Degenerações e morte celular Lucélia

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16/03/2011
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Profa. Lucélia Coimbra da Silva
Degenerações Celulares
Universidade Presidente Antônio Carlos
Curso de Medicina Veterinária
Lesões Reversíveis: Degeneração Hialina
Sinônimos
Transformação hialina intracelular ou Degeneração hialina
intracelular
Conceito
Morfo-tintorial
Acúmulo intracelular de material de natureza protéica,
conferindo às células e tecidos afetados um aspecto
hialino – vítreo, Eosinofílico ou Acidófilo.
Ocorrência: Fígado, Músculo Esquelético, Rins
Lesões Reversíveis: Degeneração Hialina
Mecanismos
Coagulação focal de proteínas celulares, vista em:
o Corpúsculos de inclusão viral
o Acúmulo de nucleoproteínas virais e/ou produtos 
da reação à infecção viral
ono citoplasma(vírus RNA)
ono núcleo (vírus DNA ou RNA).
Exemplos: Negri (Raiva), Lentz (Cinomose)
Anticorpos (Inflamações Crônicas) - Corpúsculo de
Russel
Lesões Reversíveis: Degeneração Hialina
Mecanismos
Lesão nas fibras musculares com
desagregação de miofilamentos, vista em:
o Injúria tóxico-infecciosa (Aftosa, Venenos)
o Trauma (injeções intramusculares)
o Deficiência de vitamina E e Selênio
Degeneração Hialina Degeneração Hialina
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Degeneração Hialina
Patogenia (Exemplos)
Infecções Virais
Corpúsculo de Rocha Lima – Hepatite (Febre Amarela)
Corpúsculo de Mallory (Hepatite Alcoólica) 
MORFOLOGIA DA DEGENERAÇÃO HIALINA
Corpúsculos
de 
Mallory
MORFOLOGIA DA DEGENERAÇÃO HIALINA
Corpúsculos
de Inclusão viral
Lesões Reversíveis: Glicogenoses
Conceito
Acúmulo anormal intracelular reversível de glicogênio,,
em conseqüência de desequilíbrios na sua síntese ou
catabolismo
Características macroscópicas
Sem lesão aparente macroscopicamente.
Características microscópicas
O glicogênio é o único carboidrato evidenciável /
P.A.S. com prova de amilase
Lesões Reversíveis: Alterações no 
armazenamento de glicogênio - Glicogenoses
Causas
Hiperglicemias
Alimentares
Adrenalina ou glucagon
Hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing)
Diabete melito
Lesões Reversíveis: Alterações no 
armazenamento de glicogênio - Glicogenoses
Mecanismo nas hiperglicemias
insulina glicemia glicosúria
aporte excessivo de glicose na célula
Reabsorção tubular de glicose
ACÚMULO DE GLICOGÊNIO
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Lesões Reversíveis: Alterações no 
armazenamento de glicogênio - Glicogenoses
Profa. Lucélia Coimbra da Silva
MORTE CELULAR
Universidade Presidente Antônio Carlos
Curso de Medicina Veterinária
Morte clínica ou somática
Morte: Parada definitiva e irreversível dos 
processos metabólicos, das funções orgânicas e 
das atividades vitais
Morte com o Violino
Arnold Bocklin
MORTE CELULAR 
(NECROSE e APOPTOSE)
MORTE CELULAR 
(NECROSE e APOPTOSE)
Necrose é a morte celular no
organismo vivo.
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1- Conceito:
� Morte celular localizada seguida de autólise 
� Indivíduos vivos
� São sempre patológicas 
� Induzem à inflamação 
� # Morte Somática (alterações post-mortem)
NECROSE
NECROSE
2 - Etiologia (Causas):
2.1. Causas Isquêmicas (Quadro de Hipóxia ou Anóxia)
2.2. Fatores Físicos
- Temperatura (Calor e Frio) 
- Corrente Elétrica
2.3. Fatores Químicos 
- Ácidos e Bases Fortes 
- Radicais Livres (CCl4 CCl3-)
2.4. Radicias Livres de Oxigênio (OH- , O2-, H202)
2.4. Fatores Biológicos
- Complemento, Complexos Antígeno-Anticorpo
- Reações Auto-imunes
MORTE CELULAR - NECROSE
� Mecanismos
� Dois processos determinam a morfologia:
� Digestão enzimática da célula (horas)
� Desnaturação de proteínas: Coagulação protéica
�Eosinofilia aumentada:
� basofilia normal devido ao RNA no citoplasma
� Eosina: proteínas citoplasmáticas
�desnaturadas
MORTE CELULAR - NECROSE
�Aspecto Microscópico
�Alterações no citoplasma
Normal Eosinofilia
MORTE CELULAR - NECROSE
�Aspecto Microscópico
�Alterações NUCLEARES
PICNOSE CARIÓLISECARIORREXE
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MORTE CELULAR - NECROSE
�Aspecto Microscópico
�Alterações NUCLEARES
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MORTE CELULAR - NECROSE
�Aspecto Microscópico
�Alterações NUCLEARES
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MORTE CELULAR - NECROSE
�Aspecto Microscópico
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MORTE CELULAR - NECROSE
�Aspecto Microscópico - Alterações NUCLEARES
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ETIOPATOGENIA DA NECROSE
Causas Isquêmicas (Hipóxia) 
Tipos de Necrose
1- Necrose de coagulação 
2- Necrose caseosa 
3- Necrose de liquefação
4- Necrose gordurosa
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NECROSE DE COAGULAÇÃO (ISQUÊMICA) 
TIPOS DE NECROSE 
• Preservação da arquitetura celular
• Característica de quadros de hipóxia em todos os
tecidos exceto encéfalo
• Remoção de células mortas é dependente de
leucócitos imigrantes
Exemplo: Infartos
NECROSE DE COAGULAÇÃO (ISQUÊMICA) 
TIPOS DE NECROSE 
NECROSE DE COAGULAÇÃO (ISQUÊMICA) 
TIPOS DE NECROSE 
Forma: depende do padrão vascular local
NECROSE DE COAGULAÇÃO (ISQUÊMICA) 
TIPOS DE NECROSE 
Macroscopia 
- Aspecto esbranquiçado
- Forma de “cunha”
Ocorrência: # Órgãos de Circulação Terminal 
# Ricos em proteína 
Necrose de Coagulação – Infarto Renal 
TIPOS DE NECROSE 
# Manutenção da Arquitetura do Tecido
Alterações nucleares
& 
Alterações 
citoplasmáticas
TIPOS DE NECROSE 
Necrose de Coagulação (Infarto do Miocárdio) 
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TIPOS DE NECROSE 
Necrose de Coagulação (Infarto do Miocárdio) 
TIPOS DE NECROSE 
Necrose de Coagulação (Infarto do Miocárdio) 
Necrose de Coagulação – Infarto Esplênico 
TIPOS DE NECROSE 
Forma de Cunha 
NECROSE DE COAGULAÇÃO (ISQUÊMICA) 
TIPOS DE NECROSE 
TIPOS DE NECROSE
Necrose de Liquefação
Consistência amolecida
“liquefeita”
- Ocorrência:
SNC
Supra renal
Mucosa gástrica
NECROSE DE LIQUEFAÇÃO
TIPOS DE NECROSE 
Infecções
purulentas em
geral
Morte por
hipóxia/ISQUEMIA
no S.N.C.
(a necrose no SNC
é chamada
genericamente de
encefalomalácia)
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NECROSE DE LIQUEFAÇÃO
TIPOS DE NECROSE 
Abscesso Vertebral
NECROSE DE LIQUEFAÇÃO
TIPOS DE NECROSE 
Abscesso 
NECROSE DE LIQUEFAÇÃO
Leucoencefalomalácia dos 
equinos
TIPOS DE NECROSE 
Necrose no cérebro= encefalomalácia
NECROSE CASEOSA
TIPOS DE NECROSE 
Fragmentação celular
�� Sem preservação arquitetural
�� Restos granulares
�� Infiltração granulomatosa
�� Focos de calcificação
NECROSE CASEOSA
TIPOS DE NECROSE 
NECROSE CASEOSA
TIPOS DE NECROSE 
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TIPOS DE NECROSE 
Necrose Caseosa (Latim “Caseum = “queijo”)
Ocorrência: # Tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) 
# Blastomicose Sul-americana (Paracoccidioides braziliensis)
# Turalemia (Francisella turalensis)
Necrose Caseosa - Tuberculose em Linfonodo
TIPOS DE NECROSE 
Perda de contorno e 
detalhes estruturais
NECROSE CASEOSA –
linfonodo mamário
TIPOS DE NECROSE TIPOS DE NECROSE 
Necrose Gordurosa = CITOESTEATONECROSE
Lipases
TGL
Saponificação de 
AG
Aspecto de “pingo 
de vela”
Ocorrênica: # Pâncreas (Pancreatites agudas necro-hemorrágicas) 
# Mama (Pós-traumatismo cirúrgico) 
NECROSE GANGRENOSA
TIPOS DE NECROSE 
Necrose de coagulação devido à diminuição do
suprimento
vascular, envolvendo:
�� Necrose + Putrefação
�� Geralmente um ambiente de anaerobiose
�� Substrato líquido para proliferação bacteriana
NECROSE GANGRENOSA
TIPOS DE NECROSE 
Seca
Geralmente tem causa isquêmica, afetando 
extremidades
Úmida
Favorecida pela umidade do tecido afetado
Gasosa
Favorecida pela formação de gás por bactérias no 
tecido
afetado
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FORMAS DE EVOLUÇÃO DAS NECROSES
� Gangrena: Resultante da ação de agentes externos sobre o
tecido morto.
TIPOS DE GANGRENA
Gangrena Seca ou “Mumificação”:
Causas isquêmicas (anóxicas) quelevam a desidratação dos
tecidos, especialmente quando em contato com o ar.
FORMAS DE EVOLUÇÃO DAS NECROSES
Ocorrência
Dedos, artelhos, 
ponta do nariz, 
orelha e cordão 
umbilical
NECROSE GANGRENOSA
SECA
TIPOS DE NECROSE 
NECROSE GANGRENOSA
ÚMIDA
TIPOS DE NECROSE 
NECROSE GANGRENOSA
GAsosa
TIPOS DE NECROSE FORMAS DE EVOLUÇÃO DAS NECROSES
REGENERAÇÃOrr
rrrrrrrrrrrRRRRRR
RRrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
rrrrrrrRRRRRRRR
RRRRrCICATRIZA
ÇÃOrrrrrrrrrrrrrrrrr
rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
r
rrrrrrrrrr
rrrrrrr
Miocardiócitos
Células Estáveis 
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FORMAS DE EVOLUÇÃO DAS NECROSES
� Regeneração Tecidual: é a substituição do tecido morto
(necrótico) por outro tecido, vivo, com as mesmas características
morfológicas e fisiológicas;
Ocorrência: quando a área necrosada é pequena favorecendo a
ação fagocítica dos neutrófilos e macrófagos
FORMAS DE EVOLUÇÃO DAS NECROSES
� Reparação ou Cicatrização: é a substituição do tecido 
necrosado por tecido conjuntivo do Tipo Cicatricial
Ocorrência: quando a área de necrose é extensa 
FORMAS DE EVOLUÇÃO DAS NECROSES
� Encistamento: é a formação de uma cápsula que encista a área
necrosada, que vai sendo absorvida lentamente e substituída por
líquido.
Ocorrência
- quando o material necrótico é muito volumoso 
- fatores que impedem a migração de leucócitos (reação 
inflamatória apenas na periferia da lesão) 
Exemplo: encéfalo 
FORMAS DE EVOLUÇÃO DAS NECROSES
� Calcificação: é a deposição de sais de cálcio sobre o tecido
necrótico.
Ocorrência
certos tipos de necrose tendem a calcificar, como a necrose caseosa, 
por exemplo. 
FORMAS DE EVOLUÇÃO DAS NECROSES
� Eliminação: é a eliminação do tecido necrótico pelo organismo
Ocorrência
Eliminação através de estruturas canaliculares que se comunicam 
com o meio externo 
Exemplo: material caseoso sendo eliminado pelos brônquios na 
Tuberculose. 
APOPTOSE 
Morte Fisiológica e 
Patológica 
Depende de ATP
Não há autólise 
Formação de Corpos 
Apoptóticos 
Ativação de Enzimas 
Celulares como 
Caspases e 
Endonucleases 
APOPTOSE
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NECROSE E APOPTOSE APOPTOSE
1- ETIOLOGIA (Causas): 
1.1. Fisiológica:
- Embriogênese
- Metamorfose
- Turnover celular fisiológico
1.2. Patológica:
- Infecções Virais (AIDS) ou Bacterianas (Shigella)
- Ação efetora de Linfócitos T citotóxicos (LTc CD8+) 
- Citocinas (TNF) e Fatores de Crescimento 
- Corticoídes
- Hipóxia
APOPTOSE 
Clivagem de proteínas→→→→ Caspases →→→→ Endonucleases →→→→ Quebras 
típicas do DNA: - a cada 200 pares de base : Figura A 
- padrão em escada: Figura B 
Figura A Figura B
ETIOPATOGENIA DA APOPTOSE 
1-vias sinalizadoras
2-controle e integração
3-execução comum
4- remoção
APOPTOSE
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS – H&E
Apoptose - Causas Fisiológicas
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MECANISMOS DA APOPTOSE
Transformação Celular (Neoplasias)
CARACTERÍSTICAS NECROSE APOPTOSE
Estímulo Patológico Fisológico ou Patológico 
Ocorrência Grupo de Células Células Individuais
Reversibilidade Irreversível Irreversível
Ativação de Endonucleases Não Sim
Liberação de Enzimas 
Lisossomais
Sim Não
Inflamação Exsudativa Presente Ausente
Alterações Nucleares Presente Presente (Cariorrexe)
Morfologia Tumefação e Lise 
Celular 
Corpos Apoptóticos
PRINCIPAIS DIFERENÇAS 
NECROSE E APOPTOSE
Sexta que vem ainda não é carnaval!
Espero vcs!!!!