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Classificação do Direito Subjetivo 08-11-13

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Classificação do Direito Subjetivo
Quanto ao conteúdo:
Direitos Subjetivos Públicos: a distinção entre direito subjetivo público e privado tem por parâmetro a pessoa do sujeito passivo da relação jurídica, de modo que quando o obrigado for pessoa de direito público, o direito subjetivo será público. Do contrário, quando o obrigado for pessoa de direito privado, o direito subjetivo será igualmente privado. O direito subjetivo público divide-se ainda em:
a) Direito de liberdade: trata-se de proteção fundamental ao indivíduo, achando-se encartada em vários dispositivos normativos, como na Constituição e no Código Penal Brasileiro:
“Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (art. 5º, II, CF/88);
“Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou fazer o que ela não manda...” (art. 146, Código Penal);
“Conceder-se-á habbeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.” (art. 5°, LXVIII, CF/88).
Direito de ação: é a possibilidade de invocar do Estado a prestação jurisdicional, dentro das hipóteses previstas, no intuito de que este, através de seus órgãos, tome conhecimento do conflito de interesses e o componha mediante a aplicação do direito ao caso concreto. 
Direito de petição: refere-se à obtenção de informação administrativa sobre assunto de interesse do requerente. Acha-se albergado no bojo da Constituição (art. 5º, XXXIV, a).
Art. 5º (...)
XXXIV- são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
Direitos políticos: são a possibilidade que tem o cidadão de participar da vida pública, do poder público, através do direito de votar e de ser votado (capacidade política ativa e passiva) (Art. 14, CF/88)...\..\Constituição.htm
Direitos Subjetivos Privados:
Como visto anteriormente, privados são aqueles cujo exercício depende do cumprimento do dever jurídico acometido a pessoa particular (sujeito passivo). Sob o aspecto econômico, eles podem ser, ainda, patrimoniais ou não-patrimoniais. Os patrimoniais são os que possuem valor de ordem material, podendo ser apreciados pecuniariamente, o que não acontece com os não-patrimoniais que têm apenas natureza moral. Dentre os primeiros, acham-se os direitos reais, obrigacionais, sucessórios e intelectuais.
Reais: objeto bem móveis e imóveis;
Obrigacionais: de crédito ou que tem por objeto uma prestação pessoal;
Sucessórios: surgem em decorrência do falecimento de seu titular e são transmitidos aos seus herdeiros;
Intelectuais: autores e inventores.
Não-patrimoniais: São aqueles de natureza moral desdobram-se em personalíssimos e familiais.
Personalíssimos: direito a vida, integridade, moral, nome;
Familiais: vínculo familiar.
Quanto à eficácia dos direitos subjetivos:
Direitos absolutos e relativos: diz-se absolutos aqueles em que a coletividade como um todo figura como sujeito passivo da relação, podendo esses direitos ser, portanto, exigidos contra todos (erga omnes), como é o caso do direito de propriedade; Relativos são os que obrigam apenas pessoa (s) determinada (s), com a (s) qual (is) o sujeito ativo mantém vínculo decorrente de contrato, ato ilícito ou por imposição legal.
Direitos transmissíveis e intransmissíveis: são os que podem ou não passar de um titular para outro, seja por absoluta impossibilidade do fato ou por determinação legal. Exs. Os direitos reais e os personalíssimos, respectivamente.
Direitos reais são em regra transmissíveis. A transmissão dar-se-á:
Inter vivos (contrato de locação); ou
Causa mortis (sucessão).
Direitos personalíssimos são sempre não-transmissíveis.
Direitos principais e direitos acessórios: os primeiros são autônomos, independentes, ao passo que os últimos têm sua existência dependente da dos anteriores, não possuindo existência autônoma. Ex. no contrato de mútuo, o direito ao capital emprestado é o direito principal, enquanto o direito a percepção de juros é meramente acessório.
Direitos renunciáveis e não-renunciáveis: renunciáveis são aqueles que admitem que o sujeito ativo, por ato de vontade, deixe a condição de titular do direito sem a intenção de transferi-lo a outrem. E irrenunciáveis os que não se pode renunciar.
Aquisição, modificação e extinção dos direitos subjetivos
Aquisição:
Os direitos subjetivos nascem, duram e perecem. Nascem eles através de sua aquisição que consiste no fato pelo qual alguém assume a condição de titular de um direito subjetivo. Essa aquisição pode se dar por determinação da lei ou mesmo por ato de vontade, que surge pela prática de ato jurídico.
Pode ocorrer por dois motivos:
Originário quando o direito não decorre de uma transmissão, mas se manifesta autonomamente com seu titular, como é o caso da usucapião; ou
Derivado em que ocorre apenas uma mudança ou transferência de titularidade do direito. A aquisição derivada pode ser:
- Translativa, se o direito se transferir integralmente ao novo titular;
- Constitutiva, se ao antigo titular ainda se reservar algum poder sobre o bem, como ocorre no usufruto em que o antigo titular conserva o uso do bem, transferindo a nua propriedade.
Modificação:
Pode ser subjetiva, se a mudança ocorrer na titularidade do direito ou do dever jurídico, por ato inter vivos ou mortis causa; ou objetiva se a modificação alcançar o objeto da relação jurídica.
   
Extinção: 
A extinção do direito subjetivo pode se dar através de:
   
Perecimento do objeto: se o objeto sobre o qual recai o direito perde as qualidades essenciais ou seu valor econômico, considera-se extinto o direito, em decorrência da determinação do art. 77 do CC: “perece o direito, perecendo o seu objeto”.
Alienação: é a transferência do direito a título gratuito (doação) ou oneroso (encargo), ocasião em que o direito se extingue para o antigo titular.
Renúncia: consiste num ato espontâneo pelo qual alguém abdica de um direito, como no caso de um herdeiro que nega herança.
Prescrição: é a perda do direito de ação pelo decurso do tempo, e não do direito em si que persiste, mas que, contudo, fica sem meios eficazes de obter a proteção judicial, em decorrência da inércia de seu titular, que não movimentou seu interesse em tempo hábil. Além da prescrição extintiva, existe também a chamada aquisitiva que se refere à obtenção de um direito pelo decurso do tempo, como se dá no usucapião.
Decadência: consiste na perda de um direito em virtude do tempo. Enquanto a prescrição fulmina o direito de ação, pela decadência extingue-se o direito em si. A prescrição e a decadência têm por fundamento a segurança jurídica das pessoas.
CASO CONCRETO 1
 
Casimiro Cunha, titular de vasto patrimônio e sem herdeiros necessários, sabendo que está gravemente doente e que brevemente poderá morrer, resolve fazer um testamento público e estipular como legatário Luiz Guimarães, contemplando-o com todo seu patrimônio. Em relação ao caso acima, pergunta-se:
Quais as formas de aquisição de direitos que se darão pela transmissão do patrimônio, via testamento, com a morte de Casimiro Cunha? Explique cada uma delas.
CASO CONCRETO 2
Marcos Menezes adquiriu a titularidade de um bem imóvel, localizado na cidade de Friburgo, através de doação efetuada por seu primo Paulo da Silva Menezes. Ao receber o documento de doação, Marcos tomou as devidas providências de registro do bem em seu nome. Pelo exposto, que modalidades de aquisição de direitos ocorreram na relação jurídica de doação supramencionada?
 
QUESTÃO OBJETIVA: (Resposta justificada)
 
1- A questão apresenta duas proposições, escolha dentre as alternativas abaixo acorreta, fundamentando sua resposta: 
A aquisição originária é aquela que nasce no mesmo momento em que se origina o direito para o titutar
PORQUE
esse titular pode receber o bem através de ato inter vivos ou mortis causa.
 (A)  se as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
(B)  se as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
(C)  se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
(D) se a primeira é falsa e a segunda é verdadeira.
(E)  as duas são falsas.
QUESTÕES OBJETIVAS
(Respostas justificadas)
 Tema: Validade das Normas - Técnico-Formal ou Vigência, Social e Ética.
1.    Analise as proposições e assinale a única alternativa correta. 
I - No sistema brasileiro de irretroatividade das leis, que adota as teorias objetiva (ato jurídico perfeito) e subjetiva (direito adquirido), a chamada faculdade legal, que consiste em um poder concedido pela lei ao indivíduo, ainda que ele não tenha feito uso dela, não pode ser modificada por lei nova. 
II - Aquele que atingiu dezesseis anos (que é a idade mínima exigida para que o homem ou a mulher, com autorização dos pais, casem), se não casar e surgir lei elevando, de imediato, para 18 anos a idade núbil, não necessita completar 18 anos para, de acordo com a lei nova, poder casar. 
III - Nas leis de cunho social, como forma de atingir o alcance buscado pelo legislador, o juiz poderá decidir por eqüidade, ainda que não previsto na lei.
A) apenas uma das proposições é falsa.
B) apenas uma das proposições é verdadeira.
C) todas as proposições são verdadeiras.
D) todas as proposições são falsas.
 2. É publicada no Diário Oficial Lei Federal dispondo sobre a proteção ambiental. Quanto à vigência, validade e eficácia social desta lei, pode-se afirmar que sua:
A)   vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, sendo ela válida e eficaz se efetivamente obedecida e aplicada;
B)   vigência se inicia necessariamente quarenta e cinco dias após a publicação, sendo ela válida se compatível com a Constituição, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua produção e eficaz se efetivamente obedecida e aplicada; 
C)   vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, sendo ela válida se compatível com a Constituição, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua produção e eficaz se efetivamente obedecida e aplicada;
D)   vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, sendo ela válida e eficaz se produzida por órgão competente, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua produção;
E)   vigência se inicia necessariamente no dia da publicação, sendo ela válida se efetivamente obedecida e aplicada e eficaz se produzida por órgão competente, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua produção.
 
 
2. A Lei 9.307, de 23 de setembro de 1996, que dispõe sobre arbitragem, em seu artigo 44 estabeleceu: ficam revogados os artigos 1037 a 1048 da Lei 3071, de 1º  de janeiro de 1916, Código Civil Brasileiro; os artigos 101 e 1072 a 1102 da Lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil.
 Neste caso, é possível dizer então que ocorreu:
A)   Revogação tácita;
B)   Ab-rogação expressa;
C)   Derrogação expressa;
D)   Repristinação.
 
QUESTÃO OBJETIVA - Tema: Irretroatividade da Lei.
1)   Acerca da vigência, aplicação e interpretação da lei, assinale a opção INCORRETA: 
 A) Repristinar uma lei é dar-lhe nova vigência, ou seja, uma lei que fora revogada volta a viger por determinação expressa de uma nova lei.
B) O intervalo entre a data da publicação da lei e a de sua entrada em vigor chama-se vacatio legis.
 C) A lei posterior revoga a anterior quando é com ela incompatível ou quando disciplina inteiramente a matéria por ela tratada.
D) Para que uma lei seja interpretada de maneira sistemática há que se examinar a sua relação com as demais leis que integram o ordenamento jurídico.
E) A irretroatividade da lei é um princípio constitucional absoluto. A lei nova não pode retroagir e a sua aplicação e seus efeitos abrangem fatos futuros, não sendo aplicável ao passado. 
 2)   Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta. 
Segundo o entendimento majoritário da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: 
 I. A norma de direito público incide imediatamente sobre ato jurídico já praticado, regulando os seus efeitos futuros (retroatividade mínima) e preservando os efeitos anteriormente produzidos. 
II. A irretroatividade da lei aplica-se tanto às leis de ordem pública (jus cogens) quanto às leis dispositivas (jus dispositivum). 
III. O direito adquirido a regime jurídico somente pode ser afastado por norma constitucional superveniente. 
IV. Se a lei alcançar os efeitos futuros de contratos celebrados anteriormente a ela, será essa lei retroativa porque vai interferir na causa, que é um ato ou fato ocorrido no passado. 
A) Estão corretas apenas as assertivas I e IV.
B) Estão corretas apenas as assertivas II e III.
C) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
D) Estão corretas apenas as assertivas III e IV.
E) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.
 
CASO ONCRETO  Tema: Coisa Julgada.
Paulina da Silva, menor impúbere, representada por sua mãe, ajuíza ação em face de Paulo, seu pai, visando ao reajuste de sua pensão alimentícia, tendo em vista que este obteve melhora substancial em seu padrão de vida há cerca de seis meses, fruto da herança de uma bem sucedida empresa de transporte coletivo. Paulo, em contestação, afirma que os alimentos relativos à sua filha Paula foram decididos na ação de divórcio consensual, julgada definitivamente um ano e meio antes da propositura da ação de alimentos. Assim, como há coisa julgada, Paulo alega não ser mais cabível a revisão pelo poder judiciário.
Incidem os efeitos da coisa julgada nas ações de alimentos? Justifique.
 
b)   Quais os pré-requisitos para que alguém possa pleitear a revisão dos alimentos já decididos em processo anterior?
  QUESTÕES OBJETIVAS
1. Assinale a alternativa correta. Justifique sua escolha:
Em 1957, Pedro comprou um imóvel de João, cumprindo todas as formalidades legais que previa a lei vigente à época para a aquisição do imóvel. Ocorre que, em janeiro de 2000, esta lei foi derrogada pela Lei nº 4.200/00, prevendo alguns requisitos a mais para a aquisição do imóvel.
Na hipótese acima mencionada, podemos afirmar que, com relação ao tema conflitos de leis no tempo, estamos diante de:
A)   Expectativa de direito;
B)   Coisa julgada;
C)   Direito adquirido;
D)   Ato jurídico perfeito;
E)   Direito natural.
    
 2. Assinale a alternativa correta. Justifique sua escolha:
Antes de 1977, o regime legal de bens no casamento, no Brasil, era o da comunhão universal. Quem casou até então, sem qualquer ressalva expressa em pacto antenupcial, o fez no regime legal de comunhão universal. Após 1977, com a mudança da lei, o regime legal passou a ser o da comunhão parcial. Quem casou antes de 1977 não foi atingido pela nova lei que cuidou desta matéria. Assim sendo, é possível afirmar que a situação jurídica em questão corresponde à hipótese de:
A)   Coisa julgada;
B)   Direito adquirido;
C)   Ato jurídico perfeito;
D)   Expectativa de direito;
E)   Direito natural.
 
 QUESTÃO OBJETIVA - Assinale a alternativa correta:
A) A irretroatividade da lei é uma garantia em favor do Estado, razão pela qual o ente estatal que editou o ato legislativo não poderá alegá-la, exceto quando se tratar de norma jurídica de ordem pública que poderá retroagir para alcançar os contratos havidos antes do início da sua vigência.
B) Via de regra, a lei começa a vigorar em todo o país na data da sua publicação, havendo vacatio legis de quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada a lei brasileira que for admitida como obrigatória nos Estados estrangeiros.
C) A lex domicilii não se constitui em critério fundamental do estatuto pessoal vezque não há previsão na LINDB para a introdução do princípio domiciliar como elemento de conexão para determinação da lei aplicável.
D) Dá-se a "antinomia de normas" quando há incompatibilidade entre o conteúdo delas, devendo o intérprete solucionar o impasse mediante o afastamento de uma, salvo se não houver incompatibilidade absoluta das normas, quando se procederá a harmonização dos dispositivos. A "hierarquia", a "cronologia" e a "especialidade" são os principais critérios normativos utilizados para solucionar a questão.
E) O instituto da "repristinação", ou seja, a possibilidade de restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido a sua vigência está previsto na LINDB de forma tácita e como regra geral de aplicação automática. 
Tema: Elementos de Integração do Direito.
X, solteira, conviveu em união homossexual com Y durante 10 anos, vindo, porém, a se separar. Durante a vigência da união, foi adquirido um imóvel com o esforço comum de ambas. No entanto, no Registro Geral de Imóveis, o bem somente ficou no nome de Y. X ingressou com ação com o objetivo de partilhar o bem comum. Entretanto, quando o juiz vai decidir o caso, verifica que inexiste norma jurídica que regule a forma de partilha de bens adquiridos em tal situação.
 A)   Pode o juiz se eximir de decidir a questão? Justifique sua resposta.
 B)   Um juiz, decidindo a questão, se utilizou dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da isonomia e das leis que regulam a união estável entre heterossexuais para determinar a partilha igualitária dos bens adquiridos na constância da vida em comum. Pergunta-se: que critério(s) de integração do direito utilizou o juiz na solução do caso concreto? Fundamente sua resposta.
 Tema: Elementos de Integração do Direito.
Revista Época, 07.06.2004, p. 17.
Confusão no Cartório
Bianca nasceu na semana passada, mas já tem uma história digna de novela. A pequena foi fecundada em laboratório, gerada no útero da avó paterna e, assim que nasceu, mamou na mãe biológica. Veridiana do Vale Menezes, de 30 anos, a mãe, nasceu sem útero. Sua sogra, Elisabeth, de 53, ofereceu o dela para abrigar o embrião. Durante a gravidez, Veridiana fez tratamento para estimular a lactação. O parto foi tranquilo, apesar da idade avançada da avó. O problema ocorreu na hora de registrar o nome. O cartório de Nova Lima, Minas Gerais, cidade onde Bianca nasceu, não aceitou registrar o nome da mãe biológica.
A partir do caso concreto acima relatado, suponha que, em função do problema do registro da criança, tenha sido ajuizada ação e você seja o juiz a solucioná-la. Pergunta-se, então:
Com base em que critério de integração da norma, você julgaria o caso concreto e como decidiria a questão?
Justifique suas respostas.
GABARITO
SUGESTÃO DE GABARITO:  A aquisição de direitos por testamento ocorre na forma derivada, que decorre da transmissão do direito de um titular precedente a outro titular subseqüente. Ocorre na forma translativa, pois, os direitos sobre o patrimônio foram transferidos na íntegra, sem haver a constituição de novo direito. Ocorre na forma graciosa, pois, os direitos foram adquiridos pelo adquirente sem haver contra-prestação.  E, ocorre por ato do próprio adquirente. 
SUGESTÃO DE GABARITO: A relação jurídica de doação é forma de aquisição derivada por parte do donatário, haja vista que, este mantém relação jurídica com o titular anterior, que é o doador. Esta relação é também translativa, vez que, o direito sobre a propriedade doada se transferiu na íntegra para o donatário. A aquisição é graciosa, pois, não houve contraprestação por parte do donatário. É forma de aquisição pelo próprio adquirente pois, foi o titular do direito de propriedade, donatário, que o adquiriu.
1) todas as proposições são falsas.
 JUSTIFICATIVA: a) A Carta Magna brasileira, de 1988, e a Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro brasileiro adotaram o princípio da retroatividade irretroatividade das leis como regra. 
Art. 2.º, § 3.º, da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro:  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. O ordenamento jurídico, como regra, não admite o fenômeno da repristinação.
b) A lei, como regra,   pode retroagir, mesmo em prejuízo do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada.   
Art. 5.º, inciso XXXVI, da CF - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
c) A lei nova, que fixe disposições gerais ou especiais a par das já existentes, suspende e revoga NÃO REVOGA NEM MODIFICA A LEI ANTERIOR a eficácia da lei anterior, conforme prevê o ordenamento jurídico brasileiro. 
Art. 2.º, § 2.º, da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro:  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
2- A letra correta, C, encontra fundamento no art. 1º da LINDB, quando este afirma que, salvo disposição em contrário, a lei entrará em vigor 45 dias após sua publicação, e, ainda, traz a obediência à norma Constitucional como requisito de validade, uma vez que todas as leis produzidas devem se coadunar à norma Constitucional, acentuando, também, a necessária observância do processo legislativo. As características da eficácia estão corretas.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A linguagem utilizada no enunciado não é a exibida no plano de aula. Contudo, o exercício acima se faz necessário, justamente, para demonstrar ao aluno a diversidade de teorias sobre o tema. Note-se que o plano de aula fala em validade formal (vigência), validade fática (eficácia) e validade ética (fundamento), e não em vigência, validade e eficácia. O exercício acima acrescenta à matéria a oportunidade do debate acerca do tema, desenvolvendo habilidades no aluno, de modo que ele possa perceber a complexidade da realidade jurídica, reconhecendo a flexibilidade dos termos utilizados.
6- C) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
JUSTIFICATIVA: Retroatividade mínima
 Imaginemos um contrato que é celebrado em 1980. Como vocês sabem o contrato se torna um ato jurídico perfeito no momento da celebração. A partir do ato jurídico perfeito, formam-se os direitos adquiridos. Em 1988 surge uma nova Constituição. Toda Constituição, assim que surge, de forma automática, atinge os efeitos do ato ocorrido no passado. Quando surge uma nova Constituição ela atinge os efeitos futuros de um ato ocorrido no passado. Este fato de ela atingir efeitos futuros de ato ocorrido no passado é a chamada retroatividade mínima (quando atinge efeitos futuros de um ato ocorrido no passado). Em princípio, se o contrato se tornou ato jurídico perfeito em 1980, vai valer a época em que ele foi celebrado. Qualquer lei nova que atinja esse contrato, teria efeito retroativo. Mas, entende-se que uma nova Constituição quando é feita, ela tem automaticamente essa retroatividade mínima. Ou seja, ela vai atingir todos os efeitos futuros, ou seja, de 5/10/88 em diante de fatos ocorridos no passado. Então, vocês podem anotar que essa retroatividade mínima é automática. A CF não precisa dizer nada a respeito. Automaticamente, vai ter essa retroatividade mínima que significa atingir os efeitos futuro de atos ocorridos no passado.
 7 - pAULINA Sugestão de Gabarito:
a)   Não. Segundo a melhor doutrina, havendo modificação da situação fática quanto aos pressupostos da relação jurídica continuativa, a parte poderá pedir a revisão da equação estabelecida no decisum anterior, através de nova ação.
Base Legal ? Art. 471, I CPC.
Decisão do STJ ? Resp ? 30.216-3 ? SP.
 ...? É permitida a revisão em ação autônoma, mesmo após o trânsito em julgado da sentença concessiva....?
b)   Quais os pré-requisitos para que alguém possa pleitear a revisão dos alimentos já decididos em processo anterior?
 
Sugestão de Gabarito:
b) Mudança na situação fática relativa à relação jurídica existente aotempo da sentença; em especial aquelas relativas ao binômio possibilidade de quem presta e necessidade de quem pede.
 8 Pedro comprou.. Sugestão de Gabarito:
D => Ato jurídico perfeito.
Justificativa: Segundo a doutrina, ato jurídico perfeito é o ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. A questão trata, exatamente, de um ato (compra de imóvel) consumado, de acordo com os requisitos da lei vigente à época da compra.
Base legal: CRFB/88, art. 5º, XXXVI
LINDB art. 6º, § 1º.
 
Casou em 77 Sugestão de Gabarito:
C => Ato jurídico perfeito
Justificativa: A questão aborda a situação do regime de bens instituído em lei. Ora, quando da realização efetiva do matrimônio, o ato (casamento, incluindo todos os direitos e deveres instituídos pela lei em vigor) já se consuma imediatamente por ocasião da celebração do matrimônio. No matrimônio realizado antes da lei 6515/77, os nubentes já haviam passado pelo processo de habilitação ao casamento, cumprindo as exigências legais para a consumação do ato.  Sendo assim, visando à segurança das relações jurídicas, a lei nova não retroage para atingir o matrimônio celebrado antes de 1977.
 Base legal: CRFB/88, art. 5º XXXVI.
LINDB art. 6º, § 1º.
Lei 6015/73 ? (Lei de Registros Públicos) -  art. 67 ? Processo de Habilitação ao casamento e arts. 1525 a 1532, NCC que disciplinam a mesma matéria.
Art. 1639 a art.1688 , NCC que disciplinam o Regime de Bens entre os cônjuges
Hermenêutica Jurídica e Interpretação do Direito. Tipos de Interpretação: autêntica, judicial, administrativa, doutrinária, literal, racional, lógico-sistemática, sociológica, histórica, teleológica, declarativa, extensiva e restritiva. A leitura do ordenamento jurídico à luz dos Princípios Constitucionais.
D) Dá-se a "antinomia de normas" quando há incompatibilidade entre o conteúdo delas, devendo o intérprete solucionar o impasse mediante o afastamento de uma, salvo se não houver incompatibilidade absoluta das normas, quando se procederá a harmonização dos dispositivos. A "hierarquia", a "cronologia" e a "especialidade" são os principais critérios normativos utilizados para solucionar a questão.
E) O instituto da "repristinação", ou seja, a possibilidade de restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido a sua vigência está previsto na LINDB de forma tácita e como regra geral de aplicação automática. 
 
JUSTIFICATIVA: Antinomia é a presença de duas  ou mais normas conflitantes, sem que se possa afirmar qual delas deverá ser aplicada a um caso concreto. Também é usada a expressão "lacunas de conflito". Obriga o juiz, para solucioná-la, a aplicar os critérios de preenchimento de lacunas. Ela pode ser:
a) Real ( ou lacuna de colisão) - quando não houver , na ordem jurídica, qualquer critério normativo para solucioná-la. Aplicando-se uma norma, viola-se a outra. E vice-versa. Somente se elimina este tipo de  antinomia com a edição  de uma nova norma elucidando e solucionando a questão.
b) Aparente - quando critérios para a solução forem as normas integrantes do próprio ordenamento jurídico. Nesta hipótese o conflito é apenas aparente. Portanto existem alguns critérios para  a solução e eliminação deste conflito.
)   Pode o juiz se eximir de decidir a questão? Justifique sua resposta.
Sugestão de gabarito:
Não, O artigo 4º da LINDB determina ao juiz decidir mesmo quando a lei for omissa em relação àquela matéria. Nesses casos determina o artigo o juiz deve decidir de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais.
 
B)   Um juiz, decidindo a questão, se utilizou dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da isonomia e das leis que regulam a união estável entre heterossexuais para determinar a partilha igualitária dos bens adquiridos na constância da vida em comum. Pergunta-se: que critério(s) de integração do direito utilizou o juiz na solução do caso concreto? Fundamente sua resposta.
Sugestão de gabarito:
A interpretação jurídica nunca é realizada de forma estanque. Vários elementos, perspectivas e métodos acabam se misturando numa decisão judicial. Isso, no entanto, não retira a necessidade de se estudar cada um desses métodos, bem como de saber como cada um deles funciona.
No caso acima podemos dizer que o juiz realizou uma analogia para aplicar normas destinadas a uma situação à outra que guarda com aquela a mesma razão de decidir. No entanto, para fundamentar a pertinência da aplicação da norma destinada aos heterossexuais aos homossexuais, o magistrado teve que recorrer a uma interpretação sistemática do ordenamento, reconstruindo-o à luz da principiologia constitucional. Podemos dizer, portanto, que se utilizou também dos princípios gerais para decidir a questão.

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