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LIMPE (no âmbinto do Direito Administrativo e Constitucional)

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Princípios Constitucionais no Âmbito Administrativo (L.I.M.P.E.).
wellington da silva lacerda - estudante
wellacerda@hotmail.com
Princípios Constitucionais no Âmbito Administrativo (L.I.M.P.E.).
Princípios Constitucionais no âmbito administrativo (L.I.M.P.E.: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência).
Ao Professor Aldem Johnston, aluno Wellington da Silva Lacerda do 4º período do Curso de Direito da Faculdade dos Guararapes.
Introdução
O presente artigo tem como intuito expor os Princípios Constitucionais (L.I.M.P.E) no âmbito do Direito Administrativo no que se refere ao conteúdo análogo para com o Direito Constitucional, partindo de que existem seus pressupostos de suma importância para ambos os direitos; com o objetivo de esclarecer cada função e importância dos mesmos.
Da Constituição Federal Em seu Art.37, caput, diz: “A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Dos Princípios
Para José Castella Júnior, “Princípio de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas que condicionam todas as estruturações subsequentes. princípios neste sentido são os alicerces da ciência.” (Revista de Informação Legislativa, v.97:7).
Da Legalidade
Com o texto da Constituição Federal de 88 ante-exposto, possamos também destacar em referencia o Art.5º, II que relata bem este princípio no que trata dos direitos e garantias fundamentais de nosso ordenamento jurídico; onde cita que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”, com isso verifica-se uma forma bem clara deste principio, ou seja, o homem só poderá fazer algo que esteja dentro da legalidade; levando para a seara da administração pública somente tem possibilidade de atuar quando vier à existir a lei que o determine ,vindo com isto a observar os limites da lei.
Da Impessoalidade
Este princípio mostra algumas divergências em relação a se chegar à interpretação única por parte de alguns doutrinadores, que de certa forma explanam suas opiniões diferentes em relação a este princípio, que por outro lado é ele que regula que a administração pública não deve atuar no intuito de prejudicar ou beneficiar pessoas, no que se refere à própria administração. A primeira linha de pensamento é a mais praticada onde diz que toda atuação da administração deve visar o interesse público, tendo como isso, sua satisfação.
Para o professor Celso Antonio Bandeira de Melo “a impessoalidade, especialmente na acepção em foco, é decorrência da isonomia e tem desdobramentos explícitos em dispositivos constitucionais como o Art° 37, inciso II, que impõe o concurso público como condição para ingresso em cargo efetivo ou emprego público (oportunidades iguais para todos) e o Artº 37, inciso XXI, que exige que as licitações públicas assegurem igualdade de condições a todos os concorrentes.” (Alexadrino, Marcelo. Direito Administrativo Descomplicado -19º Ed.Rev.e atual. Rio de Janeiro. 2011).
Moralidade
Tem em seu aspecto administrativo a moral, onde se exige a atuação ética dos agentes da Administração Pública; vale ressaltar que a Constituição relata a moral administrativa como princípio expresso, permitindo afirmar que ela é um requisito de validade do ato administrativo, em consequência, um ato contrário à moral administrativa não deve ser revogado, e sim declarado nulo; tratando-se de controle de legalidade ou legitimidade.
A Constituição em seu §4º do Artº37 mostra clara a lesão à moralidade quando refere-se à improbidade administrativa, nos seguintes termos: "os atos de impessoalidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento do erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo de ação penal cabível.
Da Publicidade
Como o próprio nome já faz menção, podemos afirmar que todo ato praticado pela administração pública, exige suas divulgações, com ressalvas nas hipóteses de sigilo que são previstas por lei.
Fazendo um parâmetro com nossa Constituição, verificamos em seu artigo 5º, como em vários incisos onde se mostram de forma clara este princípio, que é de tamanha importância e valoração para a Administração Pública, verificamos alguns: Inciso XIV assegura a todos o acesso à informação e resguardando o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
Inciso XXXIII, estabelece que todos tem direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou do interesse coletivo ou geral, que serão prestados no prazo da lei, sob pena de responsabilidade ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível a segurança da sociedade e do Estado.
Para o mestre Hely Lopes Meirelles, publicidade "é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos. Dai porque as leis, atos e contratos administrativos que produzem consequências jurídicas fora dos órgãos que os emitem exigem publicidade para adquiriram validade universal, isto é, perante as partes e terceiros." (Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 37º Ed.- São Paulo: Ed. Malheiros, 1990. pag. 95-96).
Da Eficiência
Este princípio mostra-se no sentido de fazer com que os objetivos sejam repassados de forma eficaz para a boa prestação do serviço, de modo simples, rápido e econômico, com isso contribuindo com o controle financeiro da Administração Pública, relacionando o custo benefício desta.
Hely Lopes Meirelles, fala na eficiência como um dos deveres da Administração Pública, definindo-o como "o que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros". (Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo - 21. Ed.-reimpr. - São Paulo: Atlas, 2008, p.37).
Com base neste princípio a sociedade passa a ter uma base jurídica com expressão para que se exija dos poderes públicos e efetivação do exercício dos seus direitos sociais, como a educação, saúde, entre outros; onde os mesmos tem que serem garantidos pelo Estado.
Conclusão
Com relação a tudo que fora exposto, verificamos que estes princípios que são da Administração Pública, observa-se também que os mesmos fazem parte do nosso âmbito constitucional, onde estão elencados no Artº37, assim como outros da nossa Carta Magna. Fazendo-se uma relatividade dos Princípios Constitucionais no âmbito administrativo, mostrando que tudo que for usado em relação a estes princípios no que se refere administrativamente tem que estar firmado na Constituição Federal Brasileira.
Bibliografia:
*Alexandrino, Marcelo
Direito Administrativo Descomplicado -19ºEd. Rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2011.
*Paulo, Vicente
Direito Constitucional Descomplicado -4ºEd. Rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2009.
*Di Pietro, Maria Sylvia Zanella
Direito Administrativo -21. Ed.-2ºreimpr. -São Paulo: Atlas, 2008.
*Meyrelles, Hely Lopes.
Direito Administrativo Brasileiro -37ºEd.- São Paulo: Malheiros, 1990.
*Constituição Federal Brasileira de 1988.
Currículo do articulista: 4º período do Curso de Direito pela Faculdade dos Guararapes.

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