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Estudo dirigido FISIOLOGIA HUMANA
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Descreva as funções gerais e os principais componentes do sistema circulatório.
As funções gerais do sistema circulatório são: transporte de nutrientes, transporte de gazes, transporte de hormônios, materiais e resíduos, regulação da temperatura, coagulação e defesa.
Os principais componentes do sistema circulatório são o sangue, coração, artérias, veias, capilares sanguíneos, linfa e vasos linfáticos.
Cite a composição do sangue e suas principais funções.
O sangue é formado pelo plasma, hemácias (transporte de oxigênio), leucócitos (função imunológica) e plaquetas (responsável pela coagulação sanguínea).
3 - Descreva a composição do plasma sanguíneo e as características físicas e as funções dos elementos figurados do sangue.
O plasma é composto por água (91%), proteínas (7%) e solutos não proteicos – gorduras, vitaminas, gazes, eletrólitos, hormônios, glicose e produtos residuais (2%).
O plasma é um líquido viscoso, amarelado e levemente salgado; as principais proteínas presentes são abuminas (atua na manutenção da pressão osmótica do sangue), globulinas (anticorpos de extrema importância no sistema imunológico), fibrinogênio (atua no processo de coagulação, ajudando a estancar hemorragias internas e externas).
4 - Descreva a estrutura, as funções e o ciclo de vida dos glóbulos vermelhos.
Os glóbulos vermelhos ou hemácias dos mamíferos não possuem núcleo, são discos bicôncavos e medem 0,007 mm.seu citoplasma é rico em hemoglobina que contém íons ferro quese ligam a átomos de oxigênio possibilitando seu transporte pelo corpo, transporta também gás carbônico (em menor quantidade). O ciclo de vida dos glóbulos vermelhos é de aproximadamente 120 dias. Em adultos são gerados na medula óssea (dos arcos costais, corpo vertebral, esterno e ílio). As células velhas são destruídas e removidas pelo baço gerando bilirrubina que é filtrada pelos rins e eliminada na urina.
5 - Identifique as substâncias nutricionais e hormonais envolvidas na produção de glóbulos vermelhos e descreva o processo de eritropoiese.
A eritropoiese inicia-se com a transformação das células mãe monopotenciais específicas em precursores imaturos dos eritrócitos, os proeritroblastos, que logo se convertem em eritroblastos, células completas, compostas por um núcleo, onde é formado o principal componente dos glóbulos vermelhos, a hemoglobina. Ao longo do seu processo de maturação, estas células perdem o núcleo, convertendo-se em reticulócitos, e passam para a circuação sanguínea - ao fim de 24 horas, completam a sua evolução, transformando-se em verdadeiros glóbulos vermelhos. Todo este processo dura entre 5 a 8 dias, embora possa ser acelerado, se as circunstâncias o exigirem, por exemplo, caso se produzam hemorragias que provoquem a perda de eritrócitos; neste caso, a medula óssea pode chegar a multiplicar por dez a produção de glóbulos vermelhos. A eritropoiese é regulada, basicamente, por uma hormona elaborada no rim, a eritropoietina, embora também seja influenciada por outras hormonas, como os androgénios, as hormonas tiróideas e os glucocorticóides. Além disso, para que o processo seja efectuado com normalidade, é preciso que a medula óssea disponha de uma adequada quantidade de ferro, componente essencial de hemoglobina, de ácido fólico e de vitamina B12.
6 - Defina anemia, seus sinais e sintomas e cite os diferentes tipos de anemia.
Anemia é uma síndrome caracterizada pela diminuição da capacidade de transporte de oxigênio pelas cêlulas, ocasionada pela diminuição da concentração de eritrócito ou de hemoglobina no sangue por alguma carência de nutrientes essenciais. Os sintomas são: indisposição, dificuldade de concentração e falta de memória, problemas respiratórios, batimentos cardíacos acelerados, problemas na menstruação, distúrbios de apetite, palidez, tontura e náusea; em casos mais graves pode ocorrer queda de cabelo e enfraquecimento das unhas, ressecamento da pele, sonolência, vertigem, dores de cabeça, desmaios, dores e inchaços nas pernas, depressão, perda de interesse sexual, inflamações na boca, falta de apetite, falta de ar. Os tipos de anemia são: Anemia falciforme, ferropriva, hemolítica, megaloblástica, aplástica, anemia de fanconi e telassemia.
7 - Descreva a estrutura, a função e a origem das plaquetas.
As plaquetas são fragmentos de células da medula óssea, não tem núcleo, quando não estimuladas tem formato discóide, seu citoesqueleto é um sistema circunferencial de microtúbulos de constituição protéica e de filamentos de actina, possui um sistema canalicular aberto que permite a comunicação entre os compartimento extra e intracelular, tem de 1,5 a 3 micrômetros de diâmetro. Contém RNA, mitocôndria, lisossomos, grânulos. 
A função da plaqueta é a de coagulação sanguínea que é desencadeada pela exposição do sangue a componentes que normalmente não estão presentes no ambiente intravascular. Não há concenso com relação à biogênese das plaqueta, as principais hipóteses são: fragmentação citoplasmática, brotamento, formação de pró-plaquetas.
8 - Descreva os mecanismos que contribuem para a hemostasia.
Hemostasia são os mecanismos que o organismo utiliza para conter a perda de sangue. 
O mecanismo de coagulação é composto por substâncias que circulam na forma inativa e que precisam ser ativadas. A finalidade desse mecanismo é, em última análise, gerar trombina. As reações de ativação da coagulação são didaticamente divididas em duas vias de diferente início: a via extrínseca e a via intrínseca. E estão sempre associadas a uma superfície: da fibrila de colágeno, da plaqueta, da célula endotelial ou do monócito.
9 - Identifique os estágios do processo de coagulação sanguínea e explique os diversos fatores que promovem e/ou inibem a coagulação do sangue.
homostasia primária: ocorre a vasoconstrição, diminuindo o fluxo de sangue, as plaquetas se agregam e formam um tampão inicial no local do sangramento;
homostasia secundária: envolve uma série de reações enzimáticas que começa com a formação da tromboplastina pela ação de fatores do plasma, das plaquetas ou dos tecidos, a tromboplastina, em presença do íon Ca++ e outros fatores, converte a protrombina plasmática em enzima trombina que transforma o fibrinogênio em fibrina e esta, por ser proteína insolúvel forma uma rede de filamentos, o depósito dessa rede de fibrina na parte lesada do vaso retém as células sanguínias, esse tampão é chamado de trombo.
Homostasia terciária:ocorre a dissolução da fibrina pela plasmina, reativando o fluxo sanguíneo.
Possui duas vias: intrínseca (via da ativação de contato) e extrínseca (via do fator tissular). Ambas vias tem grande importância e acabam se juntando para formação do coágulo de fibrina. Os fatores de coagulação são numerados por algarismos romanos e a adição da letra a indica que eles estão em sua forma ativada. Os fatores de coagulação são geralmente enzimas (serino proteases) com exceção dos fatores V e VIII que são glicoproteínas e do fator XIII que é uma transglutaminase. As serino proteases agem clivando outras proteínas.
Os fatores participantes da via intrínseca estão presentes no sangue e é a ativação do fator XII que inicia esta via. As proteínas e íons envolvidos nesta via são: fatores XII, XI, IX, VII e X, pré-cralicreína, cininogênio (CAPM), fator 3 plaquetário, cálcio e fosfolipídeos, além de vitamina K. A via extrínseca da cascata de coagulação é uma via de fator tecidual, estimulada pela tromboplastina tissular. Estão envolvidos nesta via a ativação dos fatores VII e X, na presença dos fatores III, VII, cálcio e fosfolipídeos. A via comum da cascata de coagulação iniciada pelo fator X envolve os fatores VIIIa e Va, protrombina, cálcio, fosfolipídeos e fibrinogênio.
Três substâncias mantêm a cascata da coagulação em equilíbrio. Defeitos quantitativos e qualitativos destas substâncias podem aumentar a tendência a trombose.
Proteína C: Age degradando os fators Va e VIIIa. É ativadopela trombina em presença da trombomodulina e da coenzima proteína S.
Antitrombina: Age degradando as serino proteases (trombina, FXa, FXIIa e FIXa)
Inibidor do Fator Tissular: Inibe o FVIIa relacionado com a ativação do FIX e FX.
10 - Descreva as características estruturais e funcionais do tecido muscular cardíaco.
As células musculares são menores e ramificadas, intimamente unidas entre si por estruturas especializadas e típicas da musculatura cardíaca: os discos intercalares, que fazem a conexão elétrica entre todas as células do coração. Assim, se uma célula receber um estímulo suficientemente forte, ele é transmitido a todas as outras células e o coração como um todo se contrai. Essa transmissão do estímulo é feita por canais de passagem de água e íons entre as células, que facilita a difusão do sinal iônico entre uma célula e outra, determinando a onda rítmica de contração das células. Os discos intercalares possuem estruturas de adesão entre células que as mantêm unidas mesmo durante o vigoroso processo de contração da musculatura cardíaca.
As células musculares cardíacas são capazes de auto-estimulação, não dependendo de um estímulo nervoso para iniciar a contração. As contrações rítmicas do coração são geradas e conduzidas por uma rede de células musculares cardíacas modificadas que se localizam logo abaixo do endocárdio, tecido que reveste internamente o coração.
Existem numerosas terminações nervosas no coração, mas o sistema nervoso atua apenas regulando o ritmo cardíaco às necessidades do organismo.
1l - Explique as características estruturais e funcionais do sistema cardíaco de condução.
O Sistema de condução elétrica do coração é uma das mais maravilhosas estruturas do corpo humano. Enquanto dormimos, conversamos, caminhamos, corremos ou realizamos qualquer atividade, o nosso coração não pára de funcionar. Este sistema o qual também é conhecido como sistema intrínseco é formado pelo sistema nervoso que é responsável pela condução dos estímulos nervosos, importantes para o funcionamento cardíaco. Este sistema é formado pelo:
• Nódulo Sinoatrial ou Sinusal - fica localizado na região superior do átrio direito, tem a função de marca-passo do coração, isto é, comanda o ritmo e freqüência do coração. Tem autoexitabilidade e autopraticidade, ou seja, tem seu próprio comando.
• Nódulo atrioventricular - fica localizado no assoalho do átrio direito e é responsável por fazer a pausa fisiológica que permite que os átrios ejetem sangue para as câmeras ventriculares.
• Feixe de His - é uma estrutura de bifurcação que leva estímulos específicos para cada ventrículo.
• Fibras de Purkinje - é uma ponta de condução que entra em contato com a célula miocárdica.
Tais estruturas são responsáveis pelos eventos elétricos cardíacos, sendo eles:
Excitação - estímulo responsável pelo disparo da atividade iônica/elétrica do coração. É ativado pelo marca passo fisiológico (NSA). Aumenta com a permeabilidade da membrana dado por um estímulo que abre os canais de Na+ e fecha os de K+, levando carga positiva para dentro da célula que estava em repouso, e carga negativa para fora da célula.
Despolarização: Responsável pelo início da contração cardíaca, ou seja, momento em que há alteração dos canais da membrana miocárdica, aumentando a concentração de Na+ dentro da célula e diminuindo faro da célula.
Platô: Período em que há entrada de cálcio nas miofibrilas, prolongando o período sistólico. Caracterizada pela entrada de cálcio na célula. O cálcio ativa as proteínas da musculatura para que se deslizem para fazer o movimento de entorse.
Repolarização - Momento de inversão dos canais iônicos nas miofibrilas, início do retorno ao repouso. Refaz a polarização da célula, diminuindo a soma de cargas positivas dentro da célula com o aumento do K+ e o retorno das funções dos ácidos, deixando o local negativo.
12 - Descreva como ocorre um potencial de ação nas fibras contráteis do coração.
Diferentemente das fibras musculares esqueléticas que possuem apenas canais rápidos de sódio, as fibras musculares cardíacas possuem dois tipos de canais: os canais rápidos de sódios e os canais lentos de cálcio, sendo este último, responsável pela manutenção do longo período de despolarização, fator determinante do platô.
Outra diferença funcional a fibra muscular cardíaca e a esquelética é que imediatamente após o início do potencial de ação nas fibras musculares cardíacas, há uma redução da permeabilidade da membrana aos íons potássio em aproximadamente cinco vezes, o que não acontece nas fibras musculares esqueléticas. Este mecanismo impede o retorno precoce da voltagem do potencial de ação para o seu valor de repouso.
13 - Explique o significado do eletrocardiograma e sua importância diagnóstica.
O eletrocardiograma é um gráfico de variações de voltagem resultantes da despolarização e repolarização do músculo cardíaco em relação ao tempo, tais variações produzem campos elétricos, que atingem a superfície do corpo onde são colocados eletrodos.
Este exame facilita a identificação de um certo número destas perturbações, incluindo ritmos anormais, chegada insuficiente de sangue e oxigénio ao coração e uma excessiva hipertrofia (espessamento) do músculo cardíaco, que podem ser a consequência de uma hipertensão arterial. Um ECG evidencia também quando o músculo cardíaco é fino ou inexistente por ter sido substituído por tecido não muscular; este quadro pode ser o resultado de um ataque de coração (enfarte do miocárdio)
14 - Descreva as fases, os períodos de tempo e as bulhas cardíacas, associados ao ciclo cardíaco.
Os períodos do ciclo cardíaco são: período sistólico, que consiste na contração dos ventrículos que força a passagem do sangue pela artéria pulmonar para a realização da troca gazoza nos pulmões, e pela aorta, para os tecidos do corpo; período diástólico,os átrios direito e esquerdo se contraem forçando a passagem do sangue para os ventrículos, que ainda estão relaxados.
Estes períodos se dividem em fases, as fases do período sistólico são:
Contração Isovolumétrica: inicia-se com a contração ventricular, assim a pressão ventricular ultrapassa a pressão atrial ocasionando o fechamento das válvulas atrioventriculares. Há um rápido aumento da pressão na câmara cardíaca. Como as válvulas aórtica e pulmonar ainda não se abriram, o volume ventricular permanece constante nesta fase. Há mudanças no formato da câmara ventricular. Logo, devemos considerar esta fase isovolumétrica e não isométrica. 
Ejeção Ventricular Rápida: Inicia-se com a abertura das válvulas semilunares. Esta abertura ocorre devido ao aumento da pressão ventricular, que ao exceder o nível da pressão diastólica dos grandes vasos permite a abertura das válvulas. Neste momento ocorre a ejeção de uma grande quantidade do débito sistólico (cerca de 2/3). Ocorre um aumento de pressão nos grandes vasos e os volumes ventriculares reduzem subitamente. 
Fase de Ejeção Lenta: Inicia-se quando a curva do volume ventricular demonstra uma redução brusca em sua velocidade de esvaziamento; Este evento ocorre algo antes do pico de pressão sistólica aórtica. Seu término ocorre com o final da ejeção ventricular. Este ponto mal definido situa-se imediatamente antes do fechamento das válvulas semilunares, já que um curto espaço de tempo é necessário após o término da ejeção, para que haja reversão do fluxo aórtico e fechamento destas válvulas. 
As fases da diástole são:	
Relaxamento Ventricular Isovolumétrico: Inicia-se com o fechamento das válvulas semilunares, prolongando-se até a abertura das válvulas atrioventriculares. Esta abertura ocorre quando as pressões intraventriculares decrescem a níveis inferiores aos dos átrios. Apesar desta fase ser conhecida por não apresentar alterações volumétricas (já que as válvulas semilunares estão fechadas e as atrioventriculares ainda não se abriram) estudos mostraram haver um aumento de 6-14 ml no volume ventricular esquerdo. Este aumento de volume decorre,provavelmente, do retorno para o ventrículo do sangue contido entre os folhetos aórticos normais. Este evento ocorre durante o fechamento da válvula aórtica, quando a pressão ventricular está decrescendo mais rapidamente do que a pressão aórtica 
Fase de Enchimento Ventricular Rápido: Ocorre a drenagem do sangue pelas câmaras ventriculares. Ocorre um rápido aumento do volume e elevação lentamente progressiva das pressões nosa ventrículos. As pressões nos átrios diminuem rapidamente nesta fase. 
Fase de Enchimento Ventricular Lento: Inicia-se quando a velocidade de enchimento rápida diminui, evidenciada pela lenta ascensão da curva de volume ventricular. As pressões nas quatro câmaras elevam-se lentamente  até a próxima fase que é a da contração atrial. 
Fase da Contração Atrial: As pressões mostram uma acentuação na sua magnitude. Com a contração atrial, há um reforço no enchimento ventricular, aumentando o seu volume em cerca de 20% e elevando sua pressão diastólica.  
Bulhas cardíacas são os ruídos produzidos pelo coração, transmitidos ao tórax. Podem ser ouvidas três bulhas:
A primeira bulha aparece no início da sístole ventricular. Quando os ventrículos começam a se contrair, o sangue, sofrendo pressão, comprime as válvulas A-V, fechando-as como se fossem folhas de uma porta. Quanto maior a força de contração do ventrículo maior a força com que as válvulas se fecham e mais forte será o som produzido pelo fechamento.  Durante o processo de contração as pressões dos ventrículos se elevam. Essa elevação de pressão vence a resistência das válvulas semilunares e o sangue é lançado simultaneamente na circulação pulmonar e sistêmica. As vibrações destas válvulas produzem a primeira bulha.
A segunda bulha coincide com a diástole ventricular. O som é produzido pelo fechamento das válvulas semilunares. A bulha acompanha toda fase isométrica diastólica até a abertura das válvulas A-V. As vibrações das grandes artérias também produzem ruídos. 
A terceira aparece durante a fase de enchimento rápido (diástole), após a fase isométrica diastólica. Ela é atribuída às vibrações das paredes dos ventrículos ocasionadas pela entrada rápida do sangue nessas câmaras, distendendo-as. Esta bulha é ouvida com dificuldade, mas pode ser registrada graficamente.
15 - Defina o débito cardíaco e descreva os fatores que o afetam.
Débito Cardíaco é o volume de sangue a ser bombeado do ventrículo esquerdo do coração, durante um minuto, expresso em litros por minuto (L/ min). No adulto médio em repouso o débito cardíaco, tipicamente fica entre 4,5 e 5,5 L / min.
Os fatores fisiológicos que afetam o débito cardíaco são: nível básico do metabolismo, exercício/repouso, dimensões corporais.
16 - Explique a relação entre o exercício e o coração.
Os exercícios físicos podem promover modificações significativas tanto anatômicas como fisiológicas em todo o sistema cardiovascular, com aprimoramento do sistema de transporte, extração e utilização do oxigênio. Exercícios aeróbicos frequentes trazem adaptações ao coração, melhorando seu funcionamento e gerando um trabalho mais eficiente e econômico do miocárdio. Com estas adaptações cardíacas temos também o aumento da ação do sistema nervoso parassimpático em repouso , sendo assim,, o coração consegue suprir as necessidades de oxigênio do organismo com muito menos esforço, podendo chegar a uma economia de milhões de batimentos por ano.
17 - Descreva os fatores neurais e hormonais que afetam a frequência cardíaca e o débito cardíaco (DC).
O controle nervoso afeta principalmente as funções mais globais, como a redistribuição do fluxo sanguíneo para as diferentes áreas do corpo, o aumento da atividade de bombeamento do coração e o fornecimento de um controle rápido da pressão arterial. O sistema nervoso controla a circulação quase totalmente através do sistema nervoso autonômico (simpático e parassimpático).
Sistema Nervoso Simpático - Todos os vasos são invervados, à exceção dos capilares, dos esfíncteres pré-capilares e da maioria das metarteríolas. A inervação das artérias e arteríolas permite que a estimulação simpática aumente a resistência e reduza a taxa de fluxo sanguíneo pelos tecidos. Já a inervação de grandes vasos, e em particular de veias, permite que a estimulação simpática diminua o volume desses vasos, alterando assim o volume do sistema circulatório periférico. Esse processo pode transferir sangue para o coração, desempenhando papel importante no controle da função cardiovascular. As fibras simpáticas também se dirigem ao coração de modo a aumentar a atividade do coração, aumentando tanto a frequência cardíaca, quanto a força de bombeamento do coração. 
Sistema Nervoso Parassimpático desempenha pequeno papel na regulação da circulação. Seu único efeito importante no controle da frequência cardíaca é através defibras parassimpáticas levadas até o coração pelo nervo vago. Os efeitos serão de acentuada redução da frequência cardíaca e ligeira diminuição da contratilidade do músculo cardíaco. 
Sistema Vasoconstritor Simpático e Seu Controle pelo Sistema Nervoso Central – A grande maioria de fibras o simpático são vasoconstritoras, sendo apenas algumas poucas vasodilatadoras. Elas se espalham por todos os segmentos da circulação, sendo mais acentuadas nos rins, no tubo digestivo, no baço e na pele, sendo menos significativo no músculoesquelético e no cérebro. 
Regulação hormonal da circulação
Agentes vasoconstritores
Norepinefrina e Epinefrina - secretados pela medula das glândulas supra-renais, também são produzidos nas extremidades das fibras nervosas simpáticas, onde servem como mediadores químicos por transmitir os impulsos nervosos para os órgãos efetores. Estimulados um exercício ou forma de estresse, as terminações nervosas simpáticas nos tecidos individuais liberam norepinefrina, que excita o coração, as veias e as arteríolas. Os nervos simpáticos para a medulla supra-renal também induzem a secreção de norepinefrina e epinefrina no sangue.
Angiotensina – É um homônio hipófiseposterior. É um peptideo e provoca vasocontrição. É parte do sistema renina angiotensina. A angiotensina também estimula a liberação de aldosterona do córtex adrenal, aldosterona promove a retenção de sódio no néfron distal, no rim, que também aumenta a pressão arterial. O efeito da angiotensina consiste em em contrair fortemente as pequenas arteríolas, e a atuação simultânea sobre todas as arteríolas do corpo aumentando a resistência periférica total, com consequente aumento da pressão arterial.
Vasopressina – Também é um hormônio hipófiseposterior. A vasopressina tem uma ação antidiurética que impede a produção de urina diluída (e assim é antidiurético).
Endotelina – são proteínas que contraem os vasos sanguíneos e aumentam a pressão arterial. Elas normalmente são mantidas em equilíbrio por outros mecanismos, mas quando estão em número elevado, contribuem para a pressão arterial elevada (hipertensão) e doenças cardíacas.As endotelinas são 21 aminoácidos vasoconstritores produzidos principalmente no endotélio, tem um papel fundamental na homeostase vascular. 
Agentes Vasodilatadores
Bradicinina - é um peptídeo que faz com que os vasos sanguíneos se dilatem (ampliação) e, portanto, faz com que a pressão arterial abaixe. A bradicinina trabalha sobre os vasos sanguíneos através da liberação de prostaciclina, óxido nítrico e fator hiperpolarizante derivado do endotélio.A bradicinina é fisiológica e farmacologicamente ativo pepitídeo da cinina, grupo de proteínas , composto de nove  aminoacidos. 
Serotonina – é um neurotransmissor monoamina.Bioquimicamente derivado do triptofano, a serotonina é encontrada principalmente na gastrointestinal (TGI), plaquetas e no sistema nervoso central (SNC) de animais, incluindo seres humanos. É um conhecido colaborador da sensação de bem-estar e por isso é também conhecido como "hormônio da felicidade", apesar de não ser um hormônio. Pode  exercer efeito vasodilatador ou vasoconstritor,dependendo da condição ou da áera da circulação. 
Histamina – é um composto de nitrogênio orgânico envolvido na resposta imunolocal, bem como na regulação da função fisiológica no intestino, atuando como neurotransmissor, a histamina desencadeia a resposta inflamatória. Como parte de uma resposta imune contra patógenos estranhos. umenta a permeabilidade dos capilares para os glóbulos brancas do sangue e algumas proteínas, que lhes permitam agir como patógenos nos tecidos infectados. Pode ser encontrada em praticamente todas as células do corpo do animal. Exerce função parecida com a da Bradicina na dilatação arteriolar.
Prostaglandinas – é qualquer membro de um grupo de compostos lipídicos, que são derivados enzimaticamente dos ácidos graxos e têm importantes funções no organismo. Elas são mediadoras e possuem uma variedade de fortes efeitos fisiológicos, como a regulação da contração e relaxamento do tecido muscular liso. As prostaglandinas não são os hormônios, mas autócrinas ou parácrinas.
Sua ampla prevalência nos tecidos e seus numerosos efeitos sobre a circulação fazem delas candidatas ideais para o desempenho de funções especiais no controle da circulação local, porem até o presente momento, não foi identificado nenhum padrão específico desse hormônio.
Os ions também podem influenciar o controle vascular, como o íon cálcio que causa vasoconstrição, os íons potássio, magnésio e sódio que causam vasodilatação.  
18 - Identifique a pressão arterial e a resistência vascular como fatores que afetam o DC.
O sangue encontra uma certa resistência ao fluxo, proporcionada em grande parte pelo próprio atrito das moléculas e células sanguíneas contra a parede de um longo caminho encontrado a frente através de nossos vasos sanguíneos, de variados diâmetros e numerosas ramificações. É muito importante que nós tenhamos uma adequada pressão arterial pois, se esta for muito baixa, o fluxo será insuficiente para nutrir todos os tecidos; por outro lado, uma pressão excessivamente elevada pode, além de sobrecarregar o coração, acelerar o processo de envelhecimento das artérias e, pior ainda, aumentar o risco de um acidente vascular (do tipo derrame cerebral). Podemos concluir que, aumentando a pressão, o DC aumenta; aumentando a resistência, o DC diminui.
19 - Defina Pressão Arterial (PA), pressão arterial máxima e mínima, resistência e retorno venoso.
Pressão Arterial é a pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias. A pressão arterial bem como a de todo o sistema circulatório encontra-se normalmente um pouco acima da pressão atmosférica, sendo a diferença de pressões responsável por manter as artérias e demais vasos não colapsados. O seu valor no indivíduo saudável varia continuamente, de acordo com a atividade física, o stress ou o estado emocional
No momento em que o coração bombeia seu conteúdo na aorta mediante contração do ventrículo esquerdo, encontrando-se a válvula mitral fechada e a válvula aórtica aberta, quando a pressão ventricular esquerda é máxima, a pressão calculada a nível das artérias também é máxima. Como esta fase do ciclo cardíaco se chama sístole, a pressão calculada neste momento é chamada de pressão arterial sistólica.
Imediatamente antes do próximo batimento cardíaco, com a válvula aórtica fechada e a mitral aberta, o ventrículo esquerdo está em relaxamento e a receber o sangue das aurículas. Neste momento a pressão arterial nas artérias é baixa, e, como este período do ciclo cardíaco se chama diástole, é denominada pressão arterial diastólica.
A resistência vascular perifèrica é a oposição das paredes dos vasos sanguíneos, que podem estar mais ou menos contraídos ou dilatados, à circulação do sangue. 
Retorno venoso é a quantidade de sangue que chega ao coração por minuto
20 - Descreva o mecanismo de regulação da pressão arterial através do centro cardiovascular no bulbo raquidiano.
Estimulando-se os barorreceptores, as aferências vão chegar ao NTS (Núcleo do Trato Solitário é a primeira estação de chegada das informações necessárias ao processamento), onde haverá a estimulação de duas vias neurais distintas. A primeira delas é a via parassimpático-excitatória, que é uma conexão direta do NTS para o núcleo ambíguo ou dorsal do vago, promovendo o aumento da atividade vagal e conseqüente diminuição da freqüência cardíaca. A outra via neural ativada pelos pressorreceptores é a via simpático-inibitória, a qual é projetação do NTS para o Núcleo ventrolateralcaudal. Uma vez excitados, esses neurônios (CVL) irão inibir os neurônios do Núcleo ventrolateralrostral , promovendo inibição da atividade simpática e, com isso, diminui a resistência vascular periférica (RVP), aumento da capacitância venosa e diminuição da PA. 
21 - Descreva a regulação neural da PA por meio de reflexos barorreceptores e quimiorreceptores.
Na regulação a curto prazo (que operam nos primeiros minutos e horas) participam:os barorreceptores arteriais, os quimio-receptores e a resposta isquêmica do Sistema Nervoso Central. (Guyton and Hall 1996). Esses ajustes corrigem alterações temporárias da PA tais como as produzidas por mudanças na postura, hemoragia ou estresse agudo. Cada um desses sistemas tem características específicas.
Os baroreceptores são extremamente poderosos em tamponar alterações na pressão arterial dentro de um período de segundos ou minutos, mas se adaptam a longo prazo e são assim de menor importância na regulação a longo prazo. Os barorreceptores são sensores arteriais que momento a momento respondem às variações de pressão arterial (dentro de uma faixa de sensibilidade) e geram potenciais de ação em forma de impulsos que caminham pelos nervos e atingem o bulbo.
Enquanto os barrorreceptores promovem ativação parassimpática e inibição simpática, os quimirreceptores provem ativação simpática e parassimpática. 
Os reflexos quimiorreceptores intervêm na manutenção da homeostase quando a tensão de oxigénio no sangue desce, as concentrações de CO2 ou H aumentam ou o pH diminui.
– Os quimiorreceptores são abundantemente irrigados e localizam-se na sua maioria no bolbo raquidiano, na crossa da aorta e nas carótidas.  Quando o teor de oxigénio baixa nas suas células, a frequência de potenciais aumenta e estimula o centro vasomotor para aumentar o tónus vasomotor. Os quimiorreceptores só actuam em situações de emergência não regulando o aparelho circulatório em situações de repouso (funcionam abaixo dos 60 mmHg). A sua resposta não é muito marcada, a não ser que a tensão de oxigénio no sangue desça demasiado. As células quimiorreceptores também são estimuladas pelo aumento do CO2 e dos iões H+, aumentando também o tónus vasomotor. A vasoconstrição aumenta a perfusão pulmonar, ajudando assim a eliminar o excesso de CO2 e H+ e aumentar a oxigenação. Os órgãos mais afectados nestas situações são: SNC, coração, rins e retina.
22 - Explicar o mecanismo hormonal de regulação da PA.
Os principais mecanismos hormonais de regulação da pressão arterial são o mecanismo da medula supra-renal e o mecanismo da renina-angiotensina-aldesterona.
No mecanismo da medula supra-renal os estímulos que aumentam a estimulação simpática do coração e dos vasos sanguíneos também o fazem em relação à medula supra-renal, o que resulta numa maior secreção de epinefrina e alguma norepinefrina. estas hormonas afectam o parelho circulatório de forma semelhante à da estimulação simpática directa, originando aumento da frequência cardíaca e do volume de ejecção sistólico, vasoconstrição cutânea e visceral e ainda vasodilatção coronária.
Mecanismo da renina-angiotensina-aldesterona: Quando a pressão arterial diminui, os rins lançam na circulação uma enzima: a renina. A renina actua sobre uma proteína plasmática – angiotensinogénio, para lhes retirar um fragmento, a angiotensina I, que contém 10 a.a. Outra enzima, a enzima de conversão da angiotensina, encontrada principalmente nos pequenos vasos pulmonares, retira mais d2 a.a. à angiotensina I para produzirum fragmento contendo 8 a.a. chamado de angiotensina II ou angiotensina activa.
– A Ang.II provoca vasoconstrição arteriolar e, em menor grau, venosa, aumentando, por isso, a resistência vascular periférica e o retorno venoso ao coração, doi mecanismos que elevam a pressão arterial.
– A Ang. II também estimula a secreção de aldosterona pelo córtex supra-renal, hormona que actua sobre o rim, levando-o a auamentar a reabsorção de Na+, Cl- e água. Assim, a produção de urina diminui e é retida água a fim de evitar maior redução da volémia. A Ang. II também estimula a sensação de sede, o apetite para o sal e a secreção da hormona antidiurética.
– A descida da pressão arterial estimula a secreção de renina. A hipercaliémia e a hiponatrémia estimulam a secreção de aldosterona. A descida da pressão arterial e a hipercaliémia ocorrem durante a perda de plasma e a desidratação, e em resposta a lesões tecidulares como queimaduras e esmagamentos.
– O mecanismo da renina-angiotensina-aldosterona é importante para a manutenção da pressão arterial em situações de choque circulatório, necessitando de aproximadamente 20 minutos para atingir a eficácia máxima. O seu início de acção não é tão rápido como os reflexos nervosos ou a resosta da medula supra-renal, mas a sua acção é mais duradoura. Uma vez segregada, a renina mantém-se activa cerca de uma hora.
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SISTEMA RESPIRATÓRIO
23 - Relate as funções do Sistema Respiratório.
Troca gasosa: transfere para o sangue o oxigênio, que é inalado do ar; e capta e exala o dióxido de carbono, presente em grande quantidade no sangue venoso; 
Ajuda a fazer a regulação da acidez presente nos fluídos do corpo humano;
Atua na regulação do pH do sangue;
Filtrar, aquecer e umidificar o ar que respiramos;
Atua na produção dos sons que emitimos, pois o fluxo de ar sai dos pulmões e vai para as pregas vocais.
24 - Diferencie as estruturas da zona de condução e zona respiratória.
A zona de condução inclui todoas a estruturas anatomicas por onde o ar passa. A região pulmonar onde ocorre a troca de gases (aproximadamente 300 milhões de minuscúlas bolsas chamadas auvéolos) é denominada respiratória.
A faringe recebe o ar das cavidades oral e nasal, o ar entra na traqueia, que ramifica-se em dois bronquios principais (direito e esquerdo) que entram nos pulmões. em seguida a árvore bromquica ramifica-se várias vezes antes de formar os bronquíolos, que  ramificam-se várias vezes antes de se tornarem dutos alveolares que vão até os sacos alvelares e a zona respiratória dos pulmões.
A zona de condução serve também para umidecer e filtrar o ar enquanto o mesmo se move para a zona respiratória, idependente da temperatura ou umidade do meio ambiente, se tornando fundamental na prevenção de lesão pulmonar.
25 - Descreva os componentes estruturais e funções de um alvéolo.
Os alvéolos pulmonares são estruturas de pequenas dimensões às quais estão localizadas no final dos bronquíolos, onde se realiza a troca gasosa.
São cavidades diminutas que se encontram formando os pulmões nas paredes dos vasos menores e dos sacos aéreos. Por fora dos alvéolos há redes de capilares sanguíneos. As paredes alveolares são muito finas e são compostas por uma camada única de células epiteliares planas, os pneumócito tipo I. As moléculas de oxigênio e de dióxido de carbono difundem com facilidade por essas células, dos alvéolos para os capilares e vice-versa. Nesse epitélio também se encontram células de formato cúbico, os pneumócitos tipo II, que secretam o surfactante pulmonar. Essa substância reduz a tensão superficial dos líquidos pulmonares, que podem oferecer resistência considerável à expansão alveolar.(sem fontes)
A hematose pulmonar, ou troca gasosa ocorre durante a respiração orgânica do ser vivo e é o processo onde o oxigénio é conduzido até os alvéolos no pulmão, passa para a corrente sanguínea para ser conduzido pelas hemácias e futuramente entrar nas células e ocasionar arespiração aeróbia na presença da glicose. Na hematose também ocorre o processo de eliminação do dióxido de carbono, produzido pela combustão combinada da glicose com o oxigénio, como resultado da respiração celular.
Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos realizam-se as trocas gasosas entre o meio ambiente e o organismo, graças à membrana muito fina que os reveste e abriga inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os capilares.
26 - Cite os eventos responsáveis pela inspiração e expiração.
Na inspiração os músculos intercostais e diafragma se contraem, aumentando o espaço da caixa toraxica, diminuindo assim a pressão interna forçando a entrada de ar nos pulmões. Na expiração os músculos intercostas e o diafragma relaxam, diminuindo a caixa toracica, aumentando a pressão interna forçando a saída do ar por diferênça de pressão.
27 - Relate os fatores que afetam a ventilação pulmonar.
Tensão superficial – Uma fina camada de líquido alveolar recobre os alvéolos e exerce uma força para dentro chamada de tensão superficial, a tensão superficial leva o alvéolo assumir o menor diâmetro possível. Durante a respiração a tensão superficial deve ser superada para expandir os pulmões durante cada inspiração. O surfactante (mistura lipoproteica com propriedades tensoativas produzido pelos pneumócitos tipo II) reduz a tensão alveolar.
Complacência pulmonar - é o grau de extensão dos pulmões para cada aumento da pressão transpulmonar. Em um adulto a complacência total é cerca de 200 mililitros de ar para cada centímetro de pressão de água.
Cicatrizes, edema pulmonar, deficiência de surfactante, enfisema e bronquite também dificultam a mecânica ventilatória, assim como a síndrome da angústia respiratória que acomete recém nascidos pré-maturos.
28 - Defina os diversos volumes e capacidades pulmonares.
Volume corrente (VC) - é o volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal, perfazendo cerca de 500mL no homem adulto jovem normal. 
Capacidade residual funcional - ao final de uma expiração normal (posição expiratória de repouso), ficam nos pulmões cerca de 2.300 mL de ar, este volume é denominado capacidade residual funcional.
Volume de reserva expiratório ( VRE) - é a quantidade de ar que ainda pode ser expirada, pela expiração forçada, após o término da expiração corrente normal, normalmente cerca de 1.100 mL.
Volume residual (VR) - é o volume de ar que ainda permanece no pulmão após um expiração forçada, é em média de 1.200 mL. 
Volume de reserva inspiratório (VRI)- é o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal, em geral é de 3.000 mL.
29 - Explique as leis que interferem na difusão dos gases: lei de Dalton e lei de Henry.
A lei de Henry defende que a solubilidade de um gás em um líquido a determinada temperatura é diretamente proporcional à pressão parcial que o gás exerce sobre o líquido. Essa lei pode ser expressa pela fórmula P = K.X , em que P representa a pressão do gás sob a solução, K é a constante de proporcionalidade, característica da Lei de Henry de um gás específico (cada gás tem sua própria constante de Henry, que varia com a temperatura), e X representa a solubilidade do gás.
A lei de Dalton diz que, em uma mistura gasosa, a pressão de cada componente independe da pressão dos demais e que a pressão total (P) é igual à soma das pressões parciais.
30 - Descreva as trocas gasosas de oxigênio e dióxido de carbono na respiração externa e interna.
Respiração externa, realizada pelo pulmão, mediante a qual o sangue venoso se transforma em sangue arterial oxigenado, com a troca gazoza realizada nos alvéolos.
Respiração interna, é a troca gasosa entre o sangue e os tecidos, o sangue fornece o oxigênio aos tecidos, e transporta para o pulmão o dióxido de carbono derivado do metabolismo ocorrido nos tecidos.
31 - Descreva o transporte de oxigênio no sangue.
O oxigênio se dissolve no plasma, mas como é pouco solúvel, é transportada no sangue ligado a hemoglobina. Cada moléculade hemoglobina possui quatro sítios de ligação para o O2 e a ocupação total ou parcial desses sítios depende da concentração de O2 sanguínea. O sangue que deixa os pulmões possui 95% das hemoglobinas ligadas ao O2. Esse sangue difunde-se pelos tecidos onde o O2 se desprende da hemoglobina e passa para os tecidos.
32 - Explique o transporte de dióxido de carbono no sangue e o equilíbrio ácido-básico.
O trasporte do C02 é um pouco mais complexo que o de O2, pois inicia-se no local da sua formação na matriz citoplasmática ou na mitocôndria. Ali não existe fluxo de líquido para carregar o metabólito para fora ca célula, além disso a membrana celular impede a passagem de íons bicarbonato. Portanto todo o C02 produzido deve deixar a célula por difusão de moléculas gasosas dissolvidas, sem carga elétrica, que se movimentam de regiões de alta pressão de C02, no interior da célula, para regiões de pressões parciais inferiores, presentes nos capilares.
O transporte do CO2 também está na dependência das hemácias, pois somente 10% é transportado como gás dissolvido no plasma, enquanto os 90% restantes estão relacionados com as hemácias. 
Assim que a molécula de C02 penetra num capilar, parte dissolve-se no plasma (10%), outra parte (porção desprezivel) combina-se com a água formando ácido carbônico, processo muito lento, pois o plasma não contém anidrase carbônica. Uma terceira parte reage com os agrupamentos amina (NH2) resíduos dos aminoácidos das proteínas plasmáticas gerando carbamina-compostos. No entanto a maior parte do CO2 é transportado até os alvéolos pulmonares graças às hemácias. O CO2 interage com as hemácias de três maneiras: a) pequena parte fica dissolvido no citoplasma das mesmas; b) pequena porção reage com o NH2 da hemoglobina; e a maior parte (80%) combina-se com a água no seu interior devido a presença de uma enzima denominada anidrase carbônica, formando ao final bicarbonato. Esta enzima acelera a formação de ácido carbônico cerca de 100 000 vezes, sendo que este ácido ao final se dissocia formando íons bicarbonato e H+ que são transportados no plasma. 
Determinando-se o conteúdo de oxigênio e de dióxido de carbono do sangue arterial e/ou venoso de um órgão pode-se estabelecer o consumo de O2 e a produção de CO2 (proporção de trocas gasosas). Quando o fornecimento de oxigênio é diminuído, denominamos hipoxia; quando tal fornecimento é completamente interrompido fica estabelecido um estado de anoxia. Da mesma forma quando o CO2 encontra-se elevado, denominamos hipercapnia.
33 - Identifique os diversos fatores que regulam a respiração.
Sistema Renal
34 - Liste as funções dos rins.
As principais funções dos rins são:
Filtrar todos os líquidos corporais com a produção da urina (função de desintoxicação e excreção);
Manger o equilíbrio de eletrólitos como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro etc;
Regular o equilíbrio ácido-básico, buscando manter o pH ideal para o organismo, que deve ser levemente alcalino, entre 7,36 e 7,42;
Regular a pressão e o volume líquido corporal, retendo ou eliminando água;
Regular a composição sanguínea de células vermelhas, sais minerais, hormônios, nutrientes etc;
Regular a nutrição de ossos e dentes;
Produzir hormônios como eritropoiteina, a renina, vitamina D, além das cininas e prostaglandinas.
35 – Descreva os componentes estruturais do Sistema Renal e suas funções específicas.
As estruturas do sistema renal são:
Pirâmides renais – licalizado na medula renal, formado por pupila renal, duto coletor e cálice menor, sua função é de agrupamento dos túbulos que coletam a urina dos néfrons;
Néfrons – localizados no córtex renal, formado por corpúsculo renal e túbulo néfrico, produz urina atravez da coleta de substâncias do sangue;
Corpúsculo renal – localizado na extremidade do néfron, sua estrutura contem globérulo e cápsula renal, sua função é capturar substâncias do sangue para a formação da urina inicial;
Túbulo néfrico – localizado no néfron, contém túbulo contorcido proximal, alça néfrica, túbulo contorcido distal, é responsável pela reabsorção das substâncias da urina inicial úteis ao organismo;
Pelve renal, localizada na face cocava do rin, suas estrutura básica é formada por cálice menor e cálice maior, é responsável pela saída da urina do órgão.
36 - Cite o trajeto do fluxo sanguíneo através dos rins.
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfron, formando um enovelado de capilares. O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo. Essa pressão tem intensidade suficiente para que parte do plasma passe para a cápsula de Bowman, processo denominado filtração. Essas substâncias extravasadas para a cápsula de Bowman constituem o filtrado glomerular.
O filtrado glomerular passa em seguida para o túbulo contorcido proximal, cuja parede é formada por células adaptadas ao transporte ativo. Nesse túbulo, ocorre reabsorção ativa de sódio.
A saída desses íons provoca a remoção de cloro, fazendo com que a concentração do líquido dentro desse tubo fique menor do que do plasma dos capilares que o envolvem. Com isso, quando o líquido percorre o ramo descendente da alça de Henle, há passagem de água por osmose do líquido tubular para os capilares sanguíneos, ao que chamamos reabsorção. O ramo descendente percorre regiões do rim com gradientes crescentes de concentração. Consequentemente, ele perde ainda mais água para os tecidos, de forma que, na curvatura da alça de Henle, a concentração do líquido tubular é alta. Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo ascendente da alça de Henle, que é formado por células impermeáveis à água e que estão adaptadas ao transporte ativo de sais.
Estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do plasma, porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia. Além desses processos gerais descritos, ocorre, ao longo dos túbulos renais, reabsorção ativa de aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do túbulo distal, essas substâncias já não são mais encontradas. Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis dos túbulos renais se reúnem para formar um vaso único, a veia renal, que leva o sangue para fora do rim em direção ao coração.
37 - Descreva as estruturas do néfron.
As partes do néfron são as seguintes:
cápsula de Bowman - ponta fechada no início do néfron. Localizada no córtex
túbulo contorcido proximal ou túbulo proximal - primeira região entrelaçada após a cápsula de Bowman. Localizada no córtex
alça de Henle - alça longa em forma de forquilha, após o túbulo proximal. Vai do córtex até a medula e de volta à medula
túbulo contorcido distal ou túbulo distal - segunda região entrelaçada do néfron após a alça de Henle. Também localizada no córtex
duto coletor - porção longa e lisa após o túbulo distal, é a ponta aberta do néfron que começa no córtex e atravessa a medula
Cada parte do néfron tem tipos diferentes de células com propriedades diferentes; isto é importante para entender como o rim regula a composição do sangue.
O néfron tem um aporte sanguíneo único se comparado aos outros órgãos:
arteríola aferente - conecta a artéria renal com os glomérulos capilares
glomérulos capilares - capilares em espiral que estão dentro da cápsula de Bowman
arteríolas eferentes - conectam os glomérulos capilares com os capilares peritubulares
capilares peritubulares - localizados após os glomérulos capilares e ao redor do túbulo proximal, alça de Henle, e túbulo distal
veias interlobulares - drenam os capilares peritubulares para a veia renal
38 - Cite as tarefas básicas realizadas pelos néfrons e ductos coletores para a formação da urina.
Basicamente, a função do néfron consiste em limpar o plasma sanguíneo das substâncias que não podem permanecerno organismo, sendo que ao passo que o líquido resultante da filtração glomerular passa pelos túbulos contorcidos, substâncias úteis ao organismo (água e grande parte dos eletrólitos), são reabsorvidas voltando para a circulação sanguínea, e as que não são úteis (creatinina e uréia, por exemplo), passam direto indo compor a urina, juntamente com outras substâncias que são secretadas pelas paredes dos túbulos contorcidos.
As principais funções dos ductos coletores são: reabsorção de sódio e água, concentração urinária através da ação do hormônio antidiurético, secreção de potássio, secreção de hidrogênio, contribuindo para a acidificação urinária e manutenção do equilíbrio ácido-básico
39 - Descreva a membrana de filtração glomerular.
A membrana de filtração glomerular é a porção da lâmina basal do glomérulo que realiza a filtração através das fendas de filtração entre os podócitos, separando o sangue do interior do filtrado do exterior. É uma fusão da célula endotelial e das lâminas basais dos podócitos.
40 - Discuta as pressões que promovem e resistem à filtração glomerular.
As pressões que promovem e resistem à filtração glomerular são hidrostática e coloidosmótica. Pressão hidrostática (PH) é a força que um líquido exerce contra uma determinada superfície. De uma maneira mais prática, a PH é a força que empurra o líquido.
Pressão coloidosmótica (PO) é pressão que os solutos exercem num determinado meio atraindo o líquido para si. De maneiro mais simples, a PO é a força que puxa o líquido. Ela é também chamada de pressão oncótica.
Essas pressões agem na filtração glomeorular da seguinte forma:
pressão hidrostática no interior dos capilares glomerulares (Pg), promovem a filtração promove a filtração;
pressão hidrostática na cápsula de Bowman (Pb), se opõe à filtração;
pressão coloidosmótica exercida pelas proteínas plasmáticas no interior dos capilares glomerulares (pg), se opõe à filtração;
pressão coloidosmótica das proteínas no interior da cápsula de Bowman (pb), que promove a filtração;
41 - Descreva as rotas e mecanismos de reabsorção e secreção tubulares.
A reabsorção é o processo de transporte de uma substância do interior do túbulo para o sangue que envolve o túbulo. A secreção tubular atua em direção oposta à reabsorção. As substâncias são transportadas do interior dos capilares para a luz dos túbulos, de onde são eliminadas pela urina. Os mecanismos de secreção tubular, à semelhança dos mecanismos de reabsorção, podem ser ativos ou passivos, quando incluem a utilização de energia pela célula para a sua execução ou não.
42 - Explique os mecanismos de transportes ativo e passivo na reabsorção e secreção do Túbulo contorcido proximal.
O processo de reabsorção tubular renal ocorre tanto por transporte ativo como por transporte passivo. Por transporte ativo as substâncias são transportadas através das membranas celulares contra o gradiente de concentração e esta movimentação requer gasto direto de energia. O transporte passivo de substâncias ocorre por gradiente osmótico o que não requer consumo direto de energia.
Ao passar pelo interior do túbulo contorcido proximal, cerca de 100% da glicose é reabsorvida (transporte ativo) através da parede tubular e retornando, portanto, ao sangue que circula no interior dos capilares peritubulares, externamente aos túbulos.
Ocorre também, neste segmento, reabsorção de 100% dos aminoácidos e das proteínas que porventura tenham passado através da parede dos capilares glomerulares.
Neste mesmo segmento ainda são reabsorvidos aproximadamente 70% das moléculas de Na+ e de Cl- (estes últimos por atração iônica, acompanhando os cátions). A reabsorção de NaCl faz com que um considerável volume de água, por mecanismo de osmose, seja também reabsorvido.
Desta forma, num volume já bastante reduzido, o filtrado deixa o túbulo contornado proximal e atinge o segmento seguinte: a Alça de Henle.
 43 - Cite o mecanismo de osmose na reabsorção de água no ramo descendente.
No ramo descendente da Alça de Henle a membrana é bastante permeável à água e ao sal NaCl. Já o mesmo não ocorre com relação à membrana do ramo ascendente, que é impermeável à água e, além disso, apresenta um sistema de transporte ativo que promove um bombeamento constante de íons sódio do interior para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto (por atração iônica).
Devido às características descritas acima, enquanto o filtrado glomerular flui através do ramo ascendente da alça de Henle, uma grande quantidade de íons sódio é bombeada ativamente do interior para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto. Este fenômeno provoca um acúmulo de sal (NaCl) no interstício medular renal que, então, se torna hiperconcentrado em sal, com uma osmolaridade um tanto elevada, quando comparada aos outros compartimentos corporais. Essa osmolaridade elevada faz com que uma considerável quantidade de água constantemente flua do interior para o exterior do ramo descendente da alça de Henle (lembre-se que este segmento é permeável à água e ao NaCl) enquanto que, ao mesmo tempo, NaCl flui em sentido contrário, no mesmo ramo.
Portanto, o seguinte fluxo de íons e de água se verifica através da parede da alça de Henle:
No ramo descendente da alça de Henle flui, por difusão simples, NaCl do exterior para o interior da alça, enquanto que a água, por osmose, flui em sentido contrário (do interior para o exterior da alça).
No ramo ascendente da alça de Henle flui, por transporte ativo, NaCl do interior para o exterior da alça.
44 - Explique o transporte ativo de íons no ramo ascendente e o sistema de contracorrente.
O sistema de contracorrente é o mecanismo pelo qual a alça de Henle gera um gradiente no conjuntivo hipertônico. Essa designação baseia-se no fluxo de líquido em direções opostas dentro dos dois ramos paralelos da alça de Henle.
1 - O líquido flui para dentro da medula no ramo descendente e para fora no ramo ascendente;
2 – O fluxo por contracorrente dentro dos ramos multiplica o gradiente osmótico entre o líquido tubular do ramo descendente e o do ramo ascendente;
3 – Cria-se um conjuntivo hiperosmótico pela reabsorção de NaCl no ramo ascendente. Essa etapa é muito importante para a excreção pelo túbulo urinífero de uma urina hiperosmótica em relação ao plasma.
4 – A concentração de NaCl aumenta progressivamente, se aprofunda na medula. A maior concentração se dá na altura da papila renal. Esse gradiente medular resulta do acúmulo de NaCl reabsorvido plo processo do sistema de contracorrente;
5 – Os vasos retos transportam nutrientes e oxigênios para os túbulos uriníferos. Também removem o excesso de água e solutos que são acrescentados continuamente pelo processo de multiplicação por contracorrente. Um aumento do fluxo de sangue pelos vasos retos dissipa o gradiente medular.
45 - Cite o mecanismo de reabsorção de água e solutos no ramo distal e a ação dos hormônios PTH, Aldosterona e ADH.
Aldosterona: hormônio mineralocorticóide secretado pelo córtex da adrenal. É estimulada pela hipotensão sistêmica através do sistema renina-angiotensina. Atua nas células do segmento conector e nas células principais do ducto coletor, aumentando a reabsorção de sódio, assim, elevando a reabsorção de água. Corrigindo uma depleção volumétrica. Isso ocorre aumentando a permeabilidade dos canais de sódio e estimula a atividade da Na/K/ATPase, elevando a reabsorção de sódio. 
A liberação de aldosterona também é estimulada pela hipercalemia (aumento de K+ sanguíneo). Estimulando a entrada de potássio nas células responsivas a aldosterona, isto reduz os níveis de potássio no sangue (efeito agudo) e aumentando o número de canais de potássio na membrana apical (efeito crônico).
	-Efeito imediato: redistribuição de potássio dos compartimentos intra e extracelular
	-Efeito tardio: a eliminação renal de potássio (aumentada)
Paratormônio (PTH): a hipocalcemia (redução de Ca++) estimula a liberação do paratormônio oque estimula os ossos, os intestinos e os rins a elevarem o nível plasmático de cálcio. No rim isto ocorre no ramo ascendente espesso da alça de Henle, TCD e no segmento conector. Aumenta a permeabilidade de cálcio na membrana apical, reabsorvendo este íon.
ADH: é liberado quando osmorreceptores localizados no hipotálamo percebem a diminuição de sódio e também é liberado quando ‘receptores de volume’ localizados nos vasos sanguíneos, percebem a diminuição do volume sanguíneo. O ADH aumenta a reabsorção de água e solutos pelos rins, aumentando o volume sanguíneo. 
46 - Explique o efeito do hormônio Antidiurético (ADH) no túbulo coletor.
A reabsorção de água pelos rins está sob controle dohormônio antidiurético, também conhecido pela sigla ADH.
Esse hormônio é sintetizado no hipotálamo (uma região do encéfalo) e liberado pela parte posterior da glândula hipófise.
O ADH atua sobre os túbulos renais, provocando aumento da reabsorção de água do filtrado glomerular.
Quando bebemos pouca água, o corpo se desidrata e a tonicidade do sangue aumenta. Certas células do encéfalo percebem a mudança e estimulam a hipófise a liberar ADH. Como consequência há maior reabsorção de água pelo túbulos renais. A urina torna-se mais concentrada e a quantidade de água eliminada diminui.
47 - Descreva o mecanismo de excreção renal de água e eletrólitos.
A excreção é responsável pela regulação da concentração dos íons e controle do volume de água no organismo. 
A membrana luminal do ducto coletor é impermeável à água na ausência de arginina vasopressina – um hormônio antidiurético (ADH – do inglês antidiuretic hormone). Desse modo, quando os níveis plasmáticos de ADH estão baixos, esse segmento reduz progressivamente a osmolalidade e a concentração de sódio da urina final, permitindo a excreção de grandes volumes (até 20 L diários) de urina diluída. Na presença de ADH, os canais de água – chamados aquaporinas – são inseridos na membrana luminal do túbulo distal e do ducto coletor.7,8 Quando os níveis plasmáticos de ADH estão altos, a água é osmoticamente atraída do lúmen tubular para o interstício medular hipertônico, permitindo a excreção de um pequeno volume (até 0,5 L diário) de urina concentrada.
48 - Cite como é feita a regulação da concentração e diluição da urina.
49 - Explique os mecanismos neurais de micção urinária.
Na fase de enchimento a bexiga permanece relaxada e a musculatura uretral contraída, sendo o inverso na micção. Para que esse sincronismo ocorra é indispensável a interação de numerosos arcos reflexos e circuitos nervosos. Como o conhecimento deste mecanismo é essencial para a compreenção dos distúrbios uroginecológicos, analisaremos os principais aspectos da neurofisiologia da micção. 
Os neurônios motores da bexiga e da uretra estão localizado no seguimento sacral da medula espinal (S2-S4) e são coordenados pelo centro pontino da micção e pelos núcleos da base do cérebro. Já o controle voluntário da micção se faz no córtex da face lateral do lobo frontal. A substância reticular pontomesencefálica, por sua vez, coordena a micção como um todo, mas é o centro cortical que determina o início, o retardo e o término da micção.
O centro pontino da micção está localizado nas regiões medial e dorso lateral da ponte (centro de Barrington) e sua lesão pode levar a retenção urinária. Sua estimulação aumenta a pressão vesical, diminui a pressão uretral e diminui a atividade elétrica do assoalho pélvico. O relaxamento da uretra ocorre por inibição dos neurônios motores sacrais do esfíncter uretral.
Na ponte existe também o centro esfincteriano ou da continência, sendo que através do trato retículo-espinal os impulsos chegam ao núcleo de Onuf na medula sacral. A sua estimulação aumenta a pressão uretral, sendo que sua lesão pode causar incontinência urinária.
Os principais núcleos da base envolvidos com a micção são: putámen, globo-pálido, núcleo caudado e as células da substância nigra. A principal função destes núcleos é modular o tônus do esfíncter uretral externo e sua disfunção pode ser vista na Doença de Parkinson, em que as alterações degenerativas dos neurônios diminuem a dopamina local, originando hiperatividade do detrusor.
A função do tálamo na micção ainda não foi totalmente esclarecida, sabe-se que o núcleo ventral póstero-lateral é responsável pela integração das informações entre os axônios sensoriais e o córtex.
O sistema límbico, localizado no lobo temporal, é composto pela amigdala, hipocampo e giro ungulado. Sua estimulação facilita ou deprime a atividade da bexiga, influenciando a micção, o que pode ser notado pela vontade constante de urinar associada ao estresse ou nervosismo.
O hipotálamo está relacionado ao início do ato de urinar: a área pré-óptica envia fibras para o córtex cerebral e para o centro pontino da micção.
O cerebelo recebe informações sensoriais da bexiga e do assoalho pélvico, sendo importante na manutenção do tônus do assoalho pélvico e na coordenação entre contração do detrusor e relaxamento do esfíncter. O cerebelo participa, também, ativamente da coordenação dos vários músculos envolvidos no ato da micção, mantendo o equilíbrio do corpo.
Sistema Digestório
50 - Liste a função e os processos do Sistema Digestório.
51 - Identifique os componentes estruturais do Sistema Digestório e suas funções específicas.
52 - Qual a importância da motilidade Gastrointestinal?
53 - Explique os mecanismos de mastigação, deglutição, de esvaziamento gástrico, intestinal, colônico e fecal.
54 - Identifique as secreções digestivas e descreva suas funções no processo de digestão do alimento e seus mecanismos de regulação.
55 - Explique os processos de regulação neural e hormonal do Sistema Digestório.

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