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FUNDAMENTOS DA GESTÃO HOSPITALAR Aula 04 CURSO GESTÃO HOSPITLAR

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Fundamentos da Gestão Hospitalar
Luis Draque
Aula 4
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As organizações de saúde apresentam estruturas complexas, onde se exige conhecimentos específicos necessários para gerir diversos recursos (físicos e humanos). 
 
Buscamos nos dias atuais uma administração profissionalizada, executada por atores que detenham conhecimento de gestão e entendimento técnico do negócio em que estão envolvidos.
 
Introdução
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Podemos citar como esferas impactantes neste cenário de evolução:
 
tecnológica
epidemiológica
regulação
mercadológica
Modelos de organizações de saúde contemporâneas em funcionamento
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Garantia do cumprimento dos protocolos clínicos e assistenciais, com foco no controle de custos e busca de resultados.
Adequação contínua às exigências regulatórias.
Gerenciamento do capital humano.
Estabelecimento de estruturas flexíveis e dinâmicas.
Manutenção da atualidade tecnológica em seus processos.
A seguir, falaremos dos principais tipos associados.
Principais desafios das Organizações de Saúde que motivam o repensar na modelagem
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O hospital é uma das estruturas de organizações de saúde mais conhecidas de todos. Na própria história recente das organizações pudemos ver que ele ocupa um espaço que se confunde com o próprio conceito de saúde sedimentado nos últimos duzentos anos.
Pode ser construído como referência tecnologia ou de alta complexidade para ser porto seguro em situações em que a medicina curativa seja a chave da ação em saúde.
Modelo Hospital Geral
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O hospital especializado surge como uma forma de buscar economicidade em atividades de alto custo e de ciclo tecnológico limitado. A busca de economia de escala para a sustentação da atividade especializada, embora afaste este modelo da integração do paciente ao sistema, como extensão de seu mundo, muitas vezes é condição para que o serviço economicamente possa ser oferecido, ainda que pelo governo em uma política pública de saúde.
Modelo Hospital Especializado
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Este modelo busca levar a estrutura hospitalar ao paciente, desonerando o espaço hospitalar, sem fragilizar a condição de qualidade de vida do paciente. O confronto do entorno família, onde o home care busca ser inserido, representa um ponto de suporte psicológico à relação familiar vivenciada de forma mais harmoniosa pelo paciente do que a relação dele com o ambiente hospitalar.
Modelo Home Care
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Este modelo busca integrar o espaço da saúde com o ambiente de vivência do paciente, sem inserir o aparato de infraestrutura do “Home Care”. Aproximar o profissional de saúde do paciente nas condições de vida do dia a dia permite gerar a familiaridade que constrói laços de confiabilidade entre o paciente e o sistema de saúde.
Modelo PSF
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 Nestes modelos o foco de atenção é a relação profissional de saúde X paciente de confiabilidade mútua. O espaço torna-se referencial de segurança para o paciente ter acesso ao sistema de forma interativa com o profissional e é porta de entrada para o sistema.
 
Modelo ambulatorial 
(de clinica e consultório)
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A busca da prevenção como forma de política pública, associada a disponibilização de serviços de menor complexidade clínica e ações de atenção básica colocam este modelo como um polo de possibilidades, muitas vezes quase inexploradas no contexto contemporâneo do conceito de saúde.
O espaço de interatividade possível, onde ações relacionadas as políticas preventivas podem ser estimuladas e experimentadas é um dos caminhos onde a ação em saúde pode encontrar o espaço de vivência do paciente.
Modelo de posto de saúde
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No modelo da Organização de Saúde Tradicional, a ênfase aparece centrada no resultado diretamente relacionado à informação que objetivou a entrada do paciente no sistema. 
As reais diferenças qualitativas para o mesmo tipo de tratamento, muitas vezes em organizações similares, não são valorizadas nem pelo paciente nem pelo cliente (fonte pagadora). 
Nesse modelo ocorre uma disputa por quem vai pagar pelo quê entre as operadoras, as organizações hospitalares e o paciente. O resultado a empreender é buscado através da redução de custo.
A organização de saúde tradicional
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Não percebemos uma relação sistêmica de interdependência entre o paciente, as organizações de saúde e as operadoras. A atuação é pontual e fragmentada. Mantém-se a miopia da saúde: correção da doença (cura). 
Como o modelo permite mobilidade sem gerar comprometimento, não há a preocupação com o procedimento futuro, mas apenas o foco no menor custo do procedimento atual. 
O paciente não é visto como um indivíduo interativo no tempo, mas apenas como um procedimento contábil gerador de custo.
A organização de saúde tradicional - problemas
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A entidade central do modelo tradicional é o serviço de internação, o qual está relacionado a atendimentos focalizados em intervenções agudas e na mensuração da permanência do paciente internado no hospital, o que gera a melhor relação financeira sobre o custo. 
O paciente é representa uma obrigação assimétrica em relação à organização e à fonte pagadora. Segregam-se as especialidades para facilitar a contabilização.
A organização de saúde tradicional - problemas
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Há dificuldade de sistematização das informações, bem como para coletar e armazenar os dados e para gerar relatórios que possam embasar ações de melhoria no sentido integrado da saúde. O conhecimento, basicamente, permanece no nível individual, e a comunicação não ocorre de forma sistêmica.
A organização de saúde tradicional - problemas
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O resultado da adesão do paciente aos processos é escassamente controlado, uma vez que existe pouca mensuração integrada. Os estímulos para a adesão são realizados mediante recomendações multiprofissionais durante a internação, onde nessas recomendações, são passadas informações para que o paciente as realize depois da alta hospitalar. Essas recomendações são realizadas do modo particular de cada profissional e não representam uma visão da saúde do paciente como um todo.
A organização de saúde tradicional - problemas
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Neste modelo o vínculo do paciente é com o médico que o assiste e a manutenção de informação pela operadora (quando ocorre) é de caráter contábil como histórico de transações, não gerando juízo de valor evolutivo na relação do paciente com a saúde.
 
A fidelização do paciente e ao médico, estando eles educados para trabalhar nesse tipo de modelo tradicional, sendo culturalmente voltados para a realização de intervenções, onde o foco central é o hospital.
A organização de saúde tradicional - problemas
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Depois de termos desdobrados o conceito de saúde nas aulas anteriores, podemos evidenciar que a manutenção do modelo tradicional não resolve de forma plena a questão da saúde no indivíduo. 
Uma mudança que pode ser buscada nesta relação, quando promovemos a mudança no foco de gestão de uma organização da saúde é promover o conhecimento como base de geração da saúde.
A organização de saúde que aprende
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Passamos a ver o paciente a partir do vínculo que estabelece com o sistema, no qual interage ao longo do tempo. O paciente tem a possibilidade de participar da discussão de seu próprio diagnóstico e as recomendações.
 
O valor da organização passa a incluir o intangível, ou seja, o conhecimento passa a ser um dos maiores ativos da Instituição, valorizado como recurso estratégico e assim identificado na cadeia de valor.
A organização de saúde que aprende
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A visão sobre o próprio bem-estar é o que o paciente procura em um ambiente de assistência médica moderna em que participa ativamente por uma experiência de co-criação de valor.
 
O conhecimento é compreendido, portanto, em função do resultado no longo prazo
para o paciente, que se fideliza ao sistema e não ao serviço nem ao profissional. 
Identificar a integração do serviço com 
a visão de desospitalização
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Reconhecer os diversos cenários em que o gestor de saúde pode atuar nestes diversos modelos.
 
Podemos acrescentar que o gestor pode atuar em diferentes organizações de saúde e desempenhando papeis diferentes em cada uma delas, muitas vezes de forma concomitante no mesmo momento do tempo.
Fundamentos da Gestão Hospitalar
Luis Draque
Atividade 4
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Assista o vídeo a seguir:
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Atividade
Como fomentar organizações de saúde que quebrem o paradigma com os modelos tradicionais?

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