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RESUMO - MOE FUNÇÕES BIOLOGICAS

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RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 
MOE 
FUNÇÕES 
BIOLOGICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: PRISCILLA XAVIER DE ASSIS 
Coordenação: Profa. Dra. Aline Lima de Barros 
2020 
 
 
 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 
PROBLEMA 1 – A PONTE. 
1- Descrever os componentes do SNC e o SNP, sua divisão e função (anatomia e fisiologia). 
Berne e Levi - Cap. 
 
 O sistema nervoso representa uma rede de comunicações e controle que permite que o 
organismo interaja, de modo apropriado, com seu ambiente. As funções gerais do sistema 
nervoso incluem a detecção sensorial (tanto do meio interno, quanto externo), o processamento 
das informações (integradora) e a expressão do comportamento (motora). 
 
 
 Componentes celulares do sistema nervoso. 
a) Neurônios: é a unidade funcional do sistema nervoso, e os circuitos neurais são formados por 
neurônios conectados sinapticamente. Corpo celular (contém o núcleo e o nucléolo da célula) + 
dendritos (Corpúsculos de Nissl, aparelho de Golgi, microtúbulos e neurofilamentos) + axônio 
(extensão da célula que leva o estímulo de uma célula para o próximo neurônio ou músculo). 
 Neurônios aferentes ou sensitivos (periferia para o centro); 
 Neurônios eferentes ou motores (do centro para a periferia); 
 Neurônios de associação ou interneurônios; 
 
b) Neuróglia: ou células de suporte, que engloba os principais elementos celulares não neurais do 
sistema nervoso. As células da neuróglia no SNC (astrócitos e oligodendrócitos) e no SNP 
(células de Schwann e células satélites). 
c) Neurotransmissores 
 Neurotransmissores nos Gânglios Autônomos. 
- Neurotransmissor de Acetilcolina – receptores nicotínicos e muscarínicos. 
 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) 
Entre outras funções, o SNC recolhe 
informações sobre o meio ambiente, por 
meio do SNP; processa essa informação e torna 
parte dela consciente; organiza respostas 
reflexas e comportamentais; é responsável pela 
cognição, pelo aprendizado e pela memória e 
planeja e executa movimentos 
voluntários. 
 
 ENCÉFALO. 
Divisões do encéfalo. 
i. Cérebro = Diencéfalo (tálamo e hipotálamo) + Telencéfalo (maior parte); 
 TELENCÉFALO: camada superficial – sulcos e giros (composta por uma camada fina chamada 
de substância cinzenta que tem grande concentração de corpos de neurônios, é chamada de 
Cortez cerebral); camada mais profunda (substância branca; composta por axônios de 
neurônios). Possui uma divisão em duas partes: Hemisfério direito e esquerdo; unidos pelo corpo 
caloso e ainda divididos em 4 lobos. 
Algumas partes do telencéfalo e do diencéfalo que se localizam na região em volta do tronco 
encefálico formam uma região chamada de Sistema Límbico (responsável pelas emoções). 
 DIENCÉFALO: controle endócrino, estação (relê) das sensações e motoras, controle das 
emoções e estados motivacionais. 
**Tálamo: coordena o comportamento emocional (núcleos anteriores); controle da motricidade 
(núcleos ventrais anteriores e lateral); ativação do córtex cerebral (SARA, núcleos de projeção 
difusa); sensibilidade (núcleo ventral posterior, corpo geniculado medial e lateral e o pulvinar). 
OBS: exceto o a via do olfato tem passagem pelo tálamo. 
**Hipotálamo: mantém a hemóstase. Controle do sistema nervoso autônomo e das emoções e 
comportamento, regulação da temperatura, sono e vigília, fome, sede, diurese, adenohipófise, 
osmolaridade sanguínea e pressão sanguínea. Age em 3 sistemas: sistema motivacional, sistema 
endócrino e SNA. 
 
ii. Cerebelo; 
 É basicamente um centro para o controle do movimento e possui extensas conexões com o 
cérebro e a medula espinhal; 
 
iii. Tronco encefálico = mesencéfalo, ponto e bulbo; 
 É um conjunto complexo de fibras e de neurônios, que serve, em 
parte, para retransmitir informação do cérebro à medula espinhal e 
ao cerebelo, e vice-versa. 
 É uma região que regula funções vitais, como a respiração, a 
consciência e o controle da temperatura corporal. 
 
 MEDULA ESPINAL 
 É envolta pela coluna vertebral óssea e esta ligada ao tronco 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
encefálico; comunica-se com o corpo por meio de nervos espinhais que formam parte do sistema 
nervoso periférico. 
 É o maior condutor de informação da pele, das articulações e dos músculos ao cérebro, e vice 
versa. Uma transecção dessa parte resulta em anestesia (falta de sensibilidade) da pele e 
paralisia dos músculos das partes caudais à secção. 
 
 
 
 
 
 MENINGES. 
 Recobrem todo o SNC. 
 Dura-máter – um saco consistente é não extensível que rodeia o encéfalo e a medula espinhal. 
 Aracnoide – possui aparência e consistência de teia de aranha. 
 Pia-máter – é uma membrana fina que adere intimamente à superfície do encéfalo. 
 O espaço subaracnóide é preenchido por um líquido claro salgado, denominado líquido 
cerebrospinal (LCS). O LCS é produzido por um tecido especial, o plexo coroide, encontrado nos 
ventrículos dos hemisférios cerebrais. 
SISTEMA NERVOSO PERIFERICO. 
Formado por gânglios (são aglomerado de corpos celulares dos neurônios) e nervos 
(Cranianos e Espinhais – são aglomerados de axônios); Além de receptores sensoriais e plexos 
(é uma extensa rede de axônios e alguns corpos celulares de neurônios). 
 ***Tipos de nervos: misto, sensitivo e motor. PESQUISAR. 
 *** Tipos de receptores sensoriais. 
 Mecanorreceptores – detectam a deformação mecânica; 
 Termorreceptores – detectam alterações da temperatura; 
 Nociceptores silenciosos – dor; detectam lesões teciduais físicas ou químicas, demoram a ser 
ativados. 
 Eletromagnéticos – detectam a luz incidente sobre a retina dos olhos; 
 Quimiorreceptores – detectam o gosto, o olfato, o nível de oxigênio no sangue arterial, a 
osmolalidade dos líquidos corporais, concentração de CO2, etc. 
 
A. Sistema Nervoso Somático (reações voluntárias) 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 Todos os nervos espinhais que inervam a pele, as articulações e os músculos; permite controlar 
os movimentos conscientemente. 
 Composto por neurônios sensitivos cutâneos e alguns outros tipos de neurônios sensitivos 
especiais e neurônios motores que mandam informação para os músculos esqueléticos 
(controle voluntário). 
 
B. Sistema Nervoso Autônomo (reações involuntárias) 
 Ou visceral, ou vegetativo; 
 Simpático (situações de tensão e estresse); 
 Parassimpático (situações de calmaria); 
 Consiste em neurônios motores que mandam informação para os músculos lisos, para o 
músculo cardíaco ou para glândulas. 
 
C. Sistema Nervoso Entérico (SNE) 
 Consiste em plexos dentro da parede do trato digestório. 
 Uma característica única dos neurônios entéricos é que eles monitoram e controlam o trato 
digestório independentemente do SNC por meio de reflexos locais. 
** Axônios aferentes e Eferentes: Devem-se considerar os axônios do SNP em relação a um ponto de referência no SNC. 
Os axônios somatossensoriais ou viscerais que trazem informação para o SNC são aferentes. Os axônios que emergem do 
SNC para inervar músculos e glândulas são eferentes. 
2- Descrever a fisiologia do sono - vigília (identificando – regiões e substâncias). 
 O mecanismo Sono Vigilia dependem de mecanismos localizados no tronco encefálico. 
 O sono vigília depende também do núcleo supraquiasmático do hipotálamo que sincroniza o 
ritmo vigila sono com o ciclo dia noite. 
 Existe um sistema de fibras ascendentes que têm uma ação ativadora do córtex cerebral, o 
SARA – Sistema Ativador Reticular Ascendente. 
 O Ciclo SONO VIGILIA é regulado por neurônios hipotalâmicos do SARA. A atividade de seus 
neurônios pode ser medida pela taxa de disparos dos potenciais de ação. 
 Esse ciclo depende também do núcleo supraquiasmático do hipotálamo que, juntamente com a 
glândula pineal, sincroniza este ritmo com o de claro e escuro. 
 “O sono é um estadofacilmente reversível de reduzida responsividade ao, e interação com o, 
ambiente”. 
 Sono – alto limiar de excitabilidade; 
 Vigília – baixo limiar de excitabilidade; 
** Limiar – voltagem mínima necessária que preciso atingir para gerar um potencial de ação, 
para que abram os canais de sódio e uma despolarização. 
 Sono fisiológico – estado de consciência onde há aumento do limiar de excitabilidade cortical e 
importante redução de interações com o meio externo. Facilmente revertido por estímulos. 
Obedece a uma arquitetura organizacional do sistema nervoso. 
 Sono não fisiológico – estado de coma ou anestesia geral. Não ocorre uma organização 
normal do sono (fases e subfases específicas). Impossível despertar com estímulos. 
 
 TRÊS ESTADOS FUNCIONAIS DO ENCÉFALO. 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 
1° Vigília. 
2° Sono REM – sono de movimento rápido dos olhos. É o sono em que se sonha. É o estado 
que mais excita o encéfalo. A maior parte do corpo é, na verdade, incapaz de se mover. 
3° Sono não-REM – sono de ondas lentas. Parece ser um período de repouso. A tensão 
muscular está reduzida em todo o corpo, e o movimento é mínimo. A temperatura e o 
consumo de energia do corpo estão reduzidos. São raros os sonhos detalhados 
 Durante uma noite normal, passamos ao longo dos estágios do não REM, depois pelo REM 
e então de volta aos estágios não REM, repetindo o ciclo aproximadamente a cada 90 
minutos. Ciclos ultradianos. 
 Estágio 1 do sono não REM: sono de transição; dura poucos minutos. O estágio de sono 
mais leve. 
 Estágio 2 : é um pouco mais profundo e pode durar de 5 a 15 minutos, movimentos oculares 
quase cessam. 
 Estágio 3: há poucos movimentos oculares e corporais. 
 Estágio 4: é o estágio mais profundo do sono, 20 a 40 minutos. 
 Subitamente entra em um breve período do sono REM. 
PROBLEMA 2 – QUEM ESTÁ NO CONTROLE? 
1. Diferenciar o sistema nervoso autônomo do somático (anatomia e função). 
 
 Neurônios sensoriais – conduzem potenciais de ação da periferia ao sistema nervoso central; 
 Neurônios motores – conduzem potenciais de ação do SNC à periferia; 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 Os neurônios motores que inervam os músculos esqueléticos são chamados de neurônios 
motores somáticos e fazem parte do sistema nervoso somático. Já os neurônios motores que 
inervam os músculos liso e cardíaco e as glândulas são chamados de neurônios motores 
autônomos e fazem parte do sistema nervoso autônomo (SNA). 
 
SN SOMÀTICO 
 Os corpos celulares dos neurônios motores 
encontram-se no interior do SNC e seus axônios 
estendem-se aos músculos esqueléticos. 
 O efeito dos neurônios motores somáticos sobre 
o musculo esquelético é sempre de ordem 
excitatória. 
 
SN AUTÔNOMO 
 Possui dois neurônios dispostos em série que se 
estendem do SNC aos órgãos-alvo. 
 O efeito dos neurônios motores somáticos sobre 
os tecidos-alo pode ser tanto excitatória 
quanto inibidora. 
 Primeiro neurônio da série é denominado 
neurônio pré-ganglionar. O corpo celular desse 
tipo de neurônio localiza-se no interior do SNC, no 
tronco encefálico ou no corno lateral da substância 
cinzenta da medula espinal, e seu axônio estende-
se aos gânglios autônomos fora do SNC. 
 Os gânglios autônomos contêm os corpos celulares dos segundos neurônios da série, os 
neurônios pós-ganglionares. Os neurônios pré-ganglionares fazem sinapse com os 
neurônios pós-ganglionares no interior dos gânglios autônomos. Os axônios dos neurônios 
pós-ganglionares estendem-se dos gânglios autônomos aos órgãos efetores, onde fazem 
sinapse com os tecidos-alvo. 
 
2. Descrever sistema nervoso autônomo (anatomia e função). 
 
 
ATIVIDADE SIMPÁTICA VERSUS ATIVIDADE PARASSIMPÁTICA. 
 As divisões simpática e parassimpática do SNA atuam para manter a homeostase corporal 
por meio de modulação de suas funções e adequação do nível de atividade. Para tanto, o SNA 
possui inervação dupla na maioria dos órgãos. Exemplos de órgãos que são duplamente 
inervados pelas divisões são os tratos gastrintestinal e reprodutivo, a bexiga urinária e o coração. 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
Além disso, onde existe a participação de ambas as divisões, muitas vezes a ação de uma 
predomina sobre a outra. 
 Em resumo, embora nenhuma das divisões esteja cronicamente ativa ou inativa, há 
diferentes níveis de regulação, dependendo do nível de atividade exercida no momento. As 
diferenças na regulação de um mesmo órgão são possíveis graças à liberação de 
neurotransmissores diferentes pelos neurônios pós-ganglionares de cada divisão e à presença de 
receptores específicos nos órgãos-alvo. 
A. DIVISÃO SIMPÁTICA. (Divisão toracolombar). 
 Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares simpáticos localizam-se na substância 
cinzenta dos cornos laterais da medula espinal, entre o primeiro segmento torácico (T1) e o 
segundo segmento lombar (L2). 
 Os axônios dos neurônios pré-ganglionares saem da medula espinal pelas raízes ventrais dos 
nervos espinais T1 a L2, estendem-se por uma curta distância no interior desses nervos e 
projetam-se para os gânglios simpáticos. 
 
GÂNGLIOS SIMPÁTICOS: 
a) Gânglios de cadeia simpática (ou paravertebrais) – são interconectados, de modo a formar 
uma cadeia ao longo dos lados direito e esquerdo da coluna vertebral. Estendem-se da 
região cervical à região sacral. 
b) Gânglios colaterais – não são pareados, como os gânglios paravertebrais, e localizam-se 
na cavidade abdominal, devido à localização anterior à coluna vertebral. 
 
OS AXÔNIOS DA DIVISÃO SIMPÁTICA SAEM DOS GÂNGLIOS DA CADEIA SIMPÁTICA POR 
UMA DAS SEGUINTES ROTAS: 
a) Nervos espinais – esses axônios projetam-se, então, para a pele e os vasos sanguíneos dos 
músculos esqueléticos. 
b) Nervos simpáticos – inervam órgãos da cavidade torácica. 
c) Nervos esplâncnicos – os axônios pós-ganglionares deixam os gânglios colaterais através de 
pequenos nervos que se direcionam às cavidades abdominal e pélvica. 
d) Inervação das glândulas suprarrenais – os axônios passam através dos gânglios e fazem 
sinapse com as células da medula das glândulas suprarrenais (região interior). A estimulação 
dessas células pelos neurônios pós-ganglionares resulta na liberação de adrenalina e 
noradrenalina. Essas substâncias então trafegam pela circulação sanguínea e modificam a 
atividade dos tecidos que possuem receptores adrenérgicos. 
 
B. DIVISÃO PARASSIMPÁTICA (Divisão craniossacral). 
 Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares parassimpáticos estão localizados em 
núcleos de nervos cranianos no tronco encefálico ou no corno lateral dos segmentos sacrais (S2 
a S4) da medula espinal. 
 Os axônios dos neurônios pré-ganglionares parassimpáticos vindos do encéfalo trafegam 
pelos nervos cranianos III, VII, IX e X, e aqueles que vêm da medula espinal trafegam pelos 
nervos esplâncnicos pélvicos. Eles vão até os gânglios terminais, onde fazem sinapse com os 
neurônios pós-ganglionares. 
 Os axônios dos neurônios pós-ganglionares, então, estendem-se por curtas distâncias até 
os órgãos efetores. Os gânglios terminais situam-se próximos ou no interior das paredes dos 
órgãos inervados pelos neurônios parassimpáticos. 
 
PLEXOS NERVOSOS AUTÔNOMOS E DISTRIBUIÇÃO DAS FIBRAS 
NERVOSAS AUTÔNOMAS. 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 Os plexos nervosos autônomos são redes neurais complexas que interconectam neurônios 
simpáticos e parassimpáticos, além de neurônios sensoriais. Esses plexos geralmente são 
nomeados de acordo com o órgão que inervam ou com os vasos sanguíneos adjacentes. 
a) Distribuição da divisão simpática - A distribuição de axônios simpáticos ocorre por meio de nervos 
espinais, simpáticos e esplâncnicos. Ramificações desses nervos estendem-se aos efetores ou 
reúnem-se em plexos que, por sua vez, inervam os efetores. (Nervos espinais, Plexos nervosos da 
cabeça e pescoço, Plexos nervosos torácicos (plexo cardíaco e plexo pulmonar),Plexos nervosos 
abdominais e pélvicos (plexo celíaco, plexo mesentérico superior, plexo mesentérico inferior e os 
plexos hipogástricos superior e inferior). 
b) Distribuição da divisão parassimpática - A distribuição dos axônios parassimpáticos ocorre por 
/meio de nervos cranianos e nervos esplâncnicos pélvicos. As ramificações desses nervos 
direcionam-se diretamente aos órgãos-alvo ou unem-se aos plexos, que, por sua vez, inervam os 
órgãos (Nervos cranianos que inervam a cabeça e o pescoço – nervo oculomotor (III), nervo 
facial(VII) nervo glossofaríngeo(IX); Nervo vago e plexos nervosos torácicos; Plexos nervosos 
abdominais; Nervos esplâncnicos pélvicos e plexos nervosos pélvicos. 
C. SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO. 
 Consiste em plexos nervosos localizados no interior das paredes do trato digestório. Uma 
característica única dos neurônios entéricos é que possuem a capacidade de monitorar e controlar 
o trato digestório de forma independente do SNC, por meio de reflexos locais. 
 Existem três tipos principais de neurônios entéricos: 
1. Neurônios entéricos sensoriais detectam alterações na composição química do conteúdo 
gastrintestinal ou estiramento em suas paredes. 
2. Neurônios entéricos motores inibem ou estimulam a contração da musculatura lisa e a secreção 
de glândulas. 
3. Interneurônios entéricos conectam os neurônios sensoriais e motores entre si. 
 
 
3. Descrever os neurotransmissores e receptores (SNA) com suas respectivas funções. 
 NEUROTRANSMISSORES: SINTESE DELES? 
a) Neurônios colinérgicos – secretam acetilcolina. 
 Neurônios pré e pós-ganglionares parassimpáticos; 
 Neurônios pré-ganglionares simpáticos; 
b) Neurônios adrenérgicos – secretam noradrenalina. 
 Neurônios pós-ganglionares simpáticos. 
 RECEPTORES: 
 Receptores para acetilcolina e noradrenalina estão localizados na membrana plasmática 
de algumas células. A ligação do neurotransmissor ao seu receptor funciona como um sinal à célula, 
a qual desencadeia uma dada resposta (dependendo do tipo de receptores é excitatória ou 
inibidora). 
 Muitos fármacos também podem interagir com esses receptores e modificar as funções do 
SNA. Os agonistas ligam-se aos receptores específicos e os ativam, enquanto os antagonistas 
ligam-se aos receptores específicos e impede sua ativação. 
a) Receptores colinérgicos – ligam-se à acetilcolina e são classificados em receptores 
nicotínicos (canal iônico) ou receptores muscarínicos. Receptores nicotínicos estão localizados 
nas membranas plasmáticas de todos os neurônios pós-ganglionares nos gânglios autônomos e na 
membrana das células musculares esqueléticas. Os receptores muscarínicos, por sua vez, estão 
localizados nas células dos efetores que respondem à acetilcolina liberada pelas fibras pós-
ganglionares. 
 A ligação da acetilcolina aos receptores nicotínicos tem um efeito excitatório porque resulta 
na abertura de canais de sódio e na geração de potenciais de ação. A ligação aos receptores 
muscarínicos desencadeia respostas celulares mediadas pela proteína G. Nesse caso, a 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
resposta pode ser tanto excitatória quanto inibidora, o que dependerá do efetor em que se 
encontra o receptor muscarínico. 
b) Receptores adrenérgicos – ligam-se à adrenalina ou à noradrenalina. Estão localizados 
na membrana plasmática dos efetores inervados pela divisão simpática. A resposta das células à 
ligação de adrenalina ou noradrenalina é mediada pela proteína G. Dependendo do órgão efetor, a 
ativação da proteína G pode resultar em efeitos excitatórios ou inibidores. Os receptores 
adrenérgicos são divididos em duas grandes categorias: receptores alfa (@) e receptores beta (B). A 
adrenalina possui maior efeito sobre os receptores @ e B do que a noradrenalina. Os principais 
subtipos de receptor Alfa são os @ 1- -adrenérgicos e @ 2-adrenérgicos; os principais receptores 
Beta são os B 1-adrenérgicos e B 2-adrenérgicos. 
4. Descrever locais responsáveis pela ativação do SNA (hipotálamo- anatomia e função). 
REGULAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO. 
 O tronco encefálico e a medula espinal contêm 
importantes centros de reflexos autônomos 
para a manutenção da homeostase. Entretanto, é o 
hipotálamo que exerce um controle geral do SNA. 
Praticamente qualquer tipo de resposta 
autônoma pode ser desencadeada estimulando-se 
o hipotálamo, o qual, por sua vez, estimula 
centros do SNA no tronco encefálico e na medula 
espinal. Embora haja uma sobreposição, 
a estimulação da região posterior e lateral do 
hipotálamo produz respostas simpáticas, 
enquanto a estimulação da parte anterior e medial produz respostas parassimpáticas. Além 
disso, o hipotálamo monitora e controla a temperatura corporal. 
PROBLEMA 3 – NEM LISO, NEM ESTRIADO! 
1. DESCREVER ANATOMIA CARDÍACA. (VASCULARIZAÇÃO). 
FUNÇÕES DO CORAÇÃO: 
 O coração bombeia sangue; 
 Lado direito recebe sangue e bombeia o sangue por meio da circulação pulmonar que 
conduz o sangue pelos pulmões e o faz retornar do lado esquerdo do coração; 
 Lado esquerdo do coração bombeia o sangue por meio da circulação sistêmica, que 
distribui oxigênio e nutrientes para todos os tecidos do corpo. 
1 – Geração de pressão arterial; 
2 – Transporte de sangue; 
3 – Garante o fluxo unidirecional do sangue; 
4 – Regula o fornecimento do sangue (a frequência e a força de contrações). 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 
 O coração de um adulto tem forma de um cone arredondado e o tamanho aproximado de 
um punho fechado, com massa entre 250g e 300g. 
 É maior em indivíduos fisicamente ativos do que em indivíduos saudáveis; 
 Ápice – parte arredondada do coração; Base- parte maior e plana na extremidade oposta do 
coração; 
 Localizado – obliquamente no mediastino, com a base direcionada para trás e um pouco 
para cima e o ápice está direcionado à esquerda, a linha divisória média da cavidade 
torácica; 
 ANATOMIA DO CORAÇÃO. 
 Pericárdio – é formado por uma dupla camada; consiste em uma camada externa dura de 
tecido conectivo chamada de pericárdio fibroso (impede uma distensão exagerada e o fixa no 
mediastino) e uma camada interna fina e transparente de epitélio simples pavimentoso 
chamada de pericárdio seroso (pariental – reveste o pericárdio fibroso; visceral ou epicárdio – 
cobre a superfície do coração). 
 Cavidade pericardial – o espaço entre o pericárdio visceral e pariental, é preenchido com uma 
camada fina de fluido pericárdio seroso, o que ajuda a reduzir a fricção quando o coração se 
move no interior do saco pericárdio. 
 
PAREDE DO CORAÇÃO. 
 Epicárdio ou pericárdio visceral – é uma membrana serosa fina que constitui a superfície lisa 
externa do coração. 
 Miocárdio – camada espessa e intermediária do coração composta por células de músculo 
cardíaco e é responsável pela capacidade de contração. 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 Endocárdio – superfície interna e lisa das câmaras cardíacas composta por epitélio 
pavimentoso simples sobre uma camada de tecido conectivo. Cobre também as superfícies 
das valvas cardíacas. 
 
 ANATONIA EXTERNA E CIRCULAÇÃO CORONÁRIA. 
 
 Veia cava superior e inferior – levam sangue do corpo para o átrio direito; 
 Quatro veias pulmonares transportam o sangue dos pulmões até o átrio esquerdo; 
 O seio coronário menor leva o sangue das paredes do coração para o átrio direito. 
 Artéria Aorta – leva o sangue do ventrículo esquerdo para o corpo; 
 Tronco da artéria pulmonar – leva o sangue do ventrículo direito para os pulmões; 
 As artérias coronárias direita e esquerda – saem da aorta; 
 O maior ramo da artéria coronária direita, chamada de artéria marginal direita, além de outros 
ramos provenientes da artéria coronária direita, fornece sangue para a parede lateral do 
ventrículo direito. 
 Um ramo da artéria coronária direita, chamado de artéria interventricular posterior, encontra-se 
no sulco interventricular posterior e fornece sangue paraa parte posterior e inferior do coração. 
 Veia cardíaca magna – principal veia que drena o lado esquerdo do coração; Veia cardíaca 
menor – drena o lado direito do coração; 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 O seio coronário é a principal veia do coração. Ele recebe quase todo o sangue venoso do 
miocárdio. Fica situado no sulco coronário abrindo-se no átrio direito. É um amplo canal venoso 
para onde drenam as veias. Recebe a veia cardíaca magma (sulco interventricular anterior) em 
sua extremidade esquerda, veia cardíaca média (sulco interventricular posterior) e a veia cardíaca 
parva em sua extremidade direita. Diversas veias cardíacas anteriores drenam diretamente para o 
átrio direito. 
 O átrio direito tem três aberturas principais: a abertura da veia cava superior e a veia cava 
inferior recebe o sangue que chega do corpo e a abertura do seio coronário recebe o sangue do 
próprio coração. 
 O átrio esquerdo tem quatro aberturas relativamente uniformes, que recebem o sangue dos 
pulmões pelas quatro veias pulmonares. Os dois átrios são separados pelo septo interatrial. 
 VE > abre para a Aorta; VD> abre para o tronco pulmonar; 
 Os ventrículos são separados pelo septo interventricular; 
 Valva tricúspide – valva atrioventricular que separa o átrio direito do ventrículo direito e possui 
três cúspides; 
 Valva bicúspide ou mitral – valva átrio ventricular que separa o átrio esquerdo do ventrículo 
esquerdo e possui duas cúspides; 
 Cada ventrículo contém músculos papilares em forma de cone chamados músculos papilares. 
Esses músculos são presos ás cúspides das valvas atrioventriculares por cordas finas de tecido 
conectivo chamadas de cordas tendíneas. 
 Válvulas semilunares aórtica e pulmonar – formadas por três cúspides, se encontram no 
centro da artéria com o objetivo de bloquear o fluxo de sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMINHO DO SANGUE NO 
CORAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. DESCREVER A HISTOLOGIA CARDÍACA E CORRELACIONAR COM A ELETROFISIOLOGIA 
(CONDUÇÃO E CONTRAÇÃO). 
 HISTOLOGIA DO CORAÇÃO 
 O esqueleto do coração é constituído por uma placa de tecido conectivo fibroso entre os 
átrios e os ventrículos. Essa placa de tecido conectivo forma anéis fibrosos ao redor das 
valvas atrioventriculares e semilunares, fornecendo um suporte sólido para a abertura 
dessas estruturas. A placa fibrosa de tecido conectivo serve também como isolante elétrico 
entre os átrios e os ventrículos, e ainda proporciona um local para a fixação do músculo 
cardíaco. 
 
Músculo cardíaco. 
 As células musculares cardíacas são células alongadas e ramificadas, que possuem um, 
ou ocasionalmente dois, núcleos localizados centralmente. 
 As células musculares cardíacas contêm os miofilamentos actina e miosina, organizadas 
de forma a dar origem aos sarcômeros, que se juntam e acabam por formar as miofibrilas. 
 Os filamentos de actina e miosina são responsáveis pela contração muscular, e sua 
organização dá ao músculo cardíaco uma aparência estriada. 
 O músculo cardíaco tem um retículo sarcoplasmático liso, mas não tão regularmente 
disposto como nas fibras do músculo esquelético, além disso, não há cisternas dilatadas 
como no músculo esquelético. O retículo sarcoplasmático está em estreita associação em 
vários pontos com as membranas dos túbulos transversais (T). 
 As células musculares cardíacas são ricas em mitocôndrias, que realizam o metabolismo 
oxidativo a uma taxa elevada o suficiente para sustentar as demandas energéticas normais 
do miocárdio. A extensa rede capilar proporciona um fornecimento adequado de oxigênio 
para as células musculares cardíacas. 
 As células são conectadas a outras células cardíacas nas suas terminações longitudinais e 
laterais por especializações da membrana chamadas de discos intercalares. 
 Os desmossomos são estruturas especializadas da membrana plasmática que mantêm 
as células unidas e as junções comunicantes (ou junções gap) permitem um livre fluxo 
citoplasmático entre as células. Isso permite que os potenciais de ação passem facilmente 
de uma célula para a outra. 
 
O SISTEMA CONDUTOR. 
 O coração recebe inervação pelos nervos simpáticos e pelos parassimpáticos. 
 A estimulação parassimpática (vagal) desacelera o ritmo e a condução cardíaca. A 
estimulação da inervação parassimpática do coração (nervos vagos) provoca liberação do 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
hormônio acetilcolina pelas terminações vagais. Esse hormônio tem dois efeitos principais 
sobre o coração. Primeiro, ele diminui o ritmo do nodo sinusal e, segundo, ele reduz a 
excitabilidade das fibras juncionais A-V entre a musculatura atrial e o nodo A-V, 
lentificando, assim, a transmissão do impulso cardíaco para os ventrículos. 
 Esse sistema é composto por células musculares cardíacas modificadas que formam dois 
nós (ou nodos) e um feixe de condução. Os dois nós estão dentro das paredes do átrio 
direito e são nomeados de acordo com sua posição anatômica: nó sinoatrial (está 
localizado medialmente na abertura da veia cava superior) e o nó atrioventricular (está 
localizado medialmente à valva atrioventricular direita). 
 O no atrioventricular origina um feixe de condução do coração, o feixe atrioventricular, 
conhecido como feixe de Hiss. 
 Obs: Condução pelas fibras de Purkinje e contração pela variação rítmica dos 
impulsos. 
 Fibras de Purkinje são fibras musculares cardíacas de grande diâmetro formadas por 
miofibrilas. Os discos intercalares são bem desenvolvidos nas fibras de Purkinje e, além 
disso, contêm numerosas junções comunicantes. Em razão dessas modificações 
estruturais, os potenciais de ação viajam muito mais rapidamente pelas fibras de Purkinje 
do que por outros tecidos do músculo cardíaco. 
 Para que ocorra a passagem correta dos potenciais existe um atraso total de 0,15 
segundos que permite que a contração atrial seja completada antes do início da contração 
ventricular. 
 
 
 As células musculares cardíacas, como também outras células eletricamente excitáveis, 
como os neurônios e as fibras musculares esqueléticas, têm um potencial de repouso 
da membrana (PRM). O potencial de repouso da membrana depende de baixa 
permeabilidade da membrana plasmática ao Nae ao Ca2 (ou seja, por alterações na 
função de canais iônicos de membrana), assim como de permeabilidade mais elevada ao 
K. Quando os neurônios, as fibras musculares esqueléticas e as células musculares 
cardíacas são despolarizados até o valor do seu limiar, os potenciais de ação acontecem. 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 Platô – período prolongado e 
lento de repolarização. 
 O Na+ dentro da célula causa 
a despolarização. 
 
 Polarização – sempre ficar mais positivo? 
 Os potenciais de ação no músculo cardíaco são 
conduzidos de uma célula para outra. As junções 
comunicantes, nos discos intercalares das fibras 
musculares cardíacas, permitem esse acoplamento 
elétrico entre as células cardíacas. 
 A propagação do potencial de ação é mais lenta no 
músculo cardíaco do que no músculo esquelético, 
porque as células do músculo cardíaco são menores 
em diâmetro e muito mais curtas do que as fibras do 
músculo esquelético. Embora as junções 
comunicantes permitam a transferência dos 
potenciais de ação entre as células do músculo 
cardíaco, elas diminuem a sua velocidade da 
condução. 
 O movimento de Ca2 através da membrana 
plasmática, incluindo as membranas dos túbulos T, 
estimula a liberação de Ca2a partir do retículo 
sarcoplasmático, processo conhecido como liberação de cálcio induzida pelo cálcio (LCIC). Quando 
um potencial de ação é desencadeado em uma célula do músculo cardíaco, o Ca2entra na célula e 
liga-se aos receptores nas membranas do retículo sarcoplasmático, resultando na abertura de 
canais de Ca2. Os íonscálcio, em seguida, movem-se para fora do retículo sarcoplasmático e 
promovem a interação entre a actina e a miosina, estimulando a contração das células do músculo 
cardíaco. 
 
3. DESCREVER O CICLO CARDÍACO E SEU CONTROLE. 
 O termo ciclo cardíaco refere-se ao processo de contrações repetitivas que começam com o 
início da contração do músculo cardíaco e termina com o inicio da contração seguinte. 
 As alterações de pressão produzidas no interior das câmaras cardíacas pela contração do 
músculo cardíaco movimentam o sangue de áreas de maior pressão para áreas de baixa 
pressão. 
 O ciclo cardíaco normal varia entre 0,7-0,8 segundos, dependendo da capacidade contrátil do 
músculo cardíaco e da integridade funcional do sistema de condução. 
 Sístole – contração; Diástole – dilatação. 
 O nó sino atrial gera um potencial de ação, que estimula a contração atrial e começa o ciclo 
cardíaco. Ao se contrais, os átrios exercem uma função de bomba de escorva, forçando a 
passagem de mais sangue em direção aos ventrículos. 
 Com a contração ventricular, ocorre um aumento da pressão ventricular, causando um fluxo de 
sangue de volta aos átrios, fechando assim as valvas AV. Período de ejeção – período onde o 
sangue se move dos ventrículos para as artérias. 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 
 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 
A primeira bulha é um som de baixa frequência, muitas vezes descrito como um som 
parecido com “lubb.” É causado pela vibração das valvas atrioventriculares e pela circulação de 
fluido nas valvas fechadas com o início da sístole ventricular. A segunda bulha é um som mais 
agudo, muitas vezes descrito como “dupp.” É o resultado do fechamento das válvulas 
semilunares aórticas e pulmonar, no início da diástole ventricular. 
Volume diastólico e sistólico final, como calcular? 
 
REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA. 
 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
1° Regulação intrínseca – depende da manutenção das características funcionais normais do 
coração e não depende tanto da regulação neural ou hormonal. 
 Pré- carga – extensão do estiramento das paredes ventriculares de acordo com o volume 
diastólico final. 
 Lei de Starling – relação entre a pré- carga e o débito cardíaco que descreve a relação 
entre as alterações na eficiência cardíaca e as alterações na pré- carga. 
 Pós- carga- é a pressão no ventrículo esquerdo que deve ser alcançada pela contração 
cardíaca com o objetivo de vencer a pressão na aorta e promover o movimento de 
sangue para essa artéria. 
 Mecanismo de Frank Stain? 
 
2° Regulação extrínseca – envolve um sistema de controle neural e hormonal. A regulação neural 
depende do sistema nervoso simpático e parassimpático, entretanto, a maior regulação 
hormonal vem da adrenalina e noradrenalina secretadas pela medula suprarrenal. 
 CONTROLE PARASSIMPÁTICO - As fibras do sistema nervoso parassimpático estão distribuídas 
pelo nervo vago. As fibras pré-ganglionares do nervo vago se estendem do tronco encefálico para 
os gânglios terminais dentro das paredes do coração, e as fibras pós-ganglionares estendem-se 
dos gânglios diretamente para o nó SA, nó AV, coronárias e para miocárdio atrial. A estimulação 
parassimpática exerce uma influência inibitória sobre o coração, principalmente por meio da 
redução da frequência cardíaca. 
 A acetilcolina, neurotransmissor sintetizado pelos neurónios pós-ganglionares 
parassimpáticos, liga-se a canais dependentes de ligantes, aumentando a permeabilidade das 
membranas plasmáticas cardíacas ao K. Como consequência, a membrana hiperpolariza. A 
frequência cardíaca diminui devido à hiperpolarização da membrana, aumentando o tempo para a 
despolarização e para a geração do potencial de ação. 
 CONTROLE SIMPÁTICO - As fibras nervosas simpáticas se originam na região torácica da 
medula espinal como neurônios pré-ganglionares. Esses neurônios fazem sinapse com neurônios 
pós-ganglionares do gânglio cervical inferior e da cadeia simpática torácica superior, que se 
projetam para o coração como nervos cardíacos. As fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares 
inervam o nó SA, AV, as coronárias e o miocárdio atrial e ventricular. 
 Essa estimulação aumenta tanto a frequência cardíaca quanto a força de contração, assim 
o ritmo cardíaco é aumentado. Esse aumento da força de contração promove diminuição no 
volume sistólico final. 
 A noradrenalina, o neurotransmissor dos neurônios pós-ganglionares simpáticos, aumenta 
a frequência e a intensidade da despolarização do músculo cardíaco. Os efeitos da noradrenalina 
no coração são alcançados por meio da sua associação com os receptores -adrenérgicos da 
superfície celular. Isso desencadeia uma resposta de síntese proteica mediada pela proteína G e 
um acúmulo intracelular de cAMP. O cAMP aumenta a permeabilidade da membrana ao Ca2, 
principalmente pela abertura de canais de cálcio na membrana plasmática. 
 CONTROLE HORMONAL - A adrenalina e a noradrenalina liberadas pela medula da suprarrenal 
influenciam significativamente o bombeamento cardíaco. A adrenalina tem essencialmente o 
mesmo efeito da noradrenalina sobre o músculo cardíaco, aumenta a velocidade e a força das 
contrações cardíacas. A liberação desses hormônios é controlada pela estimulação simpática da 
medula suprarrenal. 
 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
4. CARACTERIZAR O ECG SEM ALTERAÇÕES. 
 Eletrocardiograma – somatório do registro da atividade 
elétrica do coração. Além da análise da frequência cardíaca e 
dos ritmos cardíacos anormais, a análise do ECG pode nos dar 
informações sobre as vias de condução anormais hipertrofiam 
ou atrofia do coração, e a localização aproximada de lesões 
cardíacas. 
 Onda P – é o resultado dos potenciais de ação que 
causam a despolarização do miocárdio atrial, sinaliza o início da 
contração atrial. 
 Complexo QRS – resulta da despolarização ventricular e 
sinaliza o início da contração dos ventrículos. Uma onda 
representando a repolarização dos átrios não pode ser vista 
porque ela ocorre durante esse complexo. 
 Onda T – precede o relaxamento ventricular e representa 
a repolarização dos ventrículos. 
 Intervalo PR – 0.16 segundos; os átrios se contraem e começam a relaxar; os ventrículos 
começam a despolarizar ao final do intervalo PR. 
 Intervalo QT – 0.36 segundos; representa o tempo aproximado que é necessário para a 
contração ventricular até o início do seu relaxamento. 
PROBLEMA 4 – O VAI E VEM SO SANGUE! 
1- DESCREVER A HISTOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO. 
FUNÇÕS: Transporte do sangue pelos tecidos; Levar nutrientes – artérias; Intercâmbio 
metabólico – capilares; Recolher catabólitos – veias; 
VASOS SANGUÍNEOS. 
Componentes: endotélio; tecido muscular liso; tecido conjuntivo. 
Túnicas: 
 
i. Túnica intima. 
 Endotélio – tipo especial de epitélio que forma uma barreira semipermeável entre o plasma e o 
fluido intersticial. Tem funções: trocas de substâncias; conversão da angiotensina I para II; 
inativação de compostos; lipólise de lipoproteínas; produção de fatores vasoativos. 
 Lamina basal ou subendotélio – camada subendotelial de tecido conjuntivo frouxo. 
 Lâmina elástica interna – composta por elastinas e fenestras; 
ii. Túnica Média. 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 Composta por células musculares lisas (concêntricas e helicoidais); possuem junções 
comunicantes que permitem a contração e relaxamento de todo o vaso por ação de fibras 
autônomas; 
 Matriz extracelular – fibras elásticas, fibras reticulares, proteoglicanos e glicoproteínas. 
 Lâmina elástica externa; 
iii. Túnica adventícia. 
 Composta por tecido conjuntivo denso não modelado – colágeno tipo I e fibras elásticas; 
 Tecido conjuntivo frouxo; 
 Possui: nervos, capilares linfáticos e Vaso vasorum (nutrição das túnicas médias de vasos de 
grande calibre); 
 
TIPOS DE VASOS. 
a) Grandes artériaselásticas: transporta sangue sob alta pressão para os tecidos; diâmetro > 1 
cm; Aorta e seus grandes ramos; função de estabilizar o fluxo sanguíneo; grande camada de 
lâminas elásticas e células musculares lisas. 
b) Artérias musculares médias: diâmetro de entre 0,5 e 1 cm, Artéria Femoral; grande camada 
de células musculares lisas que servem para regula o fluxo sanguíneo. 
c) Arteríolas: diâmetro <0,04cm; sem lâmina elástica, mas com forte parede muscular; pode 
dilatar-se para alterar seu fluxo sanguíneo em cada tecido em resposta à necessidade. 
d) Capilares: função de troca de líquidos e nutrientes, entre outras substâncias entre o sangue e 
o liquido intersticial; uma cama de células endoteliais em forma de tubo de pequeno calibre; 
essas células se unem por meio de zônulas de oclusão; revestido por lâmina basal. 
***Pericitos: ficam ao redor das células endoteliais dos capilares; núcleo alongado, prolongamentos 
citoplasmáticos e junções comunicantes; reparação tecidual; regula o fluxo sanguíneo capilar. 
Tipos de capilares: 
i. Contínuo: ausência de fenestra na parede (o transporte acontece por meio de 
pinocitose); presente no tecido muscular, conjuntivo, glândulas exócrinas e tecido 
nervoso. 
ii. Fenestrado: presença de orifícios nas paredes das células endoteliais (fechados por 
diafragma); presente no rim, intestino e glândulas endócrinas; permite rápidas trocas. 
iii. Fenestrado e destituído de diafragma: apenas a lâmina basal muito espessa; presente 
no glomérulo renal. 
iv. Sinusoide: caminho tortuoso e diâmetro maior; é formado por uma camada descontínua 
de células endoteliais. Presente em medula óssea e a baço. Os macrófagos entre as 
células endoteliais auxilia o sangue a ir mais devagar e na limpeza captando partículas. 
e) Vênulas: diâmetro <0,1cm; sem lâmina elástica, quase não possui lâminas musculares; 
f) Veia de médio calibre: as veias funcionam como condutores que transportam o sangue das 
vênulas direto para o coração e atuam como reservatório de sangue extra (distensibilidade 
vascular); diâmetro 1 a 10mm; Veia Safena; túnica adventícia espessa, sem lâmina elástica; 
g) Veia de grande calibre: diâmetro de 1 – 4cm; Veias cava superior e inferior; possui lâmina 
elástica interna; vasos com válvulas que são pregas da túnica intima com fibras elásticas no meio 
revestido por endotélio; bastante túnica adventícia e pouca túnica média. 
 
2- DESCREVER A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA MACRO E MICRO (VER SIST. LINFÁTICO). 
 A função da circulação é a de suprir as necessidades dos tecidos corporais – transportar 
até eles os nutrientes, eliminar os produtos do metabolismo, levar hormônios de parte do corpo 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
para a outra e , de modo geral, manter o ambiente apropriado em todos os líquidos teciduais 
do organismo para que as células sobrevivam e funcionem de maneira ótima. 
Princípios básicos da Função Circulatória. 
1° A intensidade (ou velocidade) do fluxo sanguíneo para cada tecido corporal é quase sempre 
controlada precisamente em relação às necessidades teciduais. Os vasos dilatam-se ou contraem 
para suprir a necessidade local. 
2° O débito cardíaco é controlado principalmente pela soma de todos os fluxos teciduais locais. 
3° A regulação da pressão arterial é geralmente independente do fluxo sanguíneo local ou do débito 
cardíaco. As necessidades dos tecidos individuais são supridas de forma específica pela 
circulação. 
 Fluxo sanguíneo por um vaso é influenciado pela diferença de pressão e pela resistência vascular. 
 A pressão sanguínea representa a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área da 
parede vascular. 
 Condutância – é a medida do fluxo sanguíneo por um vaso sob dada diferença de pressão. 
 Complacência ou capacitância vascular – quantidade total de sangue que pode ser armazenada em 
determinada região da circulação para cada mmHg de aumento da pressão. 
 
MACROCIRCULAÇÃO: grandes arteríolas, 
artérias musculares e elásticas e veias 
musculares. 
MICROCIRCULAÇÃO e o SISTEMA LINFÁTICO. 
Arteríolas, capilares e vênulas pós-capilares. 
 É a responsável pela oxigenação, nutrição e 
remoção dos produtos do catabolismo celular. 
 
 Os principais fatores que regulam tais 
atividades são velocidade do fluxo capacidade do 
sangue transportar oxigênio (concentração de 
hemoglobina-oxigênio) e distância entre os 
capilares e as células. 
 As pequenas arteríolas controlam o fluxo 
sanguíneo para cada tecido, e as condições locais 
nos tecidos, por sua vez, controlam o diâmetro das 
arteríolas. 
**Esfíncter pré-capilar- uma fibra muscular lisa que 
pode abri e fechar o capilar. 
**Metarteríolas - as arteríolas terminais; não tem 
revestimento muscular contínuo. 
 Pressão hidrostática; 
 Pressão coloidosmótica ou oncótica; 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 
 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
3- DESCREVER MECANISMOS HEMODINÂMICOS DO FLUXO SANGUÍNEOS (VER 
MICRO CIRCULAÇÃO TAMBÉM). 
 Sistema arterial – que leva o sangue do coração e o distribui aos tecidos. 
 Sistema venoso – que retorna o sangue dos tecidos para o coração. 
 Microcirculação – que separa os sistemas arterial e o venoso e é o local onde os nutrientes e 
os produtos do metabolismo celular são trocados entre o sangue o tecido. 
 
HEMODINÂMICA 
FLUXO + VELOCIDADE + RESISTÊNCIA + PRESSÃO 
 A física do fluxo de fluidos por tubos rígidos fornece a base para o entendimento do fluxo 
de sangue pelos vasos sanguíneos, embora os vasos sanguíneos não sejam tubos rígidos (/. 
e., eles são distensíveis) e o sangue não seja um fluido homogêneo simples. 
 Fluxo – é o volume sanguíneo que passa em um determinado local em um determinado tempo. 
Sempre ocorre da região de maior para a de menor pressão. 
 Pressão – é estabelecido pelo ciclo cardíaco. 
a) Velocidade da corrente sanguínea: 
 Velocidade = fluxo / área transversal do tubo. 
 A velocidade diminui progressivamente quando o sangue passa pelo sistema arterial. Nos 
capilares, a velocidade diminui até um valor mínimo. 
 
 
b) Lei de La Place 
c) Lei de Poiseuille 
 A lei de Poiseuille se aplica ao fluxo laminar estável (/.e., não-pulsátil) dos fluidos newtonianos 
por tubos cilíndricos rígidos. 
 Fluxo laminar é um tipo de movimento no qual o fluido se move como uma série de camadas 
individuais, com cada camada se movendo com velocidade diferente de suas camadas 
vizinhas. 
 O fluxo aumentará quando o gradiente de pressão aumentar, e diminuirá quando a viscosidade 
do fluido ou o comprimento do tubo aumentar. 
d) Fluxo laminar e turbulento. 
 Pelo atrito o fluxo nas bordas e mais devagar do que no centro do vaso. 
 O fluxo turbulento é quando existe algo que impede o fluxo. 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 Á medida que o fluido se move pelo tubo, uma camada fina de fluido se move pelo tubo, uma 
camada fina de fluido em contato com a parede do tubo se adere à parede e, assim, não se 
movimentará. A camada do fluido imediatamente adjacente a essa lâmina externa deve se 
cisalhar contra essa camada imóvel, e, assim, a camada se move lentamente, mas com 
velocidade finita. De modo similar, a camada seguinte se move com maior rapidez; a 
velocidade longitudinal é paraboloide. Os elementos do fluido em dada camada permanecem 
nessa lâmina à medida que o fluido se move longitudinalmente, ao longo do tubo. 
 A velocidade no centro da corrente é máxima e igual a duas vezes a velocidade média do fluxo 
por toda a secção cruzada do tubo. 
 Movimentos irregulares dos elementos do fluido podem ser desenvolver no fluxo do fluido pelo 
tubo; esse fluxo é chamado turbulento. Nessas condições, os elementos do fluido não 
permanecem confinados à camadas definida, mas ocorre uma mistura radial rápida. 
 Maior pressão é necessária para forçar um dado fluxo do fluido pelo mesmo tubo quando o 
fluxo é turbulento do que quando é laminar. Aterosclerose e arteriosclerose??? 
e) Débito cardíaco. 
 Volume de sistólico ou de ejeção x Frequência cardíaca. 
 Volume sistólico depende: contratilidade dos músculos, Mecanismo de Frank Starling (quando 
maior o volume, maior a distensão, maior sua contração), retorno venoso (quanto mais sangue 
retorna ao coração, mais se distendem as fibras e maior e a contratilidade cardíaca – depende 
da bomba dos músculos esqueléticos e da bomba respiratória). 
 
4- DESCREVER OS MECANISMOS DE CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO. 
MECANISMOS DE CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO 
O controle local do fluxo sanguíneo pode ser dividido em duas fases: Controle agudo e controle 
a longo prazo. 
1. O controle agudo é realizado por meio de rápidas variações da vasodilatação ou da 
vasoconstrição local das arteríolas e esfíncteres pré-capilares, ocorrendo em segundos ou 
minutos, para permitir a manutenção muito rápida do fluxo sanguíneo tecidual local apropriado. 
2. O controle em longo prazo, entretanto, consiste em variações lentas e controladas do fluxo 
ao longo de dias, semanas ou até mesmo meses. Em geral, essas variações resultam no melhor 
controle do fluxo em proporção às necessidades teciduais. Essas variações ocorrem como 
resultado de aumento ou diminuição nas dimensões físicas e no número de vasos sanguíneos 
que suprem os tecidos. 
 CONTROLE AGUDO DO FLUXO SANGUÍNEO LOCAL 
 Um dos nutrientes metabólicos mais necessários é o oxigênio. Quando a disponibilidade de 
oxigênio para os tecidos diminui, como acontece nas grandes altitudes, na pneumonia, na 
intoxicação por monóxido de carbono (que impede a hemoglobina de transportar oxigênio), etc., o 
fluxo sanguíneo pelo tecido aumenta intensamente. 
 Existem duas teorias básicas para a regulação do fluxo sanguíneo local quando a 
intensidade do metabolismo tecidual ou a disponibilidade de oxigênio se alteram. Elas são as 
teorias (1) da vasodilatação (2) da falta de oxigênio. Provavelmente, a verdade reside em uma 
combinação dos dois mecanismos. 
 
 Teoria da Vasodilatação para a Regulação Aguda do Fluxo Sanguíneo Local. 
RESUMO FUNÇÕES BIOLOGICAS JULHO de 2020 
 
 De acordo com essa teoria, quanto maior a intensidade do metabolismo ou menor a 
disponibilidade de oxigênio ou de outros nutrientes para o tecido, maior será a 
intensidade/velocidade de formação de substâncias vasodilatadoras pelas células teciduais. 
 Acredita-se, assim, que as substâncias vasodilatadoras se difundam pelos tecidos até os 
esfíncteres pré-capilares, arteríolas, causando dilatação. Algumas das diferentes substâncias 
vasodilatadoras que foram sugeridas são a adenosina, o dióxido de carbono, os compostos 
fosfatados de adenosina, a histamina, os íons potássio e os íons hidrogênio. 
 As substâncias vasodilatadoras podem ser liberadas pelo tecido em resposta à deficiência 
de oxigênio. Por exemplo, experimentos mostraram que a redução do oxigénio disponível pode 
provocar tanto a liberação de adenosina quanto de ácido lático (contendo íons hidrogênio) nos 
espaços entre as células teciduais; essas substâncias então causam intensa vasodilatação aguda 
e, portanto, são responsáveis, ao menos em parte, pela regulação local do fluxo sanguíneo. 
 Substâncias vasodilatadoras, tais como dióxido de carbono, ácido lático e íons potássio, 
tendem a aumentar nos tecidos quando o fluxo sanguíneo e diminuído e o metabolismo celular 
continuam na mesma intensidade, ou quando o metabolismo celular é subitamente aumentado. 
 À medida que a concentração dos metabolitos vasodilatadores aumenta, isso causa 
vasodilatação das arteríolas, aumentando o fluxo sanguíneo tecidual e levando de volta ao normal 
a concentração tecidual dos metabólitos. 
Muitos fisiologistas acreditam que a adenosina é importante vasodilatador local para o controle do 
fluxo sanguíneo local. Por exemplo, quantidades diminutas de adenosina são liberadas pelas 
células do músculo cardíaco, quando o fluxo sanguíneo coronariano fica muito baixo, o que 
provoca vasodilatação local suficiente para que o fluxo sanguíneo coronariano retorne ao normal. 
 Além disso, o aumento da atividade do coração e de seu metabolismo produz maior 
utilização de oxigênio, seguida por (1) diminuição da concentração de oxigênio nas células do 
músculo cardíaco com (2) a consequente degradação de trifosfato de adenosina (ATP), o que (3) 
aumenta a liberação de adenosina. Acredita-se que grande parte dessa adenosina escoe para 
fora das células miocárdicas para provocar a vasodilatação coronariana resultando no aumento 
do fluxo sanguíneo coronariano para suprir as demandas nutricionais aumentadas do coração 
ativo. 
 Embora com evidências experimentais menos claras, muitos fisiologistas sugeriram que 
esse mesmo mecanismo da adenosina sela importante controlador do fluxo sanguíneo no 
músculo esquelético e em muitos outros tecidos, além do coração. A combinação da adenosina 
com vários vasodilatadores diferentes liberados pelos tecidos contribui para a regulação do fluxo 
sanguíneo. 
 
 Teoria da Falta de Oxigênio para o Controle Local do Fluxo Sanguíneo. Embora a teoria 
da vasodilatação seja amplamente aceita, diversos fatos fundamentais fizeram com que outros 
fisiologistas favorecessem outra teoria, que pode ser chamada de teoria da falta de oxigênio ou 
mais precisamente de teoria da falta de nutrientes (porque outros nutrientes, além do oxigênio, 
estão envolvidos). 
 O oxigênio (bem como outros nutrientes) é necessário como um dos nutrientes metabólicos 
que provocam a contração do músculo vascular. Assim, na ausência de quantidades adequadas 
de oxigênio, é razoável a crença de que os vasos sanguíneos de forma simples relaxariam, 
resultado naturalmente em dilatação. Além disso, o aumento da utilização de oxigênio pelos 
tecidos, como resultado do metabolismo mais imenso, teoricamente diminuiria a disponibilidade 
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de oxigênio para as fibras musculares lisas nos vasos sanguíneos locais, o que por sua vez 
também causam vasodilatação local. 
 Os esfíncteres pré-capilares e as arteríolas abrem e fecham de forma cíclica muitas vezes 
por minuto; a duração das fases abertas é proporcional às necessidades metabólicas de oxigênio 
pelos tecidos. A abertura e fechamento cíclicos são chamados de vasomotilidade. Isto acontece, 
pois, como o músculo liso precisa de oxigênio para permanecer contraído, podemos assumir que 
a força de contração dos esfíncteres aumentaria após o aumento da concentração de oxigênio 
(ou de qualquer outro nutriente necessário para sua contração). 
 Consequentemente, quando a concentração de oxigênio no tecido se elevasse acima de 
certo nível, os esfíncteres pré-capilares e as arteríolas supostamente fechariam até que as 
células teciduais consumissem o excesso de oxigênio. Mas quando o excesso de oxigênio fosse 
consumido e sua concentração caísse o suficiente, os esfíncteres se abririam de novo reiniciando 
o ciclo. 
 
o Autorregulação do fluxo sanguíneo. 
 Em qualquer tecido do corpo, a elevação rápida da pressão artéria provoca o aumento 
imediato do fluxo sanguíneo. Entretanto, após menos de 1 minuto, o fluxo sanguíneo na maioria 
dos tecidos retorna praticamente a seu nível normal, embora a pressão arterial seja mantida 
elevada. A normalização é referida como "autorregulação" do fluxo sanguíneo. Por quase um 
século, duas teorias foram propostas para explicar esse mecanismo de autorregulação aguda. 
Elas foram chamadas de (1) teoria metabólica e (2) teoria miogênica 
 
 1. A teoria metabólica pode ser facilmente entendida pela aplicação dos princípios 
básicos da regulação local do fluxo sanguíneo, discutida anteriormente. Assim quando a pressão 
arterial fica muito alta, o excesso de fluxo fornece oxigênio em demasia, além de muitos outros 
nutrientes, aos tecidos e "elimina" os vasodilatadores liberados pelos tecidos. Esses nutrientes 
(especial mente o oxigênio)e níveis reduzidos de vasodilatadores provocam então a constrição 
dos vasos sanguíneos e o retorno do fluxo para valores próximos aos normais, apesar da pressão 
aumentada. 
 2. A teoria miogênica, entretanto, sugere que outro mecanismo, não relacionado ao 
metabolismo tecidual, seja a explicação do fenômeno da autorregulação. Essa teoria é baseada 
na observação de que o estiramento súbito de pequenos vasos sanguíneos provoca a contração 
do músculo liso da parede vascular. Por isso, propôs-se que a alta pressão arterial ao estirar o 
vaso provoca sua constrição vascular reativa, que reduz o fluxo sanguíneo para valor próximo ao 
normal. Ao contrário, sob baixas pressões, o nível de estiramento do vaso é menor, de modo que 
o músculo liso relaxa, reduzindo a resistência vascular e ajudando o fluxo a voltar ao normal. A 
contração miogênica é desencadeada pela despolarização vascular induzida pelo estiramento, 
que aumenta rapidamente o movimento dos íons cálcio do liquido extracelular para as células, 
provocando sua contração. 
Os fatores metabólicos parecem ser mais importantes que o mecanismo miogênico em 
circunstancias onde as demandas metabólicas teciduais estão significativamente aumentadas, 
como durante o exercício muscular vigoroso, que pode provocar enorme aumento do fluxo 
sanguíneo no músculo esquelético. 
 
o Fatores de relaxamento e de constrição derivados do endotélio. 
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 As células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos sintetizam diversas 
substâncias que, quando liberadas, podem afetar o grau de relaxamento ou de contração da 
parede arterial. 
 Entre estes fatores, temos oxido nítrico (NO). Ele é o mais importante dos fatores de 
relaxamento derivados do endotélio. Quando o sangue flui pelas artérias e arteríolas isso provoca 
estresse por cisalhamento das células endoteliais devido ao tracionamento viscoso do sangue 
contra as paredes vasculares. Esse cisalhamento distorce as células endoteliais na direção do 
fluxo, provocando aumento significativo da liberação de NO que então relaxa os vasos 
sanguíneos. 
 A endotelina é um poderoso vasoconstritor liberado pelo endotélio danificado. Essa 
substância está presente nas células endoteliais de todas ou da maioria dos vasos sanguíneos, 
mas aumenta muito quando os vasos são lesados. O estímulo usual para sua liberação é o dano 
ao endotélio, tais como o causado pelo esmagamento do tecido ou injeção de agente químico 
traumatizante no vaso sanguíneo. Após dano grave ao vaso sanguíneo, a liberação de endotelina 
local e a vasoconstrição subsequente auxiliam a prevenção de hemorragia. 
 CONTROLE À LONGO PRAZO DO FLUXO SANGUÍNEO LOCAL 
 Os mecanismos de regulação local do fluxo sanguíneo discutidos anteriormente agem 
dentro de poucos segundos a alguns minutos após a alteração das condições locais dos tecidos. 
Entretanto, mesmo após a ativação total desses mecanismos, o fluxo sanguíneo em geral só 
aumenta apenas por cerca de três quartos do necessário para suprir precisamente as demandas 
adicionais dos tecidos. Ao longo de horas, dias e semanas, uma forma a longo prazo de 
regulação local do fluxo sanguíneo se desenvolve sobreposta ao controle agudo. Assim, se o 
tecido passa a ser cronicamente hiperativo e, portanto, precisar de quantidades maiores de 
oxigênio e de outros nutrientes, as arteríolas e os vasos capilares em geral aumentam em número 
e em tamanho após algumas semanas para suprir as necessidades do tecido. 
 O mecanismo de regulação do fluxo sanguíneo local à longo prazo consiste em grande 
parte na alteração da vascularização dos tecidos. Por exemplo, se o metabolismo no tecido é 
aumentado por período prolongado, a vascularização aumenta, processo em geral denominado 
angiogênese; se o metabolismo for reduzido, a vascularização diminui. 
 Identificaram-se mais de dúzia de fatores que aumentam o crescimento de novos vasos 
sanguíneos, quase todos pequenos peptídeos. Três desses fatores foram mais bem 
caracterizados e consistem no fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF), fator de 
crescimento de fibroblastos e angiogenina; todos eles foram isolados de tecidos com irrigação 
sanguínea inadequada. Presume se que a deficiência de oxigênio tecidual ou de outros 
nutrientes, ou de ambos, leve à formação de fatores de crescimento vascular (também chamados 
de "fatores angiogênicos"). 
 
 CONTROLE HUMORAL DA CIRCULAÇÃO 
 O controle humoral da circulação é feito por substâncias secretadas e absorvidas pelos 
líquidos corporais, como hormônios e fatores produzidos localmente. Algumas dessas 
substâncias são formadas por glândulas especiais e transportadas pelo sangue por todo o corpo. 
Outras são formadas em tecidos locais, só causando efeitos circulatórios locais. 
 
Agentes Vasoconstritores: 
 Norepinefrina e Epinefrina: A norepinefrina é hormônio vasoconstritor especialmente potente; 
a epinefrina é menos potente. Quando o sistema nervoso simpático é estimulado em quase todas, 
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ou em todas as partes do corpo durante estresse ou exercício, as terminações nervosas 
simpáticas nos tecidos individuais liberam norepinefrina, que excita o coração e contrai as veias e 
arteríolas. 
 Além disso, os nervos simpáticos que suprem as medulas adrenais fazem com que essas 
glândulas secretem tanto norepinefrina quanto epinefrina no sangue. Esses hormônios então 
circulam por todas as áreas do corpo e provocam praticamente os mesmos efeitos sobre a 
circulação que estimulação simpática direta, formando assim sistema duplo de controle: (1) 
estimulação nervosa direta e (2) efeitos indiretos da norepinefrina e/ou epinefrina pelo sangue 
circulante. 
 Angiotensina II: A angiotensina II é outra potente substância vasoconstritora. O efeito da 
angiotensina II é o de contrair de forma muito intensa as pequenas arteríolas. Em condições 
normais, ela age ao mesmo tempo em muitas arteríolas do corpo, aumentando a resistência 
periférica total, elevando dessa forma a pressão arterial. Assim, esse hormônio tem papel integral 
na regulação da pressão arterial. 
 Vasopressina: A vasopressina, também chamada hormônio antidiurético, tem efeito 
vasoconstritor ainda mais intenso que a angiotensina II, sendo uma das substâncias constritoras 
vasculares mais potentes do organismo. Ela é formada nas células nervosas do hipotálamo no 
cérebro, mas é em seguida transportada por axônios nervosos até a hipófise posterior, de onde é 
por fim secretada no sangue. A vasopressina tem a função principal de aumentar muito a 
reabsorção de água pelos túbulos renais de volta para o sangue e assim auxiliar no controle do 
volume de líquido corporal. Esse é o motivo pelo qual esse hormônio é também chama do de 
hormônio antidiurético. 
 
Agentes Vasodilatadores 
 Bradicinina: Diversas substâncias chamadas cininas provocam intensa vasodilatação quando 
formadas no sangue e nos líquidos teciduais de alguns órgãos. As cininas são pequenos 
polipeptídeos clivados por enzimas proteolíticas no plasma ou nos líquidos teciduais. Enzima 
proteolítica com importância especial para esse proposito e a calicreína, presente no sangue e 
nos líquidos teciduais em forma inativa. Ela é ativada pela maceração de sangue, por inflamação 
tecidual ou por outros efeitos químicos/físicos semelhantes no sangue ou nos tecidos. Ao ser 
ativada, a calicreína age imediatamente sobre a alfa2-globulina, liberando a cinina chamada 
calidina que é então convertida por enzimas teciduais em bradicinina. A bradicinina provoca 
intensa dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar. 
 Histamina: A histamina é liberada em praticamente todos os tecidos corporais se o tecido for 
lesado ou se tornar inflamado, ou se passar por reação alérgica. A maior parte da histamina 
deriva de mastócitos nos tecidos lesados e de basófilos no sangue. A histamina exerce potente 
efeito vasodilatadornas arteríolas e, como a bradicinina, tem a capacidade de aumentar muito a 
porosidade capilar, permitindo o extravasamento de líquido e de proteínas plasmáticas para os 
tecidos. 
 
 REGULAÇÃO NERVOSA DA CIRCULAÇÃO 
 O ajuste do fluxo sanguíneo nos tecidos e órgãos do corpo ocorre em sua maior parte por meio 
de mecanismos locais de controle. O controle nervoso da circulação tem funções mais globais, 
como a distribuição do fluxo sanguíneo para diferentes áreas do corpo, aumentando ou 
diminuindo a atividade de bombeamento do coração, e realizando o controle muito rápido da 
pressão arterial sistêmica. O controle nervoso da circulação é feito quase inteiramente por meio 
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do sistema nervoso autônomo. A Figura 4 mostra a distribuição das fibras nervosas simpáticas 
para os vasos sanguíneos, demonstrando que na maioria dos tecidos todos os vasos, exceto os 
capilares, são inervados. A inervação das pequenas artérias e das arteríolas permite a 
estimulação simpática para aumentar a resistência ao fluxo sanguíneo e, portanto, diminuir a 
velocidade do fluxo pelos tecidos. A inervação dos vasos maiores, em particular das veias, torna 
possível para a estimulação simpática diminuir seu volume. O aumento do tônus da musculatura 
lisa vascular, causado pela estimulação simpática, aumenta a pressão das artérias ou das veias 
em cada volume, enquanto a inibição simpática diminui a pressão sob cada volume. O controle 
vascular dos vasos, pelo sistema nervoso simpático, é eficiente em diminuir as dimensões de um 
segmento da circulação, dessa forma transferindo, consequentemente, sangue para outros 
segmentos. Por exemplo, o aumento do tônus vascular ao longo da circulação sistêmica 
frequentemente faz com que grande volume de sangue seja desviado para o coração, o que 
constitui um dos principais métodos que o organismo utiliza para aumentar o bombeamento 
cardíaco. 
 O controle simpático da capacitância vascular é também muito importante durante as 
hemorragias. O aumento do tônus simpático, especialmente nas veias, reduz os calibres dos 
vasos de tal forma que a função circulatória permanece quase normal, mesmo com a perda de 
até 25% do volume sanguíneo total. 
PROBLEMA 5 – ACENDE A LUZ! 
Pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue contra as paredes das artérias. 
 
1. DESCREVER OS MECANISMOS DE REGULAÇÃO DA PRESSÃO EM 
CURTO PRAZO. (DEFINIR PRESSÃO). 
 Os mecanismos de atuação rápida, de curto prazo, para o controle da pressão sanguínea 
incluem os reflexos barorreceptores, os mecanismos medulares suprarrenais, os reflexos 
quimiorreceptores e a resposta isquêmica do sistema nervoso central. Alguns desses 
mecanismos reflexos operam minuto a minuto para manter a pressão sanguínea dentro de 
valores estritos. Outros mecanismos respondem principalmente em situações emergenciais. 
 
A. REFLEXOS BARORRECEPTORES. 
 Os barorreceptores são terminações nervosas do tipo em buquê localizadas nas paredes das 
artérias; são estimuladas pelo estiramento. 
 Presente, principalmente, na parede da carótida interna e na parede do arco aórtico. 
 Basicamente, esse reflexo é desencadeado por receptores de estiramento ou 
pressoreceptores, localizados em pontos específicos das paredes de diversas grandes artérias 
sistêmicas. 
 O aumento da pressão arterial estira os barorreceptores, fazendo com que transmitam sinais 
para o sistema nervoso central. 
 Sinais de feedback são então enviados de volta pelo sistema nervoso autônomo para a 
circulação, reduzindo a pressão arterial até seu nível normal. 
 Caminho: 
1° Corpo ou seio carotídeo > nervo de Hering > Nervo glossofaríngeo; 
2° Barorreceptores aórticos > nervo vagos> trato solitário do bulbo> sinais secundários inibem o 
centro vasoconstritor bulbar e excitam o centro parassimpático vagai > vaso- dilatação das 
veias e das arteríolas em todo o sistema circulatório periférico > diminuição da frequência 
cardíaca e da força da contração cardíaca 
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 Reflexo circulatório desencadeado: Depois que os sinais dos barorreceptores chegaram ao 
trato solitário do bulbo, sinais secundários inibem o centro vasoconstritor bulbar e excitam o 
centro parassimpático vagai. Os efeitos finais são (1) vaso- dilatação das veias e das arteríolas 
em todo o sistema circulatório periférico e (2) diminuição da frequência cardíaca e da força da 
contração cardíaca. Desse modo, a excitação dos barorreceptores por altas pressões nas 
artérias provoca a diminuição reflexa da pressão arterial, devido à redução da resistência 
periférica e do débito cardíaco. Ao contrário, a baixa pressão tem efeitos opostos, provocando 
a elevação reflexa da pressão de volta ao normal. 
 Durante as variações da postura corporal: Imediatamente após a mudança de posição, a 
pressão arterial, na cabeça e na parte superior do corpo, tende a diminuir, e a acentuada 
redução dessa pressão poderia provocar a perda da consciência. Contudo, a queda da 
pressão nos barorreceptores provoca reflexo imediato, resultando em forte descarga simpática 
em todo o corpo, o que minimiza a queda da pressão na cabeça e na parte superior do corpo. 
 Como o sistema dos barorreceptores se opõe aos aumentos ou diminuições da pressão 
arterial, ele é chamado sistema de tamponamento pressórico, e os nervos dos barorreceptores 
são chamados nervos tampões. 
 
B. REFLEXOS QUIMIORRECEPTORES. 
 Os quimiorreceptores são células sensíveis à falta de oxigênio e ao excesso de dióxido de 
carbono e de íons hidrogênio. Eles estão situados em diversos pequenos órgãos 
quimiorreceptores, com dimensões de cerca de 2 milímetros (dois corpos carotídeos 
localizados na bifurcação de cada artéria carótida comum e geralmente um a três corpos 
aórticos adjacentes à aorta). 
 Os quimiorreceptores excitam fibras nervosas que, junto com as fibras barorreceptoras, 
passam pelos nervos de Hering e pelos nervos vagos, dirigindo-se para o centro vasomotor do 
tronco encefálico. 
 Cada corpo carotídeo ou aórtico recebe abundante fluxo sanguíneo por meio de pequena 
artéria nutriente; assim, os quimiorreceptores estão sempre em íntimo contato com o sangue 
arterial. 
 A redução do fluxo sanguíneo provoca a redução dos níveis de oxigênio e o acúmulo de 
dióxido de carbono e de íons hidrogênio que não são removidos pela circulação. 
 Os sinais transmitidos pelos quimiorreceptores excitam o centro vasomotor, e este eleva a 
pressão arterial de volta ao normal. Apenas sob pressões mais baixas é que esse reflexo 
passa a ser importante para ajudar a prevenir quedas ainda maiores de pressão arterial. 
 
C. REFLEXOS ATRIAIS DAS ARTÉRIAS PULMONARES 
 Os átrios e as artérias pulmonares têm em sua parede receptores de estiramento com nome de 
receptores de baixa pressão, que são semelhantes aos receptores de estiramento das grandes 
artérias sistêmicas. 
 Esses receptores de baixa pressão desempenham papel importante, especialmente ao 
minimizarem as variações da pressão arterial, em resposta às alterações do volume 
sanguíneo. 
 Apesar dos receptores de baixa pressão na artéria pulmonar e nos átrios não serem capazes 
de detectar a pressão arterial sistêmica, eles detectam elevações simultâneas nas áreas de 
baixa pressão da circulação, causadas pelo aumento do volume sanguíneo, desencadeando 
reflexos paralelos aos reflexos barorreceptores, para tornar o sistema total dos reflexos mais 
potente para o controle da pressão arterial. 
 
D. REFLEXOS ATRIAIS QUE ATIVAM OS RINS – REFLEXO DE VOLUME. 
 O estiramento dos átrios também provoca dilatação reflexa significativa das arteríolas aferentes 
renais. Sinais são também transmitidos simultaneamente dos átrios para o hipotálamo, para 
diminuir a secreção de hormônio antidiurético (HAD). 
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 A resistência arteriolar aferente diminuída nos rins provoca a elevação da pressão capilar 
glomerular, com o resultanteaumento da filtração de líquido pelos túbulos renais. A diminuição 
do HAD reduz a absorção de água dos túbulos. A combinação desses dois efeitos — aumento 
da filtração glomerular e diminuição da reabsorção de líquido — aumenta a perda de líquido 
pelos rins e reduz o volume sanguíneo aumentado de volta aos valores normais. 
 
E. REFLEXO ATRIAL DE CONTROLE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA (O REFLEXO DE 
BAINDRIDGE). 
 O aumento da pressão atrial provoca também aumento da frequência cardíaca as vezes por 
até 75%. 
 Os receptores de estiramento dos átrios que desencadeiam o reflexo de Baindridge transmitem 
seus sinais aferentes por meio dos nervos vagos para o bulbo. Em seguida, os sinais eferentes 
são transmitidos de volta pelos nervos vagos e simpáticos, aumentando a frequência cardíaca 
e a força de contração. Assim, esse reflexo ajuda a impedir o acúmulo de sangue nas veias, 
nos átrios e na circulação pulmonar. 
 
F. RESPOSTA ISQUÊMICA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL — CONTROLE DA PRESSÃO 
ARTERIAL PELO CENTRO VASOMOTOR DO CÉREBRO EM RESPOSTA À DIMINUIÇÃO 
DO FLUXO SANGUÍNEO CEREBRAL. 
 É um dos mais importantes ativadores do sistema vasoconstritor simpático. Porém, só é 
significativa quando a pressão arterial caia bem abaixo da normal, até níveis de 60mmHg ou 
menos, atingindo seu maior grau de estimulação sob pressões de 15 a 20 mmHg. 
 Diminuição do fluxo sanguíneo no centro vasomotor no tronco encefálico > isquemia cerebral > 
excitação dos neurônios vasoconstritores e cardioaceleradores no centro vasomotor > 
elevação da pressão arterial sistêmica > máximo bombeamento cardíaco. 
 Quando o fluxo sanguíneo para o centro vasomotor no tronco encefálico inferior diminui o 
suficiente para causar deficiência nutricional — ou seja, provocando isquemia cerebral —, os 
neurônios vasoconstritores e cardioaceleradores no centro vasomotor respondem de modo 
direto à isquemia, ficando fortemente excitados. Quando isso ocorre, a pressão arterial 
sistêmica frequentemente se eleva até os níveis máximos do bombeamento cardíaco. 
 Acredita-se que esse efeito seja causado pela incapacidade do fluxo lento de sangue de 
eliminar o dióxido de carbono do centro vasomotor do tronco encefálico: sob-baixos níveis de 
fluxo sanguíneo, no centro vasomotor, a concentração local do dióxido de carbono aumenta de 
modo acentuado, exercendo efeito extremamente potente na estimulação das áreas de 
controle nervoso vasomotor simpático no bulbo. 
 Atua na maioria das vezes como sistema de emergência de controle da pressão que age muito 
rápida e intensamente para impedir maior diminuição da pressão arterial, quando o fluxo 
sanguíneo cerebral diminui até valor muito próximo do nível letal. 
 A reação de Cushing é tipo especial de resposta isquêmica do SNC, resultante do amento da 
pressão do líquido cefalorraquidiano (LCR) ao redor do cérebro na caixa craniana. Por 
exemplo, quando a pressão do LCR aumenta até se igualar à pressão arterial, ocorre a 
compressão de todo o cérebro, bem como de suas artérias, bloqueando o suprimento 
sanguíneo cerebral. Isso inicia a resposta isquêmica do SNC que provoca elevação da pressão 
arterial. Quando a pressão arterial aumenta até ficar maior que a pressão do LCR, o sangue 
passa novamente a fluir pelos vasos cerebrais, aliviando a isquemia. A reação de Cushing 
ajuda a proteger os centros vitais do encéfalo da perda de nutrição, nos casos em que a 
pressão do LCR se eleva o suficiente para comprimir as artérias cerebrais. 
 
2. DESCREVER OS MECANISMOS DE REGULAÇÃO DA PRESSÃO MÉDIO PRAZO 
(minutos). 
 Diversos mecanismos de controle da pressão só apresentam respostas significativas após 
alguns minutos após alteração aguda da pressão arterial. Três desses mecanismos, são (1) o 
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mecanismo vasoconstritor da renina-angiotensina, (2) o relaxamento por estresse da vasculatura 
e (3) o extravasamento de líquido, através das paredes capilares para dentro ou fora da 
circulação, reajustando o volume de sangue, conforme necessário. 
 Os mecanismos vasoconstritor da renina-angiotensina (quando não existe a presença da 
aldosterona). 
 O mecanismo do relaxamento por estresse é demonstrado pelo seguinte exemplo: quando a 
pressão nos vasos sanguíneos se torna muito alta, esses vasos são estirados de forma contínua 
por minutos ou horas; como resultado, a pressão nesses vasos sanguíneos volta ao normal. Esse 
estiramento contínuo dos vasos, chamado de relaxamento por estresse, pode atuar como 
“tampão” da pressão que age por períodos intermediários. 
 O mecanismo do deslocamento de líquido capilar representa simplesmente o fato de que 
quando a pressão capilar cai a níveis muito baixos, o líquido é reabsorvido pelas membranas 
capilares dos tecidos para a circulação, elevando o volume sanguíneo e a pressão na circulação. 
Ao contrário, quando a pressão capilar se eleva em demasia, o líquido é perdido da circulação 
para os tecidos, reduzindo assim o volume sanguíneo, bem como praticamente todas as pressões 
circulatórias. 
 
3. DESCREVER OS MECANISMOS DE REGULAÇÃO DA PRESSÃO LONGO PRAZO, 
INTEGRANDO OS TRÊS MECANISMOS SUPRACITADOS. 
 Esse controle em longo prazo da pressão arterial está intimamente relacionado à homeostasia do 
volume de líquido corporal, determinado pelo balanço entre a ingestão e a eliminação de líquido. 
 Dois principais determinantes do nível da pressão arterial a logo prazo são: (1) O grau de desvio 
da pressão na curva do débito renal de água e de sal e (2) o nível de ingestão de água e de sal. 
Percebe-se que a pressão arterial é regulada em novo nível, onde as duas novas curvas se 
cruzam. 
A. SISTEMA RIM-LIQUIDOS CORPORAIS PARA O CONTROLE DA PRESSÃO 
ARTERIAL. 
 Pressão arterial = Débito Cardíaco X Resistência periférica total. 
 Se o volume sanguíneo aumenta e a capacitância vascular não é alterada, a pressão arterial se 
elevará também. Essa elevação faz com que os rins excretem o volume excessivo, normalizando 
assim a pressão. 
 De fato, a elevação da pressão arterial no ser humano por apenas alguns mmHg pode duplicar o 
débito renal de água, o que é chamado de diurese de pressão, bem como duplicar a eliminação 
de sal, o que é chamado de natriurese de pressão. 
 Pressão regulada (equilíbrio entre): quando o débito renal de água e sal (resposta da elevação da 
pressão arterial) se igualar com a ingestão de sal e de água. 
 Acima do ponto de equilíbrio: corpo perde líquido e o volume sanguíneo e a pressão arterial 
diminuem, esse “balanço negativo” de liquido não cessará até que a pressão caia até atingir 
precisamente o ponto de equilíbrio. 
 Abaixo do ponto de equilíbrio: ingestão maior que o débito; o volume do líquido corporal aumenta 
junto com o volume sanguíneo, e a pressão arterial se eleva até atingir precisamente o ponto de 
equilíbrio. 
 O mecanismo geral pelo qual o aumento do volume do líquido extracelular pode elevar a 
pressão arterial, se a capacidade vascular não for aumentada ao mesmo tempo, Os eventos 
sequenciais são: (1) elevação do volume do líquido extracelular, (2) elevação do volume 
sanguíneo, (3) aumento da pressão média de enchimento da circulação, que (4) aumenta o 
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retorno venoso para o coração, (5) aumentando o débito cardíaco, que (6) aumenta a pressão 
arterial. A elevação da pressão arterial, por sua vez, aumenta a excreção real de sal e água e 
pode fazer voltar para quase normal o volume do líquido extracelular, se a função renal estiver 
normal. 
 A importância do Sal (NaCl) no mecanismo Rim-Liquidos corporais para o controle da pressão 
arterial. O acúmulo de sal no corpo também eleva de modo indireto o volume de líquido 
extracelular. 
1 - Quando ocorre excesso de sal no líquido extracelular, a osmolalidade do líquido aumenta, o 
que estimula o centro da sede no encéfalo, fazendo com que a pessoa beba quantidade maior 
de água para normalizar a concentração

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