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CAPITAL DE GIRO

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2.2. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 
De acordo com Assaf Neto; Silva (2002, p. 14), “giro refere-se aos recursos correntes (curto prazo) da empresa, geralmente identificados como aqueles capazes de serem convertidos em caixa no prazo máximo de um ano”. De Maneira mais ampla, o capital de giro corresponde aos recursos necessários para uma organização financiar suas necessidades operacionais identificadas desde a compra de matérias-primas até o recebimento pela venda do produto final. Como os elementos que fazem parte do ativo circulante não apresentam sincronia temporal equilibrada em seus níveis de atividade, há a necessidade de manter recursos aplicados em capital de giro. 
Segundo Gitman (2004, p. 510), os ativos circulantes, comumente denominados de capital de giro, “representam a proporção do investimento total da empresa que circula, de uma forma para outra, na condução normal das operações”. Essa idéia envolve a transição repetida de caixa para estoques para contas a receber e de volta para caixa. 
Corrobora essa visão, Silva (2010) quando diz que, o capital de giro, também alcunhado de capital circulante líquido, significa a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante, compondo uma medida estática da folga financeira de que a organização dispõe para liquidar suas obrigações de curto prazo. Sua análise deve ser realizada em conjunto com os indicadores de liquidez e indicadores da atividade operacional, combinada com o estudo do capital de giro próprio. 
Assaf Neto (2006, SILVA 2010, p. 165) argumenta que o Capital de Giro “(...) 
constitui-se no fundamento básico da avaliação do equilíbrio financeiro de uma empresa. Através da análise de seus componentes patrimoniais são conhecidos os prazos operacionais, o volume de recursos permanentes que se encontram financiando o giro, e as necessidades de investimento operacional. Acrescenta o autor que o capital de giro é dinâmico e exige uma análise eficiente e rápida para sua avaliação, uma vez que compromete a solvência da emrpesa. 
Gitman (2004) ressalta que, o Capital de Giro Líquido é geralmente definido como a diferença entre os ativos circulantes e os passivos circulantes. Nesse contexto, quando os primeiros excedem os segundos, a organização possui capital de giro positivo; quando os primeiros são inferiores aos segundos, a empresa possui um capital de giro líquido negativo.
Como fonte de numerários para quitar os passivos circulantes, as organizações fazem a conversão de ativos circulantes de estoques para contas a receber e para caixa. As saídas de caixa para pagamento desses passivos são relativame
nte previsíveis. Isso porque, quando a organização assume um compromisso, sabe quando ele vai vencer, e, portanto, prepara-se para quitar tal obrigação. Entretanto, a dificuldade maior está em prognosticar as entradas de caixa, 
já que dependem de fatores externos. 
Gitman (2004, p. 510) cita que, “quanto mais previsíveis forem suas entradas de caixa, menos capital de giro líquida precisa ter”. Mas, como a maior parte das organizações é incapaz de igualar a saídas de caixa com certeza, é preciso Que disponham de ativos circulantes em volume superior às saídas exigidas pelos passivos circulantes. Assim, quanto maior a vantagem entre os ativos circulantes e os passivos circulantes, maior a capacidade de saldar as contas quando vencem.
Braga (1989) chama a atenção para a importância da administração do capital de giro, uma vez que envolve um processo contínuo de tomada de decisões voltadas especialmente para a salvaguarda da liquidez da empresa, afetando também a sua rentabilidade. O autor destaca que, as concordatas e falências constituem o encerramento natural para as soluções inadequadas dos problemas de gestão de capital de giro. Quando as empresas tornam-se insolventes devido ao excesso de imobilizações, é motivada pela ausência de planejamento de expansão da empresa, que não levaram em conta as necessidades adicionais de recursos para financiar o giro das operações. Fatores como as taxas de juros, o cenário econômico e as preferências pessoais interferem diretamente no desempenho e no risco de uma organização. Necessitam de um permanente controle.

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