Projeto Imperial Joanino

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

O projeto imperial joanino: a colonização como sistema
A dinâmica ou o “sentido da colonização”: o projeto português era medieval (concepção jurídica e ideológica) e, ao mesmo tempo, moderno, no sentido administrativo (planejamento e coordenação do Estado e do rei). O Estado português exercerá o controle do monopólio metropolitano que, lentamente, restringirá a autonomia dos colonos, principais atores da conquista. Apresentou um sentido espiritual, evangelizador e, simultaneamente, um sentido laico, voltado para o comércio, sobretudo para o tráfico de escravos. 
O “sentido da colonização”, expressão formulada por Caio Prado Jr., em “Formação do Brasil Contemporâneo” (1942), estava voltado para fora, ou seja, subordinado aos interesses mercantis da metrópole. Portanto, cabia aos colonos produzir e exportar gêneros tropicais altamente rentáveis para o Estado português.
O aprendizado da colonização como fruto de uma “experiência de mercado” (reinol): transferência dos lucros para a metrópole. Isto é, inicialmente serão concedidos amplos poderes àqueles que estavam além-mar. Aos poucos, essas prerrogativas serão tolhidas, submetendo os colonos aos imperativos da metrópole. 
A estrutura do projeto de colonização: povoamento do território brasileiro (desigual, estruturado basicamente no litoral) e montagem de um sistema de controle, que previa o monopólio do comércio através do pacto colonial (exclusivismo comercial).
A história do Brasil foi, portanto, marcada pela economia agro-exportadora, cujo eixo de sustentação se baseava em três elementos: a grande propriedade de terra (latifúndio), a monocultura e o trabalho escravo. A montagem da empresa colonial foi extremamente predadora, gerando miséria e concentração de riqueza. 
Outros fatores da economia colonial: pecuária voltada para o abastecimento do mercado interno.
Documento para análise e discussão: a carta de Pero Vaz de Caminha