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EPE HUNT Cap15

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UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE MONTES CLAROS
EVOLUÇÃO DO
PENSAMENTO ECONÔMICO
II
LUIZ PAULO FONTES DE REZENDE
2
História do Pensamento Econômico: Uma perspectiva crítica
Hunt e Laustzenheiser, 2013
Capítulo 15 – A ideologia Neoclássica e o
mito do mercado autorregulador: os
escritos de John Maynard Keynes
• Introdução
• O Contexto histórico da análise de Keynes
• Keynes e a defesa da teoria da distribuição segundo a
produtividade marginal
• Keynes e a análise das depressões capitalistas
• Eficácias das políticas keynesianas
• Fundamentos ideológicos das ideias de Keynes.
3
A ESCOLA KEYNESIANA - JOHN MAYNARD KEYNES
• O sistema de ideias keynesiano é uma das escolas mais significativas do
pensamento econômico. A escola começou com a publicação de The
general theory of employment, interest and money de Keynes, em 1936,
e atualmente marca importante presença na economia ortodoxa.
• John Maynard Keynes (1883-1946) - Entre os professores de Keynes em
Cambridge estavam Marshall e Pigou, que reconheceram seu brilhantismo.
Sua considerável fortuna foi acumulada principalmente por meio de
transações em moedas e mercadorias estrangeiras. De fato, ele foi um dos
especuladores sobre os quais ele próprio escreveu:
4
A ESCOLA KEYNESIANA - JOHN MAYNARD KEYNES
• Keynes foi uma figura importante tanto no mundo dos assuntos políticos como
na vida acadêmica. Ele foi presidente de uma empresa de seguros de vida,
atuou como diretor de outras empresas e foi membro do corpo administrativo
do Banco da Inglaterra. Além de financista, ele foi um alto oficial do governo,
autor de muitos livros e trabalhos teóricos didáticos, jornalista, conhecedor e
patrocinador das artes e professor na Universidade de Cambridge. Foi
representante do Ministério da Fazenda da Inglaterra, na conferência de paz
após a Primeira Guerra Mundial, com poder de falar pelo ministro e também
orientar a Inglaterra durante as dificuldades financeiras da guerra.
• Em 1926, Keynes publicou um pequeno livro intitulado The end of laissez-
faire, em que afirmava que os males dos dias de hoje eram frutos de risco,
incerteza e ignorância.
• Embora Keynes criticasse severamente certos aspectos da economia
neoclássica, que considerou junto com as doutrinas ricardianas sob o título de
"economia clássica", ele utilizou muitos de seus postulados e métodos,
seguindo a tradição marshalliana.
5
Introdução
• Três principais elementos ideológicos do utilitarismos neoclássico:
1) Teoria da distribuição baseada na produtividade marginal retrata
o capitalismo concorrencial como um ideal de justiça
2) argumento da “mão invisível” – racionalidade e eficiência
3) natureza automática e autorregulável do mercado – estado
mínimo
• Estes três pilares representavam um disfarce da realidade do
capitalismo mas promovia a aceitação da busca incontida do lucro.
• Primórdios da industrialização capitalista – lucros industriais dos
capitalistas obstruídos pelo governo por motivo de interesse dos
comerciantes e proprietários de terra
• Argumento dos mercados autoajustáveis (lei de Say) – limitação do
governo na economia
6
Introdução
• O capitalismo nunca se ajustou automaticamente ao equilíbrio de pleno
emprego e também nunca houve um “leiloeiro” Walrasiano
• O sistema capitalista é anárquico – a história do capitalismo é uma
história de instabilidade econômica
• Fins do século XIX: desenvolvimento de mercados de capitais
mundiais, progressos na produção e transportes – concentração de
poder industrial em corporações, trustes e cartéis
• Consequências da concentração industrial: concorrência não
regulamentada, anarquia do mercado (menor capacidade de ajuste do
mercado) – crises econômicas mais longas e graves e com maior
frequência
• Perda da crença no mercado autorregulador – necessidade de políticas
governamentais para controlar a anarquia do mercado (comissões
reguladoras do governo para assegurar o funcionamento do mercado)
7
Introdução
• Lei Sherman (1890) – contra os trustes para a promoção da
concorrência de forma a restringir as organizações trabalhistas
• Desmantelamento do argumento da “mão invisível” – ampliação dos
deveres do governo
• Aumento da instabilidade do capitalismo:
— Na primeira metade do século XIX - EUA (2 Crises, 1819 e 1837), Inglaterra (4 crises,
1815, 1825, 1836 e 1847)
— Última metade do século XIX – EUA ( 5 crises, 1854, 1857, 1873, 1884 e 1893) e
Inglaterra ( 6 crises, 1857, 1866, 1873, 1882, 1890 e 1900)
— No século XX – situação piorou com crises cada vez mais frequentes, culminando a
grande depressão dos anos de 1930
• A grande depressão de 1930 afetou todas as economias capitalistas
(crise mundial)
• Esta crise ocorreu nos EUA em 24/101929 conhecida como “quinta
feira negra”
8
Introdução
• Crise de 1929 – queda da bolsa de valores de Nova York (queda nas
cotações dos títulos) → crise de confiança → redução da produção e
investimentos → redução da renda nacional e do emprego → diminuiu
mais a confiança (desapontamento das expectativas) na economia
(círculo vicioso – aumento da incerteza com relação ao futuro).
• Entre 1929 e 1932 : 85000 falências de empresas e mais de 5000 bancos
suspenderam suas operações. Queda das ações na bolsa de Nova York,
desemprego aumentou atingindo ¼ da população, renda agrícola caiu
para ½ e o produto industrial reduziu 50%, mesmo com baixos salários.
• O que reduziu a produção de bens e serviços? Recursos naturais
permaneceu abundantes, as fábricas e máquinas continuaram em
mesmo número e o trabalho também. Verificou-se uma redução da
capacidade produtiva (aumento da capacidade ociosa).
• O que explica a crise?
9
Introdução
• O que explica a crise? A explicação estava nas instituições do sistema
capitalista de mercado. Em uma economia capitalista, as decisões de
produção baseiam-se principalmente nos lucros e não nas
necessidades das pessoas.
• O mito do mercado autorregulador não tinha utilidade ideológica –
anarquia do mercado ameaçava a própria existência do capitalismo →
medidas governamentais como solução
• De acordo com a teoria neoclássica, as depressões não ocorrem mas a
realidade era diferente.
• O economista do século XX, John Maynard Keynes (1883-1946) com sua
obra “ A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda ” tem o objetivo
de mostrar o que tinha ocorrido no capitalismo e quais as medidas
necessárias para preservar o sistema capitalista.
10
PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA KEYNESIANA
11
PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA KEYNESIANA
12
PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA KEYNESIANA
13
PRINCIPAIS DOGMAS DA ESCOLA KEYNESIANA
14
Contexto teórico da análise de Keynes
• A teoria de Keynes foi formulada num contexto conceitual bastante
idêntico à teoria do Equilíbrio Geral de Walras → um processo contínuo
de produção, circulação e consumo (macroeconomia)
• Em determinado período de produção, a firma produz um determinado
valor em moeda de mercadoria → receita das vendas (Preços x
quantidade vendida)
• Com a receita das vendas das mercadorias, a firma paga os custos de
produção (salários, matérias-primas) e o restante é o lucro.
• A renda da economia: O custo de produção para uma firma representa a
renda para um indivíduo ou para outra firma. O lucro também é uma
renda dos donos da firma.
• Valor da produção é igual aos custos de produção adicionado aos
lucros → valor da produção (preço x quantidade vendida)
• Valor da produção = renda. O valor de tudo produzido na economia
durante qualquer período é igual à renda total recebida no mesmo
período.
15
Contexto teórico da análise de Keynes
• Para as firmas venderem tudo que produzem, as pessoas terão que
gastar, no agregado, toda a suas rendas → fluxo circular da renda
• A remuneração dos fatores de produção (salários, juros e aluguéis )
que as firmaspagam ao público retorna a estas sob a forma de
consumo (compra de bens e serviços)
• Enquanto as firmas venderem tudo (demanda) o que produzirem (oferta)
e tiverem lucros satisfatórios, o processo terá continuidade
• Quando há poupança (parte da renda dos consumidores não retornam
diretamente à produção) → vazamentos no fluxo circular da renda
• Vazamentos no fluxo circular da renda:
Poupança aplicada nos bancos
importações de bens e serviços no exterior
impostos pagos ao governo (política fiscal – orçamento
equilibrado)
16
Contexto teórico da análise de Keynes
• Contrabalanceamento dos Vazamentos no fluxo circular da renda:
importações iguais às exportações ( equilíbrio no saldo comercial
internacional)
impostos iguais aos gastos do governo (compra de bens e serviços –
gastos públicos)
Poupança igual ao investimento ( empresários financiam os
investimentos via empréstimos bancários)
• Se essas injeções no fluxo renda-gastos forem equivalentes aos
vazamentos → gastos (demanda) são iguais ao valor da produção
(oferta).
17
Contexto teórico da análise de Keynes
• Visão neoclássica do funcionamento normal do capitalismo → os níveis
de emprego total e do produto total eram determinados pela função de
produção e pelas livres escolhas dos donos dos fatores de produção
• A demanda por trabalho é determinada pelo valor do produto marginal
do trabalho, e por esta demanda, a teoria neoclássica explicava tanto o
nível de salários quanto o nível de produção pela oferta de trabalho.
• Sendo VPM o valor do produto marginal do trabalho e S a oferta de
trabalho ⇨VPM= P. PmgL
• Se 100 trabalhadores são contratados, o salário será de 2,00 por
trabalhador, e os salários totais de $ 200 e os lucros de $50.
• Produto total = salário total + lucro total ⇨200+50= $250• K/L = 0,25 e a taxa de lucro⇨ 50/250 = 0,20
18
Contexto teórico da análise de Keynes
3,00
100
S = 100
Trabalhadores
Salários
VMP
2,00
1,75
125
19
Contexto teórico da análise de Keynes
20
Contexto teórico da análise de Keynes
21
Contexto teórico da análise de Keynes
22
Contexto teórico da análise de Keynes
Taxa de juros
Poupança e investimentos
Poupança – S
Investimento – I
re
S= I
r1
r2
Excesso de poupança – S>I
Excesso de investimento – S< I
23
Contexto teórico da análise de Keynes
• r1- S > I ⇨ Poupadores não encontram investimentos suficientes para
absorver os recursos poupados. Competem entre si para achar
tomadores de empréstimos, baixando a taxa de juros para re ⇨ o
excesso de oferta de mercadorias é eliminado (aumenta o consumo –
demanda)
• r2- S < I ⇨ os investidores não encontram poupança suficiente para
financiar seus investimentos. Competirão entre si por fundos
disponíveis, elevando a taxa de juros para re ⇨ elimina o excesso de
demanda por mercadoria no mercado (reduz o consumo – demanda)
24
Keynes e a defesa da teoria da distribuição da renda
segundo a produtividade marginal
• Keynes concordava com a teoria da distribuição da renda neoclássica
fundamentada na produtividade marginal e com quase todos os
princípios da teoria neoclássica, exceto de que a demanda seria sempre
igual à oferta (lei de Say) no nível de renda de pleno emprego.
• Para Keynes, a economia pode estar em equilíbrio sem pleno emprego⇨ equilíbrio com desemprego.
• Na Teoria Geral, Keynes mostrou que a “teoria do emprego”
neoclássica (clássica) baseava em dois postulados fundamentais:
— 1) o salário é igual ao produto marginal do trabalho - concordava com este
postulado, o qual deriva a curva de demanda por trabalho
— 2) oferta de trabalho – Discordava que o trabalhador determinava sua oferta de
trabalho (escolha entre lazer e trabalho) ⇨ desemprego involuntário.
25
Keynes e a defesa da teoria da distribuição da renda
segundo a produtividade marginal
• Primeiro postulado: o salário é igual ao produto marginal do trabalho
A diminuição do salário real dos trabalhadores seria a única resposta para
o desemprego segundo a teoria neoclássica (flexibilidade de preços e
salários) – P.PmgL = W ou PmgL = W/P
Keynes propôs duas formas de redução de salários:
a) redução do salário nominal e manutenção dos preços dos bens-salários
ou queda muito lenta do salário real (W/P) ⇨ recomendação dos
economistas neoclássicos (flexibilidade de preços e salários)
b) Manutenção ou leve aumento do salário nominal mediante um aumento
maior dos preços dos bens-salários (nível geral de preços) reduzindo o
salário real (W/P).
Com a redução do salário real (W/P), o empresário pode contratar mais
trabalhadores (queda do produto marginal) e manter a igualdade PmgL
= W/P
26
Keynes e a defesa da teoria da distribuição da renda
segundo a produtividade marginal
• Os argumentos (a e b) não são convincentes ⇨ trabalhadores com
sindicatos fortes preocupavam com o salário real
• Na crise de 1930 – os indivíduos estavam dispostos a trabalhar por
qualquer salário. Antes de 1929, os trabalhadores ganhavam segundo a
produtividade marginal, então com a queda do emprego em 1930, a
produtividade marginal do trabalho elevaria e como os salários reais
não aumentavam na década de 1930 e até mesmo diminuíam. Conclui-
se com base na teoria da produtividade marginal que os trabalhadores
empregados estavam recebendo salários reais substancialmente
menores do que sua produtividade marginal.
• Ademais, muitos trabalhadores estavam ansiosos para trabalharem
mesmo recebendo os salários vigentes, mas não conseguiam o
emprego.
27
Keynes e a defesa da teoria da distribuição da renda
segundo a produtividade marginal
• Segundo postulado : oferta de trabalho
• Para Keynes, os trabalhadores não determinam sua oferta de trabalho
(escolha entre consumo e lazer) ⇨ desemprego involuntário
• O que determina o nível de emprego e o salário é a demanda por
trabalho, que é influenciada pela expectativa dos empresários, portanto
os preços e salários, mesmo flexíveis, não resolverão o problema do
desemprego.
Salário
(W)
Nível de emprego (L)
Demanda de trabalho – P.PmgL = W
VMP – expectativa de venda
(demanda efetiva)
Oferta de
trabalho
••• Ep•Ed•
Múltiplos equilíbrios com desemprego (Ed)
– Qualquer ponto à esquerda de (EP)
representa o equilíbrio com desemprego.
E raramente o Equilíbrio com pleno
emprego (Ep)
A causa do desemprego para Keynes:
insuficiência de demanda efetiva.
28
Keynes e a defesa da teoria da distribuição da renda
segundo a produtividade marginal
• Keynes concordava com a teoria da distribuição neoclássica da
produtividade marginal (de fato ele concordava com quase todos os
princípios da teoria neoclássica, exceto a crença de que a demanda
agregada sempre seria igual à oferta agregada, no nível de renda de
pleno emprego - lei de Say).
• Na Teoria Geral, Keynes afirma que a teoria do emprego neoclássica se
baseia em dois postulados: 1) o salário é igual ao produto marginal do
trabalho, e 2) oferta é igual a demanda (lei de Say) pleno emprego.
29
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• Nas depressões capitalistas ⇨ queda do nível de produção e do
emprego como também do salários reais contradizem a teoria da
produtividade marginal do trabalho
• Rejeição da lei de Say, ou seja, se uma economia capitalista partisse de
uma situação de pleno emprego, a taxa de juros igualaria
automaticamente, a poupança ao investimento fazendo com que a
demanda agregada igualasse à oferta agregada.
• Divergências de Keynes à teoria neoclássica da automaticidade do
mercado
• a) determinação da poupança ⇨ embora aceitasse a noção neoclássica
de que a poupança era influenciada pela taxa de juros, insistia que o
nível de renda agregada era o determinante mais importante sobre o
volume de poupança do que a taxa de juros.
• b) poupança e o investimentonão determinam a taxa de juros. A taxa de
juros representa um preço que iguala a demanda e a oferta de moeda
(teoria monetária).
30
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• Keynes embora aceitasse a noção neoclássica de que a poupança era
influenciada pela taxa de juros, insistia que o nível de renda agregada
era uma influência muito mais importante sobre o volume de poupança
do que a taxa de juros.
• Rejeição da teoria neoclássica dos fundos emprestáveis ( poupança =
investimento: S = I) – Keynes argumentava que a poupança e o
investimento não determinavam a taxa de juros. A taxa de juros
representa o preço que equilibra a demanda e a oferta de moeda –
embora a taxa de juros esteja relacionada ao investimento e a poupança
• Keynes utiliza a função consumo para determinar a poupança. Assim,
demonstrava que o nível de consumo e de poupança eram basicamente
determinados pela renda - função da renda expressa da seguinte
forma: Y = C + S sendo Y a renda, C o consumo e S a poupança.
• Variações na taxa de juros poderia influenciar a poupança mas esta
influência era muito menos importante do que a influência do nível de
renda.
31
Keynes e a análise das depressões capitalistas
32
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• Determinação da taxa de juros ⇨ a poupança será feita de que forma?
• Na forma líquida “em dinheiro” ⇨ grau de preferência pela liquidez
• Qual é o grau de preferência pela liquidez que o indivíduo irá reter sob a
forma de moeda, em diferentes circunstâncias?
• Taxa de juros não é o retorno sobre a poupança, pois se o indivíduo
fazer poupança em dinheiro (entesouramento) não ganhará juro algum,
embora possa poupar tanto quanto antes.
• A taxa de juros é a mera recompensa pela desistência da liquidez
durante um certo tempo ⇨ é a proporção inversa entre uma quantia e o
que se pode obter com a desistência do controle da moeda em troca de
uma dívida durante um certo período de tempo.
• A taxa de juros não é o preço que equilibra a demanda por recursos
para investimentos e a disposição de se abster do consumo presente
(poupança).
33
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• A taxa de juros é o preço que equilibra a vontade de reter riqueza sob a
forma de moeda (demanda de moeda ou por liquidez) e a quantidade de
moeda disponível (oferta de moeda)
• A quantidade de moeda é outro fator que, em conjunto com a
preferência pela liquidez determina a taxa de juros em determinadas
circunstâncias
• Determinação da taxa de juros: demanda e oferta de moeda
• A oferta de moeda ⇨Banco Central
• Demanda por moeda (preferência pela liquidez) ⇨ determinada por três
motivos: 1) transação (compra de bens e serviços); 2) precaução
(segurança contra eventos incertos) e, 3) especulação (objetivo de
auferir lucros, adquirindo títulos com a queda de seu preço).
• A demanda por moeda pelo motivo especulação está relacionada com a
taxa de juros
34
Keynes e a análise das depressões capitalistas
35
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• Na opinião de Keynes parte da demanda por moeda dependia das
expectativas quanto ao que aconteceria com a taxa de juros no futuro
(especulação).
• Se a taxa de juros está alta em relação às taxas anteriores (considerada
normal) muitas poucas pessoas esperam que ela subisse mais ainda no
futuro, consequentemente, muita pouca gente ficaria com dinheiro para
fins especulativos
• Com taxas de juros mais baixas, mais pessoas se inclinariam a
acreditar que a taxa de juros subiria, consequentemente, os que
esperam que a taxa de juros subisse no futuro guardariam mais
dinheiro para fins especulativos. Portanto, a quantidade de moeda
demandada para fins especulativos diminuiria com o aumento da taxa
de juros e aumentava com a queda da taxa de juros.
36
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• A teoria da taxa de juros de Keynes
Taxa de
juros
Oferta e demanda por
moeda
Poupança e investimento
Oferta de
moeda - Ms
i1
ie
S= I
Excesso de poupança
sobre o investimento
S > I poupança
investimento
Demanda por moeda
Md = L( Y, i) S < I
i2
a) Determinação da taxa de juros b) Desigualdade entre poupança e investimento
37
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• Demanda por moeda ⇨ motivo especulação: aumento da taxa de juros ⇨
redução na demanda por moeda; redução na taxa de juros ⇨ aumento na
demanda por moeda
• Oferta de moeda ⇨Banco Central
• Ie ⇨ demanda de moeda = oferta de moeda e S= I ;
• I1 ⇨ demanda de moeda = oferta de moeda; S > I ⇨ demanda agregada
menor que a oferta agregada (produto não vendido – maior estoque) ⇨
redução da produção e do emprego (redução da renda) ⇨ redução de
consumo ⇨ as empresas tem pouco incentivo para expandir seus bens de
capital (excesso de capacidade) ⇨ diminuição da renda ⇨ diminuição da
poupança. A redução da poupança atingia um nível que igualava ao do
investimento gerando um equilíbrio com desemprego (alta capacidade
ociosa)
• Solução do desemprego ⇨ aumentar a oferta de moeda para reduzir a taxa
de juros. Com uma taxa de juros menor, a poupança é igual ao investimento⇨ a demanda agregada é igual à oferta agregada e não havia problema
algum.
38
Eficácia da políticas Keynesianas
• Política monetária (aumento da oferta de moeda) era ineficaz (armadilha
da liquidez) para manter o pleno emprego em determinadas situações
(depressões nas economias capitalistas)
• Situações
• 1) distribuição de renda muito desigual (aumento da poupança
concentrado nas mãos dos ricos que poupam muito mais que os
trabalhadores) e o nível de produção e de renda de pleno emprego não
alto que, independentemente baixasse a taxa de juros, a poupança e o
investimento não igualavam .
• Se a taxa de juros que iguala os níveis de poupança e investimento
(pleno emprego) fosse muito baixa, a política monetária não poderia ser
capaz de baixar a taxa de juros o bastante. Se as autoridades
baixassem tanto a taxa de juros, quase todo mundo espera que ela suba
muito no futuro, as pessoas prefeririam reter moeda (armadilha da
liquidez) em vez de títulos, mesmo quando as autoridades monetárias
aumentassem muitíssimo a quantidade de moeda (oferta de moeda).
39
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• Situação em que a taxa de juros não consegue igualar os níveis de
poupança e investimento de pleno emprego
Taxa de
juros
poupança e investimento
poupançainvestimento
40
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• Situação em que a política monetária não consegue igualar os níveis de
poupança e de investimentos de pleno emprego – Armadilha da liquidez
Taxa de
juros
Oferta e demanda por
moeda
Poupança e investimento
Oferta
inicial de
moeda
i1
poupançainvestimento
Demanda por
moeda Md = L( Y, i)
i2
Expansão
da Oferta
monetária
41
Keynes e a análise das depressões capitalistas
• Quando a taxa de juros se aproxima de um ponto mínimo ⇨ a demanda
por moeda se torna achatada indicando que até com grande aumento
da oferta de moeda ⇨ quase toda a maior oferta monetária é
entesourada (armadilha da liquidez).
• Grande aumento na quantidade de moeda (oferta) resulta numa
pequena queda da taxa de juros e ainda deixa um excesso de poupança
em relação ao investimento.

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