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Tempo de Trânsito Intestinal, Desempenho, Característica 
de Carcaça e Composição Corporal de Frangos de Corte 
Alimentados com Rações Isoenergéticas Formuladas com 
Diferentes Níveis de Óleo de Soja 
Marcelo de Oliveira Andreotti2, Otto Mack Junqueira3, Maria José 
Baptista Barbosa4, 
Revista Brasileira de Zootecnia 2004 
Uendell Coelho P. Amorim 
Kaio figueiredo 
Lipídeos 
 
Os lipídios, incluindo as gorduras e os óleos, são produtos 
provenientes do processamento industrial das carnes, grãos 
de oleaginosas e de alguns cereais. 
 
Lipídeos 
 A exigência nutricional das aves vem aumentando 
substancialmente, e a utilização de rações com maior densidade 
energética se tornou essencial para que os frangos de corte possam 
expressar todo seu potencial produtivo. 
 
 Então a inclusão de óleos e ou gorduras na composição das dietas se 
fez necessária e tem recebido especial atenção por parte de 
produtores e pesquisadores. 
 
 
 
Lipídeos 
 
 Tem se demonstrado que a adição na dieta, diminui a pulverulência 
das rações 
 
 Melhorar a palatabilidade assim como melhorar a conversão 
alimentar 
 
 Absorção das vitaminas lipossolúveis, além de propiciar uma 
melhoria na consistência das rações fareladas e/ou peletizadas 
diminuição do desperdício das mesmas 
 
 
Lipídeos 
 
 Tem sido demonstrado que o uso de gorduras nas rações evita 
o desgaste das máquinas, principalmente às peletizadoras, 
facilitando a peletagem e reduzindo o consumo de energia 
elétrica. 
 
 
 Diminuição da velocidade de passagem do alimento pelo trato 
gastrintestinal 
Lipídeos 
 Para garantir a ingestão dos nutrientes necessários à boa 
nutrição, há necessidade de fazer-se uma ração com elevado 
teor de energia e alta concentração dos demais nutrientes 
 
 
 A inclusão de gordura nas rações de aves e suínos depende de 
fatores como: sexo, idade, atividade em que se encontra, 
ambiente, entre outros. 
 
Lipídeos 
 Adição de gordura propiciará menor quantidade de energia a 
ser dissipada para o ambiente em função da manutenção da 
homeotermia. 
 
 
Incremento calórico 
Lipídeos 
 Dietas com maior teor de lipídeos podem proporcionar menor 
produção de calor pelas aves, e isso pode beneficiar os frangos 
expostos ao calor, a utilização de óleos e gorduras, reduz o 
incremento calórico das dietas e beneficia as aves criadas 
durante os meses de elevada temperatura ambiente, 
recuperando o consumo de energia e, consequentemente, o 
ganho de peso 
 
 
 
Objetivo 
O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da adição do 
óleo de soja em rações isoenergéticas sobre o desempenho, 
tempo de trânsito intestinal, as características de carcaça e a 
composição corporal, em frangos de corte. 
Material e Métodos 
Material e Métodos 
 840 frangos de corte machos da linhagem Cobb, 
 21 dias de idade e peso inicial médio de 870 g, 
 alojados em 24 boxes 
 Durante 35 dias, 
 Duas fases experimentais: inicial (21 a 42 dias de idade) e final 
(43 a 56 dias idade). 
 24 horas de luz . 
 As rações foram formuladas segundo as recomendações de 
Rostagno et al. (1994). 
Avaliações 
 A cada fase e ao término de todo o período experimental 
 
 Foram medidos o ganho de peso (GP) 
 Consumo de ração (CR) 
 Consumo de energia (CE) 
 Conversão alimentar (CA) 
 Conversão calórica(CC) 
 Tempo de transito (TT) 
 
 Para o consumo de energia e conversão calórica, foram utilizados os valores 
energéticos das rações experimentais determinados por Andreotti (2002). 
Material e Métodos 
 No 42º e 56º , duas aves de cada parcela experimental 
foram sacrificadas para determinação dos rendimentos de 
carcaça, de peito, de coxa e sobrecoxa e da porcentagem de 
gordura abdominal 
 
 Para análise de composição corporal, foi retirada uma ave 
de cada parcela experimental com o peso médio, jejum, 
moídas e secas em estufa as amostras foram submetidas às 
análises laboratoriais 
 (teores de matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo e cinzas) 
 
 
 
Material e Métodos 
 Paralelamente ao experimento de desempenho, foi 
determinado o tempo de trânsito das rações 
experimentais 
 
 No 22º e 42º dias. Foram utilizados 192 frangos de 
corte machos, distribuídos em esquema fatorial 2 x 4 
 
 TT = ( tempo gasto da ingestão ate o aparecimento da 
coloração do marcador) 
 
Resultados e Discussão 
Tempo de Trânsito (TT) 
 Era esperado que a adição de óleo de soja promovesse maior tempo 
de retenção do alimento no sistema digestório, em função da 
liberação do hormônio colicistoquinina. 
 
 
 
 Foi observado que o TT não pode ser atribuído apenas ao efeito 
proporcionado pelas gorduras nos mecanismos regulatórios do fluxo 
do alimento no sistema digestório, confirmando as dificuldades em se 
avaliar as gorduras em rações para frangos de corte. 
0
50
100
150
200
250
0 3,3 6,6 9,9
22 42
Tempo de Trânsito (TT) 
 A análise de variância 
revelou interação 
significativa entre 
idade e níveis de óleo 
de soja sobre o (TT). 
 
 TT aos 42 dias foi 
sempre maior que 
aos 22 dias de idade 
Desdobramento de interação (idade x níveis de 
óleo) para o tempo de trânsito (min) 
Ganho de peso(GP) 21 a 42 dias 
A adição do óleo de soja aumentou de forma quadrática o GP das aves 
revelando uma tolerância pelo óleo de soja até o nível de 9,63 
Ganho de peso(GP) 21 a 56 dias 
No período de 21 a 56 dias de idade, o estudo da análise de regressão 
revelou que a inclusão do óleo de soja melhorou linearmente o GP 
 
 
 
 
 
pode ser explicado pelo aumento linear no CE nesse mesmo 
período, demonstrando que provavelmente os frangos foram 
capazes de se adaptarem à rápida taxa de passagem das rações 
após os 42 dias de idade 
Consumo de ração(CR) 
Apesar de as rações serem isocalóricas, a análise 
de regressão comprovou aumento linear significativo 
para o CR no período de 21 a 42 dias 
 
O fato do consumo de ração aumentar linearmente pode estar 
relacionado à maior taxa de passagem, melhor palatabilidade e 
textura da ração de acordo com os níveis de óleo de soja. 
Consumo de energia (CE) 
 
 Constatou-se efeito linear positivo dos níveis de adição de óleo 
sobre o CE em ambos os períodos para 21 a 56 dias de idade. 
 
 
 
 O aumento linear no CE esteve diretamente relacionado com 
o maior consumo de ração verificado em ambas as fases. 
Conversão alimentar (CA) 
 
 A conversão alimentar melhorou de forma quadrática em ambos 
os períodos, em função dos níveis crescentes do óleo de soja nas 
rações, no períodos de 21 a 42 dias e de 21 a 56 dias de idade, 
respectivamente. 
 
 O mesmo comportamento foi observado para a CC, 
respectivamente, para os períodos de 21 a 42 e de 21 a 56 dias. 
 
 O comportamento quadrático registrado para a CA pode estar 
relacionado ao aumento linear do CR sem a mesma intensidade 
sobre o GP 
8,46% 
9,65% 
7,86% 
 Os valores médios para 
 rendimento de carcaça (RC), 
 Rendimento de peito (RP) 
 coxa+sobrecoxa (RCSC) 
 determinados aos 42 dias não foram influenciados pelos níveis 
de adição de óleo de soja 
 
 Contudo, a porcentagem de gordura abdominal (GA) aumentou 
de forma quadrática até o nível de 6,84% ao 42 dias e 6,11% 
aos 56 dias do óleo de soja 
 
6,84% 
6,11% 
Composição corporal 
Conclusões 
Conclusões 
 A idade das aves influenciou o tempo de trânsito 
 Os níveis crescentes de óleo de soja reduziram linearmente 
o tempo de trânsito (entretanto) 
 21 a42 dias/idade Melhorou GP 9,63%, CA 7,86% e CR 
linearmente 
 21 a 56 dias/idade CA 8,46% 
 RCSC E RC Não foram influenciados ate os 42 dia/idade 
 RCSC E RC foi reduzido em 5,10% 
 GA teve aumento entre 6,84 e 6,11% respec. 42 e 56 
 
 
Conclusões 
 
 Os teores de proteína bruta e umidade não foram alterados 
pelos níveis crescentes de óleo de soja, mas aumentaram o 
teor de gordura total na carcaça aos 56 dias de idade, 
demonstrando que provavelmente possa existir um limite 
para a deposição de gordura abdominal e que, a partir deste 
limite, o excesso passa a ser direcionado para outras partes 
da carcaça. O teor de cinzas na carcaça foi reduzido em 
função dos níveis crescentes do óleo de soja. 
 
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