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Ana Karolliny, 2020.2 Estuda a inter-relação da concentração de uma droga e a estrutura alvo, bem como o seu mecanismo de ação. As moléculas de um fármaco devem ligar-se a constituintes específicos de células ou tecidos para produzir um efeito Mecanismo de ação - Processos moleculares subjacentes à interação do fármaco com que seu alvo que modifica funções celulares Sitio de ligação - Local no qual o fármaco atua, desde que chegue com concentrações adequadas - Droga + Receptor = Ação + efeito (os fármacos não criam efeitos eles modulam as funções fisiológicas intrínsecas Alvos para ação dos fármacos - Enzimas: anti-inflamatórios - Moléculas Transportadoras – omeprazol - Canais de íons – anestésicos locais, BZDs - Receptores – Aceticolina, atropina * Receptores: Classe de proteínas capaz de gerar segundos mensageiros Canais iônicos Canais iônicos regulados por ligante (receptores ionotrópicos) Se abrem quando o receptor é ocupado por um ligante Controlados por diferença das cargas iônicas dos 2 lados da membrana - Anestésicos locais (Bloqueiam o canal de Na+ regulado por voltagem) - Dildropiridina (alterações cardíacas – bloqueia canais de Ca+), Benzodiazepínicos (fármacos psicotrópicos – aumenta abertura de canais de Cl-), Sulfoniluréias (diminui a condutância de K+) - tem de dois tipos: Bloqueadores -> permeabilidade bloqueada Moduladores -> aumento ou diminuição da permeabilidade de abertura - Inibidoras -> Inibição da reação normal (Captopril, aspirina) - Substrato falso -> Produção do metabólito anormal (Fluoruracila) - Pró-farmaco -> produção de substância ativa - São semelhantes às endógenas - Transporte normal (cocaína, antidepressivos) - Inibidor -> Bloqueio do transporte - Substrato -> acúmulo de composto anormal Receptores - Elementos sensores no sistema de comunicações químicas - Agonista (ativa) -> Mecanismo de transdução (lembra de transdução de ondas sonoras); abertura/fechamento de canais iônicos , ativação/inibição de enzimas, Modulação dos canais iônicos, Transcrição de DNA - Antagonista (inativa) -> nenhum efeito - Funções: Interação com o ligante e propagação da mensagem, ou seja, é o mecanismo de transdução celular Habilidade das células de receber e reagir a sinais vindos do outro lado da membrana, estes sinais são detectados por um receptor específico e convertidos em uma resposta celular - Ionotrópicos - Acoplados à proteína G ou metabotrópicos - Catalíticos - Nucleares Receptores ionotrópicos - Proteínas oligoméricas dispostas ao redor de um canal - A ligação do ligante e a abertura do canal ocorrem em milissegundos - Participam principalmente da transmissão rápida - Funções: Neurotransmissão, condução cardíaca, contração muscular, secreção - A maioria dos ligantes são neurotransmissores -> transmissão sináptica rápida Receptor nicotínico = ACh NMDA = Glutamato GABA = GABA Glicina Receptores metabotrópicos - São receptores acoplados à proteína G – GPCRs - Possuem 7 segmentos transmembranares - Atualmente 80 a 90% das drogas atuam sobre esse receptor Ex. Muscarínicos, adrenérgicos, histaminérgicos, etc. - Têm a capacidade de modular a célula, o sítio de ligação é extracelular - É um transdutor de sinal - Subunidades alfa e dímero beta-gama – ancorados na membrana - Podem regular mais de um efetor - Participam da transmissão lenta Processos biológicos mediados por GPCR’s - Visão - Olfação - Neurotransmissão Tipos de proteína G - Gs - Gi subunidades alfa - Gq - Go Alvos das proteínas G - Enzimas (adenilato ciclase ou ciclase ou adenilil) e Fosfolipase C - Canais iônicos (Ca e K) Alguns sinais que usam AC/AMPc - Histamina (H2) - Epinefrina (beta-adrenérgica) - Prostaglandinas E1 e E2 - Serotonina - Dopamina Alvos PKA - M. cardíaco → aumenta a atividade dos canais de Ca (aumenta a força de contração) Proteína G = GTP → GDP - Músculo liso → Fosforila a MLCK inativando - Tecido adiposo → ativa as lipases (lipólise) Alguns sinais que agem pela PLC/DAG e IP3 - ACh - Agonista alfa-adrenérgicos - Angiotensina II - Histamina - Serotonina Receptores catalíticos - São receptores transmembrana - Possuem uma única região transmembrana helicoidal - Dominio de ligação ao ligante é extracelular - Modificam proteínas pela adição ou remoção de grupos fosfato ou de resíduos - Desempenham diversos papeis fisiológicos (metabolismo, crescimento, diferenciação celular) - Receptores de insulina - Fatores de crescimento - Citocinas Receptores nucleares - Regulam a transcrição de genes - Receptores de hormônios esteroides (estrógenos e glicocorticoides), Hormônio tireóideo, Ácido retinoico, vitamina A Interação Farmaco-receptor Envolve vários tipos de ligações ou interações químicas - Hidrofóbicas - Iônicas - Van der Waals - Covalentes (+ fortes) As interações podem ser reversíveis ou irreversíveis Relação dose-resposta A resposta a um fármaco é proporcional à concentração de receptores que estão ligados pelo fármaco - Afinidade: tendência à se ligar ao receptor - Potência (EC50): concentração em que o fármaco produz 50% de sua resposta máxima - Eficácia (Emáx): resposta máxima produzida pelo fármaco * curva dose-resposta pode ser gradual ou quantal É uma curva semi-logaritmica Quanto mais baixa a eficácia, menor o risco de reações adversas - Concentração efetiva 50% (DE): dose em que 50% dos indivíduos apresentam uma resposta terapêutica - Dose letal 50% (DL50): dose da droga que induz morte em 50% dos indivíduos - Índice terapêutico: medida de segurança de uma droga, DE/DL - Agonista = ativa o receptor - Antagonista = não há resposta Antagonista químico + agonista Antagonista competitivos Compete com o agonista pelo sitio ativo do receptor O grau de inibição depende da concentração do antagonista. A resposta clínica depende da concentração que está competindo para a ligação ao receptor. Antagonista não competitivo O receptor tem dois sítios, um para o agonista e um alostérico de ligação. Ele não compete para se ligar ao receptor. A ligação é covalente, ou seja, mais forte, é uma ligação irreversível, ex.: ação da aspirina sobre a COX.
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