Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Me´todos Computacionais da F´ısica II Trabalho 4 Fabio Rasera Figueiredo 244430 26 de junho de 2016 1 Introduc¸a˜o Neste trabalho sera˜o analisadas as propriedades do seguinte mapa: xn+1 = { kxn, 0 ≤ x < 0.5 k(1− xn), 0.5 ≤ x ≤ 1 (1) Esta e´ uma func¸a˜o recursiva, onde desejaremos que o domı´nio [0, 1] leve a uma imagem tambe´m limitada por 0 e 1. Veremos que o comportamento do mapa e´ bastante diferente para regio˜es distintas de x0 e k. 2 Ana´lise Pode-se verificar graficamente quais sa˜o os pontos fixos deste mapa para determinadas condic¸o˜es inicias. Existem pontos fixos de va´rias ordens, os pontos fixos de ordem 1 sa˜o pontos em que xn+1 = xn, os pontos fixos de ordem 2 sa˜o pontos em que xn+2 = xn, e assim por diante. Dessa forma, quando um mapa tende a um ponto fixo de ordem 1, e´ de se esperar que xn+1 tenda assinto´ticamente ao ponto fixo, enquanto que nos pontos de ordem maior que 1, espera-se uma passagem c´ıclica pelos pontos fixos. O programa que calcula os pontos se chama mapa1.c. Vejamos o que ocorre para diferentes limites de k. 2.1 0 ≤ k ≤ 1 Analisando a equac¸a˜o 1 veˆ-se que, para 0 < k < 1, xn+1 tende assinto´ticamente a` zero, pois tera´ valor sempre menor que xn, independentemente de x0 (con- tando que 0 ≤ x0 < 1). 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0 5 10 15 20 x n + 1 n x0=0.1 ; k=0.5 x0=0.5 ; k=0.5 x0=0.7 ; k=0.5 Figura 1: Mapa com 0 < k < 1 e 0 < x0 < 1 A figura 1 confirma que o mapa converge para 0 para valores variados de x0, contanto que 0 < k < 1. 2.2 k = 1 Quando k = 1, e´ fa´cil perceber que a equac¸a˜o 1 dara´ pontos fixos iguais ao ponto incial quando 0 <≤ x0 < 0.5, pois a equac¸a˜o se reduzira´ a xn+1 = xn. Para 0.5 ≤< x0 ≤ 1, a equac¸a˜o se reduzira´ a xn+1 = 1 − xn, de forma que o ponto fixo tera´ valor diferente do ponto inicial, com excec¸a˜o do ponto x0 = 0.5, que resulta em xn+1 = xn novamente. Pore´m, para todos os casos se verifica que havera˜o pontos fixos, desde que 0 ≤ x0 ≤ 1. 2 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 0 5 10 15 20 x n + 1 n x0=0.3 ; k=1.0 x0=0.5 ; k=1.0 x0=0.9 ; k=1.0 Figura 2: Mapa com k = 1 e 0 < x0 < 1 Como esperado, veˆ-se que o mapa da´ pontos fixos para qualquer x0 entre 0 e 1, e ainda veˆ-se que para pontos iniciais menores ou iguais a 0.5 o mapa da´ pontos fixos iguais aos pontos iniciais. 2.3 1 < k < 2 Nesse caso vemos que, se 0 ≤ x0 < 0.5, xn+1 deve aumentar proporcio- nalmente a` k ate´ que alcance o valor de 0.5. Quando 0.5 ≤ xn, o mapa apresentara´ um comportamento cao´tico em que os pontos oscilara˜o, pois os pontos fixos sera˜o insta´veis. 3 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 0 5 10 15 20 25 30 35 40 x n + 1 n x0=0.1 ; k=1.5 x0=0.5 ; k=1.5 x0=0.9 ; k=1.5 Figura 3: Mapa com 1 < k < 2 e 0 < x0 < 1 Nota-se que os pontos oscilam mas na˜o apresentam pontos fixos de qual- quer ordem. 3 Bifurcac¸a˜o Sera´ analisado o comportamento do mapa conforme k varia, para que se possa visualizar graficamente o ponto em que se observa um comportamento cao´tico. O programa que faz este ca´lculo chama-se mapa2.c. 4 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.5 1 1.5 2 x n + 1 k Figura 4: U´ltimos 400 pontos do mapa em func¸a˜o de k, com ∆k = 1/400 Nota-se o comportamento cao´tico a partir de k = 1, onde ha´ uma bi- furcac¸a˜o. 4 Coeficiente de Lyapunov O coeficiente de Lyapunov representa a taxa com que a distaˆncia entre 2 trajeto´rias aumenta com o tempo. E` definido de tal forma: λL = lim n→∞ 1 n n∑ i=1 ln|f ′(xi)|, (2) onde f(x) = xn+1. Pela definic¸a˜o, quando λL > 0 as trajeto´rias estara˜o se afastando, re- presentando um comportamento cao´tico, enquanto que quando λL < 0 as trajeto´rias estara˜o convergindo para um ponto fixo ou para um limite c´ıclico onde havera˜o pontos fixos de ordens maiores que 1. A derivada do mapa analisado e´: f ′(xn) = { k, 0 ≤ x ≤ 0.5 −k, 0.5 ≤ x ≤ 1 (3) Portanto, temos que λL = k, para 0 ≤ x ≤ 1. De acordo com a definic¸a˜o do coeficiente de Lyapunov, o comportamento deve se tornar cao´tico para 5 k > 1, conforme visualizado no diagrama de bifurcac¸a˜o. −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 0 0.5 1 1.5 2 λ L k Coeficiente de Lyapunov Figura 5: Coeficiente de Lyapunov em func¸a˜o de k A figura 5 demonstra que ha´ uma intersecc¸a˜o entre o eixo das abscissas e o coeficiente de Lyapunov quando k = 1, de acordo com o comportamento visto na ana´lise anterior. 6 Introdução Análise 0 k 1 k=1 1<k<2 Bifurcação Coeficiente de Lyapunov
Compartilhar