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Lesões Celulares Irreversíveis

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Medicina Universidade Nove de Julho 
 TXXXI - Bárbara Vasti 
1 
 
Necrose e Apoptose 
PFP 1 
 
Lesão Celular Irreversível 
A lesão celular irreversível é a perda irreversível das 
funções celulares, consequentemente gera a 
incapacidade de manutenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diferencia-se de autólise da estrutura celular em 
material não fixado. 
 As enzimas digestivas são produzidas pelo 
pâncreas e ativadas após a sua secreção na 
heterólise. 
 Heterólise é um fenômeno comum em ação dos 
neutrófilos com outras células em conjunto com 
infecções de bactéria piogênicas. 
 Autólise e heterólise dependem de uma ação 
enzimática. 
 Os fenômenos de autólise e heterólise que se 
seguem à morte somática não são considerados 
necrose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perde do suprimento sanguíneo 
Suprimento sanguíneo e de nutrientes é interrompido 
por falha de suprimento sanguíneo (artéria obstruída e 
circulação colateral insuficiente) tendendo a haver sua 
desintegração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produtos de agentes infecciosos 
Agentes infecciosos produzem substâncias as quais 
agem ocasionalmente sobre o tecido e produzem 
necrose. As substâncias podem interferir diretamente 
com um ou mais sistemas enzimáticos. 
Toxina diftérica  inibe o citocromo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agentes químicos 
São agentes de natureza simples que podem induzir a 
morte celular por ação direta sobre as proteínas e 
outros elementos. 
 Álcalis liquefaz os tecidos 
 Clorofórmio e tetracloreto de carbono: desorganiza 
os componentes constituintes lipídicos das 
membrana incluindo as dos lisossomos, enzimas 
Medicina Universidade Nove de Julho 
 TXXXI - Bárbara Vasti 
2 
 
lisossomais entram em atividade e lesam a 
estrutura. 
 Gás mostarda: mostarda nitrogenada – promove 
necrose em concentração bem baixa por 
desnaturação de proteínas. 
 Caspases 
 
Agentes físicos 
Calor(45ºC – desnaturação de proteínas), frio (-6º - 
cristais de gelo), radiações e eletricidade 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões mecânicas ou traumáticas 
 Abrasão: os tecidos cutâneos são 
desgarrados por fricção. 
 Laceração: desgarro – os tecidos são 
divididos e implica na perda de substância 
tecidual. 
 Contusão: lesão por considerável 
rompimento de capilares e hemorragia 
intersticial. 
 Incisão e corte: tecidos seccionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Necrose 
Morfologia da Necrose 
Citoplasma 
 Eosinofílico 
 Aspecto vítreo 
 Presença de vacúolos 
 
Núcleo 
 Picnose- cromatina condensada- 
concentrada(perda de individualidade dos 
grânulos de cromatina) 
 Cariorrexe- fragmentação cromatina/do núcleo 
picnótico 
 Cariólise- coloração nuclear pálida e fraca 
Medicina Universidade Nove de Julho 
 TXXXI - Bárbara Vasti 
3 
 
A-Células normais ,B- Núcleo em picnose com diminuição de 
volume e basofilia (hipercromatismo), C-Cariorrexe (distribuição 
irregular da cromatina acumulando-se na membrana nuclear), 
D-Fragmentação do núcleo, E-Dissolução da cromatina e 
desaparecimento do núcleo. 
 
Consequências da Necrose 
 Calcificação. 
 Coliquação, formação de caverna ou cisto. 
 Demarcação ou sequestração. 
 Resolução por tecido de granulação. 
 Infecção secundária, abscesso ou gangrena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipologia da Necrose 
 
1. Necrose Coagulativa 
 Necrose hemorrágica 
 Necrose gangrenosa 
2. Necrose Gomo 
3. Necrose Liquefativa 
 Esteatonecrose 
4. Necrose Caseosa 
5. Necrose Fibrinoide 
 
Necrose Coagulativa  
Necrose que ocorre a manutenção temporária da 
arquitetura morfológica básica do tecido acometido. É 
identificado como uma área triangular 
esbranquiçada. Predomínio de autólise 
 
Etiologia: isquemia, inibição da fosforilação oxidativa e 
lesões diretas à membrana. 
Tecido morto preservado  consistência firme  
lesão desnatura  células anucleadas e eosinófilas  
isquemia  obstrução de vaso  provoca necrose  
exceto no cérebro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Devido à obstrução arterial 
 Tipo de necrose mais frequente 
 Arquitetura morfológica básica preservada por 
pequeno espaço de tempo, formando “infartos” na 
morfologia tecidual. 
A 
B 
C 
Medicina Universidade Nove de Julho 
 TXXXI - Bárbara Vasti 
4 
 
 Autólise em pH baixo (ocorre de forma lenta), em 
que a heterólise ocorre de forma mais rápida 
 Diminuição de ATP e Lise de membrana. 
 Produção baixa de pH mais rápido queda de 
ATP  autólise lenta/fraca  heterólie 
rápida/forte  necrose coagulativa 
 Denaturação de membrana  autólise rápida/forte 
 heterólise forte  necrose liquefativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Necrose Coagulativa Hemorragica 
Ocorre em órgão de circulação dupla, rico em 
anastomoses ou infarto por interrupção de drenagem 
em órgão de drenagem única.(ex:testículos) 
 
 
Necrose Coagulativa - Gangrenosa 
 Ocorre por isquemia ,devido a interrupção do fluxo 
gerando a parada de ATP  diminuição do pH  
necrose coagulativa  gangrena seca  aspecto de 
mumificação  modificação por agente 
externo(ex:ar). 
 Ocorre por isquemia ,devido a interrupção do fluxo 
gerando a parada de ATP  diminuição do pH  
 necrose coagulativa  gangrena úmida  
modificação por agente externo (ex:bactéria). 
 (...)  gangrena úmida  modificação por agente 
externo (ex:bactéria)  aspecto purulento/pus  
heterólise liquefativa  necrose liquefativa. 
 Ocorre por isquemia ,devido a interrupção do fluxo 
gerando a parada de ATP  diminuição do pH  
necrose coagulativa  gangrena úmida  
modificação por agente interno (ex:bactéria)  
vesícula biliar. 
 É um subtipo de necrose coagulativa, que se refere 
a um membro que perdeu o suprimento sanguíneo e 
sofreu necrose. 
 
Necrose Coagulativa Gomosa 
 
 Ocorre somente na sífilis terciária ou sífilis tardia. 
 Quanto maior o granuloma, os macrófagos irão 
sofrer com a falta de oxigenação, elevando o 
metabolismo e o consumo de ATP gerando 
necrose coagulativa no centro do granuloma, 
devido à isquemia oxigenativa de formato 
arredondado. 
 Necrose com possibilidade de observação a olho 
nu (goma). 
 
Necrose liquefativa 
Medicina Universidade Nove de Julho 
 TXXXI - Bárbara Vasti 
5 
 
Termo macroscópico que descreve a conversão do 
tecido necrótico em um material amolecido, liquefeito 
(coliquação). Predomínio de heterólise 
Etiologias: isquemia (SNC e glândulas suprarrenais), 
infecções bacterianas. 
 
 Predomínio de heterólise enzimática – processo 
pouco influenciado por variação de pH intracelular 
 
Digestão de células mortas  tecido  massa 
viscosa líquida  infecções bacterianas focais  
 infecções fúngicas(ocasionalmente)  material 
necrótico  amarelo-cremoso  presença de 
leucócitos mortos  pus 
 Região com sinais flogísticos e sinais de 
"flutuação" de um abcesso 
 
 
 
 
 
 
 
C – degeneração gordura tardia por infarto 
 Necrose liquefativa no SNC e glândulas 
suprarrenais/medular por isquemia, devido à perda 
de alteração de pH para alteração por heterólise. 
 
Esteatonecrose 
 
 
 Necrose liquefativa por heterólise por enzimas 
pancreáticas. 
 Necrose de tecido adiposos por muitas lipases. 
 Heterólise favorece a calcificação (* depósitos de 
cálcio) 
 Pancreatite águda pâncreas (retroperitonial)  
liberação de enzimas pancreáticas  lipases  
quebra de gordura  liquefação hipocalcemia 
(redução de cálcio)  diferentes graus de 
esteatose 
 Pancreatite crônica  câncer 
 Pode ocorrer em qualquer tecido adiposo que sofre 
esteatonecrose por pancreatite. 
 Necrose por esteatose de forma mecânica, em que 
há extravasamento lipídico. 
 Mama: Lesão mecânica/física  tecido adiposo  
irregular  calcificação  esteatonecrose por 
lesão física 
 Ocorre comumente em locais de injeção. 
 
 Necrose Caseosa 
(*) Linfonodos secundariamente atingidos pela tuberculose 
pulmonar 
 Infecção bacteriana  comum por micobactérias. 
 Necrose caseosa comevento de necrose 
coagulativa no centro e, ao mesmo tempo ocorre a 
estimulação de macrófagos e irá liberar enzimas e 
óxido nítrico por isquemia modificando os aspectos 
morfológicos. 
 Aspecto amorfo eosinofílica microscopicamente. A
B 
*
C *
Medicina Universidade Nove de Julho 
 TXXXI - Bárbara Vasti 
6 
 
Necrose Gasosa 
 Agente externo  bactérias produtoras de gás  
bactérias anaeróbicas  gangrena de base  
base úmida e topo seco. 
 Aparecimento de gás é indicação de agente 
etiológico 
 
Necrose Fibrinoide 
 Formação de imunocomplexos na parede de 
vasos, visto em alteração hialina atraindo 
neutrófilos, que irá liquefazer o tecido por meio das 
suas enzimas. 
 Ocorre um processo imunológico na parede de 
vasos sanguíneos. 
 
 
 Torção testicular tem inicialmente uma necrose 
coagulativa seguida de uma necrose hemorrágica. 
 Na necrose grangena em cima da necrose 
isquêmica um agente externo age em cima dessa 
necrose. 
 Necrose por Gangrena Seca gera aspecto de 
mumificação. 
 
 
 
Apoptose 
 
 
 
 
 
 
 
Apoptose fisiológica 
Embriogênese, involução de tecidos dependentes de 
hormônios, eliminação de populações celulares em 
proliferação, morte de células que já cumpriram seu 
propósito. 
 
Apoptose patológica 
Estímulos lesivos ao DNA, lesão celular em algumas 
doenças virais, atrofia de órgãos parenquimatosos 
após obstrução ductal, atrofia de tecidos dependentes 
de hormônios, morte celular induzida por células 
T citotóxicas. 
 
 
 Lesão do DNA (neoplasias + lesões adaptativas). 
Informações Extras 
Informações Extras 
Medicina Universidade Nove de Julho 
 TXXXI - Bárbara Vasti 
7 
 
 Decorre da ativação das lesões por caspases por 
citocromo C pela via extrínseca poderá induzir 
apoptose. 
 É predominantemente de ocorrência fisológica 
Mecanismos 
 
Morfologia 
 
 
 
 Necrose é sempre um processo patológico que 
resultará em desestruturação da membrana 
plasmática. 
 Desestruturação: desequilíbrio  bolhas  
perda da integridade  bicamada lipídica 
 Indução à morte celular  programado e 
regulado  Apoptose 
 Apoptose é um mecanismo de morte celular 
fisiológico e/ou patológico 
 Necrose gordurosa não se refere a um padrão de 
necrose específico, mas sim a áreas de 
destruição gordurosa. 
 A morte celular por apoptose pode estar 
relacionada ao acúmulo de proteínas 
anormalmente dobradas, como ocorre em alguns 
processos neurodegenerativos (ex: Alzheimer). 
 A necrose gordurosa é mais frequentemente 
associada à pancreatite, que se refere a áreas 
focais de destruição gordurosa, tipicamente 
resultante de liberação de lispases pancreáticas 
ativadas no pâncreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Necrose Caseosa possui aspecto frio 
esbranquiçado na área necrótica, que exibe em 
micoscopia células rompidas/fragmentadas, 
restos granulares amorfos delimitados por borda 
inflamatória, com aspecto de granuloma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A regeneração e a cicatrização podem fazer 
parte da evolução da necrose pois as células 
morta se comportam como um corpo estranho 
“forçando” ao organismo promover sua 
reabsorção e permitir reparo após induzir um 
resposta. Assim, dependendo do tipo de tecido e 
da extensão da área atingida a necrose pode 
seguir 4 caminhos: 1º- regeneração, 2º -
cicatrização (quando o tecido necrosa é 
substituído por tecido conjuntivo), 3º 
eliminação(reabsorção como na necrose caseosa 
do pulmão) e 4º calcificação. 
 Necrose liquefativa  fenômeno de autólise  
modificação do pH. 
 Necrose liquefativa  heterólise  ação de 
cálcio 
 Necrose caseosa  autólise  citocinas 
inflamatórias 
 Esteatonecrose  heterólise  ação enzimática 
 Autólise 
Informações Extras

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