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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICO

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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICa
PTT: Abordagem Cognitiva 
Porfº Me: Juliano Nascimento
Acadêmicas: Alessandra Simonatto
Elisangela Souza
Hellen Tavares
Luciana Honório
Thais Escobar
O que é e como é caracterizado o Transtorno de Personalidade Histriônica? 
 O transtorno da personalidade histriônica e caracterizado por excessiva emotividade e busca de atenção. Os indivíduos com esses transtornos preocupam-se de mais com a atratividade física, muitas vezes são exageradamente sedutivos e se sentem muito bem ao ser o centro das atenções. Sua emotividade parece inadequadamente exagerada e superficial e eles tendem a apresentar um estilo de fala global, impressionista. Seu comportamento e muito relativo e intenso. Seus relacionamentos interpessoais são prejudicados e eles são percebidos pelos outros como superficiais, exigentes, dependentes e de difícil convívio. Por dependerem tanto da atenção dos outros.
 Segundo o DSM 5, A pessoa com transtorno histriônico tem como traço básico da personalidade uma desadaptação às possibilidades existenciais normais, reagindo sempre com um exagero, com um faz-de-conta para os outros e para si mesma, apresenta um comportamento “colorido”, dramático e extrovertido que se apresenta sempre exuberantemente. É um dos únicos distúrbios de personalidade mais frequentes no sexo feminino, onde os pacientes apresentam uma tendência de comportamento em busca de atenção.
 Os critérios diagnósticos pelo DSM V:
Desconforto em situações em que não é o centro das atenções(podem inventar histórias ou até mesmo cenas para ser o centro das atenções. - conquistam as pessoas no inicio das relações devido a aparente franqueza e capacidade de sedução. Diante do Clínico: traz presentes, faz descrições dramáticas de sintomas).
A interação com os outros é frequentemente caracterizada por comportamento sexualmente sedutor inadequado ou provocativo(comportamento sedutor independe de interesse sexual ou romântico).
Exibe mudanças rápidas e expressão superficial das emoções.
Usa reiteradamente a aparência física para atrair a atenção para si(desperdiçam tempo, energia, dinheiro em excesso para se vestir, adoram elogios, não aceitam críticas).
Tem um estilo de discurso que é excessivamente impressionista e carente de detalhes.
 Mostra auto dramatização, teatralidade e expressão exagerada de emoções(constrangimento alheio por exibição excessiva).
 É sugestionável(facilmente influenciado pelos outros ou pelas circunstâncias).
 Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são.
Diagnóstico diferencial segundo o DSM V:
 Segundo o DSM 5, outros transtornos de personalidade podem ser confundidos com o transtorno de personalidade histriônica, pelo fato de que apresentam alguns aspectos em comum. Assim, é importante distinguir esses transtornos com base nas diferenças em seus aspectos característicos. Indivíduos com o transtorno da personalidade antissocial e histriônica compartilham uma tendência a impulsividade, superficialidade, busca de excitação, descuido, sedução e manipulação, porém as pessoas com o transtorno histriônica tendem a ser mais exageradas nas suas emoções e não costumam envolver-se em comportamentos antissociais. Indivíduos com o transtorno histriônica manipulam para obter cuidados. 
 Embora os indivíduos com o transtorno de personalidade narcisista também busquem obstinadamente a atenção dos outros, eles geralmente querem elogios pela sua superioridade, enquanto as pessoas com o transtorno de personalidade histriônica desejam ser vistas como frágeis e dependentes caso isso sirva para obtenção de atenção. Muitos indivíduos podem exibir traços da personalidade histriônica. Esses traços somente constituem o transtorno quando são inflexíveis, mal adaptativos e persistentes e causam prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo significativos.
 Diferença entre Narcisista e Histriônico: Os narcisistas desejam obter louvores por sua "superioridade", ao passo que o indivíduo com Transtorno da Personalidade Histriônica presta-se a ser visto como frágil ou dependente, se isto for de utilidade para obter atenção.
A visão do Self, visão dos outros, principais Crenças e Estratégias: 
 Visão do self: Veem a si mesmos como glamorosos, impressionantes e merecedores de atenção;
 Visão dos outros: Veem os outros favoravelmente quando conseguem eliciar sua atenção e afeição. Tentam formar alianças sólidas com os outros, mas com a condição de serem o centro do grupo. Exigem que os outros desempenhem o papel de audiência atenta;
 Crenças: Sou interessante/excitante; Para ser feliz, preciso da atenção dos outros; Nada sou se não impressiono as pessoas; Se não gostam de mim, não prestam; Sou o centro das atenções; Sentimentos e intuição são mais importantes que planejamento racional.
 Principais estratégias: usar dramaticidade, charme, ter ataques de raiva, chorar; gestos suicidas.
O tratamento... 
 O tratamento de situações-problema específicas, a ampla gama de técnicas cognitivo-comportamentais (descritas em J. Beck, 1995) pode ser útil. Dependendo dos objetivos do paciente, convém utilizar diversas técnicas específicas, incluindo identificar e contestar pensamentos automáticos, montar experimentos comportamentais para testar pensamentos, organizar horários para as atividades e treinamento de relaxamento, de resolução de problemas e asserção. A próxima conceitualização do TPH sugere uma estratégia de tratamento que integre o trabalho para modificar o comportamento interpessoal e o estilo de pensamento do paciente, além de fazer mudanças tipicamente necessárias para a obtenção dos objetivos imediatos do paciente.
Pensamentos que incluem temas sobre o “não ser capaz de cuidar de si mesmo”. Incide uma mudança de pensamento, global, sugestionável, por um foco mais metódico, sistemático e estruturado sobre os problemas. O treino cognitivo-comportamental em relaxamento para um indivíduo com histriônica, enfatiza o desafio aos pensamentos automáticos sobre a inferioridade e o não ser capaz de lidar com a vida, ensina a trabalhar o comportamento impulsivo e desenvolver melhor as capacidades de resolução de problemas. 
Ex. A terapia inclui técnicas como modelação e ensaio comportamental para ensinar aos pacientes o efeito de seu comportamento teatral sobre os outros num ambiente de trabalho.
A Não-Colaboração...
 Várias causas de não-colaboração podem ser conceitualizadas em termos de habilidades, com uma conceitualização precisa, um plano de recuperação apropriado pode visar às causas especificas, utilizando a tecnologia do modelo cognitivo.
Para explorar as causas da não-colaboração, os terapeutas podem considerar úteis as seguintes perguntas: 
Existem déficits de habilidades, quer meus, quer do paciente contribuindo para essa não-colaboração? 
Existem crenças, minhas ou do paciente que estão atrapalhando? 
Certas condições do setting ou contingências estão interferindo no progresso? 
De que modo esses problemas estão se misturando? 
E, finalmente o que podemos fazer a respeito?
Exemplo Clínico:
 Caty, uma jovem de 26 anos trabalhava em uma loja de roupas da moda buscou terapia para transtorno do pânico com agorafobia. Se vestia muito bem com um penteado elaborado, usou óculos de sol durante toda a avaliação e mexia neles constantemente. Chorou dramaticamente em vários pontos da entrevista, falou sem parar durante toda a avaliação. Caty tinha uma história de relacionamentos tumultuados com os homens, na adolescência teve um namorado muito ciumento, este relacionamento terminou em meio muitas brigas, Caty ainda o encontrava de vez em quando. Aos vinte e poucos anos Caty se casou por vingança com outro rapaz, questionada sobre esse novo relacionamento Caty relatou que eram compatíveis pois ambos gostavam de roupas. Pouco meses após o casamento ambos se divorciaram pois Caty se sentia controlada pelo marido.
O Paciente acredita que a colaboração na terapia destruirá sua personalidade ou senso de si mesmo. 
Os pais de Caty
se divorciaram quando ela ainda era um bebê, quando criança ela via o pai 1 vez ao ano e ela sentia claramente que tinha que competir com seus amigos e com todas as mulheres que o rodeavam ela relatou que ele queria que ela fosse sempre a sua garotinha “perfeita”. Turkat e Maisto (1985,p.530) formularam os problemas de Caty como “uma necessidade excessiva de atenção e incapacidade de usar as habilidades sociais apropriadas para obter a atenção dos outros”. Períodos hipomaníacos são encontrados em pacientes com TPH, assim como naqueles com síndromes do eixo I de transtorno de ciclotímico ou transtorno bipolar. Embora o comportamento do paciente histriônico possa ser ocasionalmente inadequado, ele em geral demonstra níveis razoáveis de habilidade sociais e pode experenciar certas hipomania, sem que isso interfira seriamente em sua rotina social e funcionamento ocupacional.
 Não compreender o modelo terapêutico pode ser um fator na não adesão. Os pacientes que não compreendem o que se espera deles na terapia costumam ter dificuldade para concordar com as instruções ou recomendações do tema de casa.
A colaboração efetiva exige que o terapeuta dedique o tempo que for necessário para explicar a terminologia, conceitos, a importância da participação ativa do paciente e os objetivos no desenvolvimento das habilidades e da autoajuda. Além disso, o terapeuta precisa pedir feedback para verificar se o paciente está entendendo tudo o que está sendo dito. 
 Demonstrar respeito pelo esforço do paciente.
As crenças disfuncionais do paciente e do terapeuta podem estar harmoniosamente mescladas. O ponto cego do terapeuta pode ser um impedimento para o progresso de um determinado paciente, quando ambos compartilham uma mesma ideia disfuncional EX: “Não há esperança”. Esse compartilhar da crença, baseado em esquemas subjacentes congruentes, pode resultar em o terapeuta “absorver” as ideias e crenças desesperançadas do paciente.
Conclusão
O Transtorno da Personalidade Histriônica proporciona um alto grau de sugestionabilidade. Suas opiniões e sentimentos são facilmente influenciados pelos outros e por tendências do momento. Muitas vezes a pessoa histriônica considera os relacionamentos mais íntimos do que são de fato, dirigindo-se a qualquer pessoa recém conhecida como "meu querido, meu amigo" ou chamando pessoas que deveriam determinar um relacionamento formal pelo seu prenome sem nenhum cuidado com a titularidade. 
Em geral, são sexualmente provocativos e sedutores, além de muito dramáticos. Costumam desempenhar papéis de “vítimas ou princesa” em relacionamentos sociais. Indivíduos com esse transtorno geralmente têm relacionamentos difíceis com amigos do mesmo sexo, pois seu estilo interpessoal sexualmente provocativo pode parecer uma ameaça aos relacionamentos afetivos destes. 
O risco real de suicídio não é conhecido, mas a experiência clínica sugere que esses indivíduos estão sob risco aumentado de gestos e ameaças suicidas que realizam com o intuito de obter atenção e coagir os demais a oferecer melhores cuidados. O transtorno da personalidade histriônica tem sido associado a taxas mais altas de transtorno de sintomas somáticos, transtorno conversivo (transtorno de sintomas neurológicos funcionais) e transtorno depressivo maior. Com frequência, os transtornos da personalidade borderline, narcisista, antissocial e dependente ocorrem de forma concomitante.

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