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Teoria Geral do Processo

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Resumo de Teoria Geral do Processo:
Sociedade e Tutela Juridica:
Generalidades
- Sociedade e Direito: Em meados do século XIX o direito e a sociedade começam a se completar, deixando de existir a partir de ai uma sociedade sem direito, pois este trazia segurança com regras de conduta para todos.
Direito privado: autonomia da vontade: Também chamado de direito civil, pelo fato de haver um direito das obrigações, por mais que seja algo muito subjetivo, onde a liberdade de escolha é muito grande e o Estado em regra não interfere.
Direito publico: Também chamado de cogente, ou seja, ele é imposto independente de vontade do destinário. Um comando que o estado da. Por mais que haja possibilidade de recorrer, uma hora haverá obrigação do ato. Somente o Estado pode obrigar. (Juiz, TJMG, STJ, STF).
Constitucionalização do Direito: Estado intervindo no privado, desde que se observe a real necessidade da sociedade. Hoje, o privado e o publico se comunicam.
Forma de composição/resolução de conflitos: 
Justiça primitiva/justiça privada: A sociedade era organizada pelos detentores do poder. Era marcada pela parcialidade. 
A autodefesa era a justiça com as próprias mãos. Quem era o mais forte, vencia. Era marcado pela Lei de Talião: olho por olho, dente por dente.
Autocomposição (conciliação, acordo): Era totalmente parcial, quem era o mais forte economicamente vencia. (conciliação, tribunais de exceção, onde são feitos acordos)
Arbitragem: Arbitro era um terceiro que viria para resolver o conflito, mas continuava marcado pela parcialidade. Normalmente, o arbitro era o sacerdote, ancião (ou seja, a parte rica). Era uma forma de domínio da elite.
Justiça publica/ Justiça Moderna: Estado é forte o suficiente para dizer o Direito. Marcado pelo principio da isonomia, segurança, justiça e imparcialidade, com uma busca pela neutralide.
Autodefesa: é a legitima defesa, a greve, porém baseada na imparcialidade.
Auto composição: Acordo de vontade das partes. Pode haver um terceiro imparcial. CP, CPC, JUIZADO ESPECIAL, JUIZADO DE PEQUENAS CAUSAS.
 Arbitragem (lei 9307/96)
 Jurisdição (Juiz, Órgãos Jurisdicionais, Auxiliares de justiça) 
Solução imparcial busca a isonomia, chegar o mais próximo possível da neutralidade.
*IMPORTANTE:
Na justiça moderna o maior ganho para o direito e para a sociedade foi a busca pela imparcialidade daqueles que iriam julgar, dando mais segurança e justiça para a sociedade.
- Acesso à Justiça => Art. 3º do CPC, Direito do cidadão e dever do Estado (prevenindo ou buscando ressarcimento, com base na lide, obtendo uma duração razoável dos processos).
É permitida a arbitragem na forma da lei
O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
A conciliação, mediação e outro métodos de solução consensual deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores e mebros do mp, inclusive no curso do processo judicial. 
Conciliação: 
Um meio alternativo para a resolução de conflitos, em que um 3º participa de forma ativa e imparcial. A conciliação pode ser extraprocessual ou endoprocessual. )}. A conciliação tende à obtenção de um acordo e é mais indicada para conflitos que não se protraiam no tempo (acidentes de veículos, relações de consumo). Utilizado para relações pontuais
Conciliação endoprocessual: é a mera desistência da ação, ou seja, revogação da demanda inicial para que o processo se extinga sem que o conflito receba solução alguma. 
A conciliação extraprocessual é quando há um acordo sem processo. Ganhou especial alento com a onda renovatória voltada à solução de pequenas causas. 
Em matéria criminal não há possibilidade de conciliação fora do processo.
Desistencia/ renuncia/ transação:
Desistencia: sujeito desiste, se provocado pode voltar com a ação de novo, ocorre naquele momento a dispensa da ação. Não é analisado o mérito, portanto o caso não é resolvido. É desistir somente daquele caso, não abre mao do direito.
Renuncia: Abre mão do direito com a resolução do mérito e através dele é resolvido. Garante que a pessoa não entre mais com a ação.
Transação: É quando um terceiro participa de forma imparcial, cada um cede um pouco com a ajuda de um conciliador.
Conciliador: 3º que participa de forma ativa e imparcial, emitindo um parecer, uma opinião, sem sentimento, pontual e abre para diálogo. Este deve ser formado em uma instituição credenciada, com capacitação mínima.
Mediação: Utilizado para relações continuativas. 3º imparcial de forma passiva, considerado como mero facilitador, aquele que não emite opinião, é apenas um ouvinte que estabelece diálogo entre as partes.
- Princípios inerentes a mediação e conciliação CPC/15 (Art.166): Princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.
- Princípios de orientação da mediação (Lei 13140/15, art. 2º):
Imparcialidade do mediador – não pode se influenciar
Isonomia entre as partes 
Oralidade – Falas o tempo todo (dialogo)
Informalidade – Pode pular partes da mediação se necessária
Autonomia da vontade das partes – Independência
Busca de consenso – acordo
Confidencialidade – sigilo
Boa- fé 
- Audiência de Conciliação e Mediação 
Na audiência tanto de conciliação quanto de mediação podemos encontrar três fases:
Petição inicial, onde se preenchido todos os requisitos o juiz determinará uma audiência com antecedência mínima de 30 dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 dias de antecedência.
O réu poderá oferecer contestação, por petição no prazo de 15 dias.
Incube ao réu expor em sua contestação, por meio de petição, toda sua defesa.
NEGOCIAÇÃO: as próprias partes tentam chegar a um acordo sem a participação de um terceiro.
JURISDIÇÃO: Estado juiz, relação jurídica processual, órgãon imparcial, forma número 1 de resolução de conflitos. 
ARBITRAGEM: É um meio alternativo de resolução de conflito em que um 3º participa de forma imparcial, buscando promover a solução da lide (conflito). Lembrando que equivale a uma sentença, por ter poder decisório e que é participativo, ou seja, não há surpresas no processo. Devendo ressaltar também o fato de ser uma justiça privada.
- Arbitro: indicado por acordo das partes ou designação do tribunal para dirimir uma questão. Possuidor de poder decisório. 
- Clausula compromissória: é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter a arbitragem os letigios (conflitos de interesse) que possam vir a surgir derivados de contrato. É um contrato preliminar, futuro e incerto.
- Compromisso arbitral: é a convenção pela qual as partes renunciam à jurisdição estatal e se obrigam a se submeter à decisão de um arbitro. Tem força vinculativa. 
A arbitragem só cabe no direito disponível, não cabe em direito indisponível.
Direito disponível: é direito subjetivo, ao qual cabe a pessoa decidir se quer renuncia-lo, submete-lo a troca ou transação. Ex: direito de imagem.
Direito indisponível: São direitos ao qual não se pode renunciar em hipótese alguma, nem submete-lo a transação, troca, etc. Ex: a liberdade, um contato em que duas pessoas se comprometem que uma será escrava da outra. É invalido, pois a liberdade é um direito que não pode dispor, vender, etc.
A decisão/sentença do arbitro é: titulo executivo judicial. Assim confere a sentença arbitral os mesmos efeitos da sentença judicial.
Procedimento 
 PETIÇÃO INICIAL -> CITAÇÃO -> AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO OU ENCONTRO DE MEDIAÇÃO -> ACORDO -> HOMOLOGAÇÃ: DA O STATUS DE SENTENÇA AO ACORDO, DANDO SEGURANÇA JURIDICA
PETIÇÃO INICIAL-> CITAÇÃO -> AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO -> SENTENÇA -> TITULO EXECUTIVO JUDICIAL
Interlocução entre arbitragem e o NCPC
Título executivo judicial -> sentença arbitral
- O NCPC se aplica ao processo arbitral? Sim, tendo ciência que o NCPC foi criado para jurisdição não arbitragem, mas reconhecemos que sentença arbitral é um título executivo judicial.
- Art. 1 ao 12 doNCPC está relacionado aos princípios, ressaltando que o 3º diz respeito ao acesso à justiça e o §1º a arbitragem.
Ressaltos: 
+ O Juiz poderá empregar os métodos de solução consensual na AIJ (art. 359 CPC)
+ O Juiz de ofício NÃO (sem requerimento da parte) poderá reconhecer convenção de arbitragem (cláusula compromissória e compromisso arbitral) (art. 337, X CPC)
+ Agravo = rejeição da convenção, modalidade recursal que decide contra decisão interlocutória (direito indisponível) 
+ Extinção = acolhimento da convenção, para que a pessoa possa ir para o tribunal arbitral
O autor faz uma petição inicial para o Juiz que cita o réu podendo este contestar (cláusula compromissória).
Aspectos da lei de arbitragem que serão adotados no CPC
1) Informalismo- novo CPC diminui a formalidade
2) Expert Witness (art. 464, §§§ 2º. 3º, 4º) – testemunho do perito (processo participativo)
3) Negócio Jurídico (art. 190) – Arbitragem é um negócio jurídico= sentença
4) Saneamento compartilhado (art. 357, §3º) – Organizar o processo, colocar em ordem 
5) Direct examination (art. 459, caput) – exame direto, inquisição direta = pergunta pode ser direta
6) Dispensa de prova técnica (art. 472 CPC) – Documentos que provam o que a pessoa fala, dispensa o perito.
Capitulo 2: Principios Gerais do Processo:
Generalidades
- Norma = Regra (lei imposta que deve ser observada para aplicação da lei ao caso concreto
- Norma = Princípio são os princípios que devem ser observados quando for aplicar a lei ao caso concreto
	Legislação Principiológica -> incorpora os princípios da CF 88
PRINCIPIO DA IMPARCIALIDADE:
O juiz, e do mesmo modo o arbitro, coloca-se entre as partes e acima delas. A imparcialidade do julgador é pressuposto para que a relação processual se instaure validamente. 
A imparcialidade é uma garantia de justiça para as partes. O processo se inicia por iniciativa das partes e se desenvolve por impulso oficial.
	
 Despacho – Ato do Juiz de 1º grau que faz com que o processo se desenvolva
 fase a fase.Atos do Juiz
Decisão Interlocutória – É o ato de Juiz de 1º grau, que possui conteúdo decisório, mas não leva a extinção do processo. 
 Sentença: ato do juiz que possui conteúdo decisório e está intimamente ligado a extinção do processo.
Impedimento: é quando o juiz se declara impedido alegando motivo de foro intimo, ou seja, por ser parcial por alguma das partes. Não depende de provas
Suspeição: juiz não se declara, suspeita de que o juiz não é imparcial. Vai depender de prova.
- Sentença não poderá ser:
+ Ultra Petita – mais do que foi pedido
+ Extra Petita – diferente do que foi pedido
+ Citra ou Infra Petita – menos do que foi pedido
PRINCIPIO DA ISONOMIA:
- Conceito Formal (ig. para todos) x Conceito Material (tratar de forma desigual os desiguais)
*Algumas perguntas:
1) A inversão do ônus da prova (Art 6, VIII CDC) viola o principio da isonomia?
Não, trata-se de forma diferente os desiguais, baseado no conceito materiall. Para exemplificar, utilizamos a cota.
2) O prazo conferido à Fazenda Pública, do MP e a defensoria pública viola a isonomia?
É preciso reconhecer que pessoas diferentes precisam receber tratamentos diferenciados, exatamente em razão de suas diferenças, como forma de equilibrar o processo. Como é o caso da aplicação do principio no art 188 do CPC, que cria benefício de prazo para a Fazenda Pública e para o MP.
3) Privilegio conferido aos idosos fere? Não. Pois é uma forma de igualar os desiguais, agilizando a solução dos letigios.
Principio do contraditório: Deve-se ouvir as duas partes. O tribunal deve limitar-se a julga-las de maneira imparcial.
Da ampla defesa: Direito de ambas as partes de se dispor de provas ou de recursos.
- Conceito: Garantia de ciência bilateral dos atos e termos do processo com a consequente manifestação bilateral sobre os mesmos. Trata-se de direito das partes e dever do Juiz, estabelecendo um verdadeiro diálogo em que as partes participam de forma ativa do convencimento do Juiz.
PRINCIPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL:
Assegura a todos um processo com todas as etapas previstas em lei. Se as regras não forem observadas, ele se torna nulo.
Atos de comunicação do processo:
Citação: Ato de convocar o réu, executado ou o interessado a juízo.
Intimação: Ato que faz com que o processo se desenvolva fase a fase, qualquer um pode ser intimado. Assim se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
Cartas: 
De ortem: ato de comunicação entre juízes hierarquicamente distintos, graus diferentes.
Rogatória: ato de comunicação entre juízes de países diferentes. É de caráter internacional. É instrumento de cooperação para a pratica de atos processuais. Processo esta tramitando em um país e o ato processual tem que ser cumprido em outro.
Precatória: ato de comunicação entre juízes que estão em estados diferentes, com o objetivo de cumprir algum ato processual.
Arbitral: carta em que o juiz arbitro se comunica ao juiz estatal/jurisdicional
PRINCIPIO DA AÇÃO:
Direito subjetivo publico de estar em juízo. É atribuída a parte a iniciativa de provocar o exercício do juiz e dos órgãos jurisdicionais, uma vez que a jurisdição é inerte e só funciona quando é provocada.
- Principio acusatório: Garante a aplicação de um contraditório e de uma ampla defesa justa. Possui a acusação e a defesa com 2 polos: o ativo e o passivo
PRINCIPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL:
- Conceito: No ordenamento jurídico processual brasileiro o magistrado não pode negar resposta a prestação jurisdicional requerida, não podendo alegar lacuna ou obscuridade da lei, devendo julgar por equidade nos casos previstos por lei.
- Direito a prestação jurisdicional não é incondicional e genérico
Precisa haver:
Legitimidade: tem que ser detentor do direito material, tem que ter capacidade material e processual (responder civilmente pelos seus atos).
Interesse de agir: precisa ter necessidade da demanda e utilidade da demanda se não tiver não pode entrar com a ação.
PRINCIPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS:
Todos os julgamentos dos órgãos do poder judiciário serão públicos e fundamentados, sob pena de nulidade.
A lei, em determinados casos, pode limitar a presença das partes e seus advogados em casos em que a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse publico. 
Objetivos: Segurança jurídica/publicidade: A publicidade causa segurança jurídica, por exemplo, assim é possível conferir se a decisão respeitou os requisitos presentes na lei.
Interposição e julgamento dos recursos: Objetiva o reexame da decisão judicial, visando obter:
- Reforma 
- Invalidação
- Esclarecimento
PRINCIPIO DA PUBLICIDADE:
Regra geral: todo ato processual é publico. 
Gera segurança jurídica, pois se faz uma garantia fundamental de justiça, por permitir as partes o conhecimento de todos os atos do processo.
Exceção: pode ser limitado a presença das partes e de seus advogados, em caso em que a preservação do direito à intimidade do interessado não prejudique o interesse publico.
PRINCIPIO DO IMPULSO OFICIAL:
O processo começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial, ou seja, por ato do juiz.
Atos das partes – preclusão (perda do direito)
Temporal: perda de direito por perda de prazo
Consumativa: perda do direito pela pratica do ato. Regra geral: os atos processuais só podem ser praticados uma única vez (ex: fazer uma contestação e esquecer da outra) (não pode corrigir), uma vez praticado aquele ato processual, não poderá ser feito outro.
Logica: perda do direito pela pratica de um ato processual contrário ao outro.
- Prazos do Juiz (Art. 12 do NCPC) – contados em dias úteis, obtendo prazo próprio, levando em conta que para o despacho é de 5 dias, decisão 10, sentença 30, podendo prorrogar dentro de um limite estabelecido no CPC.
PRINCIPIO DA ORALIDADE: São atos processuais orais. 
‘’Day in court’’-dia da corte, o encontro com o juiz.
- Subprincípio da oralidade:
a) Principio da imediação – primeiro contato, imediato do juiz com as partes
b) Principio da Concentração – vários atos concentrados em um único ato
c) Principio da investidura física do juiz – o juiz que preside a AIJ torna-se competente para o julgamento, já que ninguém melhor para proferir uma sentença do que quem presidiu a audiência.
PRINCIPIO DA DURAÇÃO RAZOAVEL DO PROCESSO:
Todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo.
- Conceito: Segundo José Carlos Barbosa Moreira, o principio da duração razoável do processo representa a instrumentalidade do processo, o direito a uma tutela jurisdicional eficaz, justa e dentro de um lapso de tempo razoável, sob pena de incidência de responsabilidade civil à aquele que causou a morosidade indevida, conforme dispostos no art 189 e 81 do NCPC.
Responsabilidade Civil: Obrigação de reparar o dano.
PRINCIPIO DA BOA-FÉ:
No direito civil a boa-fé era vista dentro das obrigações, em regra, como a responsabilidade subjetiva, porém no direito processual, a responsabilidade será objetiva, já que aqui não é necessária uma prova tão precisa.
Reponsabilidade do juiz: O principio da boa-fé objetiva não possui concretização especifica, ou seja, é uma norma abstrata no ordenamento jurídico, exigindo esforço por parte do juiz para aplicar os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
Responsabilidade das partes: a boa-fé objetiva proporciona segurança nas relações jurídicas e contratuais.
PRINCIPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO:
Direito de recorrer a um órgão hierarquicamente superior. 
Regra geral: todo recurso é julgado por um órgão hierarquicamente superior. Exceto: Recurso Inaminado.
Recurso: o principio do duplo grau de jurisd. representa o do contraditório e da ampla defesa. Em regra geral é percebido no ordenamento jurídico processual através do RECURSO, que representa um remédio constitucional voluntário (ato voluntário das partes), que ocorre nos próprios autos e que tem por objetivo a reforma, a invalidação ou o esclarecimento do provimento jurisdicional.
TODO RECURSO É MARCADO PELO DUPLO GRAU?
Não. O recurso inaminado nos juizados especiais não é marcado. A competência para processar e julgar os recursos inaminados é da turma recursal, que é composto por juiz singular (juiz de primeiro grau), ou seja, dessa forma não vai para nenhum órgão hierarquicamente superior, continua no juizado.
Embargo de declaração: quando a decisão do juiz é omissa ou contraditória, advogado pede ao juiz para completar (modalidade recursal que não muda a sentença, apenas corrige). Não tem duplo grau.
Capitulo 5- Norma processual:
A norma processual tem eficácia imediata. Possui efeito ex nunc (não retroage) e atinge atos presentes e futuros.
Identidade da norma processual:
Norma material: contidas em regra no Direito material que disciplinam as relações entre as pessoas, os direitos e as obrigações, visando prevenir conflitos e apontando em caso de divergências, qual deve prevalecer e qual deve ser sacrificado. Diz o que é licito e ilícito. Exemplo: Direito civil = permanece o direito privado da autonomia das partes.
Norma instrumental: contidas em regra no Direito processual e regulamenta através das normas e princípios os procedimentos jurisdicionais
Fontes (origem): As formais vinculam (legislação federal, cf, legislação estadual) e as materiais não vinculam (costume, doutrina, jurisprudência).
Dimensão espacial e temporal:
Eficacia espacial: Principio da territorialidade, principio da nacionalidade. Regra geral: é a norma brasileira, é a que o juiz aplica e que não pode utilizar a que não é brasileira. Savo se houver convenção.
Eficacia temporal: A norma processual não retroagirá e será aplicada imediatamente aos processos em curso.
Formas de interpretação da norma processual: 
A. Literal – Gramatical, conforme a escrita da norma;
B. Sistemática – Leva em consideração duas ou mais legislações do oj brasileiro
C. Histórico – Evolução da norma material e processual; para criar convencimento ao juiz
D. Teológico – Observa as reais necessidades de uma sociedade e da norma (tempo);
E. Comparativo – Observa o ordenamento de outros países. Compara o ordenamento jurídico brasileiro com o estrangeiro. 
NA AUSENCIA DE NORMA QUE REGULEM PROCESSOS ELEITORAIS, TRABALHISTAS OU ADMINISTRATIVOS, RECORRER AO CDC.
Resultado da interpretação:
Declarativo: quando o juiz declarar a existência ou a inexistência do direito, ele está fazendo interpretação declarativa. É a mera aplicação da regra ao caso concreto.
Restritiva: quando a norma é muito ampla e o operador do direito tem que restringi-la a um determinado caso.
Extensivo: legislador fez a norma de forma curta, restrita, e o operador do direito tem que amplia-la.
Ab rogante: quando uma regra é contrária a outra, dicotonomia entre regras ou princípios. Se usar uma não pode usar a outra.
Capitulo 4- Jurisdição:
- É poder, dever do estado na figura do juiz de dizer o direito e substituir com um ato seu a vontade de uma das partes; Carater de subjetividade que existe no processo de conhecimento e no processo de execução.
TEORIAS:
CHIOVENDA: A jurisdição possui mero caráter substitutivo, considerado característica principal. Possui caráter de subjetividade. Retirado o direito de agir das partes uma em relação a outra e dado ao direito de pedir perante um órgão estatal imparcial, sendo ele o juiz, que vai julgar procedente, improcedente ou parcialmente procedente, assim fazendo resolução de mérito.
CARNELUTTI: Jurisdição tem como objetivo a resolução de conflitos. Nem todo processo tem lide. Exemplo: divorcio com consenso das partes.
Conceito:
Processo de conhecimento acontece ate a sentença, ate quando não cabe mais recurso. 
Conhecimento da vontade das partes:
Com letigio: jurisdição contenciosa: necessita obrigatoriamente de um conflito, lide.
Sem letigio: jurisdição voluntaria: de inicio não possui lide, sendo uma mera administração pública de interesse privado;
Processo de execução: cumprimento de sentença
Funções estatais: 
A. Legislação -> elaboração de normas abstratas e concretas (legislador faz e a sociedade aplica);
B. Administrativo -> execução ( tem interesse, sendo assim é considerado parcial, podendo um ato administrativo ser anulável, o juiz é o único que por meio de sentença pode anular);
C. Jurisdição -> dizer o direito de forma imparcial, como um ato definitivo (coisa julgada, imutável).
CARACTERISTICAS DA JURISDIÇÃO: TUDO TEM QUE SER REDIGIDO E DOTADO PELO JUIZ PARA DAR PUBLICIDADE:
A. Inercia -> começa por iniciativa das partes (interesse e legitimidade);
B. Imparcialidade -> o juiz não pode ter nenhum interesse que não seja resolução de conflitos.
C. Substitutividade -> Sentença, despacho, decisão interlocutória, acórdão (substituindo a vontade das partes);
D. Lide -> conflito entre as partes; mas nem sempre tem conflito de interesses 
Definitividade: se não cabe mais recurso, aquela decisão se torna definitiva. A coisa julgada torna indiscutível. 
Atos ordinatórios: ato de escrivão que pode praticar de oficio, sem comando do juiz
Mistigação: mudar coisa julgada, mistiga ou suaviza. Ex: pai que tinha condição de pagar 10 salarios mínimos mas agora só tem 2
PRINCIPIOS DA JURISDIÇÃO:
Principio da investidura: não é qualquer pessoas que tem poder jurisdicional. Regra geral: somente aquele que foi aprovado na magistratura.
Principio da aderência ao território: limitação territorial, limita a esfera jurisdicional.
Principio da indelegabilidade: uma vez que o juiz recebe a petição incial, ele passa a ser competente para julgar e processar e não pode delegar a outrem. Regra geral: a exceção ocorre nos casos em que a lei prever.
Principio da inafastabilidade: Juiz não pode se esquivar de julgar. Não pode alegar lacuna ou obscuridade na lei.
Principio da Inevitabilidade: quando coisa julgada não cabe mais recurso, a jurisd deve se torna inevitável atravésdo transito em julgado, o que torna imutável uma decisão.
Principio do juiz natural: todo mundo tem o direito de ser julgado por um juiz imparcial e um órgão competente.
Principio da imparcialidade: o juiz não pode ter interesse pessoal, seu único interesse deve ser solucionar o conflito. Ele deve ser imparcial.
Principio da inercia: o juiz não pode provocar de oficio. Somente as partes podem provocar. A jurisdição é inerte, ela só irá funcionar se ela for provocada.
Elementos da jurisdição:
COGNITIO: É conhecimento. Quando inicia-se um processo o da inicio ao conhecimento.
VOCATIO: somente o juiz possui a convocação, que é poder trazer em juízo aquele que a presença é necessária ao desenvolvimento do processo.
COERTIO: medida imposta obrigatória, dita por quem exerce a função jurisdicional. 
JUDITIO: A jurisdição ao dizer o direito ; é a conclusão da prestação jurisdicional (julgamento
 EXECUTIO: Cumprimento da sentença, tornando-a obrigatória.
ESPECIES DE JURISDIÇÃO:
Quanto ao tipo de pretensão pode ser penal ou civil. Relaciona-se com a matéria em que se trata o conflito e define onde o processo vai entrar.
Quanto ao grau pode ser:
Inferior: primeira instancia, 1 grau de jurisdição
Superior: segunda instancia, 2 grau de jurisdição
Quanto ao órgão pode ser: Especial (especifico) Justiça do trabalho, militar e eleitoral
Comum: Estadual ou federal
Quanto a existência da lide: Contenciosa c lide
Voluntaria sem lide

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