, em seu livro Chirurgia Magna (1296), já fala de sutura de nervos cortados e recomenda a sutura intestinal, tendo se associado ao primeiro colégio de cirurgia, o Colégio de São Cosme.
 No fim do século XIII e início do século XIV, as escolas francesas aumentam seu prestígio e dois cirurgiões se distinguem: Henri de Mondeville e Guy de Chauliac.
 Mondeville (1260-1320) preconizou que as feridas limpas cicatrizam melhor. Nas feridas não se deveriam usar ungüentos e bálsamos. Os corpos estranhos deveriam ser removidos e o sangramento parado. Recomendava curativos com compressas embebidas em vinho quente.
 Guy de Chauliac (1300-1370), professor na Universidade de Montpellier, publicou o livro Chirurgia Magna (1363), em que dizia: “Todos os artesãos devem conhecer o assunto em que trabalham; de outro modo, eles errariam nas suas obras. Segue-se que os cirurgiões devem conhecer a anatomia.” Em 1376, Chauliac foi autorizado a dissecar um cadáver por ano. Foi um dos primeiros a receber esta autorização, precedido por Mondino de Luzzi de Bolonha. Recomendava a castração nas operações de hérnia inguinal, já que usava a cauterização e poucos testículos permaneciam viáveis.
Retirava-os preventivamente.
 A Itália lidera a pesquisa anatômica durante pelo menos dois séculos, inicialmente com a Escola de Salerno (criada por Frederico II da Sicília). Era obrigatório o estudo de três anos de lógica, cinco anos de medicina e cirurgia e um ano de prática sob a orientação de um médico instruído.
 O médico assim formado devia pertencer à igreja e falar latim. Seu ensino tinha sido dogmático, ele se preocupava mais com a discussão teórica e citações de textos antigos. Qualquer ação manual era considerada desonrosa e significava perda da autoridade. Como homem da igreja não poderia derramar sangue. Recusava-se a qualquer ato cirúrgico,
deixando-o para os inferiores: os barbeiros cirurgiões, que eram simples operários, iletrados e leigos.
 O médico usava a toga longa e o barbeiro cirurgião a toga curta. Os médicos exigiam a submissão dos então chamados cirurgiões-barbeiros. Apenas no século XVI os cirurgiões atingiram sua autonomia com Ambroise Paré, que foi o primeiro médico que dedicou todo o seu tempo à cirurgia.
 Ambroise Paré (1510-1590), considerado o fundador da ortopedia, modificou o tratamento das feridas que, até então, eram cauterizadas e queimadas com óleo. Em 1536 foi reconhecido como apto a curar cravos, bossas, antrazes e carbúnculos, chegando à posição de cirurgião de quatro reis da França.
Mostrou que tratar as feridas com gema de ovo, mel e terebintina dava melhores resultados quea cauterização. Quando o rei Carlos IX ficou doente, disse a Paré:
 “Espero que vás tratar melhor o rei do que os pobres do hospital.”
Ambroise Paré respondeu:
“Não, isto é impossível.”
“E por que?” Perguntou-lhe o rei.
Respondeu:
“Porque eu os trato como a reis.”
A Evolução da Anestesia 
 O ser humano sempre procurou meios de aliviar a dor; por volta de 3000 a.C, na Mesopotâmia, se “narcotizava” o paciente comprimindo-lhe as carótidas para que perdesse a consciência.
 Nas Américas a coca era um importante anestésico usado nas trepanações.
Com um maior conhecimento das plantas medicinais, a narcose começou a ser obtida por meio da administração das mais diversas substâncias (haxixe, ópio, álcool, etc.) ou por meio da isquemia do membro (no caso das amputações). Na verdade, por milhares de anos, arrancadores de dentes, barbeiros e cirurgiões tinham que trabalhar com extrema rapidez procedendo a uma amputação em alguns segundos. A despeito disso, usavam tampão nas orelhas e os pacientes eram amarrados ou contidos por auxiliares. No século X, Ambroise Paré preconizava um coquetel de ópio e álcool.
 Em 10 de dezembro de 1844 Horace Wells, um dentista itinerante, assistia a uma demonstração com gás hilariante (óxido nitroso) em uma feira em Connecticut (EUA) quando um espectador caiu, feriu a perna e nada sentiu enquanto estava inalando o gás Percebeu suas propriedades anestésicas e tentou demonstrá-las em uma sessão pública de extração dentária sem dor, com o uso do óxido nitroso.
Foi mal sucedido e o fracasso o perturbou a tal ponto que o levou ao suicídio em 1848.
 William Thomas Green Morton (1819-1868) e John Collins Warren (1778-1856) tiveram melhor sorte na anestesia feita com éter, ministrada ao paciente Edward Gilbert Abbott em 1846. Na verdade, o médico e farmacêutico americano Crawford Williamson Long (1815-1878) foi o primeiro a usar o éter como anestésico durante uma intervenção cirúrgica. Em 30 de março de 1842 Long fez com que seu paciente James Venable inalasse os vapores do éter, e assim pôde ressecar um tumor em seu pescoço sem que o paciente, inicialmente aterrorizado com a simples idéia da operação, sentisse qualquer dor. O preço do procedimento com anestesia foi de dois dólares.
Com o bom resultado obtido, Long, passou a usar o éter em amputações e em partos, mas não se preocupou em publicar os resultados de seus trabalhos. Só o fez em 1849, quase três anos depois das publicações de Morton.
 Em novembro de 1847, James Young Simpson, obstetra em Edimburgo (Escócia), usou clorofórmio para alívio da dor do parto vaginal, o que suscitou diversos debates médicos e religiosos já que a dor do parto era então considerada um castigo divino.
Esses debates arrefeceram quando John Snow, médico e epidemiologista inglês, administrou clorofórmio à Rainha Vitória quando ela deu à luz seu quarto filho homem, o príncipe Leopoldo, em 1857. Tal fato levou a uma ampla a pública da anestesia obstétrica.
Assepsia e Antissepsia
 Inácio Felipe Semmelweis (Semmelweiss Ignác Fülöp), médico húngaro que nasceu em 1818, conseguiu diminuir drasticamente a taxa de mortalidade por sépsis (febre) puerperal em seu hospital mediante a determinação de que os obstetras lavassem as mãos antes de atender aos partos. Havia observado que a mortalidade das parturientes atendidas por médicos (na Primeira Clínica Obstétrica do Allgemeine Krankenhaus) era cerca de três a dez vezes maior que a das parturientes atendidas por parteiras (na Segunda Clínica Obstétrica do mesmo hospital). Os recém-nascidos também morriam
com mais freqüência na primeira clínica.
 Na época, as doenças epidêmicas eram explicadas por “influências cósmico-telúricas”. As pesquisas de Semmelweis eram boicotadas por seus pares e superiores, mas ele acabou concluindo que a grande diferença estava no fato de que na segunda unidade só trabalhavam parteiras, que antes de examinar as pacientes não dissecavam cadáveres – o que ocorria, freqüentemente, com os médicos.
 A despeito do significado de sua descoberta, foi incompreendido e insultado pela comunidade científica de seu tempo. Acabou morrendo em 1865, em um asilo, aparentemente em conseqüência de uma infecção que ele mesmo provocou cortando-se com um bisturi contaminado para demonstrar sua teoria. Atualmente, Semmelweis é considerado um dos pioneiros da anti-sepsia e da prevenção da infecção hospitalar.
 Luís (Louis) Pasteur (1822-1895) foi um cientista e químico francês que, entre 1860 e 1864, demonstrou que a fermentação e o crescimento de microorganismos em caldos de cultura não ocorriam por geração espontânea. Propôs a “teoria germinal das doenças infecciosas”, segundo a qual toda doença infecciosa tem sua causa em um micróbio com capacidade de propagar-se entre as pessoas.
Em 1865, o cirurgião inglês Joseph Lister (1827-1912) aplicou a teoria dos germes de Pasteur
para eliminar os microorganismos vivos em feridas e incisões cirúrgicas. Acreditando que as infecções se deviam a partículas presentes no ar ambiente, vaporizava os instrumentos, as feridas e as roupas com ácido carbólico (fenol), que era usado na época para desodorizar águas residuais. Assim, Lister iniciou uma nova era na cirurgia; em 1869 conseguiu reduzir a taxa de mortalidade operatória de 50% para 15%. Inicialmente seu método – que ele chamava anti-séptico – foi recebido com ceticismo, mas por volta de 1880 já era aceito por todos.
 As técnicas de anti-sepsia e assepsia foram, finalmente, aceitas como parte da rotina cirúrgica em meados de 1890. Como conseqüência, o uso de luvas, máscaras, aventais e gorros cirúrgicos evoluiu naturalmente.
 Embora a descoberta da vulcanização, em 1843, permitisse a fabricação de luvas de borracha, nenhuma luva verdadeiramente flexível e funcional havia sido produzida até 1878.
 A identidade do primeiro cirurgião que usou luvas de borracha rotineiramente permanece
incerta. Sabe-se que, já em 1878, T. Gaillard Thomas (1831-1903), um ginecologista de Nova Iorque, permitia que membros de sua equipe cirúrgica usassem luvas de borracha para proteger as mãos dos efeitos cáusticos das várias soluções usadas para limpar os instrumentos cirúrgicos.
 Entretanto, o uso das luvas cirúrgicas na sala de operações foi popularizado por William
Stewart Halsted (1852-1922). Em 1889, as luvas cirúrgicas foram introduzidas no Johns Hopkins Hospital em Baltimore, EUA, porque a enfermeira-chefe do centro cirúrgico (e sua futura esposa) Caroline Hampton desenvolveu uma dermatite pelo uso da solução usada para desinfetar as mãos e os braços. Tal fato levou Halsted a solicitar à Goodyear Rubber Company que produzisse luvas finas que não interferissem com a necessária sensibilidade. Como a maioria dos cirurgiões do século XIX, Halsted achava que operar com luvas era um método de prevenir a dermatite induzida quimicamente. Só mais tarde se deu conta do impacto das luvas na anti-sepsia.
 Muitos cirurgiões, no entanto, insistiam que as luvas reduziam a delicadeza do toque e
continuavam a operar sem proteção para as mãos. A aceitação internacional do uso necessário das luvas de borracha em qualquer operação cirúrgica só ocorreu após
a I Guerra Mundial (1914-1918).
UNIDADE DO CENTRO CIRÚRGICO
 O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas do hospital devido sua especificidade, presença de agente estressores devido às possibilidades de risco à saúde a que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica. 
O CC é constituído de um conjunto de áreas e instalações que permite efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente, e de conforto e segurança para as equipes que o assiste. 
Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades, a realização de procedimentos cirúrgicos devolvendo os pacientes às suas unidades de origem nas melhores condições possíveis de integridade; otimização de campo de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos; e o desenvolvimento científico para o aprimoramento de novas técnicas cirúrgicas e afins. 
Estrutura Física 
 O CC deve estar localizado em uma ár ea do hospital que ofereça a segurança necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e de poeira. Recomenda-se que seja próximo às unidades de internação, pronto-socorro e unidade de terapia intensiva, de modo a contribuir com a intervenção imediata e melhor fluxo dos pacientes. 
De acordo com a organização hospitalar, podem fazer parte do bloco cirúrgico a Recuperação Pós-Anestésica e a Central de Materiais e Esterilização. As demais áreas são assim caracterizadas: 
Vestiários (masculino e feminino): 
 Localizados na entrada do CC, onde é realizado o controle de entrada das pessoas autorizadas após vestirem a roupa privativa da unidade. Deve possuir chuveiros, sanitários e armários para guarda de roupas e objetos pessoais. 
 Área de conforto: 
 Área destinada a lanches para que os mesmos não sejam realizados em locais inadequados. Deve-se dispor nesse local de cadeiras, poltronas e sofás. 
 Sala de Enfermagem: 
Reservada ao controle administrativo do CC. Deve estar em local de fácil acesso e com boa visão de todo o conjunto do setor. 
Sala de recepção dos pacientes: 
 Espaço para receber os pacientes. Aqui os pacientes são avaliados clinicamente antes da cirurgia ou receber medicação pré-anestésica. Este ambiente deve ser o mais calmo possível a fim de diminuir o estresse do período pré-operatório. 
Sala para guarda de equipamentos: 
 Área para guarda e recebimento de equipamentos como: microscópios, bisturis, monitores cardíacos, respiradores, entre outros. Em condições de uso e utilização imediata. 
Sala para armazenamento de material esterilizado (arsenal): 
 Destinado ao armazenamento e distribuição dos artigos estéreis, para uso nas salas de cirurgia. 
Sala de gases medicinais: 
 Destinada ao armazenamento de torpedos de gases medicinais como oxigênio, ar comprimido, óxido nitroso e especialmente o nitrogênio para uso em aparelhos específicos ou em casos de emergência. 
Expurgo: 
 Local para o desprezo de secreções das salas de cirurgia. Deve estar provida de um vaso sanitário apropriado com descarga e uma pia para lavagem dos artigos utilizados nas cirurgias. 
Sala de Operação (SO): 
 Segundo a legislação brasileira, a capacidade do CC é estabelecida segundo a proporção de leitos cirúrgicos e Salas de Operação. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n°307/2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde, determina uma sala de operação para cada 50 leitos não especializados ou 15 leitos cirúrgicos. 
Para um dimensionamento ideal, deve-se levar em consideração alguns aspectos como: 
Horário de funcionamento do Centro-cirúrgico; 
Especialidades cirúrgicas atendidas (cardiologia, neurocirurgia, ortopedia, oftalmologia, etc.); 
Duração média das cirurgias; 
Número de cirurgias por dia; 
Número de leitos cirúrgicos do hospital; 
Hospital escola; 
Tamanho da sala: 
 Depende dos equipamentos necessários aos tipos de cirurgias a serem realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval. Segundo a RDC 307/2002, quanto ao tamanho, as salas são assim classificadas: 
Sala pequena: 20m², com dimensão mínima de 3,45 metros, destinadas às especialidades de otorrinolaringologia e oftalmologia. 
Sala média: 25m², com dimensão mínima de 4,65 metros, destinadas às especialidades, ginecológica, urológica e gástrica e geral 
Sala grande: 36m², com dimensão mínima de 5,0 metros, específicas para as cirurgias neurológicas, cardiovasculares e ortopédicas. 
Portas: 
As portas das salas de cirurgia devem ser largas o bastante para facilitar a passagem de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca para evitar seu estrago, ser de materiais laváveis e resistentes, de preferência revestidas de fórmica. 
É indicado o uso de portas do tipo “vai vém” que impeçam o uso das mãos para abri-la. O ideal é que se tenha uma outra porta de acesso à sala apenas para membros das equipes com visor de separação dos dois ambientes. 
 Piso: 
Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos comuns, sem fendas ou fissuras, ter aspecto estético, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável, resistente ao choque, durável, de fácil limpeza, pouco sonoro e principalmente bom condutor de eletricidade estática para evitar faíscas. Exemplo: granilite, vinílicos e mármore. 
 Paredes: 
Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e não refletor de luz. Pintadas de cores que evitam a fadiga visual, as tintas não devem possuir cheiro. É vedado o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para rejunte de peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos. Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes, conforme o Manual de Controle de Infecção Hospitalar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Teto: 
 Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos. Deve ser contínuo, não sendo permitido a utilização de forro falso-removível, a não ser nas demais áreas do centro-cirúrgico, onde é necessário este tipo de forro por razões ligadas à manutenção desde que resistentes aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção. 
Janelas: 
 Necessárias apenas para a entrada de iluminação natural, não permitindo a entrada de poeira e insetos. Devem ser dotadas de tela, não possuir parapeitos dentro ou fora da sala, não deve ainda, possuir cortinas ou persianas. 
Iluminação: 
 A iluminação do ambiente hospitalar é tratada legalmente pela NR-17 da portaria n°3214/78, e através da NBR 5413/92 da Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT) recomenda os níveis ideais de iluminação para o ambiente de trabalho. Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual das equipes médicas e enfermagem e oferecer condições para que a operação se processe com precisão, rapidez e segurança. Deve-se levar em consideração os seguintes aspectos: 
Eliminação de sombras e reflexos; 
Eliminação do excesso de calor no campo operatório; 
Proteção contra ocasional interrupção devido a falta de energia elétrica. 
Iluminação de emergência: 
 Devem existir sistemas interligados e automáticos, para acionarem geradores reserva de imediato na eventualidade de uma interrupção do fornecimento de força para o Centro-cirúrgico. 
 Ventilação/ Ar condicionado Deve atingir as exigências da NBR n°7256/82 tais como: 
- Impedir a entrada no Centro-cirúrgico de partículas potencialmente contaminantes, oriundas de áreas adjacentes: a pressão do ambiente da sala deve ser discretamente mais elevada que nos demais compartimentos do centro-cirúrgico. 
- Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de conforto e segurança para o paciente e para
a equipe que o assiste: temperatura entre 22 e 23°C, para não se tornar ambiente propício ao desenvolvimento de microorganismos. 
- Sistema energético alternativo para o sistema de ventilação na falta do sistema elétrico principal. 
Rede de gases: 
Oxigênio: 
 O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de cilindros avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por tubulação central até os pontos de utilização). 
Ar comprimido: Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros com pressões entre 120 e 190 Kgf/cm², como o oxigênio) ou centralizado (compressor com 100% de consumo máximo provável, que funcione automaticamente ou manualmente). 
Vácuo clínico: 
 Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do consumo máximo provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de emergência. É importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição convencional. 
 
Óxido nitroso: 
 O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (alto consumo - conduzido por tubulação dos cilindros até os pontos de utilizaç ão) ou centralizado (utilizado em caso de baixo consumo – utilização de cilindros transportáveis até os pontos de utilização). 
. 
De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases medicinais são distribuídos com as seguintes cores, segundo a NBR n° 6493/94 e NBR n° 12188: 
Verde emblema: oxigênio. 
Azul marinho: óxido nitroso. 
 Amarela segurança: ar comprimido medicinal. 
Cinza claro: vácuo medicinal. 
Lavabo: 
 Constituído de uma pia em aço inoxidável provida de torneira de água quente e fria, escovas e anti-sépticos para a escovação cirúrgica. É previsto um lavabo para cada duas salas de operação que deve possuir: 
Duas torneiras de acionamento por pé, joelho, braço, fotoelétrico ou qualquer outro meio que não as mãos; 
Espaço suficiente para duas pessoas lavarem-se simultaneamente (1,10 m² por torneira); 
 Dispensadores de produtos anti-sépticos (devem obedecer o mesmo princípio de dispensação que a torneira). 
Os anti-sépticos devem estar regulamentados por órgão governamental e autorizados pela Comissão de Infecção do Hospital. Recomenda-se também a instalação de um relógio para o controle do tempo de escovação. 
Recursos Materiais 
 Classificados em permanentes ou de consumo, o controle dos materiais utilizados no centro-cirúrgico são de competência da equipe de Enfermagem. 
 Os materiais permanentes podem ser fixos ou móveis. Os móveis são aqueles que podem ser deslocados ou acrescidos à sala de operação de acordo com a necessidade no ato operatório, dentre os quais se destacam:
Aparelho de anestesia; 
Aspirador portátil estéril; 
Banco giratório; 
 Balde para lixo; 
Balança para pesar compressas; 
Bisturi eletrônico; 
Carrinho abastecedor; 
Carrinho de medicamentos; 
Coxins; 
Escada com dois degraus; 
Foco auxiliar; 
Mesa de operação com os respectivos acessórios: arco de narcose, ombreiras, suportes laterais, perneiras, colchonetes em espuma; 
Mesa auxiliar para acondicionar pacotes de aventais; 
 Mesa de Mayo; 
Mesa para instrumental cirúrgico (simples e com traves ou suportes); 
Suporte de braço; 
Suporte de hamper; 
Suporte de soro; 
 Balão intra-aórtico; 
Bomba de circulação extra-corpórea; 
Cardioversor ou desfibrilador; 
Colchão de água para hiper ou hipotermia; ; 
Manta térmica; 
Microscópio eletrônico; 
 
 
Recursos Humanos 
 Os profissionais que atuam no Centro Cirúrgico são: as equipes médicas (cirúrgica e anestesiologia), de enfermagem, administrativa e de higiene, que têm como objetivo assistir adequadamente às necessidades do paciente. É de extrema importância que seus componentes atuem de forma harmônica e integrada para a segurança do paciente e a eficiência do ato cirúrgico. É importante ainda que as boas relações humanas e o profissionalismo sempre prevaleçam sobre as tensões, inevitáveis nesse tipo de trabalho. 
Em uma equipe, todos os seus membros têm suas responsabilidades e funções definidas, assim como devem ser habilitados para as atividades que desempenham. As funções do enfermeiro coordenador, do enfermeiro assistencial, dos técnicos de enfermagem, dos auxiliares de enfermagem e auxiliares e dos auxiliares administrativos, devem estar devidamente descritas. 
Equipe Cirúrgica
Componentes:
Anestesiologista 
 Circulante;
Téc. Enfermagem
Cirurgião;
Enfermeiro 
Instrumentador
 
Anestesista 
 Responsável por escrever a medicação pré-anestésica, planejar e executar a anestesia também cabe controlar o paciente durante e após o ato cirúrgico até restabelecimento dos reflexos.
Cirurgião
Médico cirurgião, um ou mais médicos auxiliares, dependendo da cirurgia.
Enfermeiro
 Promover a unidade de pessoal e de material necessário ao seu bom funcionamento
Organizar o trabalho a ser feito, distribuindo-o de forma racional.Coordenar e supervisionar a anestesia prestada ao paciente no transoperatório, execultando- a sempre que houver necessidade.
Circulante
Saber quais são as cirurgias marcadas para a sala sob sua responsabilidade, ou respectivos horários
Verificar a limpeza das paredes e do piso da sala.
Arrumar a sala promovendo-a com equipamento necessário à cirurgia.
Testar as luzes e aparelhos a serem utilizados.
Regular a temperatura da sala.
Verificar se o lavabo está equipado para lavagem e anti-sepsia das mãos e antebraços.
Revisar materiais existentes na sala, tais como, medicamentos, anti-séptico. 
Colocar o pacote de campo e aventais, as luvas e a caixa de instrumento em local acessível para a sua utilização.
Preparar o soro morno.
Equipar o carro de anestesia e colocá-lo à cabeceira da mesa de cirurgia.
Abrir os pacotes de materiais estéreis.
No final da cirurgia, o circulante deve: 
Avisar o paciente do término do procedimento cirúrgico. 
Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico. 
 Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre o paciente. 
Colocar o paciente em posição dorsal. 
Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e cateteres. 
Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa cirúrgica. 
Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias aéreas superiores. 
Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e irrigações. 
Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário. 
Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da unidade de terapia intensiva das condições em que o paciente se encontra. 
Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a rotina do CC. 
Instrumentador 
Deverá ser um elemento da equipe de enfermagem
Fase de desmontagem da sala: 
Reunir todos os artigos não usados ( estéreis) e colocar no carrinho para devolução ao centro de material e esterilização e farmácia ou central de suprimentos. 
Calçar luvas de procedimentos. 
Retirar da mesa de instrumentais artigos pérfurocortantes descartando em local apropriado designado pela instituição. 
Desprezar artigos de uso único não cortante em recipientes de lixo apropriados. 
 Encaminhas ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados ao destino determinado pela instituição. 
Reunir campo de pano nos hamperes, revisando-os. 
 Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas apropriadas para devolução no CME verificando integridade, número de peças e colocando os mais delicados sobrepostos aos mais pesados. 
Aspirar com o aspirador da sala todos os líquidos restantes em mesa cirúrgica e encaminhá-lo para limpeza conforma rotina da instituição. 
Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso. 
Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou levadas ao expurgo. 
Frascos de aspiração devem
ser descartados ou trocados e desinfetados antes do uso da próxima cirurgia. 
Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de devolução. 
Retirar luvas de procedimentos. 
 Lavar as mãos. 
A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em carros fechados, seguindo a rotina da instituição. 
Após as etapas anteriores, realiz ar a limpeza da sala de operação conforme preconizado. 
Terminologia Médico – Cirúrgica
 Para que os profissionais de saúde possam comunicar-se entre si, de maneira mais fácil, foi criada uma termologia especifica.
É a chamada terminologia médico-cirúrgica, cujo principal objetivo é padronizar a utilização de termos que sejam do conhecimento coletivo, de forma a possibilitar melhor entendimento entre as pessoas que os utilizam. Apresentaremos a seguir alguns critérios observados na formação dos termos mais comuns.
 As palavras do vocabulário médico-cirúrgico, em geral, são formados pela junção de dois ou mais termos, ganhando com isto um significado novo. Esses termos vêm do grego ou do latim e modificam o significado original da palavra à qual formam acrescentados. Conhecendo seu significado, podemos identificar de modo mais imediato a que se refere o novo termo. 
Exemplo:
Neuro – do grego neuron – significa nervo. Assim, quando juntando esse elemento à palavra cirúrgica, temos a palavra neuro-cirurgica, que significa cirurgia ligada ao sistema nervoso. A palavra neuropatia Neuro (nervos) + Patia (doença) - é usada quando queremos falar das doenças do sistema nervoso.
Mas existem ainda os segundos elementos de uma composição, que também precisam ser conhecidos. Exemplos
Ite – do grego Ítis – designa doença inflamatória do órgão ou tecido. Assim, quando esse elemento se junta ao termo brônquio, por exemplo, temos a palavra bronquite, que significa inflamação dos brônquios.
 Como você pode notar, o primeiro elemento que compõe a palavra se refere a um órgão, aparelho ou parte do corpo humano, enquanto o segundo se refere à técnica ou ao procedimento cirúrgico realizado, ou a patologia existente.
Conhecer e fixar alguns desses elementos formadores de palavras é importante para compreender a terminologia especifica de sua profissão. Veja as tabelas a seguir
	Primeiro Elemento da Composição
	Significado
	Adeno
	Glândula
	Angio
	Vaso
	Arterio
	Artérias
	Artro
	Articulação
	Blefaro
	Pálpebra
	Cardio
	Coração
	Cefalo
	Cabeça
	Cisto 
	Bexiga
	Colecisto
	Vesícula
	Colo
	Cólon
	Colpo
	Vagina
	Entero
	Intestino
	Espleno
	Baço
	Flebo
	Veia
	Gastro
	Estômago
	Hepato
	Fígado
	Histero
	Útero
	Laparo
	Cavidade abdominal
	Laringo
	Laringe
	Masto
	Mamas
	Meningo
	Meninges
	Nefro
	Rim
	Neuro
	Nervo
	Oftalmo
	Olho
	Ooforo
	Ovário
	Orqui
	Testículo
	Osteo
	Osso
	Oto
	Ouvido
	Procto
	Reto
	Rino
	Nariz
	Salpingo
	Trompa
	Traqueo
	Traqueia
	Segundo Elemento da Composição
	Significado
	-algia
	Dor
	-centese
	Punção; orifício
	-ectomia
	Remoção parcial ou total
	-stomia
	Comunicação entre dois órgãos ocos ou entre um órgão
	-tomia
	Corte
	-oma
	Tumor
	-pexia
	Fixação de um órgão
	-plastia
	Reconstituição de uma parte do corpo
	-rafia
	Sutura
	-scopia
	Ato de ver, observar
	
	
 A partir dessas duas listas, você pode tentar identificar alguns termos técnicos e perceber como se torna simples compreendê-los, quando se conhece o sentido dos elementos que os formam. 
 Pense na palavra blefaroplastia, por exemplo. Qual o seu significado? Procure identificar outro termo formados a partir da associação de alguns elementos da primeira tabela com outros da segunda.
 
 A seguir conheça os principais nomes de procedimentos cirúrgicos em que o segundo elemento da composição é ectomia (remoção).
	Procedimentos
	Para remoção de
	Adenoamigdalectomia
	Adenóide e das amígdalas
	Apendicectomia
	Apêndice
	Cistectomia
	Bexiga
	Colecistectomia
	Vesícula biliar
	Esofagectomia
	Esôfago
	Gastrectomia
	Estômago
	Histerectomia
	Útero
	Hemorroidectomia
	Hemorróidas
	Mastectomia
	Mama
	Nefrectomia
	Rim
	Pneumectomia 
	Pulmão
	Prostatectomia 
	Próstata
	tireoidectomia
	Tireoide
	
	
Outras Cirurgias são nomeadas a partir da terminação pexia (Fixação)
	Procedimento
	Para fixação de
	Cistopexia
	Bexiga
	Histeropexia
	Útero
	Nefropexia
	Rim
	Retinopexia
	Retina
	
	
 
 O termo plastia (reconstituição) é usado para designar diversos procedimentos cirúrgicos, como mostramos a seguir.
	Procedimento
	Para reconstituição de
	Blefaroplastia
	Pálpebra
	Mamoplastia
	Mama
	Piloroplastia
	Piloro
	Rinoplastia
	Nariz
	Salpingoplastia
	Trompa
	
	
	
	
 Algumas denominações de procedimentos têm como segundo elemento ráfia (sutura). Mas, atenção!! Dependendo da situação, nem sempre esses procedimentos são cirúrgicos.
	Procedimento
	Para sutura de
	Blefarrofaia
	Pálpebra
	Calporrafia
	Vagina
	Gastrorrafia
	Estomago
	Herniorrafia
	Hérnia
	Perineorrafia
	Períneo
 Vejamos a seguir os principais nomes de cirurgia cujo segundo elemento de formação é stomia ( Comunicação entre dois órgãos ocos ou entre um órgão e a pele. 
	Procedimento
	Órgão em comunicação com a pele
	Cistostomia
	Bexiga
	Colostomia
	Colón
	Gastrostomia
	Estômago
	Jejunostomia
	Jejuno
	Traqueostomia
	Traquéia 
 
 
 Finalmente, as principais denominações de procedimentos cirúrgicos terminadas em tomia (Corte).
	Procedimento
	Corte da(o)
	Laparotomia
	Abdome
	Toracotomia
	Torax
	Traqueotomia
	Traqueia 
	Ureterotomia
	Ureter
	Vasectomia
	Canal deferente
	
	
Limpeza da sala de operação: 
 É o procedimento de remoção de sujeira, detritos indesejáveis e microorganismos presentes nas superfícies dos equipamentos e acessórios, mobiliários, pisos, paredes mediante a aplicação de energia química, mecânica e térmica. 
A escolha do procedimento de limpeza deve estar condicionada ao potencial de contaminação das áreas e artigos e dos riscos inerentes de infecções hospitalares. Os ambientes podem ser assim classificados: 
Para efeito de controle asséptico, o CC se divide em:
Área restrita
Área semi-restrita 
Área não restrita 
Área Não Restrita
Área de livre circulação no ambiente interno do CC. Uso de roupas próprias
Vestiários, secretaria, e corredor de entrada.
Área Semi - Restrita
Permite a circulação de pessoal e equipamentos de modo a não interferir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia;
 Expurgo, copa, sala de estar, sala de preparo de materiais.
Área Restrita
Tem limites definidos para circulação de pessoal e equipamentos com rotinas próprias para o controle e manutenção da assepsia; Uso de touca e gorro além das roupas próprias são obrigatórias.
 Sala de operação, lavabos, corredor de acesso. 
 TRATAMENTO CIRÚRGICO
 É um método de tratamento de doenças, lesões ou deformidades internas e externas executado através de técnicas geralmente realizadas com o auxílio de instrumentos. A cirurgia abrange a abertura ou não do corpo com a finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética. À partir deste conceito, podemos dizer que enfermagem cirúrgica é aquela que trata dos cuidados globais de enfermagem prestados aos pacientes nos períodos pré-operatório, trans-operatório e pós-operatório. 
Esses cuidados objetivam minimizar os riscos cirúrgicos, dar maior segurança ao paciente e reabilitá-lo para se reintegrar à família e à sociedade o mais rápido possível. 
Histórico da cirurgia: escavações demonstram instrumentais sugestivos de procedimentos cirúrgicos pelos povos primitivos, com técnicas que abrangiam tratamento de feridas, correção de fraturas, trepanação,
circuncisão, etc. 
• No século VI e V a.C. : Grécia com a Medicina dos Templos. Hipócrates deu o cunho científico à medicina , onde desenvolveu técnicas cirúrgicas, vindo do grego: cirurgião (cheir = mão, ergon = trabalho). 
• História da anestesia: nasce o grande fortalecedor da cirurgia, com os egípcios sendo os representantes de maior destaque. Uso inicial pela odontologia. 
 
Classificação das Cirurgias 
As cirurgias podem ser classificadas quanto à urgência cirúrgica que engloba: 
Cirurgia eletiva: 
Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar ocasião mais propícia, ou seja, pode ser programado. Por exemplo: mamoplastia, gastrectomia.
Cirurgia de urgência: 
Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48 horas. Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal. 
Cirurgia de emergência: 
Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma situação crítica. Por exemplo: Ferimento por arma de fogo em região pré-cordial, hematoma subdural. 
 As cirurgias podem ser classificadas de acordo com a finalidade do tratamento cirúrgico: 
Cirurgia Curativa: 
 Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo a saúde ao paciente. Para essa finalidade é necessário as vezes a retirada parcial ou total de um órgão. Este tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de câncer, neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns anos. Ex. Apendicectomia. 
Cirurgia Paliativa: 
 Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal, mas não cura a doença. Ex. Gastrostomia. 
Cirurgia Diagnóstica: 
 Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença. Ex. laparotomia exploradora. 
Cirurgia Reparadora: 
 Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por enfermidade ou traumatismo. Ex. enxerto de pele em queimados. 
 
Quanto ao potencial de contaminação da cirurgia: 
Cirurgia limpa: 
 Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática. Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em que não ocorreram penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Por exemplo: mamoplastia.
 
Cirurgia potencialmente contaminada: 
 Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Por exemplo: colecistectomia com colangiografia. 
Cirurgia contaminada: 
 Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira, na ausência de supuração local; presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta categoria. Por exemplo: hemicolectomia. 
Cirurgia infectada: 
 São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus com secreção purulenta. 
Tempos Cirúrgicos 
 De modo geral, as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro fases ou tempos básicos e fundamentais: diérese, hemostasia, exérese e síntese. 
Diérese: 
 É o rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para atingir uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física. 
Hemostasia: 
 É o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o sangramento, pode ser feito simultâneo ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura de vasos, eletrocoagulação ou compressão. Na realidade a hemostasia começa antes da cirurgia, quando se realizam, no pré-operatório imediato, os exames de tempo de coagulação e dosagem de pró-trombina. 
Exérese: 
 Também denominada “cirurgia propriamente dita”. Possui caráter curativo, paliativo, estético/corretivo, diagnóstico. 
Síntese: 
 É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for a separação, para facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade tecidual por primeira intenção. 
Classificação dos fios cirúrgicos 
 
Fios cirúrgicos absorvíveis: 
 São fagocitados, hidrolisados, degradados e assimilados pelo tecido em que são implantados. Os de origem animal são fagocitados por meio de atividade enzimática durante o processo de cicatrização. Os de origem sintética são hidrolisados da reação com as moléculas de água dos líquidos corporais, que se degradam e são assimiladas pelos tecidos em cicatrização. Eles são divididos em dois grupos: sintéticos e biológicos. 
 
Fios cirúrgicos absorvíveis biológicos: 
 São conhecidos como categute (nome de origem inglesa devido à obtenção do intestino do gato) atualmente obtido da submucosa do intestino delgado de ovinos ou serosa de bovinos. Conforme o tempo de absor ção, os categutes podem ser simples ou cromados. Os simples apresentam absorção mais rápida, em torno de 8 dias, e os cromados absorção mais lenta, em torno de 20 dias, sendo tratados com bricomato de potássio. O categute cromado é indicado para tecidos com cicatrização mais demorada, como em estruturas do aparelho gastrointestinal ou no útero. 
O categute simples e o cromado precisam ser mantidos em soluç ão alcoólica para que sejam preservadas suas propriedades de m anuseio, além de protegidos da luz e das grandes variações de temperatura, por isso são embalados em envelope primário aluminizado. Quando é removido de sua embalagem e não usado imediatamente, o álcool evapora e o fio perde sua flexibilidade. Para reestruturá-la, pode-se mergulhar o fio em água estéril ou soro fisiológico, entretanto o umedecim ento excessivo pode reduzir a força de tensão. 
 
Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos: 
 Ácido poliglicólico – fio multifilamentar com excelente maleabilidade e tem sido empregado em larga escala como substituto dos fios de absorção lenta e dos nabsorvíveis. O ácido poliglicólico é um material sintético obtido por meio de polimerização do ácido glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. São utilizados em anastomoses gastrointestinais, cirurgias ginecológicas, cirurgia geral e operações urológicas. 
 
Polímeros sintéticos monofilamentares mais recentes: 
 Fios compostos por polímeros como poliglecaprone e polidioxanona. São monofilamentares, maleáveis e mantém a resistência de tensão por um período mais prolongado que os sintéticos multifilamentares. Indicados quando se deseja um apoio prolongado para a ferida, como no fechamento de tecido facial ou para pacientes idosos ou oncológicos. Os fios absorvíveis sintéticos também são embalados em envelope primário aluminizado, porém, seco, para a sua proteção contra a umidade, a luz e as variações de temperatura. 
 
Fios cirúrgicos não-absorvíveis: 
 São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São de dois tipos: biológicos e sintéticos. 
 
Fios cirúrgicos não-absorvíveis biológicos: 
 O algodão é derivado da celulose, de baixo custo, de fácil esterilização e de pouca reação tecidual. Fio torcido de calibre variado, encontrado no comércio embalado em envelopes e já pré-cortado, geralmente com 15 a 45 cm de comprimento. Indicado para tecidos de rápida cicatrização e contra-indicado para suturas cutâneas devido à sua reatividade tissular. O fio de seda, de origem animal, obtido de diversas
espécies de bicho-da-seda. Suas fibras são retorcidas ou transadas e podem passar por processo de enceramento para diminuir sua capilaridade. Apresenta facilidade de manuseio, resistência à tração e segurança na fixação do nó. 
 
 Fios cirúrgicos não-absorvíveis sintéticos: 
Subdivididos em quatro grupos: 
Poliamida: caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água. Pode ser mono ou multifilamentar. Fio de pouca reação, mas de difícil manipulação, duro e corrediço e pouca segurança de manutenção do nó. 
Poliéster: apresenta-se sob a forma simples, revestido de teflon ou siliconizado. Fio de difícil manejo por ser também corrediço; para que isso não ocorra, normalmente se adiciona teflon e silicone, mas estes materiais podem se dissociar e provocar reação tecidual. Utilizados em estruturas que requerem grande resistência à tração. 
 Polipropileno: fio derivado das poliefinas, não-biodegradável, e tem sido recomendado o tipo monofilamentado, para a síntese de feridas contaminadas, devido à reação tecidual mínima. É um dos fios mais inertes, com baixa capilaridade, com mínima reação tissular e com alta resistência à tração. É Indicado nas cirurgias cardiovasculares. 
Metálico: constituído de aço inoxidável e tântalo. Muito utilizado em tenorrafia; eventualmente em neurorrafias e fechamento de parede abdominal. O tântalo é menos resistente do que o aço inoxidável. São de fácil esterilização, bem tolerados, de espessura variável, mono e multifilamentar. 
Centro Cirúrgico
 Vestuário 
Pessoal como principal fonte exógena de bactérias
Entrada sempre pelo vestiário
Indumentária própria
Gorro, máscara, camisa, calça e propés 
Não estéril, lavado especial com água quente
Circulação restrita ao centro cirúrgico 
Camisas
Tecido de malha densa
Manga curta: facilitar anti-sepsia dos braços
Calças
Fechada nos tornozelos por tubo de malha
Propés 
Diminuir contaminação vinda dos sapatos
Tecido, papel ou plástico
Uso restrito ao centro cirúrgico
Abolido em alguns lugares
Troca de gorro, máscara e propés a cada operação Cirurgias infectadas
 
 Posições Cirúrgicas
 É aquela em que o paciente é colocado, depois de anestesiado, para ser submetido à intervenção cirúrgica, de modo a propiciar acesso fácil ao campo operatório.
É imprescindível verificar se não há:
Compressão dos vasos, órgão, nervos e proeminência ósseas;
Contato direto do paciente com partes metálicas da mesa;
Hiperextensão dos membros
Fixação incorreta da mesa e do paciente
Decúbito dorsal ou Supina: 
 É aquela em que o paciente se encontra deitado de costas, com as pernas estendidas e os braços estendidos e apoiados em talas. O dorso do paciente e a coluna vertebral estão repousando na superfície do colchão da mesa cirúrgica. 
 Ex. Cirurgia do tórax, cesariana.
Decúbito ventral ou Prona: 
 O paciente fica deitado de abdômen para baixo, com os braços estendidos para frente e apoiados em talas. O sistema respiratório fica mais vulnerável na posição de decúbito ventral. Ex. Cirurgias da coluna, Hérnia de disco.
Decúbito lateral ou sims: 
 O paciente permanece em decúbito lateral, esquerdo ou direito, com a perna que está do lado de cima flexionada, afastada e apoiada na superfície de repouso. 
Ex. Cirurgias renais
. 
Posição de litotômia ou Ginecológica: 
 
 O paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em perneiras acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados. Ex. Histerectomia vaginal. 
Posição trendelenburg:
 
 É uma variação da posição de decúbito dorsal onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados. Mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal.
Ex. Posição utilizada para cirurgias de órgãos pélvicos, Laparotomia de abdômen inferior. 
Pré – Operatório
Mediato e Imediato
Esta fase tem início quando a intervenção cirúrgica é decidida e termina quando o cliente estiver na mesa de cirurgia. É nesta fase que se iniciam as orientações de um cuidadoso preparo de acordo com cada tipo de cirurgia. 
O objetivo da assistência é promover o melhor estado físico e psicológico do cliente, visando evitar complicações no período pós-operatório.
O conteúdo do ensino pré-operatório imediato deve incluir informações sobre, procedimentos para a preparação cirúrgica, a seqüência de eventos pela a qual o cliente será submetido, o tipo de incisão prevista, hora da cirurgia, medicação pré-anestésica, as expectativas quanto a participação do cliente, a função dos vários membros da equipe hospitalar como: cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e o próprio cliente e a finalidade de diversos tipos de procedimentos pós-operatórios de rotina.
Subdivide-se em:
 Mediata desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior a ela.
 Imediata correspondem às 24 horas anterior a cirurgia.
Cuidados de enfermagem
 Atender o cliente conforme suas necessidades psicológicas esclarecimento de duvidas
Verificar os sinais vitais
 Pesar o cliente
Colher material para exames conforme solicitação medica
Orientar higiene oral e corporal antes de encaminhar o cliente para o centro cirúrgico.
Manter o cliente em jejum, conforme rotina.
Orientar o cliente esvaziar a bexiga 30 mim antes da cirurgia.
Retirar prótese dentária, jóias, ornamentos e identificá-los e guardá-los.
Encaminhar o cliente ao centro cirúrgico. 
Trans-Operatório ou Intra-Operatório
 Esta fase tem início quando o cliente entra na unidade do Centro Cirúrgico até sua admissão na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA). E nesta fase que ocorre o ato cirúrgico e toda a preparação que ele envolve.
posicionar na sala de cirurgia
Auxiliar no posicionamento da anestesia
Posicionar o cliente adequadamente na mesa
Avaliar os drenos
Avaliar os SSVV (Sinais Vitais)
Pós-Operatório
Imediato, Mediato e Tardio
 E o período que inicia a partir da saída do cliente da sala de cirurgia até a sua total
recuperação.
Subdivide-se em:
Imediato Até 24 horas posterior à cirurgia.
Mediato Após as 24 horas e até 7 dias depois.
Tardio Após 7 dias do recebimento da alta.
Intervenções de Enfermagem
Receber e transferir o cliente da maca para o leito com cuidado
Observar sondas e soros
Posicionar o cliente no leito, conforme necessidade anestésica.
Verificar sinais vitais
Observar estado de consciência (sonolência)
Fazer medicação e soroterapia conforme prescrição medica.
Controlar a diurese
Assistir psicologicamente o cliente e as familias.
Observar e relatar 
Pulmonares Cianose, Dispnéia e Agitação.
Urinária Infecções, retenção urinária.
Gastrointestinal Náusea e vômitos, constipação
Feridas operatórias Hemorragia, infecção e choque.
TRANSPORTE PARA A SALA DE CIRURGIA
ALGUNS CUIDADOS DEVEM SER OBSERVADOS NO TRANSPORTE DO PACIENTE
ATÉ A SALA DE CIRURGIA:
Garantir a segurança física e emocional do paciente: as grades devem estar erguidas, o profissional deve posicionar-se a cabeceira da maca;
Avaliar a expressão facial do paciente;
Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões;
Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente protegido com o lençol devido ao frio.
 Comunicar-se com o paciente;
Garantir um transporte tranqüilo;
 Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos, etc. respeitando o estado em que se encontra o paciente.
 
PREPARO PARA A ANESTESIA:
 O bloqueio anestésico e utilizado para que o procedimento transoperatório ocorra de forma que o paciente não sinta dores, ou para que o mesmo não faça movimentos bruscos em áreas que estão cirurgia. Durante a anestesia, os cuidados são basicamente prestados pelo anestesista, cabendo a enfermagem:
Posicionar o paciente adequadamente para que ele possa aplicar o anestésico;
Dar apoio ao paciente;
Disponibilizar material e drogas anestésicas;
CENTRO DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA
(CRPA)
 E a unidade destinada a prestação de cuidados ao paciente submetido a intervenção cirúrgica que ainda se encontra sob efeitos anestésicos, geralmente apresentando algum tipo de instabilidade orgânica de sistemas vitais.
 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CRPA
 Uma equipe de enfermagem especializada e fundamental, assim como a presença constante de um anestesista em cada equipe transdisciplinar de saúde
.
OBS: PERMANECER NA SALA DE CRPA ATÉ O PACIENTE RECUPERAR 50% A 75%
DOS SINAIS VITAIS;
Avaliar sinais vitais de 15 em 15 minutos, depois de 30 em 30 minutos;
 Avaliar oxigenação, estimulando o movimento respiratório;
Observar ocorrência de vômitos, lateralizar a cabeça;
Limpar vias aéreas e aspirar se necessário;
Manter vigilância, manter curativo limpo e seco;
 Tomar medidas para aliviar a dor;
Proporcionar conforto e segurança;
Informar a família sobre o estado do paciente.
Para uma perfeita monitorizarão do paciente, o CRPA deve dispor de:
Equipamentos de monitorizarão de sinais vitais como monitores cardíacos e oximetria de pulso;
 Central de O2 e vácuo;
Suporte para soros, drenos, bombas de infusão, etc.; 
Medicamentos e materiais utilizados em emergência; 
Equipamentos para a manutenção de suporte avançado de vida, como por exemplo, ventiladores mecânicos artificiais, marca-passo externo, etc.
Os CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-OPERATÓRIO 
 São aqueles realizados apos a cirurgia ate a alta.
Visam ajudar o recém operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais rápida e segura.
Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente internado.
AO RECEBER O PACIENTE NO QUARTO.
Transportá-lo da maca para a cama com o auxilio de outros funcionários.
Cobri-lo e agasalhá-lo de acordo com a necessidade.
 Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico. 
Se foi feita a anestesia raqui deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas.
Enquanto estiver semi-consciente, mante-lo sem travesseiro com a cabeça voltada
para o lado.
Observar o gotejamento do soro e sangue.
Observar estado geral e nível de consciência.
 Verificar o curativo colocado no local operado, se está seco ou com sangue.
Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas.
 Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e circulatórias.
 Sinais vitais de 15/15 min., 30/30 , 45/45. ate que a verificação chegue a 4/4horas.
Fazer anotação na papeleta. 
Ler a prescrição medica, providenciando para que seja feita.
 Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente.
 
NAS HORAS EM SEGUIDA:
 
Ao recuperar totalmente a consciência avisá-lo do lugar onde esta e que esta passando bem.
Periodicamente, controlar sinais vitais e funcionamento de soro e sondas.
Promover comodidade no leito.
Medicá-lo para dor, quando necessário.
Movimentá-lo no leito, de decúbito.
Verificar e estimular a aceitação da dieta.
Curativo diário de acordo com a necessidade,
Retirada dos pontos em torno do 7o dia de pós-operatório.
– Anestesias
Anestesias
Anestesia Geral
 
 Compreende num estado inconsciente reversível caracterizado por amnésia (sono, hipnose), analgesia (ausência de dor) e bloqueio dos reflexos autônomos, obtidos pela inalação, ou via endovenosa. Os anestésicos líquidos produzem anestesia quando seus vapores são inalados, juntamente com oxigênio e, usualmente, com o óxido nitroso. Já os anestésicos
gasosos são administrados através da inalação e sempre associados ao oxigênio (SMELTZER;
BARE, 2002, p.362).
A anestesia geral pode ser dividida em quatro estágios, o primeiro no início da anestesia onde o paciente respira a mistura anestésica no qual pode experimentar sensação, calor, tontura, formigamento e o cliente consegue movimentar-se. No segundo estágio, são caracterizados por agitação psicomotora, gritos, falas, risos, ou mesmo choro, o pulso torna-se rápido e respiração irregular, pode ser freqüentemente evitado através da administração suave e rápida do anestésico. Terceiro estágio anestesia cirúrgica, obtida através da administração contínua de vapor ou gás, onde o cliente encontra-se inconsciente. E o quarto estágio, é atingido quando for administrada uma quantidade excessiva de anestésico. Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte, entre elas: Gastroplastia, Gastrectomia, enterectomia, abdominoplastia, mamoplastia, etc...
 Anestesia geral por inalação 
 Os anestésicos líquidos podem ser administrados pela mistura de vapores com oxigênio ou óxido nitroso-oxigênio e, então, fazer o paciente inalar a mistura. O vapor é administrado ao paciente por meio de um tubo ou máscara. 
A técnica endotraqueal para administração de anestésico consiste na introdução de um tubo endotraqueal ou da máscara laríngea de borracha macia ou plástico, dentro da traquéia (tubo) ou laringe (máscara laríngea), com a ajuda de um endoscópio óptico de fibra flexível, ou também pela exposição da laringe com um laringoscópio ou pela introdução do tubo cegamente. O tubo pode ser inserido tanto pelo nariz quanto pela boca (a ML somente pela boca). Quanto o tubo encontra-se no local, o mesmo isola os pulmões do esôfago de forma que, se o paciente vomita, nenhum conteúdo do estômago entra nos pulmões. 
São exemplos de anestésicos líquidos voláteis o alotano, tricloetileno, metoxiflurano, enflurano e cevoflurano) e gases (óxido nitroso e ciclopropano – combinado com oxigênio). O que determina a profundidade da anestesia é a concentração do anestésico no cérebro. 
 
 Anestesia geral endovenosa 
 Pode ser produzida pela injeção intravenosa de várias drogas. Tem a vantagem de não ser explosiva, agradável para o paciente, ação rápida, fácil de dosar, não requer aparelhagem e é muito fácil de administrar, porém, não há meio de removê-la organismo (tiopental sódico, etomidato, acetamina, diazepínicos, propofol e methoexital sódico). 
Anestesia Local
 Esta anestesia é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é infiltrado com um anestésico local como lidocaína ou bupivacaína. Este tipo de anestesia não envolve perda da consciência e depressão das funções vitais, produzindo perda da sensibilidade temporária, causada pela inibição da condução nervosa.
Anestesia Peridural
 O anestésico é administrado no espaço peridural. Neste caso não há perfuração da duramater e nem perda liquórica. O bloqueio segmentar é produzido nas fibras sensoriais,
espinhais e também nas fibras nervosas, podendo ser parcialmente bloqueadas.
Anestesia Raquidiana
 Geralmente administrada ao nível da coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos espinhais do espaço subaracnóide. O anestésico é depositado junto ao líquor, ocorrendo perfuração da duramater.
Central de Material e Esterilização
 A Central de Material e Esterilização (CME) é a área responsável pela limpeza e 
 processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares. É na CME que se realiza o
controle, o preparo, a esterilização e a distribuição dos materiais hospitalares.
A CME pode ser de três tipos, de acordo com sua dinâmica de funcionamento:
Descentralizada : utilizada até o final da década de 40, neste tipo de central cada unidade ou conjunto delas é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza;
Semi-centralizada : teve início na década de 50, cada unidade prepara seus materiais, mas os encaminha para serem esterilizados em um único local;
Centralizada: utilizada atualmente, os materiais do hospital são processados no mesmo local, ou seja, os materiais são preparados, esterilizados, distribuídos e controlados quantitativa e qualitativamente na CME.
A CME centralizada apresenta inúmeras vantagens, das quais podem-se destacar:
a eficiência, a economia e a maior segurança para a equipe e para os clientes. 
Critérios recomendados para processar um artigo: os artigos a serem processados, recebem uma classificação de acordo com o potencial de contaminação.
Classificação dos artigos:
Artigos críticos – são envolvidos em alto risco de aquisição de infecção, ou seja, há risco para todos os tipos de agentes infecciosos inclusive esporos. 
Obs: devem passar por Esterilização total. 
Ex:instrumental Esterilização
Artigos semi-críticos – são aqueles que entram em contato mucosas íntegras ou pele não intacta. Devem estar livres de todos os microorganismos, exceto para grande número de esporos. 
Obs: podem ser submetidos a Desinfecção de alto nível.
Ex:inaladores Desinfecção
Artigos não-críticos – são aqueles que entram em contato com pele íntegra mas não mucosas. Sabemos que a pele é uma barreira natural e efetiva à muitos microorganismos. Os artigos apresentam baixo risco infeccioso em sua utilização 
Ex:comadre Limpeza
Expurgo
 Setor responsável por receber, conferir, lavar e secar os materiais provenientes do
Centro Cirúrgico e Unidades de Internação. Os funcionários desta área utilizam EPIs
(Equipamentos de proteção individual) para se protegerem de se contaminarem com sangue e fluidos corpóreos, quando lavam os instrumentais. As lavadoras ultrassônicas auxiliam na lavagem dos instrumentais através da vibração do som adicionado com solução desincrostante, promovendo uma limpeza mais eficaz e maior segurança para o funcionário. 
Preparo de Materiais
 Setor responsável por preparar e acondicionar os materiais. São utilizados invólucros
especiais que permitam a passagem do agente esterilizante e impeçam a passagem dos microorganismos.
 
Setor de Esterilização
 
 O setor de esterilização da Central de Material e Esterilização (CME) é responsável
pela esterilização dos materiais. Esta área destina-se à instalação dos equipamentos utilizados
para a esterilização de materiais pelos métodos físicos e químicos.
Montagem de carrinhos para cirurgia. Setor responsável por separar os materiais a serem utilizados em uma cirurgia.
Distribuição de materiais esterilizados
Setor responsável por distribuir materiais esterilizados para as Unidades de Internação e Ambulatório.
Esterilização
Esterilização
 Esterilização é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou
físicos.
A prática da esterilização visa a incapacidade de reprodução de todos os organismos presentes no material a ser esterilizado, causando a morte microbiana até que a probabilidade de sobrevivência do agente contaminante seja menor que 1:1.000.000, quando um objeto pode então ser considerado estéril .
O esporo bacteriano (forma mais resistente aos agentes esterilizantes) é o parâmetro utilizado para o estudo microbiológico da esterilização, ou seja, para se assegurar a esterilização
de um artigo todos os esporos devem ser destruídos. 
Histórico
 A descoberta das bactérias como causadoras de doenças foi uma das principais descobertas da clínica médica. A ciência microbiológica foi fundada no século XIX e até então progredia lentamente durante anos:
No século IV a. C., Aristóteles já alertava Alexandre (o Grande) a ferver água para evitar doenças e escreveu: "às vezes são formados animais na terra putrefeita, às vezes em plantas e às vezes no fluido de outros animais". A maioria dos intelectuais então aderiu à teoria da geração espontânea, que persistiu por muitos anos.
Com a introdução da anestesia em 1842 por Long e em 1846 por Morton, as cirurgias eletivas começaram a surgir, pois até esta época os procedimentos cirúrgicos realizados eram principalmente os executados em período de guerras. Assim, ocorreu um aprimoramento nas técnicas e procedimentos cirúrgicos, porém a mortalidade por infecção de ferida era muito alta.
Até 1865 a taxa de infecção por amputação durante a guerra era de 25 a 90%. Em
Paris, no ano de 1870, essa taxa chegava próxima a 100%. Os pacientes morriam geralmente do que era denominado de "alguma gangrena hospitalar".
Observações realizadas antes do século XIX verificavam que pessoas sadias ficavam doentes se entravam em contato mais íntimo com uma pessoa doente, especialmente em ambiente hospitalar.
Na metade do século XVI, Girolamo Fracastoro publicou "De Contagione", delineando
a transmissão de doenças através do contato direto, da manipulação de pertences de pessoas infetadas ou através de transmissão a distância. A importância de limpeza, particularmente a lavagem das mãos, começou a ser especulada.
No final do século XVII, no Hospital Manchester Lying, os médicos Charles White e
Thomas Kirkland tentaram implantar controles de engenharia, limpeza e ventilação adequados
para os pacientes. Vários anos depois, no Hospital de Rotunda em Dublin, Robert Collins
introduziu o tratamento com calor para as roupas de cama, o que resultou em uma diminuição
das infecções. Estas simples soluções não foram aceitas e foram descartadas, tal era a força da
teoria de geração espontânea.
Em 1863, Nealaton demonstrou o uso efetivo de álcool em feridas, mas, novamente, a
idéia revolucionária não foi aceita pela Sociedade Cirúrgica de Paris. Em 1744, o primeiro
halógeno a ser descoberto foi o cloro, que foi utilizado como um agente alvejante. Mais tarde,
em 1823, sua efetividade como um desinfetante e desodorizante foi mostrada por Labarraque e
novamente, em 1850, por Semmelweis. O iodo foi avaliado semelhantemente por Pasteur &
Koch.
SRPA - Sala de Recuperação Pós-Anestésica
Local destinado a receber o paciente em pós-operatório imediato até que recupere a consciência e tenha seus sinais vitais estáveis. 
A assistência prestada ao paciente na SRPA requer cuidados constantes, porque é uma fase delicada do pós-operatório, necessitando de uma monitorização constante e controle de sua evolução
Permanência de 1 a 6 horas do paciente
Alívio da dor, recuperação dos reflexos
Recuperação da consciência
Normalização dos SSVV
Composição do CRPA
Equipamentos básicos:
Camas, suportes de soro, foco de luz, oxímetro de pulso, máscaras...
 Registros na SRPA
Tipo de anestesia
Cirurgia realizada
Horário de chegada
Condições gerais do paciente
Presença de drenos
Soluções venosas, sondas, cateteres
Controle dos SSVV Sinais Vitais
15 em 15 min 
30 em 30 min 
Na RPA, na primeira hora o controle dos sinais vitais é realizado de 15 em 15 minutos; se estiver regular, de 30 em 30 minutos nas duas horas subsequentes
 
Alterações do SSVV Sinais Vitais
Alterações térmicas levam a alterações cardiovasculares e respiratórias
Alteração da respiração por efeito do anestésico ou obstrução das vias aéreas por vômitos ou secreções
Diminuição da PA e pulso: perda de sangue durante a cirurgia
Alterações Neurológicas
Dor
 -Afetada por ação do anestésico, do ato cirúrgico ou do posicionamento inadequado.
 -A dor é comum principalmente no alvo da cirurgia.
 -Não devemos menosprezar a dor (avaliar e quantificar). 
Estratégia para o alivio da dor
Troca de curativos ou afrouxar
Avaliar a retenção de urina e fezes
Mudança de decúbito
Aplicar compressas quentes ou frias
Escurecer o ambiente
Diminuir os barulhos
Analgesia: escrito se necessário
Soluço
O soluço e gerado por distensão abdominal e hipotermia.
Condutas:
 - Lavagem gástrica(distensão abdominal)
 - Deambulação
 - Aquecimento do paciente
 - Mudança de decúbito
 - Plasil quando prescrito
Complicações Pulmonares
AS complicações pulmonares são hipóxia, obstrução de vias aéreas superiores, hipoventilação, apnéia, broncoaspiração.
Acúmulo de secreções(vômitos, alimentos).
Principalmente obesos,
fumantes, idosos.
Sinais e sintomas: cianose,dispnéia,batimentos da asa do nariz,agitação, dor torácica.
Orientação:
 - Expectorar com a tosse(dedos ou travesseiro sobre a incisão).
 - Monitorar SSVV, elevar decúbito de 30º a 45º, estimular respiração profunda, aumentar oferta de O2, desobstruir vias aéreas, manter disponível material para entubação e ventilação. 
Complicações renais
As complicações renais são causadas por falhas nas técnicas de sondagem vesical.
Oligúria - fazer balanço hídrico, controlar PA, observar características diurese.
Poliúria - controle hídrico, PA, glicemia.
Retenção urinária: observar presença de globo vesical aumentado e queixa dolorosa
Complicações gastrointestinais
Náuseas e vômitos
 -Efeitos colaterais dos anestésicos, diminuição do peristaltismo ocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquido e restos alimentares.
Condutas:
- Lateralização da cabeça
- Reposição de líquidos
- Evitar mudanças bruscas de decúbito 
- Manter a permeabilidade das vias aéreas e sondas 
- Manter oxigenação 
- Oferecer higienização da boca e trocar roupas se vômito. 
Constipação intestinal 
- Ocorre pela diminuição do peristaltismo provocado pelo anestésico,imobilidade no leito, exposição e manipulação do intestino.
Condutas:
- Movimentação no leito
- Deambulação precoce
- Ingestão de líquidos
 
Sede
Provocada por perdas sanguíneas,de líquidos pela cavidade exposta, sudorese e hipertermia.
Condutas:
 -Observar sinais de desidratação(alteração do turgor da pele, PA, diminuição da diurese).
 -Manter a hidratação dos lábios e boca.
Hemorragia
Interna
Externa
Acontece nas 24h
Sintomatologia:
 -Desconforto
 -Palidez intensa
 -Mucosa descorada
 -Taquicardia
 -Dispnéia
 -Dor
Infecção da ferida cirúrgica
Prevenção da infecção:
 - Preparo pré-operatório adequado
 - Utilização de técnicas assépticas
 - Técnica de curativo
 - Alerta para sinais de infecção
 
Deiscência
É o rompimento da sutura, sendo a abertura total ou parcial da incisão provocada por infecção.
Condutas:
 - Lavagem com solução fsiológica 
 - Revisar os pontos
 - Troca de curativos
 - Alimentação hiperprotéica, vitamina c: cicatrização
 - Predisposição em obesos, diabéticos, desnutridos
Os familiares, o cliente e a alta hospitalar
 A alta é um momento importante para o cliente e seus familiares, pois significa sua volta ao contexto social. É uma fase de transição que causa muita ansiedade e preocupação para todos os envolvidos.
Orientação quanto aos cuidados a serem prestados e as formas de adaptá-los no domicílio;
 Alertar o cliente sobre seu retorno ao serviço de saúde, para avaliação da evolução.
 Para que os familiares efetivamente compreendam a complexidade dos cuidados (técnicas assépticas, manuseio dos curativos, grau de dependência, uso de medicações, etc.), as informações devem ser passadas paulatinamente.

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