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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA

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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
Ana Laura Vallarelli Gutierres Araujo 
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Vacina
 http://www.ufrgs.br/HCPA/gppg/cripesq.htm
 
1891, Carl Janson, da Suécia 
Realizou suas pesquisas sobre varíola em 14 crianças órfãs, com a concordância do médico encarregado do orfanato, apesar de o modelo ideal serem bezerros. 
MOTIVO: bezerros eram muito caros.
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
“Cobaias Humanas”, de Andrew Goliszek, cita vários exemplos das atrocidades cometidas pelos nazistas: exercícios de cirurgia sem anestesia e infecções maciças que levavam a gangrenas e amputações, os experimentos martirizantes de alta pressão, o congelamento e açoitamentos que quase sempre terminavam em morte. Segundo o autor, o período logo antes e durante a Segunda Guerra Mundial foi diferente de qualquer outro na história da medicina, o que descreve como “a coisa mais próxima do inferno na Terra”.
Fernanda Colavitti - 
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG78694-7940-194,00-PESQUISA+IN+VIVO.html
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
http://74.125.93.132/search?q=cache:0BHzJWNQgyMJ:www.montfort.org.br/index.php%3Fsecao%3Dveritas%26subsecao%3Dciencia%26artigo%3Deugenia_ciencia_nazista%26lang%3Dbra+%22as+experi%C3%AAncias+nazistas+contribuiram%22&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Dois pesquisadores do Instituto Kaiser Willelm para a Pesquisa do Cérebro, os doutores Julius Hallevorden e Hugo Spatz publicaram um trabalho pioneiro sobre uma forma de degeneração do cérebro, que foi denominada Síndrome de Hallervorden-Spatz, nome pela qual é conhecida até hoje no meio científico. 
Dr. Julius Hallervorden (1882-1965)
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
http://74.125.93.132/search?q=cache:0BHzJWNQgyMJ:www.montfort.org.br/index.php%3Fsecao%3Dveritas%26subsecao%3Dciencia%26artigo%3Deugenia_ciencia_nazista%26lang%3Dbra+%22as+experi%C3%AAncias+nazistas+contribuiram%22&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Spatz assumiu a direção do instituto quando os nazistas já executavam deficientes mentais e foi Médico do Hospital de Brandenburg, uma das seis instituições que operavam câmaras de gás do T-4, que matou 70.200 alemães portadores de deficiência mental. Neste hospital, foram feitas 1260 autópsias entre 1939 e 1944. Quase setecentos cérebros foram enviados para Hallevorden. (BLACK, p. 586). 
Hallevorden declararia que, ao saber que iriam exterminar os doentes mentais, foi ter com a direção do hospital de Brandenburg e disse: “se vocês vão matar todas aquelas pessoas, pelo menos retirem seus cérebros, para que o material possa ser utilizado.”
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
http://74.125.93.132/search?q=cache:0BHzJWNQgyMJ:www.montfort.org.br/index.php%3Fsecao%3Dveritas%26subsecao%3Dciencia%26artigo%3Deugenia_ciencia_nazista%26lang%3Dbra+%22as+experi%C3%AAncias+nazistas+contribuiram%22&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Medicina nazista:
 reumatismo, 
doenças cardíacas, 
patologia do olho, 
estudos sobre o sangue, 
funcionamento do cérebro, 
tuberculose, 
sistema gástrico até 
patologia hereditária.
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
http://74.125.93.132/search?q=cache:0BHzJWNQgyMJ:www.montfort.org.br/index.php%3Fsecao%3Dveritas%26subsecao%3Dciencia%26artigo%3Deugenia_ciencia_nazista%26lang%3Dbra+%22as+experi%C3%AAncias+nazistas+contribuiram%22&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
“Avanços” (???) da medicina no pós-guerra
Reanimação de pilotos da Luftwaffe derrubados nas águas gélidas do mar do Norte. 
Avanços aeromédicos, incluindo a habilidade de andar sem esforço numa cabina de ar pressurizado – agora considerada quase banal – mas que também foi desenvolvida como um resultado de experimentos em Dachau. Ele foi chamado de “pai da medicina espacial dos Estados Unidos”. (BLACK, op. cit. p. 602-603).
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
Estudos estatísticos rigorosos que comprovaram a relação entre hábito de fumar e o câncer;
Coletes salva-vidas desenhados para aquecer o pescoço – aumenta as chances de sobrevivência;
Reprodução humana assistida.
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
http://74.125.93.132/search?q=cache:0BHzJWNQgyMJ:www.montfort.org.br/index.php%3Fsecao%3Dveritas%26subsecao%3Dciencia%26artigo%3Deugenia_ciencia_nazista%26lang%3Dbra+%22as+experi%C3%AAncias+nazistas+contribuiram%22&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Após a guerra, os restos mortais das vítimas da medicina nazista foram transferidos ou mantidos por algumas importantes instalações de pesquisa médica alemãs. 
Desse modo, os exterminados continuaram a abastecer de material orgânico a medicina alemã. Em 1997, por exemplo, investigadores confirmaram que o Instituto de Neurobiologia da Universidade de Viena ainda abrigava 400 cérebros de vítimas do Holocausto.
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SANGUE RUIM
CASO TUSKEGEE
EUA 1932-1972
OMISSÃO DO DIAGNÓSTICO NÃO TRATAMENTO IMPEDIMENTO de ajuda 
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Filme: O jardineiro fiel
Sinopse: Baseado na obra do escritor John Le Carré, um diplomata inglês no Quênia tenta desvendar a morte de sua mulher, ativista dos direitos humanos. Durante esse processo, ele descobre que ela era alvo em potencial da indústria farmacêutica, que usa cobaias humanas naquele país.
Pontos de Interesse na Saúde Pública/Coletiva: Indústria Farmacêutica, Testagem de medicamentos em países subdesenvolvidos 
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
http://www.bioetica.ufrgs.br/princip.htm
A utilização de princípios como forma de reflexão é uma abordagem clássica e extremamente utilizada na Bioética. (GOLDIM)
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
http://www.bioetica.ufrgs.br/impercat.htm
Imperativo Categórico: 
Age somente, segundo uma máxima tal, que possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal.
Imperativo Prático: 
Age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas como um meio.
Kant E. Fundamentos da metafísica dos costumes. Rio de Janeiro: Ediouro, sd:70-1,79.
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
http://www.bioetica.ufrgs.br/princip.htm
Assim, pois, somos chegados ao princípio de conhecimento moral da razão vulgar do homem. A razão vulgar não necessita deste princípio tão abstrato e em uma forma universal; mas, apesar de tudo, tem-no continuamente diante dos olhos, usando-o com critério em seus raciocínios. Fora bem fácil demonstrar aqui como, com esta bússola na mão, saber distinguir perfeitamente em todos os casos que ocorrem, o que é bom, ou o que é mau, o que é conforme ao dever ou contrário ao dever, quando, sem ensinar-lhe nada de novo, faz-se-lhe esperar tão-somente, como fez Sócrates, a seu próprio princípio, e que não faz falta ciência ou filosofia alguma para saber o que é que deve fazer para ser honrado e bom e até sábio e virtuoso.
Kant I. Fundamentos da Metafísica dos Costumes. Rio de Janeiro: Tecnoprint, sd:48-49.
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
http://www.bioetica.ufrgs.br/princip.htm
O Relatório Belmont, 1978: 
o respeito às pessoas, 
a beneficência e 
a justiça. 
The Belmont Report: Ethical Guidelines for the Protection of Human Subjects. Washington: DHEW Publications (OS) 78-0012, 1978
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
http://www.bioetica.ufrgs.br/princip.htm
Beauchamp e Childress - Principles of Biomedical Ethics:
Autonomia, 
Não-Maleficência, 
Beneficência e 
Justiça. 
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
Princípios de caráter deontológico:
não maleficência e
justiça
Princípios de caráter teleológico:
 autonomia
beneficência 
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA - RESPEITO À PESSOA
AUTONOMIA PROTEÇÃO 
Jano (Janus) – deus romano . Era o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, representando os términos e os começos, o passado e o futuro. Também era o deus das indecisões, pois na mitologia uma cabeça falava de uma coisa e a outra cabeça falava de outra coisa completamente diferente. http://pt.wikipedia.org/wiki/Jano*
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA RESPEITO À PESSOA
AUTONOMIA – Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, art. 5: 
“A autonomia das pessoas no que respeita à tomada de decisões, desde que assumam a respectiva responsabilidade e respeitem a autonomia dos outros, deve ser respeitada. No caso das pessoas incapazes de exercer a sua autonomia, devem ser tomadas medidas especiais para proteger os seus direitos e interesses”. 
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA - RESPEITO À PESSOA
VULNERABILIDADE: Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde: 
“refere-se a estado de pessoas ou grupos, que por quaisquer razões ou motivos, tenham a sua capacidade de autodeterminação reduzida, sobretudo no que se refere ao consentimento livre e esclarecido”. 
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA – AUTONOMIA
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA – AUTONOMIA
 http://www.bioetica.ufrgs.br/autonomi.htm
Condições essenciais à autonomia: 
liberdade (independência do controle de influências) e 
ação (capacidade de ação intencional). 
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA – AUTONOMIA
 http://www.bioetica.ufrgs.br/autonomi.htm
“Ninguém está capacitado para desenvolver a liberdade pessoal e sentir-se autônomo se está 
angustiado pela pobreza,
 
privado da educação básica ou 
se vive desprovido da ordem pública”. 
CHARLESWORTH, M apud GOLDIM. 
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA – AUTONOMIA
//www.bioetica.ufrgs.br/autonomi.htm
“Da mesma forma, a assistência à saúde básica é uma condição para o exercício da autonomia”.
CHARLESWORTH, M apud GOLDIM. 
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA - AUTONOMIA
 http://www.bioetica.ufrgs.br/autonomi.htm
John Stuart Mill(1806-1883):
sobre si mesmo, sobre seu corpo e
 sua mente, o indivíduo é soberano.
 
Juiz Benjamim Cardozo (1914):
Todo ser humano de idade adulta e com plena consciência, tem o direito de decidir o que pode ser feito no seu próprio corpo. (caso Schloendorff)
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA – AUTONOMIA
 http://www.bioetica.ufrgs.br/autonomi.htm
O Princípio da Autonomia 
+
inclusão do outro 
(mente alargada de Kant)
ALTERIDADE
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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
CF, art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA – AUTONOMIA
 http://www.bioetica.ufrgs.br/autonomi.htm
Princípio do respeito às pessoas ou princípio do consentimento
Características:
Privacidade
Veracidade 
Autonomia
 
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA – AUTONOMIA
 http://www.bioetica.ufrgs.br/autonomi.htm
Privacidade
DUDH, 1948, Artigo XII 
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
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PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA – AUTONOMIA
 http://www.bioetica.ufrgs.br/autonomi.htm
Privacidade – quebra: justa causa:
Comunicação da autoridade competente:
Doenças de notificação compulsória;
Maus tratos:
Crianças e adolescentes (ECA, arts. 2º, 13, 15, 17, 18 e 45)
Cônjuge (Lei Maria da Penha)
Idoso (Estatuto do Idoso) 
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CONFIDENCIALIDADE - quebra
 http://www.bioetica.ufrgs.br/confqueb.htm
“é a ação de revelar ou deixar revelar informações fornecidas pessoalmente em confiança. 
A quebra de confidencialidade somente é eticamente admitida quando:
um sério dano físico, a uma pessoa identificável e específica, tiver alta probabilidade de ocorrência;
um benefício real resultar desta quebra de confidencialidade;
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CONFIDENCIALIDADE - quebra
 http://www.bioetica.ufrgs.br/confqueb.htm
3) for o último recurso, após ter sido utilizada persuasão ou outras abordagens, e, por último, 
4) este procedimento deve ser generalizável, sendo novamente utilizado em outra situação com as mesmas características, independentemente de quem seja a pessoa envolvida”. 
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CONFIDENCIALIDADE – quebra
RESOLUÇÃO 1665/03 CFM
Art. 10 - O sigilo profissional deve ser rigorosamente respeitado em relação aos pacientes portadores do vírus da SIDA (AIDS), salvo
nos casos determinados por lei, 
por justa causa ou 
por autorização expressa do paciente.
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
1797, Inglaterra - sentença do juiz – falta:
do consentimento e 
de informação
Obs.: necessidade de colaboração do paciente nos procedimentos cirúrgicos (não havia anestesia).
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
1833, EUA 
Alexis St. Martin levou um tiro acidental que permitia a observação do interior de seu estômago. 
O médico William Beaumont firmou com o paciente um contrato em que as partes assumiam compromissos recíprocos.
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
1880, Noruega
Condenação do Dr. Hansen que tentou inocular as bactérias no olho de uma senhora. Em razão da dor causada no procedimento e prejuízos à sua visão, a paciente promoveu ação.
Hansen perdeu seu cargo no leprosário e sua licença para clinicar.
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
1884, Brasil
Luis Pasteur propôs a utilização de condenados à morte e sem a autorização deles, para fins de teste de vacina contra a raiva.
Dom Pedro II negou a autorização.
1884 - Pasteur testou sua vacina em um menino.
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
1900, projeto de lei (Senador Jacob H. Gallinger):
Aprovação prévia por um Comitê;
Autorização dos participantes;
Informações prévias;
Garantia de voluntariedade e capacidade;
Garantia de relato de situações não previstas;
Possibilidade de interrupção pelo participante;
Preservação dos grupos vulneráveis;
Avaliação prévia dos riscos envolvidos no experimento.
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
Diretrizes elaboradas antes do regime nazista:
Proibição de intervenções médicas com objetivos diversos (apenas para diagnóstico, terapêutica ou imunizantes) quando: 
“vulneráveis” (menor ou incapaz) e também se
 não declarou de forma inequívoca que consente na intervenção. 
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
1931, Alemanha (Ministério do Interior) – Diretrizes (e não lei) para Novas terapêuticas e pesquisa em seres humanos – realizadas somente
“após o sujeito ou seu representante legal terem consentido de forma indubitável para o procedimento à luz de informações fornecidas anteriormente.”
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
1947, Código de Nüremberg
“Primeiro documento com repercussão internacional que estabeleceu padrões éticos mínimos aceitáveis para a realização de projetos envolvendo seres humanos.”
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TRIBUNAL DE NUREMBERG
	“Lembrar o Tribunal de Nuremberg é manter a memória da humanidade. É trazer para o momento atual o debate destes aspectos, infelizmente nemsempre lembrados, com o objetivo de prevenir que situações como estas ocorram novamente”
José Roberto Goldim
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 e a sua prática na assistência e pesquisa no Brasil
CLOTET; GOLDIM (ORG.); FRANCISCONI
Declarações de Helsinki:
 I,1964, Finlândia
II, 1975, Tóquio
III, 1983, Itália
IV, 1989, Hong Kong
V, 1996, África do Sul
Relatório Belmont,1978
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CONSENTIMENTO INFORMADO
 http://www.bioetica.ufrgs.br/consinf.htm
Processo – etapas (Beauchamp): 
I) Pré-Condições: 
Capacidade (entender e decidir), 
2. Voluntariedade (na decisão);
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*
CONSENTIMENTO INFORMADO 
http://www.bioetica.ufrgs.br/competen.htm
  
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*
 CONSENTIMENTO INFORMADO 
 http://www.bioetica.ufrgs.br/consinf.htm
II) Elementos da Informação: 
3. Explicação (informações sobre riscos e benefícios), 
4. Recomendação (proposta de alternativa mais adequada), 
5. Compreensão (dos termos 3 e 4);
*
*
 CONSENTIMENTO INFORMADO 
 http://www.bioetica.ufrgs.br/consinf.htm
III) Elementos do Consentimento: 
6. Decisão (em favor de uma opção, dentre no mínimo duas propostas), 
7. Autorização.
Beauchamp TL, Faden R. Meaning and elements of informed consent. In: Reich W. Encyclopedia of Bioethics. New York: McMillan, 1995:1238-41.
CONSENTIMENTO: EXIGÊNCIA
ÉTICA
JURÍDICA
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Consentimento informado
 http://www.bioetica.ufrgs.br/salgo.htm
Caso Salgo v. Leland Stanford Jr University Board of Trustees, 1957, Califórnia/EEUU. 
“O paciente Martin Salgo, de 55 anos, tinha arteriosclerose e submeteu-se a uma aortografia diagnóstica. O procedimento foi feito sob anestesia e com o uso de contrastes. Na manhã seguinte o paciente descobriu que tinha os seus membros inferiores paralisados. A Corte ressaltou que o médico viola o direito do paciente quando não informa qualquer fato necessário à permitir um consentimento racional por parte do paciente. A Corte afirmou que o médico deve ‘revelar plenamente os fatos necessários a um consentimento informado’". 
*
*
Consentimento informado
http://www.bioetica.ufrgs.br/
1677 - CONTRATO 
1767 – DECISÃO JUDICIAL – necessidade do consentimento (Inglaterra)
1833 – CONTRATO DE PESQUISA
1957 – UTILIZAÇÃO DE CONSENTIMENTO INFORMADO EM SENTENÇA JUDICIAL
1970-1999 – COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO SEM AUTORIZAÇÃO
1981 – PRIMEIRAS NORMAS BRASILEIRAS
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NÃO MALEFICÊNCIA E BENEFICÊNCIA
evitar o mal (primum non nocere) e 
fazer o bem (bonum facere). 
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Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém.
Juramento de Hipócrates
Médico grego (460 a.C.?-377 a.C.?). Considerado o pai da Medicina, é o mais célebre médico da Antiguidade e o iniciador da observação clínica. Nasce na Ilha de Cós, filho de Heráclides e Fenareta, ligados à família dos Asclepíades – que se julgavam descendentes do herói Asclépio (Esculápio) e, para alguns, de Hércules. Viaja a estudo por várias cidades gregas, onde aprende Retórica e Filosofia. De volta à cidade natal, passa a ensinar e praticar Medicina na escola do Templo de Esculápio . Seu trabalho marca o fim da Medicina como manifestação mágica e divina e inaugura a ciência baseada na observação clínica.
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NÃO MALEFICÊNCIA E BENEFICÊNCIA
O Relatório Belmont inclui a não maleficência como parte da beneficência e estabelece duas regras gerais podem ser formuladas como expressões complementares de uma ação benéfica: 
não causar o mal e 
maximizar os benefícios possíveis e minimizar os danos possíveis. 
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*
NÃO MALEFICÊNCIA E BENEFICÊNCIA
Pelo princípio da não maleficência temos o dever de não causar dano intencional. David Ross, conforme esclarece Goldim, estabelece o conceito de dever prima facie e propõe que quando houver conflito entre a beneficência e a não maleficência este deve prevalecer.
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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
CF, art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
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JUSTIÇA
O princípio da justiça está intimamente ligado à distribuição de recursos.
Tem-se a obrigação de garantir a distribuição justa, eqüitativa e universal dos benefícios dos serviços de saúde. 
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JUSTIÇA
Importante salientar a questão que se levanta, a respeito do critério adotado. Vários são os critérios, de acordo com o Relatório Belmont, a saber: 
a cada pessoa uma parte igual; 
a cada pessoa de acordo com a sua necessidade;
a cada pessoa de acordo com o seu esforço individual; 
a cada pessoa de acordo com a sua contribuição à sociedade; 
a cada pessoa de acordo com o seu mérito. 
 
*
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JUSTIÇA
CF, art. 3º.. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
[...]
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
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ALTERIDADE
A palavra alteridade, que possui o prefixo “alter” do latim, possui o significado de se colocar no lugar do outro na relação interpessoal, com consideração, valorização, identificação e dialogar com o outro.
A bioética, pela sua abrangência, está caracterizada pela interdisciplinaridade, interculturalidade e metodologia do diálogo, e é, por excelência, disciplina da alteridade. 
A alteridade é critério fundamental da bioética, o que se quer dizer que a pessoa é o fundamento de toda reflexão e de toda prática bioética.
Portanto, a alteridade significa o respeito pelo outro, trata-se de aprender a conviver com as diferenças, buscando equilíbrio entre os diversos pontos de vista.

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