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ANTIDEPRESSIVOS Depressão:distúrbio afetivo mais comum (distúrbio do humor). Varia quadro leve - grave(psicótico) Sintomas biológicos Perda do pensamento e ação Perda libido Distúrbios do sono e perda apetite Sintomas emocionais Infelicidade, apatia, pessimismo Auto-estima baixa Indecisão, perda de motivação Síndrome depressiva: Unipolar ou Bipolar Unipolar- humor não oscilante (depressão em todos os momentos) 75% não familial, reativa (eventos estressantes+ ansiedade e agitação) 25% não reativa/ endógena Bipolar- alterna momentos de depressão e mania. tendência hereditária, manifestação início vida adulta mania: entusiasmo e autoconfiança excessiva, ações impulsivas depressão maior: tristeza profunda e desespero, tentativas de suicídio, lentidão do processo mental, insônia, alteração hábitos alimentares (anorexia/compulsão), alteração cotidiano. Pacientes com depressão apresentam: Anormalidade das funções autônomas (ritmo atividade, sono, apetite, comportamento e humor) Melhora com fármacos anti depressivos Casos resistentes a tratamentos: TEC (depressão aguda grave ou tendência suicida) TEORIA DA DEPRESSÃO Hipótese das Monoaminas Depressão= déficit funcional de transmissores de monoaminas (NA e serotonina). Mania= excesso funcional de liberação de monoamina Comprovação está nas evidências farmacológicas: ADTs bloqueiam recaptura de NA e serotonina para o terminal nervoso-> melhora humor. Metildopa inibe síntese de NA-> piora humor. *Clinicamente inibidores da recaptura de NA e serotonina são igualmente eficazes como AD. Antidepressivos possuem efeitos bioquímicos diretos-> inibição da recaptura da serotonina. Mas isso NÃO é suficiente. *Alterações adaptativas secundárias (efeito indireto) geram melhora química (por isso AD precisam de algumas semanas para fazer efeito MECANISMO NEUROENDÓCRINO Em resposta ao défict funcional -> neurônios hipotalâmicos liberam CRH (alto em pctes c depressão). CRH (corticotropina) aumenta ansiedade, diminui apetite e atividade em geral. CRH-> produção ACTH-> estimula córtex da supra renal a secretar cortisol Redução GH, aumento Prolactina e CRH no cérebro e LCR Neuroplasticidade: perda neuronal no hipocapo e córtex pré frontal AD teriam papel de estimular a neurogênese FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES DA RECAPTURA DA MONOAMINA Inibidores não seletivos: ADTs ( imipramina , amitriptilina) + recentes ( venlafaxina, duloxetina e brupopiona) Inibidores seletivos de captura de serotonina (ISRS) Ex.: Fluoxetina, Paroxetina e Sertralina Inibidores seletivos de captura de NA Ex.: Maprotilina, Reboxetina INIBIDORES DA MONOAMINOOXIDASE (IMAO) Inibidores irreversíveis não competitivos Ex.: Fenelzina, Tranilcipromina Inibidores reversíveis seletivos Ex.: Moclobemida BLOQUEADORES DE RECEPTORES PRÉ SINÁPTICOS Ex.: Miancerina e mirtazapina (antagonistas de autorreceptores, portanto aumentam a transmissão de monoaminas) MECANISMO DE AÇÃO GERAL Alterações adaptativa secundárias: infrarregulação de receptores adrenérgicos beta 1 e alfa 2 (autorreceptores de NA) e receptor 5HT1a (autorreceptor de serotonina) e 5HT2 Perda de receptores B adrenérgicos (efeito indireto) Comprometimento de inibição pré-sináptica compromete ação autorreceptores-> aumento transmissão monoaminas AD modernos (mirtazapina) são antagonistas de receptores pré sinápticos inibitórios AD estimulam neurogênese= aumento formação AMPc MECANISMOS DE AÇÃO ESPECÍFICOS ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Aminas terciárias metabolizadas por enzimas CYP, que por desmetilação se transforma em aminas secundárias. Aminas secundárias são os metabólitos ativos dos ADTs NÃO são pró fármacos, pois já são ativos Diferença entre aminas: 2ária é inibidora relativamente seletiva de NA e a 3ária não é seletiva Em geral, não bloqueiam transporte de dopamina. Amitriptilina, Imipramina, Clomipramina MA: Bloqueio da recaptura de aminas (NA e Serotonina) para terminal pré sináptico-> +NT Não interferem diretamente na síntese, armazenamento em vesículas e liberação. Por via indireta aumenta liberação por atuar em autorreceptores(alfa 2 e 5HT1A) 1o) Inibem a recaptura= mais NA e Serotonina na fenda atuando em autorrecep (ruim pois inibe liberação de monoaminas) 2o)Apoós 2 semanas, autorreceptores são dessensibilizados (não respondem mais as monoaminas). Assim, há melhora sintomas emocionais (aum transm serotoninérgica) e sintomas biológicos (aum trans noradrenérgica) ALTERAÇÕES ADAPTATIVAS SECUNDÁRIAS -Mecanismo de retroalimentação negativa pré sinática -Perda da densidade de receptores Beta adrenérgicos pós sinápticos -Bloqueio receptores alfa1 adrenpergicos pós sinápticos -Facilitação da transmissão mediada por serotonina e dopamina -Alteração da sensibilidade de receptores muscarínicos (ñ tem efeito AD) -Reduzem GABAb e NMDA -Aumentam AMPc EFEITOS ADVERSOS Sedação, confusão, falta de coordenação Hipotensão postural (pelo bloqueio de receptor alfa1 adrenérgico) Efeitos atropínicos (boca seca, constipação,visão embaçada)-> principalmente em ADT com cadeia lateral terciária como amitriptilina e desipramina. Em altas doses: ação cardiodepressora por bloquear canais de cálcio dependende de ligante TOXICIDADE Efeitos no SNC e coração + efeitos atropínicos pronunciados Excitação e delírio Convulsões Coma e depressão respiratória INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA Fármacos metabolizados pela CYP (P450) Álcool, Anestésicos tem efeitos potencializados Cautela com Anti hipertensivos, pois adts interferem níveis de NA e serotonina FARMACOCINÉTICA VO Ligação com proteínas plasmáticas Altas doses de ADTs causam retardamento esvaziamento gástrico (retardo absorção) Metabolização: citocromo P450, sofrendo desmetilação e hidroxilação Inativos apenas quando conjugados com ác glicurônico pela enzima UDP-glicuronil transferase(fase 2) Eliminação: urina Meia vida: 10-20h (imipramina e desipramina), +- 80h (protriptilina) *qnt maior meia vida, maior risco de efeito acumulativo INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTURA DE SEROTONINA Vantagens sobre ADTs: menos efeitos colaterais e menor risco de superdosagem Seletividade de captura Depressão moderada (menos eficazes na depressão grave) MA: inibe recaptura de serotinina para o terminal pré sináptico por se ligarem às proteínas transportadoras, aumentando a concentração. ALTERAÇÕES ADAPTATIVAS SECUNDÁRIAS Retroalimentação negativa Aumento AMPc EFEITOS ADVERSOS Anorexia, náusea, insônia, perde libido Síndrome da Serotonina se uso concomitante com IMAO- excesso serotonina e outras monoaminas. Leva a tremores, hipertemia e colapso cardiovascular USO Contra indicado em pctes com menos de 18 anos (aumenta tendência suicida) Distúrbios psiquiátricos, depressão moderada e transtornos de ansiedade INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Fluvoxamina: aumenta concentração benzo, clozapina, varfarina e teofilina Fluoxetina/Sertralina: aumenta concentração benzo, clozapina e varfarina Paroxetina: aumenta concentração plasmática de clozapina, varfarina e teofilina Parozetina/Fluoxetina: não devem ser usados com ADTs, por diminuir o metabolismo e aumentar concentração plasmática INIBIDORES DA MAO MAO: enzima encontrada no citoplasma do terminal nervoso, responsável pela degradação de monoaminas. MAOa: neurônios noradrenérgicos, dregradando principalm NA,adrenalina e serotonina MAOb: neurônios serotoninérgicos e histaminérgicos, desaminando principalmente fenetilamina, dopamina e tiramina. SELEGILINA= tto parkinson *maioria dos AD IMAO atuam sobre ambas formas, mas como MAOa possui maior atividade AD com feitos colaterais, maioria inibe MAOa apenas. Podem agir de 2 formas: Inibidores irreversíveis não competitivos: se ligam ao sítio ativo da MAO por ligação covalente forte e duradoura. Ex.: Fenelzina e Tranilcipromina Inibidores reversíveis seletivos paraMAOa: recuperação rápida e inibem outras enzimas (não tão seletivos). Ex.: Moclobemida MA: aumenta concentração plasmática de monoaminas livres nas terminações nervosas efeitos biológicos sobre matabolismo das monoaminas são diretos efeitos adaptativos de hiporregulação dos receptores HT2 e B-adrenérgicos (infrerregulação tardia) EFEITOS ADVERSOS Hipotensão postural: vasodilatação por bloqueio receptor alfa1 adrenérgico Aumento do apetite: infrarregulação dos recept serotoninérgicos Efeitos atropínicos Hepatotoxicidade INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Fármacos e alimentos com tiramina Moclobemida: menos gera interação pois inibe MAOa de forma reversível e pouco tempo Aminas simpatomiméticas de ação indireta+ IMAO= hipertensão grave (excesso monoaminas) ADTs+ iMAO= hipertensão, excitação e hiperatividade Eficácia: depressão moderada-grave ESTABILIZADORES DO HUMOR Controlam oscilações do humor na depressão bipolar, principalmente. Ex.: Lítio, Anticonvulsivantes (Carbamazepina,Valproato,Gabapentina, Iamotrigina) e Antipsicóticos (Risperidona, Olanzapina, Quetiapina e Aripiprazol). LÍTIO -Cátion que imita o papel do sódio -Interfere na cascata de fosforilação proteica do IP2 - Inibe enzima inositol monofosfatase - Inibe glicogênio sintase quinase - Altera níveis de AMPc -Eliminação renal (metade da dose em 12h/ outra metade em 1-2semanas) -Janela terapêutica estreita (0,5-1,5 mmol/L) EFEITOS TÓXICOS Náuseas, vômitos e diarreia Tremor Efeitos renais: poliúria, retenção sódio Tto prolongado: lesão tubular renal grave (monitoramento) Ganho de peso e queda de cabelo Toxicidade aguda= efeitos neurológicos com uso de 3-5mmol/L ANTIEPILÉTICOS *Usados na depressão bipolar e às vezes unipolar; *Diminuem despolarização neuronal. Valproato e Carbamazepina Crises agudas de mania Tto a longo prazo Lamotrigina Prevenção recorrência de mania e depressão Gabapentina e Pregabalina Reduzir ansiedade ANTIPSICÓTICOS - Risperidona, Olanzapina, Queriapina e Aripiprazol Em combinação com Valproato ou Lítio Antagonistas de receptores dopaminérgicos (D2) e serotoninérgicos TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA Deve haver suspensão gradativa Tolerância mais comum em ISRS Perda da eficácia pode ser corrigida com: aumento dose, substituição de classes ou uso de lítio em pequenas doses e temporariamente ADTS : tolerância aos efeitos sedativos : tolerância aos efeitos autônomos Dependência física (retirada abrupta) ISRS Tolerância à náusea Dependência física (retirada abrupta) IMAO Pior dependência Reações graves de abstinência Alguns efeitos da dependência são decorrentes da atividade colinérgica exacerbada
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