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RESUMAO DE ENDO ( MATERIAIS OBTURADORES, TECNICAS DE OBTURAÇÃO E MICROBIOLOGIA)

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CAP 16- OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES
CAP 16-2
PRINCIPIOS E TECNICA DA COMPACTAÇÃO LATERAL
Objetivo:
selar toda extensão da cavidade endodôntica, desde sua abertura coronária até o seu término apical. O material obturador deve ocupar todo o espaço que antes ficava a polpa, promovendo um bom selamento apical, lateral e coronário.
Espaço vazio- proliferação de MO
Reduzir a infecção.
É possível que a lesão regrida, após a instrumentação adequada, mesmo sem obturação, isto ocorre por causa da remoção dos irritantes.
4 parâmetro são fundamentais para o sucesso : controle da infecção; obturação compacta do canal radicular; limite da obturação até 2mm aquém do forame apical; e uma restauração coronária adequada.
SELAMENTO APICAL
MO remanescentes que sobrevivem, tem um alto potencial de fracasso no tratamento endodôntico a longo prazo.
Um dos objetivos da restauração é impedir o regresso desses MO para os tecidos perirradiculares.
Esse isolamento da cavidade deve se manter intacto definitivamente, pois o reservatório de irritantes também se mantem. As regiões que contém reservatório são: istmos, túbulos dentinários, canais recorrentes, secundários, acessórios, canais comunicantes e reentrância do canal principal.
Alguns MO podem ficar ‘inativos’ até receberem substratos e voltarem a se proliferar.
Uma região com MO mortos, servem como reservatório para outros que eventualmente consigam chegar nessa área.
Podem haver espaçõs entre o selamento e as paredes do canal ( selamento inadequado),e faz com que haja a percolação de fluidos oriundos dos tecidos perirradiculares, e isso serve como local de suprimento de substratos para os MO. Esses fluidos contem principalmente glicoproteínas.
MO que recebem fluidos via infiltração, começam a se proliferar, dessa forma eles tem acesso aos tecidos perirradiculares, iniciando lesões inflamatórias.
O espaço vazio por si só, não representa um fator irritante, para que isso ocorra é necessário a presença de MO.
SELAMENTO LATERAL
As ramificações do canal principal , podem ser uma via de comunicação entre irritantes e os tecidos perirradiculares. Assim um selamento lateral adequado também é requerido para o sucesso do tratamento endodôntico.
SELAMENTO CORONÁRIO
Extrema relevância no resultado do tratamento endodôntico
Se irritantes presentes na saliva, entrarem em contato com os tecidos perirradiculares, estes podem se tornar inflamados. Canais obturados expostos diretamente a saliva podem tornar-se contaminados em após 30-45 dias. Graças a solubilização do cimento endodôntico e a permeabilidade da obturação.
As causas de exposição da obturação a saliva podem ser: perda do selador temporário ou da restauração dentária definitiva; microinfiltração; cárie recidivante ou secundária; fratura do dente ou restauração.
SELADOR PROVISÓRIO
Após a obturação do canal radicular, um selador coronário provisório deve ser aplicado até a realização do tratamento restaurador definitivo.
Baixa resistência- solubilidade aos fluidos salivares
Restauração definitiva- deve ser executada o mais rápido possível
Dente com canal tratado exposto a cavidade bucal- contra indicado a restauração definitiva.
Sucesso= boa obturação + bom selamento coronário.
MOMENTO DA OBTURAÇÃO
o momento para obturar o canal radicular deve ser avaliado criteriosamente. Para eleger o momento ideal, alguns requisitos devem ser preenchidos.
O canal radicular só deve ser obturado quando sua ampliação, limpeza, desinfecção e modelagem estiverem sido completadas.
Ausência de exsudação persistente - Nesses casos não deve ser obturado e o preparo mecânico-químico deve ser feito novamente, com medicação intracanal, em casos de persistência deve ser indicado antibiótico ( amoxicilina, em casos de alergias, penicilina) e se persistir, uma cirurgia deve ser feita.
O canal deve ser seco, livre de qualquer umidade.
Ausência de sintomatologia: em casos de sensibilidade e percussão, sensação de dente extruido ou dor espontânea, excesso de substancias químicas. Deve se adiar a obturação.
Obturação na mesma sessão apenas quando o dente estiver vivo. Dente necrosado se faz medicação intra-canal.
Ausência de odor- o canal nao devera ser obturado na presença de odor fétido, pois isso indica a permanência da infecção. O preparo quimico-mecanico deve ser refeito, e a obturação marcada pra próxima sessão..
OBTURAÇÃO EM SESSÃO ÚNICA OU MAIS SESSÕES
O tratamento endodôntico executado em sessão única tem algumas vantagens para o profissional e o paciente:
Poupa tempo;
Previne a contaminação ou a recontaminação;
Comodidade
Economia
Por outro lado temos as desvantagens:
Dor pós operatória
Incompleta remoção dos patógenos
Em casos de secreção ou relato de dor- medicação intra canal
LIMITE APICAL DE OBTURAÇÃO
Deve permanecer dentro do conduto
Atingir as proximidades do forame apical
O limite da obturação influencia muito no resultado final do tratamento, principalmente em casos de dentes despolpados e com lesões, pois ali existem quantidades muito maiores de MO que são mais difíceis de ser controladas e por estarem próximo do forame apical podem entrar em contato com os tecidos perirradiculares. O sucesso é maior em casos de dentes com polpa vital, o sucesso aumenta mais se a polpa for vital e não tiver lesão.
Limite de 0 a 2mm é tolerável
Canais obturados o mais próximo possível do forame, garante uma desinfecção adequada. Porem obturar a mais do que 2mm, tem mais chances de fracassar.
 A obturação muito aquém do forame representa um grande potencial para o fracasso da terapia, principalmente nos casos em que o segmento apical além da obturação não foi instrumentado. Este segmento abriga MO, e uma vez não eliminados, tem grande potencial para manter um nível de agressão que é incompatível com o reparo dessas lesões. Mesmo se a parte apical for instrumentada, pode haver riscos, pois se sobrar espaço após a obturação, pode ser servir como ‘’abrigo’’ para MO.
Quando extravasados os cimentos podem ter 3 destinos: 1- ser fagocitados; 2- se dissolver e ser eliminado; 3- ser encapsulado.
Quando o cone de guta ultrapassa o forame, ele pode ser envolvido por uma capsula fibrosa, ou pode ser reabsorvido através dos macrófagos.
DESCONTAMINAÇÃO DOS CONES DE GUTA PERSHA
As superfícies dos cones de guta-persha dificulta a colonização microbiana.
 A imersão dos cones em hipoclorito de sódio, nas concentrações de 2,5% e 5,25%, é suficiente para eliminar efetivamente os MO contaminantes. ( por 1 minuto)
Após a desinfecção, os cones devem ser lavados com álcool 96% ou agua destilada, com objetivo de remover resíduos oriundos da solução de HS.
Não pode ser utilizado calor
A calibração dos cones é feita antes da desinfecção
GUTA PERSHA
Substancia vegetal
Resina que com o calor se torna uma pasta fibrosa
Adquiri flexibilidade a 25º
É acrescido de oxido de zinco, ceras, corantes e outros.
Menos toxica, capacidade de preenchimento, mas não de selamento.
GUTA PERSHA ALFA CRISTALINA ( técnica termoplastificada)
Quebradiça a temperatura ambiente
Pegajosa, aderente e com maior escoamento quando aquecida
Temperatura de fusão de 65º
GUTA PERSHA BETA CRISTALINA ( técnica de compactação lateral)
Estável e flexível a temperatura ambiente
Quando aquecida não apresenta adesividade e tem menor escoamento que a forma alfa
Temperatura de fusão a 56º.
TECNICA DE COMPACTAÇAO LATERAL
O termo compactação lateral refere-se a colocação sucessiva de cones auxiliares lateralmente a um cone principal bem adaptado e cimentado no canal.
O cone é escolhido em função do diâmetro D0 e da conicidade da haste helicoidal cônica do instrumento empregado no preparo apical do canal radicular.
Primeiro é feito a calibração dos cones ( antes da desinfecção)
Descontaminação dos cones
O cone principal deve estar bem adaptado no canal principal – travar no CT
Utiliza-se cones auxiliares lateralmente a ele associados ao cimento
Casos de curvatura acentuada, reabsorção interna e externa- termoplastificada
O espaçopara os cones auxiliares é criado pela ação dos espaçadores
A TECNICA CONSISTE BASICAMENTE DOS SEGUINTES PASSOS:
SELEÇÃO DOS ESPAÇADORES
Tem função de abrir espaço para a colocação dos cones acessórios
Espaçadores digitais devem ser preferidos em relação aos manuais
O espaçador não deve ir ate o CT, porque pode alterar o selamento apical. Por isso deve ser usados com limitador de penetração.
CONICIDADE
O maior diâmetro em D0 e a maior conicidade do cone de guta aumentam a sua resistência mecânica a flexocompressão.
DEVE-SE SEGUIR 3 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DO CONE PRINCIPAL:
INSPEÇÃO VISUAL
Pega o cone com uma pinça e introduz ele no canal até o CT, após a retirada ele não deve apresentar distorções. Se o cone não alcança essa medida, outro de diâmetro imediatamente inferior deve ser testado.
CRITÉRIO TÁTIL
Uma vez que o cone atinja o CT, o que inicialmente é avaliado de forma visual, ele deve oferecer certa resistência ao deslocamento. O cone deve travar dentro do canal.
CRITÉRIO RADIOGRÁFICO
Aprovado no teste visual e tátil, o cone e posicionado no canal e o dente e radiografado para confirmar a exatidão da seleção.
Em dentes com mais de um canal, em cada um deve ser posicionado um cone, antes da radiografia.
Na duvida quanto ao limite apical do cone, a seleção deverá ser individualizada, ou seja, canal por canal.
A radiografia da prova do cone é uma oportunidade de verificar todas as etapas operatórias.
O procedimento deve ser realizado com o canal umedecido pela solução química auxiliar, permitindo assim a lubrificação do canal.
Após a remoção do cone selecionado do canal, ele é mergulhado em um recipiente contendo HS, permanecendo ali ate o momento da cimentação.
O ajuste correto do cone no CT, promove um bom selamento apical, e faz com que menos material obturador extravase para os tecidos perirradiculares.
Nem sempre o cone fica bem ajustado, pois os movimentos de instrumentação não permitem ao profissional ter um controle exato sobre o diâmetro e a forma final do canal.
A ponta do cone pode ser modelada também, e usa se bisturi para fazer cortes no cone para que eles fiquem bem adaptados e travados no canal.
Para evita a deformação da ponta de um cone de guta, ele deve ser cortado em duas etapas. Inicialmente a ponta do cone é introduzida em um furo de diâmetro padronizado de uma régua calibradora correspondente ao diâmetro do cone. A seguir, com uma lamina de bisturi, o cone e cortado parcialmente sem ocorrer separação. Em seguida o cone e posicionado sobre uma placa de vidro e o corte e completado por meio da lamina.
SECAGEM DO CANAL
Após abundante irrigação-aspiração, inicialmente realizamos a secagem do canal, para isso utiliza-se pontas aspiradoras seguidas de cones de papel absorvente de diâmetros compatíveis com o do preparo apical. O cone de papel devera ser mantido no canal ate o momento da obturação, a fim de absorver toda umidade que se acumulou. Nos casos de canais mais amplos, mais de um cone papel ser colocado.
PREPARO DO CIMENTO OBTURADOR
a manipulação do cimento é feita usando placa de vidro e espátula metálica flexível estéril.
COLOCAÇÃO DO CONE PRINCIPAL
O cimento pode se levado no canal de duas maneiras:
Com um instrumento o cimento e introduzido no canal ate o CT, em seguida removido, realizando rotação anti horaria e retrocesso lento no sentido cervical. A seguir o cone de guta principal é secado com gaze esterilizada, e introduzido no canal com movimentos curtos de avanço e retrocesso ate atingir o CT.
Com o cone principal preso na pinça tipo Perry, o cone e carregado com cimento endodôntico e inserido no canal, com movimentos de avanço e retrocesso ate atingir o CT.
Deve se evitar a colocação do cone com um único movimento no sentido apical, para evitar que possíveis bolhas de a se formem no canal. A presença de bolhas pode provocar dor durante a obturação. Além disso pode ocorrer um extravasamento do cimento pros tecidos perirradiculares caso seja levado com um único movimento.
COMPACTAÇÃO LATERAL PPD
a compactação do cimento no interior do canal é fundamental para se alcançar a impermeabilidade a fluidos, impedindo a infiltração microbiana.
Estando o cone principal com a guta ajustado no interior do canal, o avanço do espaçador, promove a compactação ou adaptação do material nas paredes do canal, selando adequadamente.
O espaçador selecionado é introduzido lateralmente ao cone de guta, com movimentos de penetração no sentido apical e rotação alternada. O espaçador deve penetrar de 2 a 3 aquem do CT.
Procede-se então a remoção do espaçador com uma das mãos, inserindo imediatamente o cone acessório carregado com cimento no espaço criado.
O cone acessório que vai ser colocado deve ter o diâmetro inferior ao espaçador. Esses procedimentos devem ser repetidos ate que o espaçador não penetre mais. Em seguida faz uma radiografia pra ver a qualidade da obturação.
Em dentes com mais um de canal repete todos os procedimentos igualmente, em alguns casos deve ser obturado separadamente.
COMPACTAÇÃO VERTICAL FINAL
Os cones que ficam na câmera pulpar, são cortados com instrumento aquecido. O instrumento e aquecido na chama, e assim consegue corta e plastificar o cone sem prejudicar o dente.
Imediatamente depois do corte, realiza-se uma compactação no sentido apical, usando um compactador sem aquecimento. A compactação da massa obturadora deve ser feita repetidamente. Encerrando o processo, é executado uma força sobre o material obturador durante 3 minutos.
 3 minutos porque o resfriamento da guta é lento. Esse processo reduz o efeito da sua contração. Esse movimento aumenta o contato do cimento com as paredes, e também aumenta o selamento do cimento na parte cervical do canal.
Feito os ajustes, limpa-se a câmara pulpar com álcool, removendo resíduos de materiais, esses procedimentos ajudam a diminuir o escurecimento da coroa.
Toma se uma radiografia para avaliar o limite da obturação, e se necessários fazer reajustes.
A cavidade coronária deve ser preenchida com material obturador temporário. Em dentes que serão restaurados com resina composta, optamos por um cimento a base de OZE, caso contrario e usado um que não contenha eugenol, pois ele interfere na reação de presa do material.
Contudo o cimento com ou sem, não interfere na resistência de união das cerâmicas cimentadas..
A restauração definitiva do elemento deve ser realizada dentro do menor tempo possível. Em casos de demora a cavidade deve ser preenchida com ionômero de vidro ou resinas foto polimerizáveis, que tem mostrado efetividade contra infiltração.
MANOBRA DO TAMPAO APICAL
Na obturação de dentes com necrose pulpar e reabsorção apical visível radiograficamente, assim como em dentes com rizogênese incompleta empregamos a manobra do tampão apical. O tampão consiste na colocação de um material obturador biologicamente compatível com os tecidos perirradiculares no segmento apical do canal radicular, sendo o restante obturado de forma convencional.
O tampão apical é utilizado com objetivo mecânico e biológico. O objetivo mecânico é atuar como um obstáculo ao extravasamento da guta e do cimento utilizado na obturação, e o biológico é favorecer a reparação por deposição de um tecido mineralizado junto área critica apical.
Como tampão apical pode se usar materiais a base de hidróxido de cálcio.
O cimento do tampão apical e levado por uma lentulo ou instrumentos do tipo K.
Depois de preenchido, o material e compactado, deixando de 2 a 3 mm do canal com cimento. 
A seguir efetua se a obturação do restante do canal com a técnica de compactação lateral
A proposta terapêutica do tampão tem como vantagem não retardar a restauração definitiva do dente. Isso favorece a não contaminação, e reduz a possibilidade de fratura e permite o restabelecimento da função mastigatória e estética.
ESPAÇO PARA RETENTORES INTRARRADICULARES
Para os que necessitam de pino, a criação do espaço deve ser realizada imediatamente após a obturação do canal. Para outros autoresesse procedimento deve ser realizado após um intervalo de tempo, para que o cimento tenha sua reação de presa completa.
Quanto ao método de remoção do material, instrumentos associados a solventes orgânicos não são indicados, a infiltração do solventes causa contração da guta prejudicando o selamento apical.
Existe o método térmico, que a remoção feita com um instrumento aquecido. O instrumento e aquecido e levado ao interior do canal, sendo retirado logo a seguir. A guta ira se aderir a superfície, sendo removida.
Chegando no tamanho desejado, realiza-se novamente a compactação vertical, com objetivo de melhorar o selamento da obturação.
É importante nunca tentar criar o espaço em uma única etapa, ou penetrar aquém de 3 mm, pois o emprego do instrumento aquecido por mais tempo no canal pode fazer a remoção de todo conjunto de material.
No método mecânico, alargadores de gates e largo são os preferíveis.
Após a criação do espaço, colocamos em seu interior um medicamento intracanal e selamos a cavidade com OZE.
PROSERVAÇÃO
O sucesso da terapia deve ser avaliado de 6 em 6 meses. O controle clinico e radiográfico é um meio de fazer essa avaliação. Os critérios para determinação do sucesso são:
Ausência de mobilidade
Mobilidade dentaria normal
Função dentaria normal
Ausência de fistulas
Regressão da lesão
Ausência da reabsorção
CAP 16-3
TECNICA DA TERMOPLASTIFICAÇÃO DA GUTA-PERSHA
TECNICA DE SCHILDER
Shilder propôs plastificação do cone de guta no canal mediante a inserção de um instrumento aquecido-condutor de calor, seguida da compactação vertical da guta plastificada.
A guta percha plastificada apresenta maior escoamento e melhor embricamento mecânico as paredes dentinárias.
A compactação é feita com calcadores de diâmetros compatíveis, que preenche detalhes anatômicos, como istmos, canais laterais e acessórios, irregularidades, degraus, desvios, perfurações.
Compreende um conjunto de manobras, primeiramente no sentido coroa-apice (downpack), e complementadas pela progressiva inserção/compactação da guta previamente plastificada, no sentido ápica-coroa.
A técnica é compatível com todos os cimentos que existem no mercado
SEQUENCIA TÉCNICA:
Primeiramente seleciona um conjunto de 3 compactadores verticais compatíveis com os segmentos cervical médio e apical. Deve se delimitar a profundidade que o espaçador pode chegar.
Em seguida o cone de guta persha principal deve ser posicionado de 1 a 2 mm do CT, porque o material se desloca no sentido apical durante a compactação.
O cone e selecionado de acordo com a sua conicidade, em seguida faz uma tomada radiográfica.
Após secar o canal, o segmento apical do cone é envolvido por cimento, e em seguida, inserido no canal radicular ate a extensão planejada. Em canais irregulares pode-se utilizar um cone complementar não padronizado tamanho FM ou MF, lateralmente ao principal.
Fase coroa-apice ( downpack)
Essa fase corresponde a obturação do segmento apical do CR no sentido coroa-apice.
Fase ápice-coroa ( backfill)
Corresponde ao preenchimento dos segmentos médio e cervical, no sentido ápice-coroa.
TECNICA DE ONDA CONTINUA DE COMPACTAÇÃO
Utilza-se um numero menor de instrumentos. A fonte de calor é gerada por um aparelho, denominado System B, que promove aquecimento e também atua como compactador.
Os condutores são projetados para aquecer da ponta para o cabo, diminuindo o risco de deslocamento da massa obturadora.
Assim após a plastificação/calcificação da guta, segue-se a compactação a frio com os calcadores.
Os calcadores são de aço inoxidável e estão disponíveis em diâmetros similares aos dos cones acessórios: F, FM, M e ML.
A fase de remoção da guta persha nos segmentos médio e apical é chamada de downpack. 
Para a complementação da obturação nos segmentos cervical e médio, chamada fase backfill, utiliza-se um sistema de injeção de guta percha denomidado obtura II.
SEQUENCIA TECNICA:
Seleção e comprovação radiográfica da adaptação do cone de guta principal no CT.
Na seleção da ponta do System B, deve se verificar se a sua conicidade é compatível com a do cone escolhido.
Secagem, pincelamento do cimento obturador e posicionamento do cone principal no canal radicular.
Aparelho ajustado com temperatura a 200º. Em seguida o aparelho é acionado, e é direcionado através do cone de guta, exercendo compressão ate 3 a 4 mm aquém da posição de travamento apical.
Libera-se o dispositivo acionador, mantendo a compressão apical por 10 seg. Que serve para reduzir o efeito da contração da guta, aumentar embricamento do cimento nas paredes e maximizar a qualidade do preparo.
A remoção do condutor. Radiografia
Fase de preenchimento dos segmentos médio e cervical ( fase de backfill) : adapta-se a ponta da bomba Obtura II e aperta-se o gatilho para liberar gradualmente a guta
Compactação a frio com os calcadores
Novo incremento de guta com a bomba Obtura II
Compactação a frio
Radiografia final
TECNICA HIBRIDA DE TIGGER
Coube a Jhon McSpaden a ideia de plastificar e compactar a guta persha no canal radicular, mediante a ação mecânica de um instrumento acionado em rotação contínua.
Todavia a adaptação do cone frequentemente causava extravasamento perirradicular. Esse problema foi contornado pela proposta de Tagger, que recomendou a combinação da compactação lateral a frio seguida da termoplastificação da guta-persha.
Desta maneira, após a obturação do segmento apical pela compactação lateral, completa-se a obturação dos segmentos médio e cervical mediante a aplicação de um compactador.
O compactador acionado no canal no sentido horário, gera calor por atrito, plastificando a guta persha e em virtude do seu formato, ele promove a compactação lateral e apical do material obturador. 
Existem muitos compactadores disponíveis, fabricados em aço inoxidável. Modificações no compactador, a exemplo das hélices com angulações diminuídas e níquel titânio, permite trabalhar com menor risco de fratura e extravasamento. Além disso por apresentarem maior flexibilidade os de NiTi podem ser usados em canais curvos.
Vantagens dispensa equipamentos especiais, proporcionando uma alternativa de baixo custo, possibilidade de correção da obturação quantas vezes for necessário, é de rápida execução, com reduzido consumo de material, e promove selamento apical satisfatório.
SEQUENCIA TÉCNICA
Prova do cone principal da guta-persha, semelhante a técnica de compactação lateral
Aplicação do cimento obturador no canal radicular, seguida da adaptação do cone principal, também com cimento.
Faz a compactação lateral no segmento apical utilizando-se 2 ou 3 cones acessórios
Introdução do espaçador endodôntico digital, seguida da imediata inserção do compactador no espaço estabelecido. O compactador deve apresentar diâmetro igual ou superior o cone principal, nunca menor. O compactador é inserido no canal radicular ate o ponto onde encontra resistência, então retirado cerca de 1mm e acionado no sentido horário. Depois de no máximo 10 seg ele e removido.
Compactação da massa obturadora, na embocadura do canal radicular, com calcadores de shilder. Remove excessos. Depois faz a limpeza da câmara pulpar, seguida de selamento coronário.
Radiografia final
OBSERVAÇÕES
Conferir se o compactador esta girando no sentido horário, ele de nenhuma forma pode girar no sentido anti-horario, pois resulta na remoção da guta persha do canal radicular e no avanço dele para o sentido apical, com risco de travamento, perfuração.
O compactador deve ser acionado somente após ser posicionado dentro do canal, e removido com ele funcionando.
A termoplastificação deve se limitar aos segmentos médio e cervical do canal, ficar de 4 a 5 mm do CT.
MATERIAIS OBTURADORES ( CIMENTOS OBTURADORES) cap 16-1
Iniciar a obturação do sistema de canais radiculares sem o completo preparo dos canais, pode deixar algumas vezes consequências irreversíveis, uma vez que a obturação é a ultima etapa do tratamento endodôntico convencional.
Nestafase, o objetivo é a eliminação dos espaços vazios, originalmente ocupados pela polpa dental, que podem servir de nichos para a proliferação de MO, que resistiram ao preparo do canal.
Os materiais obturadores mais comuns é a guta persha e o cimento endodôntico. Novos materiais tem sido proposto, mas nenhum ainda substituiu a guta persha, que é universalmente aceita como padrão ouro.
Ate agora, todos os materiais resinosos testados tem apresentado problemas quanto as características de trabalho, radiopacidade e a capacidade de permitir retratamento endodôntico.
GUTA-PERCHA
A verdadeira guta-percha é obtida a partir da coagulação do látex das arvores da Malasia.
Foi relatado que a guta percha pode ser encontrada em duas formas cristalinas distintas: alfa e beta. A forma alfa é a naturalmente extraída da árvore. Entretanto, a maioria das guta-percha disponíveis comercialmente encontram-se na fora beta. 
A guta persha na forma alfacristalina é quebradiça a temperatura ambiente, tornando-se quando aquecida, pegajosa, aderente e com maior escoamento. Sua temperatura de fusão é 65º.
A massa obturante é constituída principalmente pelo núcleo sólido da guta e por uma quantidade mínima de cimento.
Tradicionalmente os cones são classificados em dois tipos: os padronizados ( calibrados) e os auxiliares.
Os cones de guta persha padronizados apresentam diâmetros e conicidades determinados. O diâmetro da ponta do cone é denominado D0.
Cones com dimensão dos instrumentos endodônticos de sistema mecanizado tem sido concebidos com a finalidade de se adaptarem ao espaço dos canais radiculares preparados por estes instrumentos.
Os cones auxiliares possuem conicidades variáveis e pontas mais afiladas, quando comparados aos padronizados. Eles são disponíveis nos tamanhos XF, FF, MF, F, FM, M , ML, L , XL.
Os cones apresentam uma composição básica de guta persha, oxido de zinco, radiopacificadores, como sulfato de bário e outras substancias. Como resinas, ceras e corantes. A presença de oxido de zinco confere ridigez e atividade antibacteriana aos cones.
A radiopacidade mínima de um cimento obturador deve ser de 3mm de aluminio. Com 1mm de espessura, os cones devem apresentar radiopacidade equivalente a 6,44 mm de alumínio.
O escoamento dos cones de guta persha é inversamente proporcional ao seu conteúdo de oxido de zinco, componente que altera o ponto de fusão da guta. A guta apresenta um comportamento viscoelastico, isto significa que, em temperaturas mais altas, ela apresenta comportamento viscoso ou semelhante a um liquido. Por outros lados em temperaturas intermediarias, encontra-se solido, com as características de uma borracha.
Vantagens:
Adaptam-se facilmente as irregularidades do canal quando utilizados em varias técnicas de obturação.
São bem tolerados pelos tecidos perirradiculares.
São radiopacos.
Podem ser facilmente plastificados por meios físicos e químicos, de acordo com as variações técnicas.
Possuem estabilidade dimensional nas condições de uso
Não alteram a cor da coroa do dente quando usados no limite coronário adequado da obturação do canal.
Podem ser facilmente removidos do canal radicular.
Desvantagens:
Apresenta pequena resistência mecânica a flexocompressão ( rigidez), o que dificulta o seu uso em canais curvos e atresiados.
Apresentam pouca adesividade, o que exige a complementação da obturação com cimentos endodônticos.
Podem ser deslocados pela pressão provocando sobreobturação durante os processos de compactação.
Tem sido relatado um número crescente de casos de hipersensibilidade ao látex da borracha natural. Isto pode ser devido em parte ao aumento do emprego de produtos médicos a base de borracha. 
Foi verificado que a guta percha em pacientes sensibilizados ao látex representa um risco mínimo de indução de sintomas alérgicos. Quanto a guta-balata, os fabricantes devem ser encorajados a abandonar o seu uso na composição dos cones, por que a guta-balata na sua forma bruta, pode fazer reação cruzada com o látex, o que representa risco de induzir resposta alérgica em pacientes sensibilizados.
Os cones de guta percha devem ser conservados em local fresco, protegidos da luz, o que aumenta sua duração. Caso contrario ficarão quebradiços e não deverão ser utilizados na obturação dos canais. O estado quebradiço corresponde ao fenômeno conhecido como fendilhamento, que é a formação de pequenas trincas e que antecede a fratura do polímero.
A desinfecção dos cones antes do uso pode ser feita pela imersão do cone em hipoclorito de sódio na concentração de 2,5% até 5,25% por um minuto. Tomando se o cuidado de lava-lo em seguida em solução salina estéril.
CIMENTOS ENDODONTICOS
A guta percha é considerada um material impermeável, mas ela não se adere as paredes dentinárias. Por essa razão ela deve ser inserida junto com um cimento.
Cimentos são usados para reduzir a interface existente entre a guta-percha e as paredes do canal.
O cimento endodôntico ideal deveria apresentar as seguintes propriedades:
Ser de fácil inserção e remoção do canal radicular
Ter bom tempo de trabalho
Ter bom escoamento
Ser radiopaco
Não manchar a estrutura dentária
Apresentar adesividade as paredes do canal
Ser impermeável no canal
Apresentar biocompatibilidade
Ter atividade antimicrobiana
Encontram-se diversos tipos de cimento no mercado, que são classificados em:
Oxido de zinco e eugenol
Hidróxido de cálcio
Cimentos resinosos
Civ
Cimentos a base de silicone
CIMENTOS A BASE DE OXIDO DE ZINCO E EUGENOL
O eugenol possui atividade antibacteriana, efeito anestésico e anti-inflamatorio. Ele é bactericida em concentrações relativamente altas.
O eugenol também apresenta citotoxidade, células eucarióticas podem morrer após uma breve exposição a uma concentração de eugenol.
Em baixas concentrações o eugenol inibi a atividade nervosa de forma reversível, da mesma forma que os anestésicos. Entretanto a exposição a uma alta concentração bloqueia a condução nervosa irreversivelmente, indicando um efeito neurotoxico.
Entende-se então que o eugenol em altas doses inibi o crescimento e a respiração celular, podendo levar a morte, e promovem alterações vasculares, como vasodilatação e são neurotoxicas. Baixas concentrações dessa substancia apresentam propriedades farmacológicas desejáveis, como ação anti inflamatória e analgésica.
Quando comparados a outros cimentos, o OZE sem aditivos apresenta baixa capacidade de adesão e baixo escoamento.
Pulp canal sealer
Boa estabilidade dimensional e capacidade seladora, adesão satisfatória, excelente escoamento, baixa solubilidade, radiopacidade elevada. Tempo de trabalho de 30 minutos e endurecimento de uma hora. Atividade antibacteriana satisfatória.
Full canal
Enfofill
Introfill
Endomethasone
Suas propriedades são bastante similares as dos demais produtos a base de OZE, tempo de presa de 115 minutos, o que favorece seu uso.
CIMENTO RESINOSO
São representados pelos seguintes cimentos:
Ah26
É um cimento a base de resina epoxica. Sua radiopacidade é similar a da guta-percha. 
Esse produto apresenta excelentes propriedades como: boa estabilidade dimensional, adesividade, radiopacidade, baixa solubilidade, boa capacidade seladora e alto escoamento. 
Seu tempo de trabalho e de 7 horas e o endurecimento é de 32 hrs.
O ah 26 tem partículas finas, o que ajuda no escoamento e na grande força adesiva.
Tem selamento apical bastante satisfatório, apresenta atividade antimicrobiana.
Ah plus
É um cimento a base de resina do tipo epóxi-aminas. O tempo de trabalho é de aproximadamente 4 horas, e o de endurecimento é cerca de 8 horas. 
Boa capacidade seladora apical, possui atividade antimicrobiana satisfatória e excelente escoamento. 
Apresenta maior capacidade adesiva.
Epiphany
Endorez
Esse material apresenta bom molhamento das paredes do canal e escoamento para o interior dos túbulos dentinarios, a propriedade hidrofílica melhora a capacidade seladora.
CIMENTOS A BASE DE IONOMERO DE VIDRO
Possui varias propriedades benéficas,como atividade antibacteriana, efeito cariostatico, adesão química a estrutura dentária e biocompatibilidade, tem sido amplamente usado como material forrador de cavidades, restaurador, selante de cicatrículas e fissuras e na cimentação de prótese fixa
Ketac-endo
É o representante mais estudado deste grupo de cimentos, atualmente parece não haver qualquer cimento endodôntico a base de ionômero de vidro disponível comercialmente.
CIMENTOS A BASE DE SILICONE
RoekoSeal 
É um cimento a base de silicone.
O tempo de trabalho é de 15 a 30 minutos e o endurecimento de 45 a 50 minutos. 
Propriedades parecidas com o AH26
CIMENTOS CONTENDO HIDROXIDO DE CÁLCIO
Em virtude dos vários efeitos biológicos benéficos atribuídos ao hidróxido de cálcio, seu emprego na obturação dos canais passou a ser preconizado. 
O HC apresenta algumas desvantagens como: não é radiopaco, tem pouco escoamento, não tem boa viscosidade, é permeável e é solubilizado com o tempo. Daí a necessidade de associa-lo a veículos e outras substancias, com objetivo de contornar as deficiências.
Não tem aderência, baixa estabilidade, e bem absorvido por conter cálcio, melhor escoamento que OZE e resina epoxica.
Os materiais desse grupo são:
Seaplex
Foi um dos primeiros cimentos a ser comercializados. Apresenta na forma de pasta-pasta, que devem ser dispensadas na placa de vidro e espatuladas até que se tenham uma massa homogênea. 
Seu tempo de presa pode ser de no mínimo 2 horas. Mas dentro do canal com a umidade elevada, o tempo de presa pode ser diminuído a 2 horas. Por isso, tem sido indicado que se seque o canal antes de qualquer procedimento obturador.
Não tem radiopacidade adequada.
CRCS
Espatulada sobre uma placa de vidro, 3 gotas de liquido para cada 1 de pó.
A consistência desejada é densa e cremosa.
Presa é em cerca de duas horas, enquanto no canal é de 20 minutos.
Calor e umidade aceleram a presa do material.
A presença de eucaliptol na sua composição serve permitir a união com a guta perha.
Sealer 26
Composição similar a do AH 26, cimento a base de resina époxica. A diferença é que Sealer 26 tem hidróxido de cálcio em sua composição, e não prata.
Quanto maior a porção de pó, maior a radiopacidade do produto.
A presa é em cerca de 48 a 60 hrs, dentro do canal a presa é de 12 horas. 
Para o cimento ficar mais fluido, pode se aquecer ele com uma chama a uma distancia de 10 a 15 cm.
Apexiti plus
Tem propriedades dentro das especificações: solubilidade, alteração dimensional, tempo de presa, escoamento, radiopacidade.
Acroseal
Foi recentemente lançado no comércio. Efeitos antissépticos e anti-inflamatórias.
MTA
Selamento marginal de longa duração
Alta radiopacidade
Não mancha a estrutura dental
Baixa expansão de presa
Tempo de trabalho apropriado
PROPRIEDADE DOS MATERIAIS OBTURADORES
Propriedades biológicas
Biocompatibilidade-
Atividade antimicrobiana-
Propriedades físico-quimicas
Adesividade- sealapex, apexit
Estabilidade dimensional- CRCS
Selamento-
Solubilidade-
Escoamento
Radiopacidade
A radiopacidade do cimento deve ser parecida com a da guta-percha, para que na radiografia fique uma imagem homogênea.
MICROBIOLOGIA ENDODONTICA- cap 4
Endodontia é a disciplina envolvida com o controle e a prevenção da infecção pulpar e perirradicular. E dever do profissional que se habilita nessa área e conhecer as principais nuances do processo infeccioso endodôntico, reconhecendo os principais micro organismos envolvidos, suas vias de acesso, o padrão de colonização e a consequência dessa infecção para o hospedeiro.
Vias de infecção da polpa dental túbulos dentinarios, exposição pulpar, doença periodontal
RELAÇÃO CAUSAL ENTRE MICROORGANISMOS E AS PATOLOGIAS PULPAR E PERIRRADICULAR
Nos primeiros estudos feitos acharam os tipos básicos de bactérias nos canais: cocos, bacilos e espirilos.
Os odores desenvolvidos pela polpa são determinados pela natureza das bactérias presentes e também pelo estado de putrefação.
Após um teste feito foi comprovado que bactérias so foram encontradas em casos de dentes com lesões perrirradiculares. Este achado confirmou o papel essencial desempenhado por bactérias na etiopatogenia destas lesões.
Quanto maior o diâmetro da lesão, maior o numero de células e espécies bacterianas.
Bactérias que colonizam o sistema de canais radiculares geralmente organizam-se em biofilme, portanto as lesões perirradiculares, como regra geral, podem ser incluídas no grupo de doenças causadas por biofilme bacteriano.
O PROBLEMA DA INFECÇÃO NA ENDODONTIA
MO da lesão de carie são os principais causadores da inflamação pulpar e perirradicular.
MO e seus produtos exercem papel na indução dos seguintes problemas:
Patologia pulpar e perirradicular:
Enquanto a polpa estiver viva, uma infecção não se instala nesse tecido.
Mas se o tecido se tornar necrosado em decorrência de uma serie de fatores, MO invadem e colonizam o sistema de canais radiculares.
Uma vez que a polpa esta infectada, a ida dos MO para os tecidos perirradiculares, estimula uma resposta inflamatória.
A agressão aos tecidos perirradiculares resulta da ação direta e indireta dos MO. O dano aos tecidos causado diretamente por bactérias depende de alguns fatores de virulência. 
Células e moléculas de defesa não tem acesso a polpa necrosada, portanto, não são capazes de eliminar MO nessas localizações.
Quando o canal é tratado, o profissional desequilibra em favor do hospedeiro, e a reparação tecidual se inicia.
Agudização ( flare-ups)
48hrs- inflamação que não envolvem MO
Sintomatologia e exsudação persistente
Se há cheiro ruim, cancela a obturação, pois cheiro ruim é sinal que ainda há MO no canal.
Fracasso do tratamento endodôntico
Se após o tratamento, a lesão não regredir, é porque ainda tem MO.
MO são a principal causa de aparecimento de lesões perirradiculares.
Casos de acidentes como desvios, perfurações, instrumentos fraturados, resultam no fracasso quando associados a um processo infeccioso.
Mesmo quando o tratamento é executado de forma adequado, o fracasso pode advir em cerca de 5 a 15% dos casos. 
MO localizados em irregularidades, podem sobreviver aos procedimentos intracanais e serem os responsáveis pelo fracasso da terapia.
VIAS DE INFECÇAO DA POLPA DENTAL
No dente existem ‘’envoltorios’’ naturais, que são: esmalte, cemento; que isolam a dentina e a polpa contra agressão por parte dos MO. Mas em determinadas situações em que essa proteção se perde, por traumas, caries ou procedimentos restauradores, cria se um potencial para a invasão microbiana com a consequente instalação do processo infeccioso. As principais vias que as bactérias usam para invadir a polpa são túbulos dentinarios, exposição pulpar direta e doença periodontal.
Tubulos dentinários
Os menores MO que existem, são menores que os menores túbulos dentinarios.
Os túbulos são maiores próximos a polpa, e em maiores quantidades. A medida que se distanciam da polpa sua quantidade diminui e seu tamanho também.
Vale lembrar que se a injuria traumática não afetar a vitalidade da polpa, bactérias não conseguirão invadir os túbulos expostos e dessa forma, alcançar a polpa.
Exposição pulpar
A carie dental é a causa mais comum de exposição pulpar. Após a exposição da polpa ela é contaminada com bactérias da saliva e também da lesão cariosa. Como resposta, a polpa se torna inflamada. 
Se o tecido pulpar ira ficar apenas inflamado, ou se ele vai necrosar vai depender dos seguintes fatores: numero e virulência dos MO, resistência do hospedeiro, estado da microcirculação, grau de drenagem do edema gerado durante a inflamação.
Com a exposição, o numero de bactérias aumentam cada vez mais, o tecido então passa a ser afetado por concentrações maiores de produtos bacterianos tóxicos, dessa forma ele sofre alterações inflamatórias severas e necrosa. A área necrosada não oferece nenhum tipo de resistência a invasão bacteriana. Uma vez que as bactérias avançam na polpa na direção apical, a agressão passa incidir sobre os tecidos.Uma polpa exposta por trauma que tenha permanecido por ate 48 horas dentro da microbiota oral ainda é passível de recuperação por meio de capeamento direto. Se passar de 48 horas pode se considerar um tecido pulpar já infectado, exigindo um tratamento mais invasivo, como pulpotomia ou tratamento endodôntico ( biopulpectomia)
Caso haja uma contaminação por instrumentos como brocas , a resposta da polpa dependerá do numero e da virulência dos MO introduzidos, do estado da saúde pulpar, do tratamento e das medidas restauradoras a serem instituídos.
Doença periodontal
Durante o curso de um doença periodontal, bacterias e seus produtos podem ter acesso a polpa via forames laterais associados a ramificações do canal e túbulos dentinarios.
Bacterias de uma bolsa periodontal e de uma polpa podem ser diferentes.
PADRÃO DE COLONIZAÇÃO E O BIOFILME ENDODONTICO
Morfologicamente a microbiota endodôntica consiste em cocos, bacilos, filamentos e espirilos.
Quanto maior o grau de organização da comunidade microbiana instalada no sistema de canais radiculares, maior o seu potencial patogênico e mais difícil será a sua eliminação.
Quanto maior a lesão perirradicular, maior e a probabilidade de se encontrar biofilmes bem organizados a porção apical do canal.
As bacterias se aglomeram na forma de biofilme no interior do canal, algumas se estendem aos túbulos dentinarios.
O maior numero de bacterias é encontrada próximo a entrada do canal, onde tem luz, mas também existem bacterias que habitam partes mais periféricas do canal.
MO que colonizam o sistema de canais radiculares ultilizam como fonte de alimento: componentes fluidos teciduais e exsudato inflamatório, componentes da saliva que penetram no canal, células pulpares mortas, tecido pulpar necrosado, e produtos de metabolismo de outras bacterias.
O CONCEITO DE ‘’COMUNIDADE COMO UNIDADE DE PATOGENICIDADE’’
Infecções endógenas em humanos são caracterizadas por um conjunto de espécies geralmente organizadas em comunidades mistas e formando biofilmes. Doenças consideradas de etiologia polimicrobiana.
A capacidade de virulência de determinada espécie e supostamente diferente quando ela esta em cultura pura, em pares ou como parte de uma grande ‘’sociedade bacteriana’’.
ESTUDO DAS COMUNIDADES BACTERIANAS ENDODONTIA
Os diferentes tipos de infecções endodônticas são compostos de comunidades bacterianas mistas.
Algumas bacterias não cultiváveis podem ser comumente encontradas em canais radiculares infectados, como parte da comunidade endodôntica.
Parece haver um padrão relacionado com a geografia, bacterias que habitam uma parte do canal, podem não abitar em outra parte desse mesmo canal.
A porção apical do canal, abriga uma microbiota significativamente diferente da presente na região coronária.
BIOFILME E LESÃO PERIRRADICULAR
Prevalência de biofilme intrarradiculares associados a cistos, abcessos e granuloma foi de 95%, 83% e 69,5%.
Biofilme bacterianos foram observados no segmento apical dos canais radiculares.
O biofilme apresentou espessura variável, algumas vezes com varias camadas de células bacterianas. A morfologia do biofilme varia de individuo para individuo.
LESÃO PERIRRADICULAR É UMA DOENÇA CAUSADA POR BIOFILMES
Critérios que estabelecem uma relação causal entre biofilme e determinada doença infecciosa:
Bacterias estão aderidas ou associadas a uma superfície.
O exame direto do tecido infectado mostra bacterias formando aglomerado ou microcolonias.
A infecção geralmente e limitada a um local particular.
A infecção é difícil, ou impossível de erradicar com antibióticos.
TIPOS DE INFECÇÃO ENDODONTICA
Infecção intrarradicular primaria
Causadas por MO que colonizam o tecido pulpar necrosado. Pode ser chamada de infecção inicial.
Fungos, vírus, arqueias.
Infecções primárias são causadas caracterizadas por uma comunidade mista, composta, em média, por 10 a 30 especies. 
Quanto maior o diâmetro da lesão, mais complexa é a microbiota, com mais espécies de células.
O numero de espécies por canal esta relacionado com o tamanho da lesão.
Acredita-se que bacterias anaeróbicas GRAM negativas sejam as mais frequentes em infecções primárias, mas vários bacilos GRAM positivos também tem sido encontrados na microbiota mista dos canais.
Influencia geográfica
Achados de laboratórios de diversos países, em geral, diferem muito quanto a prevalência de determindas espécies em infecções endodônticas. Isto é, espécies muito prevalentes em um pais podem ser pouco encontradas ou ate mesmo ausentes em amostras de outro pais. 
Outros MO em infecções endodônticas
Fungos
Embora fungos sejam membros da microbiota oral, eles são apenas ocasionalmente encontrados em infecções primárias.
Aqueias
Podem ser encontradas em prevalências baixas nas infecções endodônticas.
Vírus
A presença de vírus no canal só foi relatada em casos de polpas vitais não inflamadas. Virus precisam de células vivas para se estabelecer e replicar.
Infecções sintomáticas
São caracterizadas pela presença de uma periodontite apical aguda ou abcesso perirradicular agudo.
Outros fatores, além da mera presença de uma espécie potencialmente patogênica, podem influenciar o desenvolvimento da dor. Esses fatores incluem:
Presença de tipos clonais virulentos
Interações bacterianas aditivas ou sinergicas
Numero de células bacterianas
Sinais do microambiente
Resistência do hospedeiro
Infecção concomitante por herpes vírus
Infecção intrarradicular secundária
É causada por MO que não estavam presentes na infecção primária e que penetraram no canal durante o tratamento endodôntico, entre as sessões ou mesmo após a conclusão do tratamento. Se tais MO forem capazes de sobreviver e colonizar o novo habitat ( canal radicular) uma infecção secundária se estabelecerá.
Infecções secundárias são as principais causas de fracasso no tratamento endodôntico, caracterizada pela manutenção ou aparecimento de uma lesão perirradicular pós-tratamento.
BACTERIAS PRESENTES NO MOMENTO DA OBTURAÇÃO- FRACASSO EM POTENCIAL
Mesmo após a limpeza do canal, algumas bacterias podem resistir.
Bacterias GRAM positivas são as mais frequentes.
Tais achados sugerem que as Gram-positivas podem ser mais resistentes ao tratamento antimicrobiano e serem mais capazes de se adaptar as condições ambientais bastante desfavoráveis de um canal instrumentado
Para que as bacterias remanescentes no canal após o tratamento causem o fracasso, elas devem: 
Adaptar-se ao microambiente drasticamente modificado pelos procedimentos de tratamento, adquirindo nutrientes e resistindo aos efeitos antimicrobianos dos materiais obturadores.
Alcançar números críticos e exibir atributos de virulência suficientes para manter ou induzir a inflamação perirradicular.
Ter acesso irrestrito aos tecidos perirradiculares para exercer a patogenicidade.
MICROBIOTA EM DENTES COM CANAL TRATADO- FRACASSO ESTABELECIDO
Canais tratados aparentemente de forma adequada podem abrigar de 1 a 5 especies. Enquanto canais tratados inadequados tem ate 30 especies.
A microbiota associada a lesões pós-tratamento endodôntico geralmente é mista, mas com bem menos espécies que na infecção primária, com predomínio de bacterias facultativas.
Infecção intrarradicular persistente
É causada por MO que de alguma forma resistiram aos procedimentos intracanais de desinfecção. Em geral os MO envolvidos foram membros da infecção primária, mas é possível que alguns tenham se originado da infecção secundária.
Infecção extrarradicular 
A forma mais comum de infecção extrarradicular é o abcesso perirradicular agudo. A origem dessas infecções geralmente encontra-se infecção intrarradicular que se estendeu para os tecidos perirradiculares. Contudo a infecção extra pode depender ou ser independente da intra.
Bacterias anaeróbicas foram predominante em varias dessas lesões.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Infecções são causadas por MO
A infecção do tecido endodôntico por MO é o fator determinante para sua progressão e manutenção.A exposição pulpar não é o problema, o problema é que a exposição pulpar é entrada para outros MO.
Necrose não quer dizer infecção necrose gangrenosa ( de coagulação)
Os MO são os responsáveis pela doença perirradicular.

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