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2.2 Etnografia e Netnografia
	Provinda dos estudos antropológicos, a etnografia é uma metodologia capaz de reunir técnicas com o intuito de munir o pesquisador para o trabalho de observação. Consiste em inserir o pesquisador na comunidade a ser pesquisada, proporcionando contato intra-subjetivo do pesquisador com seu objeto de estudo.
	De acordo com Hine (2000), a etnografia faz com que o observador adentre o mundo que pretende pesquisar por determinado período e, nessa submersão, acabe por levar em consideração as relações formadas entre os participantes dos processos sociais desse fragmento de mundo, com a finalidade de agregar sentido a esses participantes, seja por suposição ou pelo modo com que esses mesmos participantes significam suas vidas.
	A etnografia virtual ou netnografia nada mais é que a exportação dessa metodologia para o estudo da comunicação em comunidades virtuais (expressão que neste artigo designa comunidades de interação social, mediadas através de computadores, que se formam no ciberespaço). A netnografia tem validade científica principalmente porque “muitos objetos de estudo localizam-se no ciberespaço” (MONTARDO & ROCHA, 2005, p.1). A netnografia vem, dessa forma, para expandir o leque de metodologias qualitativas nos estudos em comunicação e cibercultura.
	A palavra “netnografia” é majoritariamente usada nas áreas da Administração e do Marketing, sendo que a Antropologia e as Ciências Sociais preferem aderir à expressão “etnografia virtual” para se referir a esse tipo de metodologia de pesquisa. Neste trabalho, ambos os termos são utilizados como sinônimos.
O neologismo “netnografia” (netnography = net + etnography) foi originalmente cunhado por um grupo de pesquisadores/as norte-americanos/as, Bishop, Star, Neumann, Ignacio, Sandusky & Schatz, em 1995, para descrever um desafio metodológico: preservar os detalhes ricos da observação em campo etnográfico usando o meio eletrônico para “seguir os atores”. (BRAGA, 2001, p.5, grifos deles)

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