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o que é arquitetura carlos lemos (daphne)

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1 
Daphne de Oliveira Peres 
LEMOS, C. A. C. O que é arquitetura. 20 de Junho de 2016 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE 
CURSO DE ENGENHERIA CIVIL 
DISCIPLINA DE PROJETO DE ARQUITETURA 
DOCENTE: PROF.ª DRA. JOSELIA DA SILVA ALVES 
ALUNA: DAPHNE DE OLIVEIRA PERES 
 
LEMOS, C. A. C. O que é arquitetura. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção 
Primeiros Passos) 
 
 No livro O que é arquitetura, no primeiro capítulo “A Construção Bela” o autor vai 
nos induzir a um conceito de arquitetura, tal que se relaciona com a construção e com a 
beleza, conceituando assim o termo arquitetura como sendo uma construção bela. 
 A partir desse ponto, o autor indaga a subjetividade sobre o belo e divide as 
construções em três grupos: as construções que partem de um critério artístico por todos 
conhecidos, as erguidas sem um desejo de fazer arte, e as nascidas sem nenhum senso 
estético. 
Lemos neste capítulo também enfatiza o segundo grupo, que é composto de obras 
populares, que foram erguidas sem arquitetos das sociedades civilizadas. A partir daí 
conceitua a “arquitetura vernácula” como construções executadas por uma comunidade, 
usando métodos próprios e sem influência da cultura dos povos dominantes, utilizando 
recursos que o meio oferece. Neste grupo o autor também aloca as obras de arquitetura 
nascidas com o primeiro contato dos povos primitivos com colonizadores, e da o exemplo da 
arquitetura colonial paulista. 
O autor ainda neste capítulo determina a revolução industrial, como marco para uma 
mudança no modo de olhar as coisas, surgindo uma “arquitetura paralela”, ligada ao 
racionalismo e a técnica. 
O segundo capítulo, “A Arquitetura ao Longo do Tempo”, tem o intuito de traçar uma 
ordem cronológica dos conceitos e mudanças na história até os dias de hoje. 
A primeira ideia de arquitetura citada pelo autor é a de Platão, que acreditava que 
arquitetura era uma ciência que tem sua origem na ação de produzir coisas que não existiam 
antes. 
 
 
 
 
 
 2 
Daphne de Oliveira Peres 
LEMOS, C. A. C. O que é arquitetura. 20 de Junho de 2016 
Em seguida o autor cita o filosofo grego Vitrúvio como o fundador da estética da 
arquitetura, com os seus “Dez livros de arquitetura”. Vitrúvio estabelece três aspectos na 
arquitetura: solidez, utilidade e beleza, e estabelece também seis divisões da arquitetura: 
ordenação, disposição, harmonia, simetria, conveniência e distribuição. 
Chegando a Idade Média, o autor menciona o fato de que a produção arquitetônica era 
a cargo de profissionais que mantinham seus conhecimentos em segredo, o papel do arquiteto 
era confundida com a do mestre-de-obras. O autor introduz o conceito de arquitetura gótica, 
que foi considerada uma integração entre a ciência e as artes, o excesso de ornamentação e 
utilização de altos valores e materiais preciosos pelos construtores, é tido com um ato de fé, 
como sendo um embelezamento para o divino. 
Na sequência o autor cita o renascimento na Itália, onde ressurgiu a estética 
Vitruviana, uma arquitetura nova regida pelos antigos. Nessa época os arquitetos ainda eram 
os responsáveis pelas soluções estruturais. 
A seguir o livro menciona o período Neoclássico, que ocorreu concomitantemente a 
Revolução Industrial, onde houve mudanças no modo de vida da sociedade em geral, que 
acarretou em uma disseminação da arte a um maior número de pessoas. Nessa época que se 
definiu a separação entre o arquiteto e o engenheiro, e um grande número de definições de 
arquitetura. O autor menciona opiniões de importantes arquitetos do século XX como 
Ludwiing Mies van der Rohe, Le Corbusier e os brasileiros Oscar Niemeyer e o teórico da 
arquitetura Lúcio Costa. 
No capítulo III “O Partido Arquitetônico”, o autor traduz as definições de arquitetura 
para uma forma mais técnica, conceituando-a como qualquer intervenção no meio ambiente 
criando novos espaços, não necessariamente com uma intenção plástica, e que atenda as 
necessidades. 
Em seguida Lemos conceitua a ideia de partido como sendo uma consequência formal 
resultante de condicionantes, e determina esses tais condicionantes do partido: a técnica 
construtiva, abrangendo recursos humanos, e materiais locais; o clima; as condições físicas e 
topográficas do sítio; o programa de necessidades; as condições financeiras; e a legislação. O 
autor ainda ressalta a relação destes condicionantes entre si e questões ligadas à identidade 
regional, às subjetividades individuais, condições financeiras e aspectos da personalidade. 
 
 
 
 
 
 3 
Daphne de Oliveira Peres 
LEMOS, C. A. C. O que é arquitetura. 20 de Junho de 2016 
O autor destaca o sistema construtivo como sendo talvez o mais importante dos 
determinantes do partido arquitetônico, e ilustra citando o exemplo da formação da cidade de 
São Paulo. E aborda o fato da arquitetura trazida pelos imigrantes, com seus conhecimentos e 
novos materiais. 
Neste momento, o autor retoma ao programa de necessidades, que se traduz em 
determinações e expectativas que o interessado espera satisfazer. E destaca que os programas 
são mutáveis no tempo, uma vez que a construção permanece inalterada, isso devido ao 
progresso constante, trazendo novos modos de planejar, e cita novamente para exemplificar a 
cidade de São Paulo. 
Lemos acrescenta ainda que o partido arquitetônico sofre grande influência, na 
ocupação do meio pelo surgimento de legislações, que surgiram com a finalidade de 
padronização, e cita exemplos de cidades do Brasil em que ocorreram tais padronizações 
como Salvador, Ouro Preto e São Luís do Paratinga. A partir da segunda metade do século 
XX, as leis obrigaram à modernização das construções, levando em consideração também o 
conforto ambiental, com novos conceitos de higiene trazidos por profissionais imigrantes no 
século XIX. E a partir do começo do século XXI foram exigidas legislações a respeito de 
ventilação e iluminação, e o autor exemplifica de novo com São Paulo, com o Código de 
Obras de Artur Sabóia, pioneiro nos conceitos ligados à higiene da habitação, mas que se 
revelou depois um inibidor do desenvolvimento vertical, e se não tivesse sido revogado a 
cidade hoje seria outra. 
“(...) as pessoas procuram achar vínculo entre a arquitetura e a beleza” (p.7) 
“Nunca será fácil separa as construções belas das outras, para que possam ser eleitas e 
distinguidas como trabalhos de arquitetura.” (p.7) 
“A beleza não é exclusiva da arquitetura e sim das artes em geral.” (p. 9) 
“(...) a expressão “vernácula” para designar a arquitetura desses povos ainda alheios às 
influências de fora, das culturas dos povos dominantes, cujo o espírito crítico justamente é 
que irá julgar nela o que é belo e o que é destituído de interesse artístico.” (p. 10) 
Platão: “A arquitetura e todas as artes manuais implicam numa ciência que tem, por 
assim dizer, sua origem na ação e produzem coisas que só existem por causa delas e não 
existiam antes” (p. 20) 
 
 
 
 
 
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Daphne de Oliveira Peres 
LEMOS, C. A. C. O que é arquitetura. 20 de Junho de 2016 
“Vitrúvio percebe na arquitetura três aspectos: a solidez, a utilidade e a beleza, dando 
assim, importância maior lado prático ou técnico, deixando o artístico propriamente dito por 
último” (p.21) 
“(...) na Idade Média, vemos os pensadores sempre preocupados com a decoração 
magnificente, enquanto a produção arquitetônica ficava nas mãos de profissionais 
extremamente ciosos de seus conhecimentos (...)” (p.24) 
“(...) a arquitetura gótica, desenvolvida para a glória de Deus, foi uma verdadeira 
integração entre a ciência e as artes (...)” (p. 26) 
“Partido seria uma consequência formal derivada de uma série de condicionantese 
determinantes; seria o resultado físico da intervenção sugerida.” (p. 38) 
“O sistema construtivo é, talvez, o mais importante dos determinantes do partido 
arquitetônico e a seu respeito há muito o que falar, por estar nele implicitada uma soma de 
dados de interesse cultural e portanto definidores de uma personalidade” (p. 40) 
 “O programa de necessidades é outro fator importante na determinação do partido 
arquitetônico. (...) há de se vislumbrar uma relação fundamental existente entre o uso do 
edifício e a construção propriamente dita.” (p. 43) 
 
 O livro é de grande relevância na conceitualização da Arquitetura, fazendo um 
paralelo histórico da relação da arquitetura com a beleza e posteriormente da relação da 
arquitetura com a técnica. O autor utiliza desde linhas de pensamento dos filósofos da Grécia 
antiga, até chegar à arquitetura moderna e os ditos teóricos da arquitetura, fazendo uma 
espécie de linha do tempo, retratando a historia da arquitetura resumidamente. O autor usa 
conceitos como o belo, períodos históricos, partidos, e grandes nomes da arquitetura. Com um 
texto fácil e objetivo, faz com que qualquer leitor perceba do que realmente ele que mostrar, 
sem uma linguagem técnica estranha à leigos.

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