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UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE MONTES CLAROS
EVOLUÇÃO DO
PENSAMENTO ECONÔMICO
II
LUIZ PAULO FONTES DE REZENDE
2
KEYNES - A TEORIA GERAL DO EMPREGO, DO JURO E DA MOEDA
• Apresentação de Adroaldo Moura da Silva
• Tradução de Mário R. da Cruz
• Revisão técnica de Cláudio Roberto Contador
• Tradução dos Prefácios de Paulo de Almeida
• CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
• CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais para a
Liquidez
4
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
5
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
O empresário tem duas espécies de gastos:
1) custo de fatores - montantes pagos aos fatores de produção (salários,
juros etc)
2) custo de uso - montantes pagos a outros empresários pelo que lhes
compra
A diferença entre o valor da produção resultante e a soma do custo de fatores
e do custo de uso é o lucro, ou, como passaremos a chamar-lhe, a renda do
empresário.
Os custo de fatores e o lucro formam, juntamente, o que definiremos como
renda total ou renda agregada
O lucro do empresário é a quantia que ele procura elevar ao máximo quando
está decidindo qual o volume de emprego que deve oferecer
O preço da oferta agregada da produção resultante de determinado volume
de emprego é o produto esperado, que é exatamente suficiente para que os
empresários considerem vantajoso oferecer o emprego em questão
6
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
O volume do emprego depende do nível de receita que os empresários
esperam receber da correspondente produção. Os empresários, pois,
esforçam se por fixar o volume de emprego ao nível em que esperam
maximizar a diferença entre a receita e o custo dos fatores.
Seja Z o preço de oferta agregada da produção resultante do emprego de N
homens e seja a relação entre Z e N, que chamaremos função da oferta
agregada, representada por Z = φ (N).
Da mesma forma, seja D o produto que os empresários esperam receber do
emprego de N homens, sendo a relação entre D e N, a que chamaremos
função da demanda agregada, representada por D = ƒ (N).
7
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
Determinação do valor de N (volume de emprego )
- Se o produto esperado for maior que o preço da oferta agregada, isto é, se D
for superior a Z, haverá um incentivo que leva os empresários a aumentar o
emprego acima de N e, se for necessário, a elevar os custos disputando os
fatores de produção, entre si, até chegar ao valor de N para o qual Z é igual a
D. Assim, o volume de emprego é determinado pelo ponto de interseção
da função da demanda agregada e da função da oferta agregada, pois é
neste ponto que as expectativas de lucro dos empresários serão
maximizadas. Chamaremos demanda efetiva o valor de D no ponto de
interseção da função da demanda agregada com o da oferta agregada
(essência da Teoria Geral do Emprego).
8
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
9
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
A doutrina clássica - “a Oferta cria a sua própria Demanda” (Lei de Say)
Lei de Say significar que ƒ(N) e φ (N) são iguais para todos os valores de N,
isto é, para qualquer volume de produção e de emprego; e que, quando há um
aumento em Z (= φ(N)) correspondente a um aumento em N, D (= ƒ(N))
aumenta necessariamente na mesma quantidade que Z , de tal forma que a
demanda ajusta à oferta D=Z.
A lei de Say, segundo a qual o preço da demanda agregada da produção em
conjunto é igual ao preço da sua oferta agregada para qualquer volume de
produção, equivale à proposição de que não há obstáculo para o pleno
emprego
10
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
O fato de os salários nominais e de outros aspectos estarem ou não sujeitos a
variação em nada altera a natureza do raciocínio de que a economia pode
estar em equilíbrio com desemprego, a que contradiz a teoria clássica do
pleno emprego.
Quando o emprego aumenta, aumenta, também, a renda real agregada, o
consumo de agregado também aumenta, porém não tanto quanto a renda
(propensão marginal a consumir)
Como propensão a consumir da comunidade é estável, o nível de equilíbrio do
emprego, isto é, o nível em que nada incita os empresários em conjunto a
aumentar ou reduzir o emprego, dependerá do montante de investimento
corrente.
O montante de investimento corrente dependerá da relação entre a escala da
eficiência marginal do capital e o complexo das taxas de juros que incidem
sobre os empréstimos de prazos e riscos diversos.
11
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
A demanda efetiva associada ao pleno emprego é um caso especial que só se
verifica quando a propensão a consumir e o incentivo para investir se
encontram associados entre si numa determinada forma que corresponde às
hipóteses da teoria clássica (relação ótima).
A quantidade de mão-de-obra N que os empresários resolvem empregar
depende da soma (D) de duas quantidades, a saber: D1, o montante gasto
pela comunidade em consumo, e D2, o montante aplicado em novos
investimentos. D é o que já chamamos antes de demanda efetiva.
Desde que D1 + D2 = D = φ (N), onde φ é a função da oferta agregada, e D1
é uma função de N, a qual podemos escrever χ (N), que depende da
propensão a consumir, deduz-se que φ (N) – χ (N) = D2
O nível de emprego de equilíbrio depende (i) da função da oferta agregada, φ,
(ii) da propensão a consumir, χ, e (iii) do montante do investimento, D2. Esta é
a essência da Teoria Geral do Emprego.
12
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
Quando o emprego aumenta, D1 também aumenta, porém não tanto quanto
D, visto que, quando nossa renda sobe, nosso consumo também sobe,
embora menos
Quanto maior for o nível de emprego, maior será a diferença entre o preço da
oferta agregada (Z) da produção correspondente e a soma (D1) que os
empresários esperam recuperar com os gastos dos consumidores.
Se a propensão a consumir não varia, o emprego não pode aumentar, a não
ser que D2 cresça, de modo que preencha a crescente lacuna entre Z e D1
O sistema econômico pode encontrar um equilíbrio estável com N em um nível
inferior ao pleno emprego, isto é, no nível dado pela interseção da função da
procura agregada e da função da oferta agregada
13
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
O sistema econômico pode encontrar um equilíbrio estável com N em um nível
inferior ao pleno emprego, isto é, no nível dado pela interseção da função da
procura agregada e da função da oferta agregada
14
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
Não é, portanto, a desutilidade marginal do trabalho, expressa em termos de
salários reais, que determina o volume de emprego, exceto no caso em que a
oferta de mão-de-obra disponível a certo salário real fixe um nível máximo de
emprego. A propensão a consumir e o nível do novo investimento é que
determinam, conjuntamente, o nível de emprego, e é este que, certamente,
determina o nível de salários reais.
Se a propensão a consumir e o montante de novos investimentos resultam em
uma insuficiência da demanda efetiva, o nível real do emprego se
reduzirá até ficar abaixo da oferta de mão-de-obra potencialmente disponível
ao salário real em vigor, e o salário real de equilíbrio será superior à
desutilidade marginal do nível de emprego de equilíbrio
15
CAPÍTULO 3 - O Princípio da Demanda Efetiva
Paradoxo da pobreza em meio à abundância - Uma demanda efetiva
insuficiente pode paralisar, e frequentemente paralisa, o aumento do
emprego antes de alcançar o nível de pleno emprego. A insuficiência da
demanda efetiva inibirá o processo de produção, mesmo que o valor do
produto marginal do trabalho continue superior à desutilidade marginal do
emprego
Quanto mais rica for a comunidade, mais tenderá a ampliar a lacuna entre a
sua produção efetiva e a potencial.
Comunidade pobre tenderáa consumir (alta propensão marginal a consumir) a
maior parte da sua produção e um investimento modesto será suficiente para
lhe garantir o pleno emprego
comunidade rica (baixa propensão marginal a consumir) terá de descobrir
oportunidades de investimento muito mais amplas com taxas de juros baixas
de forma a garantir o emprego dos membros mais pobres .
16
CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
17
CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• Que é a teoria clássica da taxa de juros?
• A escola clássica considerou a taxa de juros o fator que
equilibra a demanda de investimentos com a oferta para a
poupança. O investimento representa a demanda por recursos
para investir, a poupança representa a oferta, e a taxa de juros
é o “preço” dos recursos investíveis que torna essas duas
quantidades iguais. (Teoria dos Fundos Emprestáveis).
• A taxa de juros se regula, necessariamente, sob a ação das
forças do mercado, no ponto em que o montante de
investimento a essa taxa seja igual ao montante de poupança à
mesma taxa
• O juro é preço pago pelo uso do capital em qualquer mercado,
tende a um nível de equilíbrio quando a procura agregada de
capital no dito mercado, é igual ao estoque agregado.
18
CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• Se há verdade nas teses da tradição clássica, tem-se de admitir
um ajuste automático entre a poupança e as oportunidades de
empregar o capital lucrativamente...
• Demanda por investimento - escala de eficiência marginal do
capital ou da escala da procura de investimento e a curva da
procura de capital
• Oferta de capital (poupança) é explicada pelos:
- Economistas clássicos enfatizaram o papel representado pela taxa
de juros nas variações da propensão a poupar (abrir mão do
consumo presente em favor do consumo futuro).
- Keynes não nega que a taxa de juros possa, talvez, influir (não na
forma que os clássicos supõem) sobre a parte poupada de dada
renda. Ele enfatiza o papel da renda na determinação da poupança.
Poupança é a parte da renda não destinada ao consumo.
19
CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• se supõe conhecido de antemão o nível de renda, podemos
inferir que a taxa corrente de juros deve estar no ponto onde a
curva da demanda por capital correspondente às diferentes
taxas intercepta a curva de oferta das quantidades poupadas
dessa renda a diferentes taxas de juros.
• Sob essa condição de que o nível de renda é conhecido,
Keynes não faz oposição à teoria clássica da taxa de juros.
• Se a proposição anterior da escola clássica se limitasse a
deduzir que, dadas a curva da procura de capital e a influência
das variações na taxa de juros sobre a disposição a poupar
partindo de determinados níveis de renda, a renda e a taxa
de juros devem ter uma correlação bastante singular, neste
caso, nada haveria a opor.
20
CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• Dadas a taxa de juros, a curva da procura de capital e a
influência dos juros sobre a disposição a poupar de níveis de
renda conhecidos, o nível de renda deve ser o fator que iguala o
montante poupado com o montante investido (influência das
variações do nível da renda).
• Teoria neoclássica da determinação de uma nova taxa de juros
de equilíbrio – deslocamento das curvas de demanda de
investimentos e/ou oferta de poupança.
• Mas essa é uma teoria absurda, pois a hipótese de que a renda
seja constante não é compatível com a de que estas duas
curvas podem deslocar-se, independentemente uma da outra.
• Se qualquer delas se desloca, em geral, a renda varia também
e, por consequência, todo o esquema baseado na hipótese de
cada renda se desintegra.
21
CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• A teoria clássica não se manteve alerta para a importância das
variações do nível de renda ou para a possibilidade de que
este nível seja efetivamente uma função da taxa de
investimento.
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23
CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• o montante do investimento (ou da poupança) I é medido
verticalmente e a taxa de juros r horizontalmente.
• X1X1′ é a primeira posição da curva da procura de investimento
e X2X2′ é a segunda posição desta curva.
• A curva Y1 relaciona os montantes poupados de uma renda Y1
com os vários níveis da taxa de juros
• Y2, Y3 as curvas correspondentes para níveis de renda Y2, Y3.
• Seja Y1 seja a curva Y compatível com uma taxa de juros r1 e
uma curva da procura de investimento X1X1′
• Se a curva da procura de investimento se desloca de X1X1′
para X2X2, em geral a renda se deslocará também.
24
CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• O diagrama acima não contém dados suficientes para nos
indicar qual será o novo valor; e, portanto, não sabendo qual é a
curva Y apropriada, não sabemos em que ponto ela será
cortada pela nova curva-demanda dos investimentos
• Se o estado da preferência pela liquidez e a quantidade de
moeda são conhecidos, a taxa de juros é r2, e a curva Y que
corta X2X2′ é Y2.
• Se dois fatores não são conhecidos, a curva X e as curvas Y
nada nos dizem sobre a taxa de juros.
• Se não houver nenhuma alteração no estado da preferência
pela liquidez nem na quantidade de moeda ⇨taxa de juros
invariável, e curva Y2′ intercepta a nova curva de demanda dos
investimentos e Y2’ será o novo nível de renda
25
CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• O erro da teoria clássica se origina em se considerar o juro
como a recompensa da espera, em vez da recompensa pelo
não-entesouramento; assim como as taxas de retorno dos
empréstimos ou dos investimentos que implicam graus diversos
de risco devem ser consideradas a recompensa não da espera
em si, mas da aceitação do risco.
• Destarte, a análise tradicional é defeituosa, porque não
conseguiu isolar corretamente as variáveis independentes do
sistema. A poupança e o investimento são as variáveis
determinadas e não os determinantes do sistema. Poupança
da propensão marginal a consumir e o investimento da escala
de eficiência marginal do capital e da taxa de juros.
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CAPÍTULO 14 - A Teoria Clássica da Taxa de Juros
• A análise tradicional compreendeu que a poupança depende da
renda, mas se esqueceu do fato de que esta depende do
investimento em tal relação que, quando o investimento varia, a
renda é forçada a variar no grau justamente necessário para
fazer com que a variação na poupança seja igual à do
investimento
27
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
28
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• Preferência pela liquidez ou pela manutenção de “ativos
líquidos”. Os motivos dos indivíduos terem preferência pela
liquidez ou demanda de moeda:
(i) o motivo transação - necessidade de moeda para as
operações correntes de trocas pessoais e comerciais;
(ii) motivo precaução - desejo de segurança com relação
ao equivalente do valor monetário futuro de certa parte dos
recursos totais (contingências e oportunidades imprevistas);
(iii) motivo especulação - propósito de obter lucros por
saber melhor que o mercado o que trará o futuro.
(iv) motivo finance (finança) demanda por moeda para
investimentos/negócios através de recursos são conversados
pelos empresários para garantir o investimento.
29
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• A força desses três tipos de motivos dependerá, em parte, do
custo e da segurança dos métodos para obter dinheiro (o custo
relativo da retenção de recursos líquidos).
• A taxa de juros é a recompensa da renúncia à liquidez, é uma
medida de relutância dos que possuem dinheiro em alienar o seu
direito de dispor do mesmo (Keynes, 1985; p. 122)
• A taxa de juros não é o preço que equilibra a demanda de
recursos para investir e a propensãode abster-se do consumo
imediato. É o preço mediante o qual o desejo de manter a riqueza
em forma líquida se concilia com a quantidade de moeda
disponível. Se a taxa de juros for menor, a recompensa da
renúncia à liquidez se reduz, então o montante agregado de
moeda que público desejaria conservar-se excederia à oferta
disponível e se a taxa de juros elevar, haverá um excedente de
moeda que ninguém estaria disposto a reter.
30
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• O motivo-especulação transmite os efeitos de uma variação na
quantidade de moeda.
• Em circunstâncias normais, o volume de moeda necessário para
satisfazer os dois motivos, transação e precaução, é
principalmente o resultado da atividade geral do sistema
econômico e do nível da renda nacional em termos monetários.
• O motivo-especulação varia de modo contínuo sob o efeito de
uma alteração gradual na taxa de juros, isto é, há uma curva
contínua relacionando as variações na demanda de moeda para
satisfazer o motivo-especulação com as que ocorrem na taxa de
juros, devidas às variações no preço dos títulos e às dívidas de
vencimentos diversos.
31
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• Operações de mercado aberto – o sistema bancário está
sempre apto, em circunstâncias normais, a comprar (ou vender)
títulos e obrigações em troca de moeda, oferecendo por eles um
preço de mercado modestamente maior (ou menor); e quanto
maior for a quantidade de recursos líquidos que os bancos
desejam criar (ou cancelar) pela compra (ou venda) de títulos e
dívidas, maior deverá ser a baixa (ou alta) na taxa de juros
• Ao tratar do motivo de especulação, convém distinguir, entre
as variações da taxa de juros, as que se devem a mudanças na
oferta de moeda disponível para satisfazer esse motivo, sem
que haja ocorrido alteração alguma na função de liquidez, e as
que têm como causa principal as mudanças nas expectativas
que afetam diretamente essa função.
32
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• Banco central: Mudanças na oferta de moeda.
• Modificações nas informações que provocam revisão das
previsões - mudanças próprias da função de liquidez
• Mercado de títulos - variação de informações for interpretada de
modo diferente pelos diferentes indivíduos ou afete os interesses
individuais de maneira desigual.
• No caso mais simples em que todos os indivíduos têm opiniões
e interesses semelhantes ⇨uma alteração nas circunstâncias ou
nas expectativas não ocasionará nenhum deslocamento de
moeda; apenas modificará a taxa de juros no grau necessário
para ajustar suas reservas líquidas às circunstâncias ou
expectativas novas, e, desde que todos mudem, no mesmo grau,
suas ideias quanto à taxa que os induzam a alterar suas reservas
líquidas, não resultará transação alguma.
33
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• Uma alteração nas circunstâncias ou expectativas provocará um
reajuste nas reservas líquidas individuais — desde que, de fato,
uma mudança influa nas ideias dos diferentes indivíduos de
modo diverso devido, em parte, às diferenças de meio ambiente
e ao motivo que os levou a guardar dinheiro e, em parte, às
diferenças de conhecimento e interpretação da nova situação
• Nos interessa é a mudança na taxa de juros e não a
redistribuição dos recursos líquidos, representados por M.
34
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• Sejam M1 o montante de recursos líquidos conservado para
satisfazer o motivo-transação e o motivo-precaução e M2 o
montante conservado para satisfazer o motivo-especulação.
• Correspondendo a estes dois compartimentos de recursos
líquidos temos, então, duas funções de liquidez L1 e L2. L1
depende, principalmente, do nível de renda, enquanto L2
depende da relação entre a taxa corrente de juros e o estado das
expectativas
M = M1 + M2 = L1 (Y) + L2 (r)
onde L1 é a função de liquidez correspondente à renda Y, que
determina M1, e L2 a função de liquidez em relação à taxa de juros
r, que determina M2.
35
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• Três questões
(i) a relação entre as variações de M e as de Y e r,
(ii) os fatores que determinam a forma de L1;
(iii) os fatores que determinam a forma de L2.
A relação entre as variações de M e as de Y e r depende – Uma
expansão monetária aumenta o nível de renda ⇨ compra de
bens e serviços e, de títulos que reduzirá a taxa de juros
Uma variação monetária conduz uma variação na taxa de juros e
uma variação em r conduza a novo equilíbrio, em parte, por
alterar M2 e, em parte, por modificar Y e consequentemente, M1.
36
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• A relação entre M2 e r.
• A incerteza das futuras variações na taxa de juros é a única
explicação inteligível da preferência pela liquidez L2, que justifica
a conservação de recursos líquidos M2.
Não importa o nível absoluto de r, mas o seu grau de divergência
quanto ao que se considera um nível razoavelmente seguro de r.
Uma baixa de r estará associada a um aumento de M2.
se o nível de r, que a opinião geral considera seguro, permanece
invariável, cada baixa de r diminui a taxa do mercado relativamente
ao nível considerado “seguro” e, portanto, aumenta os riscos de
liquidez; em segundo lugar, cada baixa de r reduz os lucros
correntes provenientes da iliquidez, que está disponível como uma
espécie de prêmio de seguro para compensar o risco de perda de
capital
37
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• A taxa de juros é um fenômeno basicamente psicológico.
38
CAPÍTULO 15 - Os Incentivos Psicológicos e Empresariais
para a Liquidez
• Oferta e demanda de moeda.
Oferta de moeda - Ms
Demanda de moeda
Md = L (Y, r)
Oferta de moeda = demanda de moeda
taxa de
juros
r
L – Preferência pela liquidez
Y - renda

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