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RelatorioPlanoAula (27)

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DIREITO CIVIL V - CCJ0111
Semana Aula: 5
Validade do Casamento 2
Tema
Validade do Casamento 2
Palavras-chave
Objetivos
1. Estudar e compreender as causas de nulidade do casamento e a legitimidade para a 
propositura da ação. 
 
2. Estudar e compreender as causas de anulação do casamento e a legitimidade para a 
propositura da ação. 
 
3. Identificar os prazos decadenciais para os pedidos de anulação do casamento. 
 
4. Diferenciar nulidade absoluta de nulidade relativa. 
Estrutura de Conteúdo
1. Validade do Casamento. 
a. Causas de nulidade do casamento. 
i. Legitimidade para a ação. 
b. Causas de anulação do casamento. 
i. Legitimidade para a ação. 
ii. Prazos decadenciais. 
c. Diferenças entre nulidade absoluta e nulidade relativa. 
Procedimentos de Ensino
O presente conteúdo pode ser trabalhado em uma única aula, podendo o professor dosá-lo de acordo 
com as condições (objetivas e subjetivas) apresentadas pela turma. 
 
Sugerimos que o professor inicie a aula retomando a diferença entre os planos de existência, validade e 
eficácia do casamento e, a partir delas, ingresse na diferenciação entre casamentos nulos e anuláveis.
 
O Capítulo VIII do Livro de Direito de Família elenca as causas de invalidade do casamento que, pelas 
causas expressamente[1]1 previstas nos arts. 1.548 e 1.550, CC, poderá ser declarado nulo ou anulável 
respectivamente.
 
O casamento nulo é aquele atingido por vício essencial ou que foi contraído com simulação, infração à lei, 
à ordem pública ou bons costumes. Segundo o art. 1.548, CC, serão nulos os casamentos celebrados pelo 
enfermo mental (enfermidade permanente e duradoura, art. 3º., CC) sem o necessário discernimento 
para os atos da vida civil e por infringência de impedimento (art. 1.521, CC). 
 
A decretação de nulidade pode ser requerida em ação ordinária por qualquer interessado ou pelo 
Ministério Público (art. 1.549, CC), sendo a sentença declaratória de efeitos ?ex tunc? (o casamento não 
produz qualquer efeito jurídico desde a celebração [2]2). O foro competente é o da residência da mulher 
(art. 100, I, CPC), sendo essencial a atuação do Ministério Público como fiscal da lei (arts. 82, II, CPC). 
Deve-se lembrar que a ação de nulidade admite reconvenção e confissão. No entanto, não se operam os 
efeitos da revelia nem se impõe o ônus da impugnação específica. A sentença deverá ser averbada junto 
ao registro do casamento, retomando os ex-cônjuges o estado civil que possuíam antes do casamento.
 
As causas de anulabilidade do casamento fundamentam-se, basicamente, em afronta a interesses 
privados que levam a vícios capazes de lhe determinar a invalidade. São causas de anulação do 
casamento, conforme o art. 1.550, CC:
 
1- O casamento de quem não completou a idade mínima para casar. É hipótese clara da falta de 
suprimento judicial da idade para os casamentos celebrados nas hipóteses do art. 1.520, CC.
a. Legitimidade: art. 1.552, CC.
b. Não se anulará pela falta do suprimento judicial da idade o casamento do qual resultou 
gravidez (art. 1.551, CC).
c. O menor, ao completar a idade núbil poderá confirmar o casamento perante o oficial do 
cartório e juiz celebrante, desde que o faça antes do trânsito em julgado da ação 
anulatória e com o consentimento de seus representantes legais (art. 1.553, CC).
d. Prazo: art. 1.560, §1º., CC.
 
2- O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal. É 
hipótese de falta de suprimento judicial do consentimento para os casamentos de pessoas 
maiores de 16 e menores de 18 anos (art. 1.517, CC).
a. Legitimidade: art. 1.555, CC.
b. Não se anulará pela falta do suprimento judicial da idade o casamento do qual resultou 
gravidez (art. 1.551, CC). 
c. Também não se anulará por falta de consentimento se a celebração do casamento foi 
acompanhada pelos representantes legais do menor ou se estes, por qualquer modo, 
tiverem manifestado sua aprovação (art. 1.555, §2º, CC).
d. O menor, ao completar a maioridade pode confirmar o casamento perante o oficial do 
cartório e juiz celebrante, desde que o faça antes do trânsito em julgado da ação 
anulatória.
e. Prazo: art. 1.555, CC.
 
 
3- O casamento contraído com vício da vontade: erro substancial quanto à pessoa do outro cônjuge 
(arts. 1.556 e 1.557, CC) e coação moral (art. 1.558, CC).
a. Legitimidade: art. 1.559, CC.
b. Coação: é causa de anulabilidade a coação moral, uma vez que a coação física é 
considerada causa de inexistência do casamento. Coação é toda ameaça (grave, injusta 
e atual) ou pressão injusta exercida sobre um indivíduo para forçá-lo ao casamento. É o 
temor que impõe que vicia o casamento, independente de ser ele dirigido ao próprio 
nubente ou a seus familiares.
 i. Temor reverencial não é causa de anulação do casamento.
c. Erro: erro é a falsa representação da realidade e, para viciar o casamento, deve se referir 
à pessoa do outro cônjuge, além de ser substancial.
 i. O defeito deve ser anterior ao casamento e desconhecido do cônjuge 
enganado. 
 ii. A descoberta do defeito após o casamento deve tornar insuportável a 
vida em comum.
 iii. O art. 1.557, CC, enumera taxativamente as causas de anulação do 
casamento por erro que pode se dar quanto: à identidade (física e civil), honra 
e boa fama; ignorância de crime anterior ao casamento; defeito físico 
irremediável ou moléstia grave e transmissível por contágio ou herança; 
ignorância de doença mental grave.
 iv. O ?error virginitatis? não é mais causa de anulação do casamento.
 v. A jurisprudência não tem considerado erro essencial a condição de 
desempregado ou a ociosidade, a fortuna e a profissão.
d. Prazo: erro ? art. 1.560, III, CC; coação moral ? art. 1.560, IV, CC.
 
4- O casamento do incapaz de consentir ou manifestar de modo inequívoco o consentimento.
a. Legitimidade: o próprio incapaz; representantes legais; herdeiros do incapaz.
b. Trata-se de demonstração de redução da capacidade abrangendo, portanto, as hipóteses 
de incapacidade relativa (art. 4º., CC).
c. Prazo: art. 1.560, I, CC.
 
5- O casamento realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da 
revogação do mandato e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges.
a. Legitimidade: mandante ou seu representante legal (se interdito ou menor).
b. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada.
c. A coabitação do mandante com o cônjuge retira-lhe o direito de pleitear a anulação do 
casamento por este vício.
d. Prazo: art. 1.560, II, CC.
 
6- O casamento por incompetência da autoridade celebrante.
a. Legitimidade: os próprios nubentes.
b. Trata-se de incompetência em razão do lugar e em razão da pessoa, pois a 
incompetência em razão da matéria é causa de inexistência do casamento.
c. Art. 1.554, CC ? subsiste o casamento se aquele que o celebrou, embora não tendo 
competência, exercia publicamente as funções de juiz de casamentos e nesta qualidade 
tiver registrado o ato.
d. Prazo: art. 1.560, §2º., CC.
 
A anulação do casamento pode ser requerida em ação ordinária apenas pelas pessoas diretamente 
interessadas no ato, sendo as causas submetidas a prazos decadenciais. A sentença será constitutiva 
negativa com efeitos ?ex tunc? (o casamento produz até a decretação de sua invalidade). O foro 
competente é o da residência da mulher (art. 100, I, CPC), sendo essenciala atuação do Ministério Público 
como ?custos legis? (arts. 82, II, CPC). A ação de anulação admite reconvenção e confissão. No entanto, 
não se operam os efeitos da revelia nem se impõe o ônus da impugnação específica. O casamento 
anulável por se referir a vícios de natureza privada, pode ser confirmado por manifestação expressa ou 
tácita dos nubentes, resguardados direitos de terceiros. A sentença deverá ser averbada junto ao registro 
do casamento, retomando os ex-cônjuges o estado civil que possuíam antes do casamento.
 
Para finalizar, o professor pode elaborar um quadro indicando as principais diferenças entre o casamento 
nulo e o casamento anulável:
 
Casamento nulo: fere razões de ordem pública; pode ser declarado de ofício (em ação ordinária própria), 
ou a requerimento do Ministério Público ou qualquer interessado; não é suscetível de confirmação; não 
convalesce com o tempo; não produz efeitos; a sentença é meramente declaratória; os efeitos são ?ex 
tunc?.
 
Casamento anulável: fere razões de ordem privada; somente pode ser invocada por quem a aproveite, 
não podendo ser declarado de ofício; é suscetível de confirmação; submete-se a prazos decadenciais; 
produz efeitos enquanto não for anulado; a sentença é constitutiva negativa; gera efeitos ?ex tunc? 
(alguns autores afirmam que seus efeitos são ?ex nunc?).
 
Nas exatas palavras de Pontes de Miranda (1980) ?a imagem mais própria para se diferenciar o nulo do 
anulável é a da coleção de cubos (elementos), empilhados regularmente, formando o suporte fático, a 
que ou faltou algum dos cubos, vendo-se o espaço vazio, e é a imagem do suporte fático do negócio nulo, 
ou a que algum dos cubos menores não foi junto, mas é juntável pelo que o devia ter posto lá, o cubo 
complementar, ou, pelo tempo mesmo que decorreu, não pode ser mais visto o vazio?.
 
Ao final da aula o professor deve perguntar se ainda existem dúvidas com relação aos tópicos abordados. 
Após, deve realizar breve síntese das principais diferenças entre as hipóteses de nulidade e anulação do 
casamento, preparando o aluno para o tema da próxima aula: celebração do casamento e prova do 
casamento.
 
NOTAS:
 
[1] A doutrina não admite as causas de nulidade virtual do casamento, ou seja, são causas de invalidade 
apenas aquelas taxativamente (textualmente) elencadas na lei. Assim, não gera a invalidade do 
casamento o fato da cerimônia ser retomada antes de 24h após sua suspensão (art. 1.538, parágrafo 
único, CC) ou ter sido realizada a portas fechadas (art. 1.534, CC).
 
[2] Parte da doutrina entende que em virtude da previsão do art. 170, CC (conversão substancial) é 
possível que o casamento nulo que contenha requisitos de outro negócio jurídico (como, por exemplo, a 
união estável) possa subsistir quando o fim a que visavam as partes permitir supor que assim o teriam 
querido.
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
quadro e pincel; datashow
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto
Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com 
bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns 
meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela 
própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando 
que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste 
mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu 
marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa 
situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele 
única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no 
dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor 
que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como 
queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o 
agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e 
na resposta indique o prazo para a propositura da ação.
Questão objetiva 1
(TJRS 2013) Sobre o casamento: 
I. O prazo para ser intentada ação de anulação do casamento, se 
houver coação, é de 4 anos a contar da data da celebração, e de 3 anos, na 
hipótese de erro essencial. 
II. Não devem casar o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, 
enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros. 
III. Não pode casar a viúva, até dez meses depois do começo da viuvez. 
IV. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser 
arguidas apenas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam 
consanguíneos ou afins. 
São verdadeiras as afirmativas: 
a. III e IV, apenas. 
b. I, II e IV, apenas. 
c. I e II, somente. 
d. I, II e III, somente
Questão objetiva 2
(MPPR 2013) É hipótese de nulidade do casamento: 
a. O casamento do menor de 16 anos; 
b. O casamento com infringência de impedimento;
c. O casamento contraído com erro sobre a pessoa do outro nubente; 
d. O casamento do menor entre 16 e 18 anos não autorizado por seu 
representante legal;
e. O casamento do menor emancipado, sem autorização de seu representante 
legal.
Avaliação
Caso Concreto
Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com 
bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns 
meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela 
própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando 
que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste 
mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu 
marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa 
situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele 
única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no 
dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor 
que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como 
queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o 
agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e 
na resposta indique o prazo para a propositura da ação.
Gabarito: a jurisprudência tem admitido que o casamento realizado por puro 
interesse econômico caracteriza erro quanto à pessoa do cônjuge e, portanto, 
passível de anulação no prazo de três anos contados da celebração do casamento 
(arts. 1550, III; 1557, I; 1560, III, CC).
Vide decisão: A 8ª Câmara Cível do TJRS anulou um casamento feito, meramente por 
interesse financeiro, em 2009 na pequena cidade gaúcha de Alpestre. O noivo, um 
agricultor "humilde e ingênuo", pediu a anulação do matrimônio porque a esposa saiu de 
casa um mês depois. Como o juiz Mário Augusto de Lacerda Figueiredo Guerreiro, da 
comarca de Planalto (RS) julgou improcedente o pedido de anulação do casamento, o 
homem apelou...e levou! O acórdão reconheceu que o casamento foi celebrado a partir de 
"premissa do amor desinteressado, mas que se fragilizou rapidamente, revelando puro 
interesse patrimonial por parte da mulher".
O autor conheceu a mulher no início de agosto de 2009, num encontro promovido pelo 
pai dela, iniciando namoro com vistas ao casamento. Ele estava com 35 de idade; ela, 
com 47. Segundo o noivo, a mulher foi sua primeira namorada e ele nunca, antes, tivera 
relações sexuais.
Trinta dias depois de se conhecerem - mas antes de iniciarem a morar juntos - ambosassinaram um pacto antenupcial, optando pelo regime da comunhão universal de bens. O 
noivo é dono de um imóvel e tinha a expectativa de receber uma indenização. Após as 
primeiras semanas de casados, a mulher passou a exigir dinheiro. Descontente com a 
situação, 30 dias após a realização do matrimônio, ela abandonou o lar, levando consigo 
alguns móveis.
Segundo o depoimento do homem, a companheira não tinha qualquer interesse em 
manter relações sexuais e fortes indícios davam conta de que ela mantivesse 
relacionamento extraconjugal. A mulher exigia dinheiro para ter relações sexuais, sendo 
que a vida desregrada da mulher foi conhecida somente após o casamento - foi uma das 
teses da petição inicial. A cônjuge mulher, não obstante a citação por edital e nomeação 
de curador especial, compareceu no cartório judicial, sendo citada. Constituiu advogado e 
peticionou dizendo que "não se opunha ao pedido de anulação de casamento, com 
desconstituição do pacto antenupcial – apesar de não ser a anulação de casamento ato 
de disponibilidade dos litigantes". Duas frases nucleares do acórdão resumem o caso: "o 
apelante, pessoa de pouca instrução, se viu rapidamente envolvido e, concomitantemente 
ao momento em que conheceu a recorrida, já firmou pacto antenupcial de comunhão 
universal de bens. Os fatos que dão causa ao pedido (ingenuidade do varão, ignorância 
acerca das consequências da escolha do regime de comunhão universal de bens e 
alegação de que a mulher pretendia, apenas, aquinhoar seu patrimônio), são suficientes 
para caracterizar hipótese de erro essencial".
A decisão transitou em julgado. O advogado Otacilio Vanzin fez a defesa do homem; e os 
advogados Carlos Cezar de Abreu e Michel Gustavo Inocêncio atuaram em nome da 
mulher. (Proc. nº 70052968930). Fonte: Espaço Vital.
Questão objetiva 1
(TJRS 2013) Sobre o casamento: 
I. O prazo para ser intentada ação de anulação do casamento, se 
houver coação, é de 4 anos a contar da data da celebração, e de 3 anos, na 
hipótese de erro essencial. 
II. Não devem casar o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, 
enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros. 
III. Não pode casar a viúva, até dez meses depois do começo da viuvez. 
IV. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser 
arguidas apenas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam 
consanguíneos ou afins. 
São verdadeiras as afirmativas: 
a. III e IV, apenas. 
b. I, II e IV, apenas. 
c. I e II, somente. 
d. I, II e III, somente
Gabarito: C - art. 1560 e 1523, CC.
Questão objetiva 2
(MPPR 2013) É hipótese de nulidade do casamento: 
a. O casamento do menor de 16 anos; 
b. O casamento com infringência de impedimento;
c. O casamento contraído com erro sobre a pessoa do outro nubente; 
d. O casamento do menor entre 16 e 18 anos não autorizado por seu 
representante legal;
e. O casamento do menor emancipado, sem autorização de seu representante 
legal.
Gabarito: B - art. 1548, CC.
Considerações Adicionais
Referências Bibliográficas:
Nome do livro: Direito das Famílias
Nome do autor: FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson.
Editora: Lumen Juris
Nome do capítulo: Capítulo II O Casamento
Número de páginas do capítulo: 73

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