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O Caso dos Exploradores de Caverna - Defesa - Artigos para argumentar

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O CASO OS EXPLORADORES DE CAVERNA – OPINIÃO DEFESA
ARGUMENTAÇÃO FUNDAMENTADA NOS ARTIGOS
Da não aplicação da Pena
Art. 121 do Código penal. Matar alguém.
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
Da omissão:
Art. 4º do Código Penal - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
Art. 13 do Código Penal - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o emitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Estado de Necessidade   
 Art. 23 do Código Penal - Não há crime quando o agente pratica o fato:  
  I - em estado de necessidade;  
Art. 24 do Código Penal - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.  
Neste art. 24 CP. Para que configure o estado de necessidade temos como requisitos indispensáveis:
a)      Perigo atual: exige-se que o perigo esteja em iminência de ocorrer – relativamente o perigo de morte era iminente, pois o próprio médico da equipe de resgate informou a quase inexistência de chance de sobreviverem, neste período que fora estipulado de dez dias para o resgate, que na verdade foi de doze dias.
b)  Não manifestação de vontade: o perigo não pode ser provocado pelos sujeitos – relativamente nenhum dos exploradores deu causa ao perigo de morte por inanição, uma vez que estavam presos devido ao desmoronamento natural da caverna bloqueando sua saída.
c)      Inevitabilidade do perigo: deve a situação já estar configurada, não possibilitando forma de que o agente a evite. Somente poderá sacrificar o bem jurídico de terceiro sendo como último recurso disponível para proteção de seu próprio direito – relativamente, a caverna na qual os exploradores se encontravam, não oferecia qualquer forma de alimento que eles pudessem utilizar como sustento do próprio corpo, tendo como última alternativa a carne humana.
d)   Não razoabilidade: Se faz necessário que não seja moderado se exigir o sacrifício do bem do agente que é juridicamente tutelado, devendo haver um equilíbrio entre os direitos em conflito – relativamente os bens juridicamente tutelados são a vida de cada um dos exploradores, não sendo razoável exigir que um deles sacrificasse sua vida, para servir os bens jurídicos dos outros.
Omissão do Estado
Art. 37 da Constituição Federal - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e também, ao seguinte: § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. A responsabilidade descrita é objetiva, haja vista que não precisa provar a ocorrência do dano, somente a relação de causalidade entre este e seu causador. Destarte, a culpa do Estado é inferida do ato lesivo da Administração. Basta a comprovação pela vítima, do fato danoso e injusto decorrente de ação ou omissão do agente público para que o Estado seja obrigado a recompor o dano causado.
Estado representado pelos seus representantes: juízes, médicos, socorristas, autoridades governamentais que estavam presentes para dar auxilio, foi omisso, pois não obedeceu aos princípios de moralidade e eficiência, quando nenhum representante se dispôs a auxiliá-los e aconselhá-los no momento, é claro que é imoral ver uma pessoa clamando por ajuda e se calar. Mais imoral ainda é o Estado se dispor a julgá-los por algo que o próprio Estado se omitiu no derradeiro momento. O Estado ainda teve a oportunidade de contestar a decisão, não contestou porque se colocou no lugar deles e percebeu que faria a mesma coisa, pois viu que a decisão era justa.
Conforme diz o §6: as pessoas jurídicas responderão pelos danos de seus agentes, assegurando o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa, então, neste casso deve-se regressar a culpa dos exploradores.

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