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ADMINISTRATIVO AULA 09

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DIREITO ADMINISTRATIVO - AULA 09 (05/07/12)
CONCURSO PÚBLICO
- De acordo com a CF/88, não seria possível realizar um novo concurso, com outro ainda válido. Mas hoje é possível. A condição para realizar uma nova prova é respeitar a ordem de classificação do concurso anterior.
- Vencido o prazo do concurso, e havendo candidatos habilitados, não haverá possibilidade de chamá-los.
- No caso de nomear classificados do segundo concurso antes do primeiro haverá preterição, que é proibido em concurso público.
- O candidato aprovado em concurso tem direito subjetivo à nomeação? R: A regra é a mera expectativa. Mas existem várias situações em que o direito subjetivo é reconhecido, tais como:
a) O direito subjetivo à nomeação ocorrerá quando o candidato for preterido (nomear o 2º colocado antes do 1º). Esta matéria está na Súmula 15, STF.
b) No caso de vínculos precários (contratação temporária, cessão de servidores, desvio de função, nomeação ad hoc), havendo candidatos aprovados em concurso, haverá direito subjetivo à nomeação.
c) Candidato aprovado dentro do número de vagas tem direito à nomeação.
- O direito subjetivo à nomeação não é um direito absoluto, pois se existir uma razão nova, uma modificação de contexto, que, por razões de interesse público, poderá não haver mais a nomeação.
- As súmulas 683, 684, 685, e 686 do STF e as súmulas 266 e 377 do STJ tratam sobre o assunto concurso público.
- Quanto aos requisitos para a investidura no cargo, para que estes requisitos sejam previstos no Edital do concurso, eles devem estar previstos na lei da carreira. Deve também ser compatível com a natureza das atribuições a serem desenvolvidas.
- Estes requisitos, para serem exigidos no concurso, devem estar previstos no Edital.
Dica: Limite de idade em concurso público pode (súmula 683, STF).
- A Súmula 686, STF trata do exame psicotécnico que é possível, desde que esteja previsto na lei da carreira. Além da súmula, a jurisprudência entende que o exame psicotécnico tem que ter parâmetros objetivos, além da possibilidade ao direito de recurso.
- A prorrogação de concurso, após o prazo de validade é considerada ilegal. Se neste caso, o administrador nomear os candidatos, esta nomeação será ilegal. Se a prorrogação e a nomeação são ilegais, elas devem ser anuladas e não revogadas. Mas se a nomeação for anulada, é direito dos candidatos o contraditório e a ampla defesa.
ESTABILIDADE E ESTÁGIO PROBATÓRIO
- Previsão Legal: art. 41, CF.
- Efetividade é uma característica do cargo e a estabilidade é uma característica do servidor.
- Cargo efetivo é aquele nomeado em caráter definitivo que necessita da prévia aprovação em concurso público.
- Para adquirir estabilidade o servidor precisa passar no concurso, ser nomeado para ocupar cargo efetivo, ter 03 anos de exercício e ser aprovado na avaliação especial de desempenho.
- O servidor nomeado para emprego público é uma questão controvertida. O texto original da CF/88 previa que o candidato, para ter direito à estabilidade, deveria ser aprovado em concurso, e ter 02 anos de exercício. Neste diploma, não existia previsão de cargo ou emprego. Então não importava se fosse cargo ou emprego, e, tendo os requisitos, ganharia estabilidade. Mas o TST publicou a súmula 390, que afirma que se o servidor é empregado de PJ de direito público, tem direito à estabilidade. No caso de PJ de direito privado, não haverá estabilidade. A EC 19/98 alterou o art. 41, CF, afirmando que servidor público, para adquirir estabilidade, necessita de cargo efetivo + 03 anos de exercício + avaliação. Por isso, em razão de necessitar de cargo, o empregado público não tem mais direito à estabilidade do art. 41, CF.
Avaliação Especial de Desempenho
- Esta matéria, até hoje, não foi regulamentada.
- Esta avaliação é condição para adquirir estabilidade.
- Para disciplinar esta avaliação, é necessária a lei da carreira.
- Por não haver regulamentação, o servidor adquire estabilidade, mesmo não tendo passado por avaliação.
Perda da Estabilidade
- O art. 41, CF também traz as regras para a perda da estabilidade.
- Poderá perder através de Processo Administrativo, Processo judicial com trânsito em julgado e avaliação periódica de desempenho.
- O Processo Administrativo deve ter contraditório e ampla defesa, de acordo com o modelo constitucional.
- A avaliação periódica de desempenho também não foi regulamentada ainda.
- O art. 169 da CF traz outra hipótese da perda da estabilidade, que é a racionalização da máquina administrativa. Os gastos com folha de pagamento devem respeitar o limite da LC 101. Quem estiver acima do limite deve ser mandado embora. Os primeiros são os cargos de comissão e função de confiança (pelo menos 20%), depois são os servidores não estáveis (quanto for necessário), e, somente depois, servidores estáveis. Esta seqüência deve ser respeitada. Nestes casos, o instituto é de exoneração, e não demissão (que é sanção por falta grave).
Estágio Probatório
- A posição que prevalece é que o estágio probatório é de 03 anos.
- O texto original da CF/88 exigia 02 anos de exercício e aprovação em concurso público.
OBS: O texto da CF não fala em estágio, mas em exercício.
- Regulamentando esta matéria, a L. 8.112/90, no art. 20 utiliza a expressão estágio probatório, afirmando que o mesmo deve ter prazo de 24 meses.
- A EC 19/98 alterou para constar que o servidor público adquire estabilidade com 03 anos de exercício.
- O art. 20, L. 8.112/90 foi recepcionado com o novo texto constitucional? R: A AGU, o STJ, o CNJ e algumas decisões do STF entendem que o art. 20 não foi recepcionado pela nova redação da CF, já que a estabilidade e o estágio probatório são institutos dependentes. A posição minoritária reconhecendo 24 meses é do Congresso Nacional.
Sistema Remuneratório
- Existem duas modalidades:
a) Remuneração (ou Vencimentos):
- É o pagamento feito ao servidor que é constituída de duas parcelas: a parcela fixa (salário-base); a parcela variável (depende da condição de cada servidor).
b) Subsídio:
- Criado pela EC 19/98, para facilitar nos casos de aumento e aposentadoria.
- É composta de uma parcela única, que é justamente a soma das parcelas fixas e variáveis.
- Quem recebe subsídio no Brasil: chefes do poder executivo (presidente, governador e prefeito, além dos vices), auxiliares imediatos do poder executivo (ministros de estado e secretários estaduais e municipais), membros do poder legislativo (senadores, deputados federais e estaduais e vereadores), magistrados e membros do MP, AGU, procuradores (os municipais não) e defensores públicos, ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas, policiais (todos), além de todos os demais cargos organizados em carreira.
- No entanto, existem duas verbas que podem ser pagas fora da parcela única. Uma delas é a garantia do art. 39, § 3º, CF, que remete ao art. 7º, que são alguns direitos do trabalhador comum que são aplicáveis aos servidores públicos (ex: 13º, 1/3 férias, HE, adicional noturno). Também se paga fora do subsídio as verbas de natureza indenizatória (diárias para viagem, ajuda de custo, transporte).
- A remuneração do servidor é fixada por meio de lei. A iniciativa para o projeto de lei deve ser daquele que será responsável pelo pagamento.
- Existem algumas exceções, em que a remuneração não é fixada por lei. São os casos: O Congresso Nacional pode fixar através de Decreto Legislativo (passa nas duas casas, mas não tem deliberação executiva), no caso da remuneração do Presidente, Ministros de Estado, Senadores e Deputados Federais; A Câmara Municipal, através de Decreto Legislativo, fixará a remuneração dos Vereadores.
- O teto geral no Brasil é o valor recebido pelo Ministro do STF. Esta remuneração é fixado através de uma lei de iniciativa do próprio STF.
- A EC 41/03 criou também os subtetos, que será respeitado em cada ordem política. 
- Na União, vale o teto geral. 
- No âmbito Estadual existem 03 tetos diferentes: Poder Executivo, o teto é o do Governador; Poder Legislativo,o teto é o Deputado Estadual; Poder Judiciário, o teto é o Desembargador. O teto do Desembargador também serve para os membros do MP (Promotores e Procuradores de Justiça), Procuradores e Defensores Públicos.
- A remuneração do Desembargador não pode ser superior a 90,25% do Ministro do STF. Isso quer dizer que como Desembargador, ele poderá ganhar 90,25%. Mas se exercer, por exemplo, magistério, poderá chegar à remuneração igual à do Ministro.
- No âmbito Municipal, o teto é o do prefeito.
Acumulação de Cargos e Empregos Públicos
- A regra é que não é possível haver acumulação, mas existem exceções.
- O regime de acumulação atinge os que trabalham na administração direta e indireta.
- São cargos e empregos na administração pública. A iniciativa privada não interessa à matéria.
- As exceções estão descritas no art. 37, XVI e XVII e art. 38, CF.
- São 04 as hipóteses de acumulação:
a) Duas atividades remuneradas
- Desde que o horário seja compatível.
- A soma das duas remunerações não pode ultrapassar o teto remuneratório.
- Deve ser hipóteses de: 02 cargos de professor; 01 professor + 01 técnico/científico; 02 área da saúde com profissão regulamentada por lei.
- Estes requisitos são cumulativos, ou seja, são necessários os três ao mesmo tempo.
b) Duas aposentadorias
- Seguem as mesmas hipóteses descritas acima, na atividade.
c) 01 aposentadoria + 01 atividade
- Seguem as mesmas hipóteses descritas acima, na atividade.
- A atividade poderá ser um mandato eletivo ou um cargo em comissão.
- Se o servidor estiver aposentado em um e atividade em outro, até 1998, seria possível ganhar as duas remunerações, em qualquer hipótese (magistrado e promotor, por exemplo). Mas a EC 20/98 regulamentou que só poderia no caso de mandato eletivo e cargo em comissão, respeitando o direito adquirido dos que anteriormente conseguiram esta situação.
d) 01 atividade + 01 mandato eletivo
- Está descrito no art. 38, CF.
- Se o mandato for federal, estadual ou distrital não poderá haver cumulação. Neste caso a remuneração não será escolhida, pois será aquela do mandato.
- No caso de prefeito, não é possível acumular. Mas nesta hipótese a remuneração poderá ser escolhida.
- Quanto ao vereador, sendo o horário compatível, poderá haver cumulação. Ganhara as duas remunerações. Se, por acaso, o horário for incompatível, segue-se a regra do prefeito.
Contrato Temporário
- A competência para julgar as ações de servidores públicos segue a regra:
a) Se o regime é jurídico administrativo, e o vínculo legal, e o regime estatutário, a competência é da Justiça Comum (Estadual ou Federal)
b) Se o regime jurídico é celetista, trabalhista, a competência é da Justiça do Trabalho.
- No caso do temporário o regime jurídico é o administrativo especial, conforme entendimento do STF. Portanto, a competência é da Justiça Comum. Isso independe do vínculo ser válido ou não.
- Se na Justiça Comum ficar reconhecido que o vínculo é válido, o servidor terá os direitos da lei do temporário. Se ficar reconhecido que o vínculo não é válido, o servidor poderá ter direitos trabalhistas (na Justiça Comum).

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