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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA E MICROBIOLOGIA DISCIPLINA PARASITOLOGIA VETERINÁRIA CURSO MEDICINA VETERINÁRIA PROFª. LUANNA SOARES Babesiose Babesiose • Classificação • Reino: Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Apicomplexa • Classe: Piroplasmasida • Ordem: Piroplasmorida • Família: Babesidae • Gênero: Babesia Babesiose • Principais espécies • Babesia canis • Babesia bovis • Babesia bigemina • Babesia equi (Theileria equi) • Babesia caballi Babesiose • Babesia canis - Cães • Grande Babesia • Aparece um a dois trofozoítos dentro da hemácea Babesiose • Babesia bovis (transmissão por larvas do carrapato) – Bovinos • Pequena Babesia (+ grave) • Aparece de um a dois trofozoítos dentro de cada hemácia • Pode aparecer nos capilares do cérebro, provocando trombos • Parasitemia muito baixa Babesiose • B. bigemina (transmissão por ninfas e adultos do carrapato)- Bovinos • Grande Babesia • Aparece um a dois trofozoítos dentro de cada hemácia Babesiose Babesiose Babesiose • B. equi ou Nutallia equi ou mais recentemente Theileria equi - Equinos • Pequena Babesia • Parasitemia muito alta • Aparecem 1,2,3 ou 4 trofozoítos • 4 são em forma de cruz de malta • Animal permanece portador por toda a sua vida Babesiose • B. caballi - Equinos • Grande Babesia • Aparece um a dois trofozoítos dentro da hemácia Babesiose • Ciclo Biológico • O carrapato ao se alimentar do sangue do hospedeiro vertebrado ingere os merozoítos e gametócitos que se diferenciam e fazem a reprodução sexuada ou gametogonia que vai dar origem a um zigoto chamado oocineto. Este penetra nas células do tubo digestivo do carrapato e nelas se multiplicam até as células se romperem e liberarem os vermículos (organismos claviformes, móveis e alongados) • Esses vermículos migram para os tecidos da fêmea do carrapato, através da hemolinfa, podendo chegar aos ovários (transmissão transovariana) ou as glândulas salivares (transmissão transestadial) na forma de esporozoítos Babesiose • Ciclo Biológico • O carrapato ao sugar o hospedeiro inocula as formas esporozoítos, que se diferenciam em trofozoítos, penetram nas hemácias do animal, e se dividem assexuadamente formando merozoítos • A célula se rompe e os merozoítos são liberados penetrando em novas hemácias CICLO DE VIDA DA Babesia Trofozoítos encontrados nos eritrócitos de vertebrados Gametogonia nas glândulas salivares dos carrapatos Portanto, os carrapatos são os hospedeiros definitivos. Neles ocorre a reprodução sexuada (gametogonia) Logo, bovinos e equinos são hospedeiros Intermediários, devido à reprodução assexuada do parasita Babesiose • Tipos de Transmissão • Transovariana - Ocorre nas babesioses transmitidas por carrapatos monoxenos, como Riphicephalus (Boophilus) microplus e Anocentor nitens • Por só terem um hospedeiro na vida, a transmissão é da fêmea para seus ovos • As larvas ou ninfas originadas desses irão contaminar outros animais Babesiose • Tipos de Transmissão • Transestadial - ocorre nas babesioses transmitidas por carrapatos heteroxenos, como Rhipicephalus sanguineus • Por a muda ocorrer no solo, a larva infectada passa para ninfa com as formas infectantes e essa então transmite o parasita a outro animal Invasão de todos os tecidos do carrapato ovário do hospedeiro invertebrado TRANSMISSÃO TRANSOVARIANA - pode persistir por várias gerações ovos larvas ninfas adultos (TRANSMISSÃO TRANSESTADIAL) esporozoítos (infectantes) repasto sanguíneo novo hospedeiro vertebrado nas glândulas salivares Ciclo Biológico Divisões binárias – ruptura das hemácias (hemoglobina, bilirrubina) – invasão de outras células – anemia – sinais – agravamento – insuficiência respiratória CICLO DE VIDA DA Babesia sp. PARASITAS INTRAERITROCITÁRIOS, CAUSAM HEMÓLISE INTRAVASCULAR Carrapatos (HD) – repasto sanguíneo – ingestão – reprodução sexuada Babesiose • Sinais Clínicos • No início – Tº 40ºC a 41ºC • Animal fraco, desidratado, deprimido, com micção frequente e urina amarelo escura • Anemia • Dispnéia grave, andar cambaleante e vagaroso • As mucosas pálidas e se tornam ictéricas se o animal sobreviver por alguns dias após a fase aguda • Animais hiperexcitáveis Babesiose Babesiose Babesiose Babesiose Babesiose • Diagnóstico • Histórico • Clínica • Métodos Diretos • Esfregaço corado com Giemsa • Esfregaço sanguíneo (fase aguda) – sangue ponta da cauda (bovino) • PCR DNA do protozoário • Necrópsia lesões e histopatológico Babesiose • Diagnóstico • Histórico • Clínica • Métodos Indiretos • Testes sorológicos (úteis para animais na fase crônica ou assintomáticos baixa parasitemia): ELISA, imunofluorescência indireta Babesiose • Tratamento • Suporte, transfusão sanguínea (casos graves) • Imidocarb, Aceturato de diminazeno (cuidado com superdosagem e efeitos colaterais) • Quimioprofilaxia: tratamento com doses sub- terapêuticas - doença em níveis subclínicos, para o desenvolvimento do estado de portador • Controle de vetores (carrapatos): manter desafio o ano todo • Vacinas de Tristeza Parasitária Bovina: vacinas vivas, inativadas, DNA recombinante (clonagem de genes que expressem proteínas imunogênicas, fase experimental) Babesiose PROFILAXIA E CONTROLE - carrapatos: permitir infestação baixa em áreas de estabilidade enzoótica - diagnóstico (parasitológico, sorológico) e tratamento dos doentes - áreas de instabilidade enzoótica: prevenção www.agripoint.com.br PROFILAXIA E CONTROLE PROFILAXIA E CONTROLE
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