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Cinética Enzimática Luciana R. B.Gonçalves Universidade Federal do Ceará Departamento de Eng. Química 1 2 Histórico 3 4 Enzimas – Catalisadores As enzimas não apresentam efeito termodinâmico global, atuam diminuindo a energia de ativação; 5 Enzimas – Catalisadores 6 Sítio catalítico (Asp52 e Glu 35) na estrutura da lisozima 7 Especificidade Enzimática: sítio ativo 8 E + S E S P + E Substrato se liga ao SÍTIO ATIVO da enzima Reação Enzimática 9 Reação Enzimática 10 Reação Enzimática 11 Enzimas: Sítio Ativo 12 Enzimas: Sítio Ativo 13 Reação Enzimática 14 Reação Enzimática 15 Reação Enzimática 16 Cinética com um único substrato 17 Progressão dos componentes de uma reação enzimática simples de Michaelis-Menten Tempo concentração período de indução (alguns milésimos de segundo!!!) velocidade inicial (de alguns segundos até muitos minutos, conforme a reacção) 18 Mecanismo de ação enzimática e cinética de reação 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,075 0,080 0,085 0,090 0,095 0,100 0,105 0,110 0,115 0,120 v (m m ol /m in ) S (mM) Sk SV v m max Cinética de Michaelis-Menten: 19 Cinética de Michaelis-Menten Hipóteses: 1. A etapa de ligação do substrato e a formação com complexo ES é rápida em relação à velocidade de formação do produto; 2. A concentração de substrato se mantém relativamente constante durante o tempo de reação ([S0] ≈ [St ]). Isto se deve ao fato de utilizarmos medidas de velocidade inicial: [S0]≫[ET ]. 3. A formação do produto é irreversível, uma vez que a concentração durante o ensaio é baixa; 20 Modelo estacionário: A concentração do ES é constante ao longo do ensaio, ou seja, d[ES]/dt = 0). Cinética de Michaelis-Menten 21 Modelo estacionário: A velocidade de formação do produto é a etapa limitante: Sabemos ainda que: e Vmax = kcat[ET ], Assim: Vmax Sk SV v m max Cinética de Michaelis-Menten 22 [S]≪Km [S]≫Km Cinética de Michaelis-Menten 23 Velocidade inicial em função da concentração de substrato para uma enzima com Vmax = 80 nM min−1 and Km = 37 μM. Cinética de Michaelis-Menten 24 Lehninger Principles of Biochemistry, Fourth Edition 25 S (mM) V (mmol/l min) 0 0 8,3 12,6 10 15,7 12,5 18,4 16,7 23,5 20 25,1 25 40,2 33,3 37,9 40 40,3 50 43,2 60 48 80 50,4 100 69,7 150 61,3 200 66,4 A reação enzimática foi acompanhada em laboratório e os seguintes dados de velocidade em função da concentração inicial de substrato foram obtidos: a) A reação pode ser representada pela equação de Michaelis-Menten? b) Em caso afirmativo, quais as constantes cinéticos do modelo? Cinética de Michaelis-Menten 26 km = 60,8 mM Vmax = 107,5 mmol/L min Cinética de Michaelis-Menten 27 km = 37,7 mM Vmax = 79,1 mmol/L min Cinética de Michaelis-Menten Gráfico de Eadie-hofstee 28 Usando o solver do excel para calcular Km e Vmax Km = 38,6003 mM n=15 Vmax = 81,0785 mmol /L min p=2 S (mM) vexp (mmol/l min) velocidade calc (Vexp-Vcalc)^2 0 0 0,0000 0 8,3 12,6 14,3485 3,05742703 10 15,7 16,6827 0,965718978 12,5 18,4 19,8332 2,053974969 16,7 23,5 24,4847 0,969608959 20 25,1 27,6717 6,613609195 25 40,2 31,8703 69,38354196 33,3 37,9 37,5508 0,121943185 40 40,3 41,2612 0,923826234 50 43,2 45,7552 6,529048102 60 48 49,3377 1,789372662 80 50,4 54,6902 18,40621126 100 69,7 58,4981 125,4832885 150 61,3 64,4844 10,14033454 200 66,4 67,9618 2,439150662 sum quad = 19,14438894 29 Cinética de Michaelis-Menten 30 Inibição da atividade enzimática Muitas substâncias afetam a atividade das moléculas enzimáticas combinando-se com elas, influenciando negativamente a ligação do substrato ou a velocidade de reação. Essas substâncias designam-se inibidores. São em geral classificadas conforme o seu modo de ação. 31 Inibição competitiva substrato S inibidor competitivo I Um inibidor competitivo é uma molécula que compete diretamente com o substrato pelo centro de ligação ao enzima. 32 Inibição competitiva 33 Inibição competitiva 34 A molécula de inibidor liga-se a enzima num local diferente do centro ativo, alterando a conformação da proteína enzimática, o que a torna inativa. substrato S substrato S inibidor não competitivo I Inibição não-competitiva 35 Inibição não-competitiva 36 Inibição não-competitiva 37 Inibição não-competitiva 38 )][1]([)][1 ][max II m K I S K I K SV v Inibição não-competitiva 39 +I-I A inibição acompetitiva caracteriza-se pelo fato de o inibidor se ligar exclusivamente ao complexo ES e não ao enzima livre. Inibição acompetitiva 40 ][ ][ 1 ][ ][ 1 max S K I K S K I V v I m i ou i m K I SK SV v ][ 1][ ][max Inibição acompetitiva 41 Inibição competitiva: Inibição não-competitiva: Inibição acompetitiva: 42 Lehninger Principles of Biochemistry, Fourth Edition 43 Lehninger Principles of Biochemistry, Fourth Edition 44 Inibição Não Competitiva 45 46 Inibição pelo produto ][)][1 ][max S K P K SV v P m ][)][1 ][max S K P K SV v P m 47 Inibição pelo substrato S m K S SK SV v 2 max ][ ][ ][ 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 0,08 0,10 0,12 v (m m ol /m in ) S (mM)