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DIREITO EMPRESARIAL PARTE GERAL AULA 09

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DIREITO EMPRESARIAL
Professor: Prof. Me. Fernando Passos
fernando@pss.adv.br
Assistente: Prof. Me. José Branco Peres
brancoperes@hotmail.com 
Aula 09– 02/05/2016 e 03/05/2016
Aula de Hoje:
Comentários sobre a Avaliação;
O Casamento e o empresário individual;
Início da matéria do Segundo Bimestre: Obrigações Comuns a Todos os Empresários e Sociedades Empresárias;
Do Empresário Casado
“Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.”
Cont. 
REGRA: para que se aliene um bem imóvel há a necessidade da outorga uxória.
EXCEÇÃO: quando se tratar de imóvel que integre o patrimônio da empresa, o empresário poderá alienar ou gravá-los de ônus real sem a outorga uxória.
Outorga Uxória: Definição
Outorga Uxória: “Autorização que a mulher dá ao marido para que esse possa praticar certos atos da vida civil que, sem ela, não poderia fazê-lo”.
*GUIMARÃES, Deocleciano Torrieri. “Dicionário Técnico Jurídico” p. 426. Editora Rideel 2ª Edição.
Considerações sobre o Art. 978 do CC
 “O legislador não protege o patrimônio do empresário individual, que responde com todo seu patrimônio pelas dívidas empresariais e pessoais. Entretanto, o legislador, previu nesse caso uma distinção patrimonial entre o patrimônio pessoal e o patrimônio da “empresa””.
VIDO, Elizabete, “Curso de Direito Empresarial”. Editora Revista dos Tribunais. 3ª Edição. p. 43.
Cont.
Vido* aponta ainda que “o legislador utilizou expressão equivocada ao afirmar “integrem o patrimônio da empresa”, já que no caso do empresário não existe patrimônio da empresa, e sim bens que são utilizados para o exercício da atividade empresarial”.
*VIDO, Elizabete, “Curso de Direito Empresarial”. Editora Revista dos Tribunais. 3ª Edição. p. 43.
Comprovação da Titularidade do Imóvel
O imóvel pertencerá a empresa para fins do art. 978, desde que seja comprovado, por documentos contábeis, que a aquisição do mesmo se fez com recursos da atividade empresarial. 
O empresário pode fazer constar na Escritura e no Registro de imóveis, que aquele bem, integra o “patrimônio da empresa”.
Regimes de Casamento e a Aplicação do art. 978 do CC
No art. 978 do CC, não há vedação quanto a uma ou outra espécie de regime de bens de casamento.
Art. 979 do CC: Publicidade dos Atos
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.
Considerações ao art. 979 do CC
Os documentos enumerados no art. 979 do CC, quando realizados pelo empresário, em sua vida particular, deverão ser registradas no Registro Civil, que é a regra, para todos os cidadãos.
E mais, pelo fato de ser empresário, deverá registrar tais atos no Registro Público das Empresas Mercantis, para que seja dado publicidade aos mesmos. 
O motivo é que a alteração do patrimônio do empresário, alterar a atividade empresarial por ele desenvolvida, aumentando ou diminuindo crédito, por exemplo.
Art. 980 do CC: Publicidade do Divórcio
Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Considerações ao art. 980 do CC
Em que pese o art. 980 trata de averbação* da separação ou reconciliação do empresário na Junta Comercial, importante observar que atualmente o único ato a ser averbado é o Divórcio.
Ou seja, somente após essa averbação é o ato poderá ser oponível à terceiro.
O ato de registro dá publicidade a tais fatos.
*Segundo a Lei 8.934/94 o nome desse ato de registro é Arquivamento. 
Segundo 
Bimestre
Obrigações Comuns a todos os Empresários e Sociedades Empresárias
1a ) Inscrever-se junto ao órgão de registro competente: Juntas Comerciais.
2a ) Manter regular a escrituração mercantil, através dos livros empresariais.
3a) Levantar os Balanços Patrimonial e o de Resultado Econômico de forma periódica.
Exceção: Pequeno Empresário
Conforme o §2º do art. 1.179 do Código Civil: “É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970”.
Entretanto quem é o pequeno empresário ???
Pequeno Empresário do art. 970 e §2° do art 1.179 do Código Civil
Art. 68 da Lei Complementar 123/06 - Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), o empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual até o limite previsto no § 1º do art. 18-A.
Faturamento do Pequeno Empresário
1o do art. 18-A da Lei Complementar 123/06 – “Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo”.

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