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Resenha&Resumo SKINNER

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE PSICOLOGIA
LETÍCIA BRILHANTE
		
RESENHA
MANAUS
2016
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LETÍCIA BRILHANTE
		
RESENHA
Trabalho apresentado ao curso de Psicologia como requisito para obtenção de nota parcial da disciplina de Pesquisa Experimental pela Universidade Federal do Amazonas. 
Professora: Gustavo
MANAUS
2016
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Um estudo é eficaz quando se torna significativo, isto é, quando os novos conhecimentos e informações são assimilados pessoalmente, confrontados e integrados no complexo de conhecimentos já existente, podendo ser reutilizados em outras situações. Assim, o estudo contribui para a formação integral da pessoa e de sua maturação plena (MATOS, 2008, p.20).
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SUMÁRIO
41 OBRA	�
42 CREDENCIAIS DA AUTORIA	�
43 CONCLUSÕES DA AUTORIA	�
74 DIGESTO	�
85 QUADRO DE REFERÊNCIA DA AUTORIA	�
86 QUADRO DE REFERÊNCIA DO RESENHISTA	�
87 CRÍTICA DO RESENHISTA	�
98 INDICAÇÕES DO RESENHISTA	�
9REFERÊNCIAS	�
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1 OBRA
SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. 10. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. P. 05-45.
2 CREDENCIAIS DA AUTORIA
Burrhus Frederic Skinner nasceu em Susquehanna, no estado norte americano da Pensilvânia, em 1904. Formou-se em língua inglesa na Universidade de Nova York antes de redirecionar a carreira para a psicologia, que cursou em Harvard - onde tomou contato com o behaviorismo. Seguiram-se anos dedicados a experiências com ratos e pombos, paralelamente à produção de livros. O método desenvolvido para observar os animais de laboratório e suas reações aos estímulos levou-o a criar pequenos ambientes fechados que ficaram conhecidos como caixas de Skinner, depois adotadas para experimentos pela indústria farmacêutica. Em 1948, aceitou o convite para ser professor em Harvard, onde ficou até o fim da vida. Morreu em 1990, em ativa militância a favor do behaviorismo.
3 CONCLUSÕES DA AUTORIA
	O conhecimento científico já foi aplicado de maneira irresponsável pelo homem trazendo a morte de milhões de inocentes em duas guerras mundiais exaustivas, entretanto seus métodos têm sido extremamente eficazes em combater a fome, as pragas e diminuir os índices de mortalidade. É necessário avançar e trazer a ciência da natureza humana ao mesmo patamar, não com o objetivo de meramente observar ou descrever os fenômenos, mais de controlar, manipular e desta forma prever o comportamento e até certo ponto determinar ações. Existe uma relutância persistente em se considerar o comportamento humano portador de características essenciais que o afastam dos limites da ciência por ver o homem como um agente livre, cujo comportamento é produto de mudanças interiores espontâneas e não de condições antecedentes específicas. Entretanto, as atividades exemplificadas por juízo de valor, por intuição ou interpretação não foram propostas claramente, ou mostraram capacidade de trabalhar na modificação da condição humana atual. A humanidade vive um confuso momento de transição no qual em determinadas situações aceita provas que se sobrepõem ao indivíduo como atenuantes de sua conduta e que em outras ocasiões se remete à filosofia tradicional da natureza humana: “uma concepção científica do comportamento humano dita uma prática, a doutrina da liberdade pessoal, outra.” (SKINNER, 1904, p. 10). As principais disputas entre nações e povos podem ser atribuídas a esta dicotomia. 
Os resultados tangíveis e imediatos da ciência tornam-na mais fáceis de avaliar. A ciência é mais do que um conjunto de atitudes. É uma disposição de tratar com os fatos, da busca da ordem, da uniformidade, de relações ordenadas entre os eventos. 
O que identifica o conhecimento científico é o método, a sistematização e a objetividade. Começa-se por observar episódios singulares e se avança para a regra geral, para as leis científicas. As técnicas matemáticas e experimentais usadas para descobrir e expressar uniformidades são propriedade comum da ciência em geral. 
	Sendo o comportamento humano de extrema complexidade, muitas vezes, pode-se deparar com princípios de indeterminação em seus atos, e isto não implica que tal comportamento seja livre, mas sim que está além de uma ciência controladora ou preditiva. Contudo, as leis e sistemas da ciência destinam-se a diminuir a importância do conhecimento de eventos particulares. O importante não é conhecer todos os fatos de determinado campo, mas sim todas as espécies de fatos. À medida que a ciência do comportamento progride e à proporção que suas leis gerais se tornam claras, cai por terra o argumento de que a ciência se ocupa do geral, mas de que o comportamento do indivíduo é necessariamente único. Isto porque os estudos de profundidade a partir de casos isolados vão se configurando em padrões que definem leis gerais. A expectativa é de que a análise científica do comportamento substituirá a interpretação pessoal de exemplos únicos. “Em geral, uma ciência é valiosa ao tratar com o indivíduo só na medida em que suas leis se refiram aos indivíduos”. (SKINNER, 1904, p. 21).
	Outra objeção ao uso do método científico no estudo do comportamento humano diz respeito à influência que pode ser atribuída a uma previsão feita a seu respeito. Entretanto, não há evidências de tal fato. Aceita-se que em certa medida é necessário interferir em qualquer fenômeno no ato de observá-lo, e deve-se levar em consideração tal influência. De qualquer forma, o comportamento pode ser também observado com um mínimo de interação entre o objeto e o cientista – que é o modo pelo qual deve se tentar começar.
	Não se podem negligenciar os problemas abordados pela ciência do comportamento com a justificativa de impossibilidade de se manter condições de controle, pois os fatos reais apresentam razoável grau de controle sobre muitas condições relevantes. Ademais, a simplificação do laboratório permite um olhar clínico sobre fatores que passariam despercebidos. O estudo científico permite a utilização ótima de controles.
	Reconhece-se como causa a variável independente e como efeito a variável dependente dentro de uma relação funcional. A ciência do comportamento interessa-se pela causa do evento, pois a partir da identificação desta(s) pode-se prever e controlar o comportamento na medida em que se pode manipulá-lo. Muitas vezes, atribuem-se causas difundidas pelo senso comum tais como: hereditariedade, tipo físico e personalidade para explicar o comportamento no afã de se solucionar problemas do cotidiano rapidamente. Contudo, estes aspectos são no máximo levantamentos gerais no estudo de um caso, não representando base para conclusões científicas. O mesmo ocorre com as tentativas de se atribuir o comportamento a causas internas, ou a utilização leiga de termos do sistema nervoso ou sobre o papel do inconsciente nos processos mentais para alinhar relações causais. “Uma ciência do sistema nervoso baseada na observação direta, e não na inferência, finalmente descreverá os estados e os eventos neurais que precedem formas de comportamento.” (SKINNER, 1904, p. 30)
	“A objeção aos estados interiores não é a de que eles não existem, mas a de que não são relevantes para uma análise funcional.” (SKINNER, 1904, p. 37). 
	As variáveis externas, das quais o comportamento é função, produzem a análise causal ou funcional. O objetivo é tentar prever e controlar o comportamento de um organismo individual. O comportamento é a variável dependente, ou seja, o efeito. As variáveis independentes são as causas do comportamento, isto é, são as condições externas da qual o comportamento é função. Relações entre causa e efeito no comportamento são as leis de uma ciência. A síntese dessas leis expressas em termos quantitativos ensaia um esboço inteligente do organismo como sistema que se comporta.
São muitas as fontes a seremanalisadas dentro do contexto de uma ciência do comportamento. Destacam-se dentre elas: as observações casuais, as observações de campo controladas, as observações clínicas, as observações amplas do comportamento, os estudos em laboratórios do comportamento humano e os resultados dos estudos de laboratório do comportamento de animais abaixo do nível humano, os quais também são úteis. 
4 DIGESTO
	O estabelecimento do objeto de estudo é o comportamento humano. A pretensão é fazer uma análise científica do comportamento a partir da noção de ciência proposta pelas ciências naturais baseada no compromisso da verificação concreta de hipóteses e na recusa da introspecção. A concepção é a de que o comportamento humano é controlável, manipulável e previsível, podendo ser determinado por meio do padrão de estímulo e resposta. O método é sistemático e está atrelado ao rigor científico da precisão, clareza e objetividade. Parte-se do estudo individual para formulação de regras gerais e leis científicas. Refutam-se os estados interiores por não serem relevantes para uma análise funcional. Entretanto, não se nega a existência desses. Será preciso buscar forças que operam sobre o organismo agindo de fora. O comportamento é função de variáveis externas, as quais dão margem à análise causal ou funcional. As variáveis independentes são as causas e as dependentes o comportamento.
	
5 QUADRO DE REFERÊNCIA DA AUTORIA 
	
O autor adota uma visão crítica sobre o comportamento humano abordado por uma concepção científica estruturada em uma análise funcional que o especifica como uma variável dependente e se propõe descrevê-lo com base nas condições físicas observáveis e manipuláveis. A compreensão do comportamento humano se dá através de variáveis que estão fora do organismo, em seu ambiente imediato e sua história ambiental. O hábito de buscar uma explicação do comportamento dentro do organismo tende a deixar imprecisas as variáveis que estão ao alcance de uma análise científica.
6 QUADRO DE REFERÊNCIA DO RESENHISTA
	
O autor apoiou seu estudo na obra ciência e comportamento referenciada no item 1. 
7 CRÍTICA DO RESENHISTA
É irrefutável que o método científico conferiu dados práticos necessários a criação de leis que fundamentaram maior conhecimento sobre o comportamento humano. A metodologia científica de rigoroso controle, precisão e objetividade permitiu também que se mantivesse imparcialidade e que se considerasse a influência de variáveis externas presentes no ambiente e no contexto dos indivíduos. Indo além, o empirismo implicou ainda na análise detalhada de condições e cenários externos em ambientes controlados (laboratórios), possibilitando a manipulação destes e delineando padrões de respostas aos mesmos. Tal abordagem contribuiu de maneira decisiva para o avanço da psicologia. No entanto, encarando apenas o diretamente observável, ignoram-se as crenças, os interesses, as expectativas, os desejos e as emoções. A generalização das leis de estímulo-resposta desprezam as nuances da percepção que pensadas como algo ligado à consciência podem levar a comportamentos diferenciados. 
 
8 INDICAÇÕES DO RESENHISTA
	Esta obra é indicada a estudantes e pesquisadores de todos os cursos que consideram o aprendizado um processo contínuo e que reconhecem a atividade de pesquisa como princípio educativo de renovação permanente não reservada a grupos exclusivos, mas a todos aqueles que buscam desvendar horizontes e seguir com autonomia para além da educação formal.
REFERÊNCIAS
MATOS, Henrique Cristiano José. Aprender a estudar: Orientações metodológicas para o estudo. 15 ed. Petrópolis, RJ:: Vozes, 2008.

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