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Resenha do livro O que é serviço social

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
ANA CLAUDIA LOPES MARTINS
RESENHA
MANAUS
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
ANA CLAUDIA LOPES MARTINS
RESENHA
Trabalho apresentado para obtenção de notas na Disciplina Introdução ao Serviço Social, ministrada pelo Prof. Me. Márcia Irene Pereira Andrade.
MANAUS
2015
ESTEVÃO, Ana Maria. O que é serviço social?. São Paulo: Brasiliense, 2005. (Coleção Primeiros Passos, 111).
Ana Maria Estevão, autora do livro em questão, nasceu em Maceió no ano de 1948, formou-se em Serviço Social pela Faculdade Paulista de Serviço Social, no ano de 1976. Em 1989, obteve mestrado pela Pontífice Universidade Católica de São Paulo, doutorado pela Pontífice Universidade Católica de São Paulo em 1997, e pós-doutorado pela Universidade de Évora, em Portugal, no ano de 2001. Sua experiência profissional como assistente social é nas áreas de saúde pública, comunidade e movimentos sociais. Suas temáticas são: fundamentos do serviço social, educação, poder local, conselhos, politicas públicas e assistência social.
Seu livro “O que é serviço social?” começa explicando a história do serviço social. Fala sobre o nascimento do capitalismo, a influência da Igreja nesta nova sociedade, e como sua doutrina dava base para a caridade. Retrata a mudança ocorrida na metade do século XIX, devido algumas pessoas começaram a praticar a caridade com certa organização, dividindo as paróquias e abrangendo a cidade toda. E o começo de bases mais sólidas à caridade, em 1869, com a fundação da Sociedade de Organização da Caridade em Londres. O que passa a esboçar o serviço social como uma profissão secularizada. Em 1899, na cidade de Amsterdã funda-se a primeira escola de Serviço Social do mundo. A autora também fala sobre a posição do governo que não queria ter custos com a assistência social, então acaba deixando nas mãos de instituições privadas. Acreditava-se que a culpa do pobre ser pobre, era ele mesmo, então a reforma devia ser feita na própria pessoa. Mas no inicio do século XX, Mary Richmond mudou um pouco a percepção de assistente social, com o livro “Caso Social Individual”, acreditava numa “reforma” individual, mas também na importância do meio social vivido pelo indivíduo, se o meio social fosse ruim não permitiria que o indivíduo se desenvolvesse completamente. Então compreender o meio social era o primeiro ponto, para em seguida agir, de forma direta, no individuo ou de forma indireta no meio. Este trabalho deixa de ser feito voluntariamente, assim era necessário organização, e bases teóricas e metodológicas. Mas depois de um tempo, este método já não servia com tanta eficiência. Com isso, em 1935, Gisella Konopk escreveu “Serviço Social de Grupo”, onde falava da necessidade de se encontrar formas de vencer a solidão das grandes cidades e criar laços de amizade e ajuda mútua entre pessoas. Porém, há certos problemas sociais que necessitam atuação de vários grupos e se interligam devido os objetivos em comum. Isto levou a um terceiro método de atuação: o Serviço Social de Comunidade, que só chega ao Brasil em 1960, junto com o Desenvolvimentismo. Com ideias vindas do darwinismo social, era preciso que os países de terceiro mundo “evoluíssem” e entrassem para a modernidade do capitalismo, o topo da evolução para nós, eram os Estados Unidos. De acordo com a autora, a revolução socialista de Cuba, fez com que os EUA ficassem receosos e investiram mais ainda na produção de propostas alternativas para os países latino-americanos. Mas as assistentes sociais notaram que os métodos propostos não funcionavam em países subdesenvolvidos, então, a geração de 65 descobre a luta de classes, e adequam os métodos e técnicas às nossas realidades. Passam a falar em mudanças de estrutura, trabalhadores, compromisso com a população e revolução, momento que chamamos de Movimento de Reconceituação do Serviço Social. Entende-se que fazer Serviço Social era reproduzir a ideologia burguesa, capitalista e exploradora, e neste momento incorporou-se um marxismo ao serviço social.
A autora retrata a questão social no Brasil na década de 20 e 30 para explicar os acontecimentos. Mostra a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e da posição do Estado. A iniciativa particular da implantação do serviço social. Aborda também a Liga das Senhoras Católicas em São Paulo e a Associação das Senhoras Brasileiras que vão assumir a educação social dos trabalhadores, e com isso em 1936, a fundação da Escola de Serviço Social de São Paulo. A atuação era feita toda baseada na doutrina social da Igreja Católica. A atuação profissional do período em que a autora escreveu o livro, a procura da identificação e organização como categoria. Usa a história para explicar como o brasileiro não tem noção de cidadania, e de como o assistente social deve se posicionar diante do trabalhador. De como os assistentes sócias devem estar prontos para as mudanças que ocorrem na sociedade e repensar a relação do serviço social com o Estado. 
A autora apresenta em caráter narrativo a história do Serviço Social, sua linguagem simples, porém não simplista, capta a atenção do leitor e torna acessível o entendimento do tema trabalhado. Quanto ao mérito da obra, evidencia-se a percepção da autora sobre a temática e, apesar da necessidade de outros questionamentos, auxilia o estudante de serviço social assim como os profissionais atuantes a compreenderem de forma abrangente a questão do serviço social, no âmbito global e mais especificamente no Brasil. Apesar de compacta, a obra torna-se referência no currículo de cursos universitários no país, pois apresenta ao leitor uma introdutória de forma panorâmica acerca das questões que envolvem o serviço social.
Diante do que foi apresentado, sua leitura é recomendada a todos aqueles que se interessam pelo assunto e buscam ampliar seu horizonte de conhecimento.

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