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Acadêmica Letícia Schneider Medicina- 3o semestre Farmacologia Básica- Prof Daniela Delwing de Lima COMO AGEM OS FÁRMACOS Moléculas carregadoras Agem em proteínas alvo -> Enzimas Canais iônicos 1)Canais Iônicos • Moléculas proteicas formando poros com água, que atravessam a membrana • Só abrem se receptor está ligado a um agonista Interação Direta: droga se liga à proteína do canal Indireta: envolve proteina G(mediadores químicos) • Ação Bloqueadora(anestésicos locais): bloqueio do canal pela molécula Processo passivo: depende de gradiente eletroquímico por voltagem- despolarizam a membrana Processo Seletivo por ligante ou NT rápido • Fármaco + sítio receptor= anestésicos locais + outros locais= tranquilizantes benzodiazepínicos excesso de Ca os ativa Canais de K ativados por Ca: evita toxicidade diminui ativ celular Canais de K sensíveis a ATP: ausência de ATP ativa diminui ativ celular Bloqueadores: bloqueio da permearão Moduladores: aumento ou diminuição da probabilidade de abertura 2) Enzimas Podem atuar como: Inibição competitiva: inibe sítio de ligação Substrato análogo Inibição não competitiva: baixa velocidade de catálise baixa atividade enzimática ligam-se a sítios diferentes Falso substrato:produção de metabólito anômalo (não pode participar da reação) Pró-Fármaco: ativação do fármaco, impedindo a metabolização 3)Moléculas Transportadoras • Transportam íons e moléculas orgânicas pequenas(pouco solúveis) • Ex.: Transportadores de: glicose, AA,íons, moléc orgânicas, Captadores de precursores de NT, Receptadores de NT Simporte (cotransporte) Agem por Antiporte (contratransporte) Normais: após mudança conformacional fazem o transporte Inibidoras: bloqueiam o transporte • Sítio Ativo é modulado por: Fármacos e Molécula RECEPTORES Tipo I ou Ionotrópico Associados a canais icônicos dependentes de ligantes Proteínas de membrana Alteram composição iônica e potencial de membrana Na: despolariza Cl: re e hiperpolarizam Ativados pela fosforilação dos canais icônicos por proteinocinases intracelulares Ex.: Receptore nicotínico de Acetilcolina Receptor Gabab Receptor de glutamato (ñ todos) Obs: NT rápidos atuam nesse tipo Tipo II ou Metabotrópicos - Acoplado à proteína g Hepta-helicoidal com domínio N-Terminal extracelular e C-terminal intracelular Proteína G se liga no domínio intracel e atua no sistema efetor transdutor celular família de prot ligada à membrana 3subunidades Ação lenta pois precisa de mensageiro (prot G) Ex.: receptores hormonais muscarínicos de acetilcolina adrenérgicos opióides GABAb e glutamato Término da ação: GTP -> GDP pela GTPase da subunidade alfa Alvos da prot G: Adenilciclase Fosfolipase C Canais Iônicos Substratos de Prot G Gs: atua em enzimas, estimulando pro de AMPc Gi: inibe adenilciclase, inibindo formação de AMPc Go: ativa canal de K+, devido à subunidade By Gq: ativa fosfolipase C, aumentando produção de 2os mensageiros FosfolipaseC: Síntese de 2os mensageiros Fosfotidilinositol 4,5 difosfato -> diacilglicerol + inositol1,4,5 trifosfato Inositol 1,4,5 (IP3): mediador hirossolúvel controla liberação de cálcio do retíc p citosol receptor específico IP3: canal de calcio controlado por ligante Cálcio: regula canais ionicos e liga a calmodulina(prot cinase) ATIVOS DE PROTEINA G MENSAGEIROS AdenilCiclase AMPc Fosfolipase C IP3 e diacilglicerol Canais Iônicos K+ e Ca2+ Diacilglicerol(DAG): altamente lipofílico ativa proteina cinase -> fosforilação de proteína intracelular liga prot c domínios ricos em cisterna Canais Iônicos: Recept ligados à protG p controle dos canais sem 2o mensageiro efeito + rápido e direto que sist enzimáticos + lento que recept ionotrópico Ex.: Receptores muscarínicos de acetilcolina no coração (atua em Go,aumentando a permeabilidade do canal aos ions K+ => hiperpolarização; baixa FC) Tipo III ou Proteinocinase • Receptor ligado à cinase • Domínio extracelular ligado por hélice ao intracelular (de natureza enzimática) • Relacionado à ação de fatores de crescimento,citocinase e hormônios p insulina • Função: fosforilar proteínas efetoras intracelulares • Resultado: alterações bioquímicas proteicas Ex.: Receptores de insulina Polipeptídeos(crescimento e diferenciação): fator de cresce epidérmico e neural -Receptores de Tirosina Quinase (RTKs) incorporam porção de tirosina na região intracelular do receptor fosforilam proteínas que tenham resíduo de tirosina -Receptores de serina’ treonina quinase fosforilam resíduos de serina ou treonina Ex.: fator de transf de crescimento -Receptores de citocina não possuem atividade enzimática intrínseca ativam proteinoquinase citosólica Ex.: receptores de citosinas,fatores de crescim,fatores estimuladores de colônias e horm de cresc -Receptores associados à guanilil-ciclase a porção enzimática é guanilil ciciasse regula formação de GMPc pela hidrólise de GTP Mecanismos de fosforilação: Fosforilação= quinase -> adição de fosfato Desfosforilação= fosfatase -> retirada de fosfato Tipo IV ou Nucleares • Receptores nucleares • Regulam transcrição gênica( são fatores pra produção de RNA ativados por ligantes) • No citoplasma estão ligados à proteínas ,portanto inativos( não estão inseridos na membrana) *São alvos importantes para os fármacos: sinalização endócrino e regulação metabólica* Ex.: receptores para hormônios esteróides,da tireoide e para vit D e Retinoides(A) Classificação: 1)Classe I: Receptores para horm esteroides 2)Classe II: Receptores para lipídeos (Ex.: recep ativador p proliferação de peroxissomo,que sintetiza enzimas p regulação do perfil liídico) 3)Classe III: subgrupo da classe II papel na sinalização endócrino (Ex.: Receptor do hora da tireoide e da vit D) SEGUNDOS MENSAGEIROS CITOPLASMÁTICOS (nucleotídeos cíclicos) AMPc (Adenilato Ciclase) Prot Gs e Gi 9 isoformas na membrana -> moduladas pela sbunid alfaGTP(PTGs ou PGTi) permanece ativada GTPalfa - alfa GDP Uma isoforma é solúvel Ativa proteinocinase dependente de AMPc (PKA) Fosfodiesterase e proteínas transportadoras GMPc (Guanilato Cicase) 2 formas de GC Óxido Nítrico: estimula GC solúvel Peptídeos natriurétios: estimula GC transmembrana Ativa proteinocinase dependente de GMPc (PKG) Modula ativação de plaquetas Regula contração de músculos lisos Cálcio A entrada depende de: Canais regulados por proteína G Potencial de membrana, K+ e Ca++ Canais Células Excitáveis(despolarização da membrana e estado do canal) Reservas de cálcio A remoção : troca de sódio-cálcio Calcio ATPase Bombas SERCA REGULAÇÃO DE RECEPTORES • Estimulação prolongada da célula • Pode ser por: Dessensibilização (adaptação,hiporregulação ou refratariedade) Supersensibilidade Dessensibilização ocorre pela estimulação prolongada por um agonista tratamentos crônicos: uso contínuo do medicamento gera resposta atenuada causa: alteração no receptor faz com que haja resposta menor,pode ser alto conformacional, inacessibilidade temporária ou maior permanência no estado inativado permanece com a retirada a curto prazo Ex.: Uso prolongado de agonista de receptores adrenérgicos beta 2 (broncodilatadores).Uso de anticoncepcionais não ocorre dessensibilização. a)Homóloga: afeta respostas desencadeadas apenas pelo receptor estimulado b)Heteróloga: afeta vários receptores ou em via comum a eles(fármaco não específico a receptor alvo) Ex.: antidepressivo tricíclico Supersensibilidadeocorre em resposta a antagonista usado em longo prazo interrompido abruptamente utilização contínua faz com que receptor fique inibido ou superregulado Ex: Antagonista de receptor beta adrenérgico - Propanolol (antihipertensivo) O medicamento é antagonista, ou seja, ao ligar-se no sítio ativo impede a ligação de noradrenalina no receptor.Ao parar de ingerir o medicamento, o receptor fica hipersensibiizado. Pela falta de antagonista competindo, o receptor fica super sensibilizado a noradrenalina, gerando uma hipertensão rebote ( razão da retirada gradual do medicamento para troca ou suspensão). Ação Independente de Receptores Alguns fármacos não necessitam de receptores pra desencadear resposta-> gerada pela ligação dos fármacos a moléc pequenas ou íons. Ex.: neutralização do ác gástrico por antiácido (bicarbonato neutraliza HCl por reação bioquímica). Manitol (diurético osmótico)= é filtrado pelos glomérulos, mas não é reabsorvido.Por permanecer no lumen tubular provoca influxo de líquidos, favorecendo diurese. Resina de colestiramina (sequestradora de ác biliares)= se liga aos ác biliares e forma um complexo gde que não é absorvido, sendo eliminado pelas fezes. Com menor qntd de ác biliar, menos sal biliar pra digestão de lipídeos= menos absorção de colesterol Quantificação da Interação Fármaco-Receptor Representa o efeito de um fármaco em função da sua concentração no compartimento receptor.Ou seja, a concentração e a resposta obtida para o medicamento.Resposta aumenta conforme o farmaco se liga ao receptores disponíveis.Resposta máxima quando todos os receptores estão ligados(considerando agonista total). Potência e Eficácia Relativa Depende da afinidade(ligação fármaco-receptor) e eficácia (produção de resposta) Agonistas totais tem alta afinidade(ligação máxima) Agonista parcial tem afinidade menor, pois se liga na conformação ativa e na em repouso.Por isso mesmo que aumentando a concentração do agonista parcial, não há resposta máxima. Quantificação do agonismo Potência depende de: densidade dos receptores número de receptores eficácia do estímulo-resposta (varia confirme tecido) afinidade + eficácia Quantificação do antagonista • Ant. competitivo simples: reversível; tem afinidade pelo receptor, mas não eficácia; compete com subst endógena pelo sítio ativo; ligação com receptor é fraca e fácil de ser rompida. • Antagonista competitivo irreversível: ligado fortemente ao sítio e não pode deslocá-lo.Não é superável, mesmo com o aumento do agonista. • Antagonista alostérico: não competitivo; se liga a um sitio alostérico,por isso não compete.Diminui a afinidade do sítio ativo pelo agonista. OBS.: O antagonista é superável em casos que há mt agonista,pois a lig é reversível.Ou seja, para aumentar a concentração do agonista, este pode deslocar o antagonista do sítio e a subst endógena volta a se ligar.
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